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Direito Penal - Parte Geral - Ação Penal

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Direito Penal
Ação Penal
Artigos 100 a 106 do Código Penal
O que é?
A ação penal pode ser conceituada como o direito de pedir (ou exigir) a tutela jurisdicional do
Estado, visando a resolução de um conflito advindo de um fato concreto.
Cabe ao Poder Judiciário a importante tarefa de dirimir os litígios, mas sempre mediante
provocação, nunca de ofício (daí a origem do direito de ação). Tal princípio da inércia da
jurisdição é conhecido como ne iudex procedat ex officio.
Quais as características do direito de ação?
O direito de ação é revestido por diversas características relevantes. Sendo elas:
1. Direito Público
2. Direito Subjetivo
3. Direito Abstrato
4. Direito Autônomo
5. Direito Específico ou Determinado
➢ Direito Público
É a ação penal cuja titularidade para processar, julgar e executar as penas é do Estado, sendo
assim, pertencendo ao Ministério Público. Encontra previsão no art. 24 do Código de
Processo Penal – CPP.
➢ Direito Subjetivo
Conta com um titular específico.
No nosso sistema, o direito de ação pertence ao Ministério Público (nos casos de ação penal
pública) ou à vítima, seu representante legal ou sucessores (nos casos de ação penal privada,
inclusive subsidiária da pública).
➢ Direito Abstrato
O direito de ação não está atrelado ao resultado do processo, podendo ela existir
independente deste.
➢ Direito Autônomo
Independe da procedência ou improcedência do pedido.
➢ Direito Específico ou Determinado
Direcionasse ao caso concreto (fato punível concreto, que deve ser devidamente narrado e
explicitado, nos termos do art, 41 do Código de Processo Penal).
Condições da ação:
1. Genéricas
2. Possibilidade jurídica do pedido
3. Legitimidade ad causam
4. Interesse de Agir
5. Justa causa
6. Específicas
➢ Genéricas
Trata-se de condições exigidas em todas as ações penais.
➢ Possibilidade jurídica do pedido
O fato narrado, em suma, tem que encontrar amparo no ordenamento jurídico
➢ Legitimidade para a causa
A legitimidade ativa pertence ao Ministério Público (na ação pública) ou à vítima (na ação
privada); Ademais, a passiva exige, em regra, pessoa que tenha 18 (dezoito) anos ou mais na
data do fato (agente imputável).
➢ Interesse de agir
Trata-se da necessidade, adequação ou utilidade do provimento jurisdicional pretendido pelo
demandante.
➢ Justa causa
Significa presença de fumus boni iuris, isto é, lastro probatório mínimo. Dessa forma,
Aldo de Campos Costa diz que, “a justa causa, que constitui condição da ação penal, é
prevista de forma expressa no Código de Processo Penal e consubstancia-se no lastro
probatório mínimo e firme, indicativo da autoria e da materialidade da infração penal
(Prova objetiva do concurso público para provimento de vagas em cargos de nível
superior e de nível médio do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo do Quadro da
Defensoria Pública da União)”.
➢ Específicas
Trata-se de condições específicas exigidas em determinadas ações penais. Como nos casos
em que só cabe representação da vítima e/ou requisição do Ministro da Justiça.
Classificação da ação penal:
No ordenamento brasileiro, temos dois tipos de classificação, sendo elas: Iniciativa Pública
e Iniciativa Privada.
1. Iniciativa Pública
É promovida pelo Ministério Público e pode ser incondicionada ou condicionada (à
representação da vítima ou requisição do Ministro da Justiça).
Sendo assim, analisaremos detalhadamente.
Incondicionada:
Ministério Público.
Condicionada a representação:
Ministério Público (mediante representação do ofendido ou representante legal).
Condicionada a requisição:
Ministério Público (mediante requisição do Ministro da Justiça).
2. Iniciativa Privada
É promovida pelo ofendido (ou representante legal) e pode ser exclusiva ou propriamente
dita, personalíssima e subsidiária da pública.
Sendo assim, analisaremos as respectivas formas a seguir:
Exclusiva ou propriamente dita:
Ofendido (ou seu representante legal).
Personalíssima:
Somente o ofendido.
Subsidiária da pública:
Ofendido (ou seu representante legal).
Ação penal pública incondicionada:
Tem como titular o Ministério Público. (Art. 24, CPP. Art. 100, CP. Art. 129, CP.
● Princípios
1. Oficialidade
O princípio da oficialidade diz que o órgão oficial é o Ministério Público.
2. Obrigatoriedade ou legalidade processual
O princípio da obrigatoriedade estabelece que o Ministério Público não pode, sem justa
causa, abrir mão de dar uma resposta às investigações penais maduras e viáveis que se
encontram em seu poder. A exceção se dá na Lei 9.099/95 dos juizados especiais criminais;
3. Indisponibilidade
O princípio da indisponibilidade determina que o Ministério Público não pode dispor
(desistir) da ação penal. Conforme consta no art. 42, CPP e art. 576, CPP.
4. Intranscendência
A ação penal somente pode ser proposta contra o autor do crime, conforme o princípio da
personalidade da pena (que não pode passar da pessoa do condenado).
5. Indivisibilidade
O Ministério Público deve denunciar todos os envolvidos do crime;
Ação penal pública condicionada:
Tem como titular o Ministério Público, entretanto, não pode agir de ofício, pois depende da
prévia manifestação de vontade do ofendido (ou representante legal) ou do Ministro da
Justiça. (Art. 24, CPP. Art. 100, CP. )
1. Da representação do Ofendido
A representação deve ser oferecida perante a autoridade policial, o Ministério Público ou o
juiz, pelo ofendido ou por procurador com poderes especiais.
● Deve ser escrita (Não há um formulário específico a ser preenchido, nem um padrão
com texto obrigatório: basta qualquer manifestação escrita no sentido de querer
representar.)
2. Da requisição do Ministro de Justiça
Para que inicie a ação penal, o Ministro da Justiça irá manifestar-se nas seguintes hipóteses:
a. Nos crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (art. 7º, §3º, b,
CP)
b. Nos crimes contra a honra praticados contra Chefe de Governo estrangeiro (art. 141, I,
c.c o parágrafo único do art. 145 do CP.
c. Nos crimes contra a honra praticados contra Presidente da República (art. 141, I, c.c o
parágrafo único do art. 145 do CP.
Ação penal de iniciativa privada:
O titular do direito de agir é o ofendido ou seu representante legal, conforme consta no art. 30
CPP). Possui três espécies: exclusivamente privada, personalíssima e subsidiária da pública.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm
Ação penal exclusivamente privada:
É exercida por meio da queixa-crime, peça acusatória que inicia o processo penal. Os
requisitos da queixa, constam no art. 41, CPP).
Ação penal privada personalíssima:
A titularidade é atribuída única e exclusivamente à vítima.
Ação penal privada subsidiária da pública:
É proposta pelo ofendido por meio de queixa nos crimes de ação pública, quando esta não for
intentada no prazo legal pelo Ministério Público, titular privativo.
Susane Carvalho Felix,
Graduanda em Direito pela Faculdade Estácio de Castanhal,
7º Semestre.
Referências bibliográficas:
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de direito penal: parte geral (arts. 1º ao 120). 8. ed.
Salvador: JusPodivm, 2019.
AUGUSTO, Renan. Ação penal: espécies, subdivisões, características. Disponível em
https://renanamp.jusbrasil.com.br/artigos/323474847/acao-penal-especies-subdivisoes-caract
eristicas - Acesso em: 20/04/2021.
TRILHANTE. Condições da ação. Disponível em
https://trilhante.com.br/curso/acao-penal-penal/aula/condicoes-da-acao-especiais-1#:~:text=A
s%20condi%C3%A7%C3%B5es%20estabelecidas%20para%20o,com%20o%20devido%20p
rocesso%20legal. - Acesso em: 20/04/2021.
COSTA, Aldo de Campos. A justa causa para o exercício da Ação Penal. ConJur.
Disponível em
<https://www.conjur.com.br/2013-nov-29/toda-prova-justa-causa-exercicio-acao-penal#:~:tex
t=A%20justa%20causa%2C%20que%20constitui,de%20n%C3%ADvel%20superior%20e%
20de> - Acesso em: 20/04/2021

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