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Maria Eduarda Alencar Santos 2 periodo - UNL Bioquímica Prática Perfil lipídico / lipidograma No laboratório analisa se sangue, líquidos cavitário, líquor, sêmen, urina e fezes = são amostras Conceito de perfil lipídico: © É um conjunto de exames que avaliam anormalidades nos níveis séricos de lipídios e lipoproteína Obs.: SÉRICO= sangue Importância dos lipídios 1. Função energética 2. Termogênese 3. Transdução de sinal 4. Hormonal 5. Antioxidante 6. Estrutural (membranas celulares) 7. Proliferação e diferenciação celular 8. Isolamento térmico 9. Metabolismo do cálcio 10. Coagulação sanguínea © Apoproteinas (proteína que fica em cima da célula que servem de comunicação e passagem interna e externa da celula, leva o colesterol e o triglicerídeos no sangue protegendo eles) © Apolipoproteína (proteínas agregadas de lipídeos) © Lipoproteínas (geralmente possuem mais de uma apolipoproteínas) © Apolipoproteína estrutural (contém a própria lipoproteína, é a estrutura da lipoproteína) © Apolipoproteínas funcionais (peptídeos que podem ser trocados de uma lipoproteína para outra) Lipoproteína: estrutura e função Proteínas agregadas de lipídeos no plasma, transportar lipídeos no plasma 1. Apolipoproteina: proteínas agregadas de lipídeos Maria Eduarda Alencar Santos 2 periodo - UNL 2. Lipoproteína: geralmente possuem mais de uma apolipoproteinas 3. Apolipoproteinas estruturais: contém a própria lipoproteína, é a estrutura que segura a lipoproteína 4. Apolipoproteinas funcionais: peptídeos que podem ser trocados de uma lipoproteína pra outra Lipídeos Vários lipídeos fazem parte das lipoproteínas 1. Fosfolipideos 2. Colesterol não esterifcado ( colesterol livre ) 3. Triglicerídeos 4. Ésteres de colesterol Classificação: 1. Glicerídeo (glicerol + ácidos graxos, lipídeos mais simples, saturados são gordura animal e insaturados são gordura vegetal) 2. Esteroides (lipídeos complexos, hormônios, colesterol, pigmentos) 3. Cerídeos (ceras, álcool + ácidos graxos, muito impermeáveis) 4. Fosfolipídios (glicerol + fosfato, formação da membrana plasmática) Características: 1. Insolúvel em água 2. Caracter ácido 3. Estrutura química (álcool + ácido graxo, anéis benzênicos, longas cadeias de hidrocarbonetos com uma extremidade polar e outra apolar Estrutura: 1. Lipídeos simples (moléculas compostas por C, H, O) 2. Lipídeos complexos (moléculas compostas por C, H, O, N, P, S) Função: 1. Fonte energética (são a segunda fonte de energia, utilizados quando não há carboidratos disponíveis) 2. Isolante térmico (camada de gordura que mantém a temperatura corporal constante) 3. Estrutural (principal constituinte das membranas plasmáticas e formação de hormônios) 4. Absorção de nutrientes (auxiliam na absorção de vitaminas lipossolúveis) Maria Eduarda Alencar Santos 2 periodo - UNL Quais as lipoproteínas circulantes? 1. Quilomicron- proteína que só aparece na circulação quando a pessoa se alimenta (pós prandial), maiores e menos densas, ricas em triglicerídeos e de origem intestinal (86> TG) 2. VLDL – proteína de muito baixa densidade, origem hepática (56>TG 3. IDL – marcador pra saber se o processo bioquímico entre as demais está acontecendo 4. LDL – proteína de baixa densidade, adere aos vasos, rica em colesterol (42>EC – ésteres de colesterol) 5. HDL (colesterol bom) – proteína de alta densidade, limpa os vasos, pobre em colesterol, possui mais apoproteinas ( 55> Proteína) Metabolismo de quilomicron na circulação sanguínea © Quando o QM tá no vaso ele precisa ser captado © 70% do colesterol é profuzido pela própria célula e outros 30% circulante © Produzido no intestino( QM) faz o transporte reverso do colesterol (HDL) – das células para o fígado – reduz os níveis circulantes de do colesterol © Depois disso ele é transformado em algo menor com a lipase lipoproteica que quebra triglicerídeos e libera ácidos graxos livres virando o QM remanescente (menor) que pode ser aplicado no fígado Apolipoproteinas 1. Apo B 48 ( QM) 2. Apo B 100 ( VLDL, IDL, LDL) 3. Apo E (todas menos LDL) 4. Apo C I II III (todas) 5. Apo A I II IV ( QM HDL) 6. Apo D ( HDL ) Perfil lipídico Orientação: 1. Jejum de 12h a 14h 2. Estado metabólico estável 3. Dieta habitual e peso mantidos por pelo menos duas semanas 4. Sem atividade física vigorosa nas 24 h que antecede o teste 5. Evitar uso de bebida alcoólica nas 72h que antecede do teste 6. Procurar realizar as dosagens seriadas no mesmo laboratório para minimizar o efeito da variação analítica Dosagens no sangue © Colesterol total, triglicerídeos, HDL – colesterol Maria Eduarda Alencar Santos 2 periodo - UNL Cálculos : © LDL – colesterol segue a fórmula de Friedewald: © LDL – colesterol = colesterol total – HDL – VLDL (TG/5) © TG <400 mg/dL © Coleta do sangue venoso sem anticoagulante, centrifugação e análise por reação enzimática (espectrofotometrias) Outras formas de avaliar perfil lipídico de avaliar risco cardiovascular © Índice de castelli I = colesterol total/ HDL © Índice de Castelli II = LDL/ HDL © Risco I = maior que 4,4 © Risco II = maior que 2,9 Dislipidemias e aterosclerose Dislipidemia é a elevação de colesterol e triglicerídeos no plasma ou soro ou a diminuição dos níveis de HDL que contribuem para a aterosclerose. As causas podem ser primárias (genéticas) ou secundárias. O diagnóstico é realizado pela medida das concentrações totais de colesterol, triglicerídeos e lipoproteínas individuais Classificação das dislipidemias segundo Friedrikson e Levy © Tipo I → +++ quilo e ++++ triglicerídeo © Tipo II a → +++ LDL e ++ colesterol © Tipo II b → ++ LDL + VLDL e ++ colesterol +triglicerídeo © Tipo III → + IDL e ++ colesterol ++ triglicerídeo © Tipo IV → ++ VLDL e ++ triglicerídeo +colesterol © Tipo V → +++quilo +++ triglicerídeo e +++ triglicerídeo + colesterol Outras formas de classificar as dislipidemias Classificação laboratoriais 1. Hipercolesterolemia isolada 2. Hipertrigliceridemia isolda 3. Hiperlipidemia mista 4. HDL-C baixo Classificação etiológica 1. Dislipidemias primárias 2. Dislipidemias secundárias Maria Eduarda Alencar Santos 2 periodo - UNL Dislipidemia primária Hipercolesterolemia Familiar (HF): © Pacientes com este tipo de alteração geralmente desenvolvem aterosclerose precise e morrem de infarto antes dos 35 ano. Aproximadamente 75% xantomas tendinoso, causados pela proliferação de células do SER armazenadoras de colesterol. © Possuem altíssimos níveis séricos de colesterol e LDL, com TG normal – padrão II a © A doença está associada à deficiência de receptores para LDL no fígado (receptores para apo B e apo E) o que acarreta um aumento de LDL circulante e a falha na inibição da síntese do colesterol endógeno Hipercolesterolemia poligênica © Determinada por uma grande variedade de defeitos enzimáticos e de apoproteinas envolvidas no transporte e metabolismo do colesterol. © Caracteriza-se por uma elevação menos marcante do colesterol sérico e eventualmente do TG – Padrão II a e II b. Fatores dietéticos e obesidade frequentemente são agravadores deste tipo de hipercolesterolemia. Estes pacientes raramente desenvolvem Xantomas Hipercolesterolemia familiar combinada © Há nestes casos um aumento do colesterol e dos triglicerídeos, associado a uma produção excessiva de Apo B e, consequentemente, de VLDL e LDL. © São vários os padrões possíveis de se encontrar (II a, II b, IV e eventualmente V), determinados significativamente por fatores secundários. Hipertrigliceridemia endógena © Ocorre em pacientes com elevação moderadados TG séricos, sem um aumento do colesterol, causada por um aumento do VLDL – Padrão IV – e de origem patobioquímica desconhecida. Deficiência de lipoproteína lipase/ apo CII © Doenças causadas pela diminuição da atividade da LPL sérica, seja por defeito na própria enzima ou na apoproteína C III, sua principal ativadora. Estes pacientes desenvolvem intensa hipertrigliceridemia, com aumento de QM e, eventualmente, de VLDL – Padrão I e V. O soro destes pacientes é altamente lipêmico, com formação em certos casos de uma camada leitosa sobrenadante. Tem alta correlação estatística com um aumento do risco de pancreatite aguda. Maria Eduarda Alencar Santos 2 periodo - UNL Hiperlipidemia remanescente © Associada a uma diminuição de atividade da Apo E como mediadora da ligação do VLDL e do QM remanescentes ao fígado. Caracteriza-se por um aumento no IDL, ou Padrão III de Frederikson Hiper alfa lipoproteinemia © Rara condição associada a um aumento da síntese do HDL, com níveis séricos de HDL e HDL-Colesterol aumentados, e colesterol total e TG normais. Estes “pacientes” estão mais protegidos contra as DAC a população geral. Hipolipoproteinemias Alfa e beta lipoproteinemia familiar : © Doença rara e grave onde não há síntese de Apo B. QM, VLDL e LDL estão ausentes. Estes pacientes desenvolvem retardo de crescimento e degeneração progressiva do SNC, por dificuldade d absorção de AG essenciais e de vitaminas lipossolúveis. Hipo-beta lipoproteinemia familiar © Estes pacientes possuem baixos níveis de LDL e de colesterol, são assintomáticos e tem menor risco de desenvolverem DAC A alfa lipoproteinemia familiar © Também chamada de doença de Tangier, caracterizada pela ausência de síntese de Apo A I ou Apo A II e consequentemente por baixos níveis de HDL sérico. Os níveis de colesterol total sérico estão diminuídos, devido a diminuição de HDL-Colesterol, e estes pacientes, podem ou não estar mais expostos às DAC. Dislipidemias secundarias 1. Dislipidemias secundarias a doenças 2. Dislipdemias a medicamentos 3. Dislipdemias a hábitos de vida inadequados Aterosclerose Processo complexo que leva ao entupimento das artérias no qual estão envolvidos diversos fatores como: 1. Genéticos ( receptores, proteínas de transferência etc) 2. Inflamatórios (protaglandinas, proteínas de fase aguda) 3. Infecciosos ( H pilory, C pneumoniae) Maria Eduarda Alencar Santos 2 periodo - UNL 4. Imunológicos (LDL oxidada, Aa anti-colesterol) 5. Metabólicos (dislipidemias, diabetes, etc) Regulação do colesterol intracelular © - colesterol livre © - afinidade de esterificação da ACAT com ácidos graxos saturados (menos afinidade) e insaturados (mais afinidade) é um fator determinante para o pool de col livre intracelular © Aumento do pool de colesterol livre © Inibição da expressão de receptores de LDL © Inibição da síntese endógena de colesterol (HMG-coA-redutase) © Diminuição da esterificação do colesterol (ACAT) Doença arterial coronariana- fatores de risco coronariano clássico 1. Idade 2. Dieta gordurosa 3. Hipertensão 4. Diabetes 5. Obesidade 6. Histórico familiar 7. HDL baixo 8. TG elevado 9. Fumo 10. LDL elevado
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