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Complicações Traumáticas Nátali Artal Padovani Lopes Ribeirão Preto 2020 Ens. Clín. Alta Complexidade ABCDE do Trauma Ensino Clínico em Alta Complexidade INTRODUÇÃO ○ Avaliação e definição das prioridades de tratamento conforme as lesões e seus mecanismos e os SSVV. ◦ Avaliar rapidamente as funções vitais. ○ Lesões graves: estabelecer sequência lógica de tratamento de acordo com as prioridades e avaliação geral do doente. ○ Tratamento: ◦ Avaliação primária rápida; ◦ Reanimação das funções vitais; ◦ Avaliação secundária e mais detalhada; ◦ Tratamento definitivo. ○ Assegurar a permeabilidade da vias aéreas e identificar sinais de obstrução: ◦ Aspiração - sonda de ponta rígida. ◦ Inspeção: ◦ Corpos estranhos. ◦ Fraturas faciais, mandibulares ou traqueolaríngeas. ○ Manobras com proteção da coluna cervical: ◦ Manobra de tração da mandíbula (jaw thrust). A ○ Comunicação verbal = via aérea pérvia; ○ Indicação de via aérea definitiva: ◦ Trauma cranioencefálico grave e rebaixamento do nível de consciência. ◦ Escore na escala de coma de Glasgow ≤ 8. ◦ Respostas motoras descoordenadas sugere fortemente a necessidade de uma via aérea definitiva A ○ A cabeça e o pescoço não devem ser hiperextendidos, hiperfletidos ou rodados para estabelecer / manter a via aérea. ○ Inicialmente, proteger a medula com dispositivos de imobilização adequados; ◦ Diagnóstico precoce de lesão de coluna; ○ Na necessidade de remoção do colar cervical, manter a imobilização manual, mantendo cabeça e pescoço alinhados. A ○ Cada componente deve ser avaliado e examinado rapidamente. ○ Pescoço e tórax devem ser expostos - avaliar: ◦ Distensão de veias jugulares; ◦ Posição da traqueia; ◦ Movimentação da parede torácica. B Pulmões Parede torácica Diafragma Boa ventilação ○ Exame físico: ◦ Ausculta: identificar fluxo de ar nos pulmões. ◦ Inspeção, palpação e percussão: lesões da parede do tórax e anormalidades. ○ Lesões que podem prejudicar gravemente a ventilação num curto prazo: ◦ Pneumotórax hipertensivo; ◦ Tórax instável (retalho costal móvel) com contusão pulmonar; ◦ Hemotórax maciço; ◦ Pneumotórax aberto. B C ○ Hemorragia: principal causa evitável de mortes pós- traumáticas; ○ Identificação e conter hemorragia. ○ Pneumotórax hipertensivo descartado como causa de choque, a hipotensão deve ser considerada hipovolêmica. ○ Manifestações clínicas importantes: ○ Nível de consciência; ○ Cor da pele ○ Pulso. NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: ○ Quando o volume sanguíneo está diminuído, a perfusão cerebral pode estar criticamente prejudicada, resultando em alteração do nível de consciência. ○ Contudo, um doente consciente também pode ter perdido uma quantidade significativa de sangue. C COR DA PELE: ○ O doente traumatizado com pele de coloração rósea, especialmente na face e nas extremidades, raramente está criticamente hipovolêmico. ○ Face acinzentada e pele das extremidades esbranquiçada são sinais evidentes de hipovolemia. C PULSO: ○ Avaliar pulso central (femoral ou carotídeo) bilateralmente: Frequência, força, ritmo e igualdade. ○ Pulso rápido e filiforme é habitualmente um sinal de hipovolemia. ○ Uma frequência normal de pulso não é garantia de que o doente esteja normovolêmico. C C Hemorragia Externa Identificar e controlar na 1ª avaliação; Hemorragia significativa: compressão manual direta sobre o ferimento; Torniquetes: efetivos na exsanguinação nas lesões de extremidades; podem causar lesão isquêmica e devem ser utilizados quando a compressão direta não for efetiva. Hemorragia Interna Principais áreas: tórax, abdome, retroperitônio, bacia e ossos longos. Fonte de sangramento identificada por exame físico e de imagem; Tratamento pode incluir descompressão do tórax, compressão da pelve, uso de imobilizadores e intervenção cirúrgica. ○ Estabelecer: ◦ Nível de consciência; ◦ Tamanho e reatividade das pupilas; ◦ Sinais de lateralização; ◦ Nível de lesão da medula espinhal. ○ O escore da Escala de Coma de Glasgow é um método rápido e simples para determinar o nível de consciência e que permite prever a evolução do doente. D ○ Causas de rebaixamento do nível de consciência: ◦ Diminuição da oxigenação cerebral. ◦ Diminuição da perfusão cerebral. ◦ Trauma direto ao cérebro. ◦ Hipoglicemia. ◦ Álcool, narcóticos e outras drogas. ○ Toda alteração do nível de consciência deve ser considerada originária de um trauma ao sistema nervoso central até que se prove o contrário. D ○ Despir o paciente, cortando roupas para facilitar o exame e avaliação completa; ○ Após avaliação, cobri-lo com cobertores aquecidos ou algum dispositivo de aquecimento externo para prevenir a hipotermia. ○ Aquecer fluídos EV antes da administração e o manter ambiente aquecido; ○ O mais importante é garantir a temperatura corporal do doente e não o conforto da equipe de atendimento. E MEDIDAS AUXILIARES À AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ○ Monitorização e ECG. ○ Sondas Vesical: ◦ Débito urinário é um indicador sensível da volemia do doente e reflete a perfusão renal. ◦ SVD conduta mais adequada à situação. ◦ Sondagem uretral contraindicada na suspeita de lesão uretral: ◦ Sangue no meato uretral. ◦ Equimose perineal. ◦ Deslocamento da próstata ou ela não é palpável ao toque retal. ○ Sondas Gástricas: ○ Reduzir a distensão gástrica, riscos de aspiração e avaliar a presença de hemorragia do trato gastrointestinal alto no trauma. ○ A presença de sangue no aspirado gástrico pode representar sangue orofaríngeo (deglutido), trauma na hora da colocação da sonda ou lesões no trato digestivo alto. ○ Fraturas ou suspeita de fratura da placa crivosa: ◦ Sonda gástrica deve ser passada por via oral para evitar que seja introduzida acidentalmente dentro do crânio. ◦ Qualquer instrumentação nasofaríngea é potencialmente perigosa. MEDIDAS AUXILIARES À AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ○ FR ○ Gasometria Arterial. ○ Capnografia. ○ Oximetria de pulso. ○ PA. ○ Radiografia tórax e abdome (inclusive nas grávidas). ○ FAST – ultrassom beira-leito. MEDIDAS AUXILIARES À AVALIAÇÃO PRIMÁRIA AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA ○ Após avaliação do ABCDE do trauma e medidas de reanimação com tendência de estabilização das funções vitais; ○ Exame do doente traumatizado da cabeça aos pés: ◦ História clínica e exame físico completo, incluindo a reavaliação de todos os sinais vitais. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA A Alergia M Medicamen tos de uso habitual P Passado médico / gravidez L Líquidos e alimentos ingeridos A Ambiente e eventos relacionado s ao trauma A M P L A • Trauma penetrante • Trauma fechado • Lesões térmicas • Ambientes de Risco AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA ◦ Cabeça ◦ Estruturas maxilofaciais ◦ Coluna cervical e Pescoço ◦ Tórax ◦ Abdome ◦ Períneo, Reto e Vagina ◦ Sistema Musculoesquelético ◦ Sistema Neurológico (completo, frequente e com imagens). TRÍADE LETAL REFERÊNCIAS ○ NEVES, A. S. et al. Cirurgia de controle de danos no trauma abdominal. Rev Med Minas Gerais 2016; 26 (Supl 4): S13-S15 ○ COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. COMITÊ DE TRAUMA. Suporte Avançado de vida no trauma – Advanced Trauma Life Suport (ATLS): manual do curso de alunos. 9 ed. 2012. Trauma Torácico Ensino Clínico em Alta Complexidade INTRODUÇÃO ○ Hipóxia, hipercapnia e acidose são resultados frequentes do trauma torácico. ○ Como a hipóxia é a característica mais grave da lesão torácica, devem ser tomadas medidas precoces para evitá- la ou corrigi-la. ○ A maioria das lesões torácicas com risco à vida é tratada pela permeabilização da via aérea ou pela inserção apropriada de um dreno de tórax ou de uma agulha. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: LESÕES QUE AMEAÇAM A VIDA 1. PENEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO 2. PNEUMOTÓRAX ABERTO (FERIDA TORÁCICA ASPIRATIVA) 3. TÓRAX INSTÁVEL (RETAL HO COSTAL MÓVEL) E CONTUSÃO PULMONAR 4. HEMOTÓRAX MACIÇO 5. TAMPONAMENTO CARDÍACO PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO ManifestaçõesClínicas ○ Dor torácica ○ Dispneia importante ○ Desconforto respiratório ○ Taquicardia ○ Hipotensão ○ Desvio da traqueia para o lado contrário à lesão ○ Ausência unilateral de murmúrio vesicular ○ Elevação do hemitórax sem movimento respiratório ○ Distensão das veias do pescoço ○ Timpanismo notado à percussão e ausência de murmúrio vesicular no hemitórax afetado ○ Cianose como manifestação tardia PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO Toracocentese PNEUMOTÓRAX ABERTO (FERIDA TORÁCICA ASPIRATIVA) PNEUMOTÓRAX ABERTO (FERIDA TORÁCICA ASPIRATIVA) TÓRAX INSTÁVEL E CONTUSÃO PULMONAR (Retalho costal móvel) ○ Múltiplas fraturas de arcos costais, ou seja, duas ou mais fraturas em dois ou mais lugares. HEMOTÓRAX MACIÇO ○ Autotransfusão TAMPONAMENTO CARDÍACO ○ A) Coração normal. ○ B) O tamponamento pericárdico pode ser causado por ferimento penetrante e trauma contuso do coração, vasos da base e vasos pericárdicos que levam a enchimento do saco pericárdico por sangue. ○ É identificado pela presença da clássica Tríade de Beck: ◦ Elevação da pressão venosa ◦ Diminuição da pressão arterial ◦ Abafamento das bulhas cardíacas. ○ Toracotomia de reanimação LESÕES TORÁCICAS POTENCIALMENTE LETAIS 1. Pneumotórax simples 2. Hemotórax 3. Contusão pulmonar 4. Lesão da árvore traqueobrônquica 5. Contusão cardíaca 6. Ruptura traumática de aorta 7. Lesão traumática de diafragma 8. Ruptura esofágica por trauma fechado PNEUMOTÓRAX SIMPLES LESÃO TRAUMÁTICA DE DIAFRAGMA RESUMINDO... ○ O trauma torácico é comum nos doentes com traumatismos multissistêmicos e pode ser responsável por lesões que implicam alto risco à vida se não identificadas e tratadas rapidamente durante a avaliação inicial. ○ Esses doentes podem ser tratados ou ter suas condições controladas temporariamente por medidas relativamente simples, como a intubação, a ventilação, a drenagem torácica ou a reanimação com líquidos. ○ A capacidade de reconhecer tais lesões e de realizar os procedimentos necessários para corrigi-las pode salvar a vida do doente. Trauma Craniencefálico / Raquimedular Ensino Clínico em Alta Complexidade INTRODUÇÃO ○ Está entre os tipos de trauma mais frequentes. ○ Lesões cerebrais graves causam óbito antes do atendimento hospitalar (90%). ○ Entre os doentes com TCE que recebem cuidados médicos, em média, podem ser classificados como: ◦ 75% TCE leve. ◦ 15% TCE moderado ◦ 10% TCE grave. OBJETIVO DO ATENDIMENTO AO TCE ○ Prevenir a lesão cerebral secundária. ○ Fornecer oxigenação adequada ○ Manutenção de pressão arterial suficiente para garantir a perfusão do cérebro ○ Após a aplicação dos ABCDE realizar TC de crânio em busca de lesões que necessitam de intervenção cirúrgica. ○ Atenção: a obtenção de TC não deve retardar a transferência do doente para um centro de trauma capaz de realizar intervenção neurocirúrgica imediata e definitiva. CLASSIFICAÇÃO DO TCE ○ Leve: 15-13 ○ Moderado: 12-9 ○ Grave: ≤ 8 TCE LEVE ○ Glasgow 15 – 13. ○ É definido por uma história de desorientação, amnésia, ou perda transitória da consciência em um doente que está consciente e falando. TCE LEVE - TRATAMENTO ◦ Nível subsequente de consciência ◦ Mecanismo de trauma ◦ Hora de ocorrência do trauma ◦ Perda de consciência imediatamente após o trauma ◦ Amnésia ◦ Cefaleia: leve, moderada, grave ○ Exame geral para excluir lesões sistêmicas. ○ Exame neurológico sumário. ○ Radiografia de coluna cervical e outras conforme indicação. ○ Níveis sanguíneos de álcool e perfil toxicológico da urina. ○ TC de crânio - risco moderado ou alto para intervenção neurocirúrgica. TCE LEVE - TRATAMENTO TCE MODERADO ○ Glasgow 12 - 9 ○ Doentes ainda são capazes de obedecer ordens simples, mas em geral estão confusos ou sonolentos e podem apresentar déficit neurológico focal como hemiparesia. ○ Aproximadamente 10 a 20% desses doentes apresentam piora e entram em coma. ○ A TC do crânio é realizada e um neurocirurgião é contatado. ○ Todos esses doentes necessitam de hospitalização para observação numa UTI ou unidade semelhante capaz de observação rigorosa de cuidados de enfermagem e frequente reavaliação neurológica nas primeiras 12 a 24 horas. TCE MODERADO - TRATAMENTO TCE GRAVE ○ Glasgow ≤ 8 ○ Doentes não são capazes de obedecer ordens simples mesmo após estabilização cardiopulmonar. ○ Identificar os doentes que apresentam o maior risco de sofrerem ○ Morbidade e mortalidade significativas. ○ Diagnóstico e o tratamento imediatos são de suma importância. TCE GRAVE - TRATAMENTO ○ Manter a normovolemia. ○ Hiperventilação por curto período (capnografia) – vasoconstrição cerebral. ○ Manitol: diurético osmótico – contraindicado em caso de hipotensão. ○ Solução salina hipertônica (3 – 23,4%) – atenção à hipernatremia que pode causar edema cerebral. ○ TC de crânio e avaliação de neurocirurgião. Trauma Vértebromedular (TVM) Ensino Clínico em Alta Complexidade INTRODUÇÃO ○ Lesão espinhal, com ou sem déficit neurológico, deve ser sempre considerada em doentes vítimas de traumas múltiplos. ◦ 5% das lesões cerebrais apresentam lesão de coluna. ◦ 25% dos trauma de colunas têm, pelo menos, uma lesão cerebral moderada. ○ Das vítimas de TVM: ◦ 55% são na região cervical; ◦ 10% apresentam uma segunda fratura de coluna vertebral, não contígua. ◦ 15% são na região torácica; ◦ 15% são na transição toracolombar; ◦ 15% são na região lombossacra. ATENÇÃO ○ Desde que a coluna do doente esteja devidamente protegida, o exame da coluna e a exclusão de lesões medulares podem ser adiados seguramente, especialmente na presença de alguma instabilidade sistêmica (hemodinâmica), como, por exemplo, hipotensão e insuficiência respiratória. RACIOCÍNIO RÁPIDO ○ Pacientes sem déficit neurológico, dor ou hipersensibilidade ao longo da coluna, sem evidência de intoxicação ou lesões que desviem a atenção, excluir a presença de lesão de coluna é simples. ○ A ausência de alterações neurológicas, dor e hipersensibilidade ao longo da coluna vertebral virtualmente exclui a presença de lesões significativas. ○ Quando houver coma ou depressão do nível de consciência, a exclusão de lesões ocorre com radiografias da coluna. ○ RX inconclusivos, a coluna deve permanecer protegida até que outros exames possam ser realizados Exame do sistema sensorial ○ Dermátomo é a área de pele inervada pelos axônios sensitivos que estão situados dentro de uma determinada raiz nervosa segmentar. MIÓTOMOS ○ Certos músculos ou grupos musculares são identificados como representando uma única raiz nervosa espinhal. ○ Os músculos chaves devem ser testados quanto à força nos dois lados. Avaliação da força muscular ○ A documentação da força nos grupos musculares ajuda a avaliar a melhora ou a piora nos exames subsequentes. ○ O esfíncter anal externo deve ser testado quanto à contração voluntária durante o toque retal. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TRATAMENTO ○ Presença de paraplegia ou quadriplegia, perda de sensibilidade do tórax ou abdome é evidência presuntiva de instabilidade de coluna. ○ TC ou raio-x de coluna é indicado para todos após estabilização hemodinâmica. ◦ Todas as imagens devem ser de boa qualidade; ◦ A remoção das imobilizações e proteções de coluna só ocorrem após interpretação “normal” das imagens. ◦ Na dúvida, mantenha o colar adequadamente posicionado. ○ Doente em prancha dura por mais de 2 horas – risco de lesão por pressão. ○ Movimentação em bloco. ○ Nunca force o pescoço do doente. TRATAMENTO 1. Imobilização 2. Fluidos endovenosos 3. Medicações 4. Transferência IMOBILIZAÇÃO ○ Manter posição neutra, ou seja, em posição supina, sem rotação ou arqueamento da coluna. ○ Não tentar alinhar da coluna com o intuito de mobilizar o doente na prancha, se isso provocar dor. ○ Nas lesões de coluna cervical, é necessário manter a imobilização contínua do doente como um todo,durante o transporte usando: ◦ Colar cervical semirrígido. ◦ Imobilizadores de cabeça. ◦ Prancha. ◦ Esparadrapo e ataduras. Rolamento e m bloco com quatro pessoas Rolamento e m bloco com quatro pessoas ○ (A) Uma pessoa segura a cabeça para controle da coluna cervical e outras duas ficam ao lado do doente para controlar o corpo e as extremidades. ○ (B) À medida que o doente é rolado, essas três pessoas mantêm o alinhamento da coluna enquanto ○ (C) a quarta pessoa examina o dorso e remove a prancha longa. ○ (D) Uma vez que a prancha seja removida, o doente deve ser recolocado na posição supina, mantendo-se o alinha mento da coluna. FLUIDOS ENDOVENOSOS ○ Deve ser administrado (solução cristaloide). ○ Choque neurogênico: ◦ Ausência de hemorragia. ◦ Hipotensão persistente após a reposição de 2 ou mais litros de líquido. ◦ Bradicardia ○ Choque hipovolêmico: taquicardia. ○ A administração excessiva de líquidos no choque neurogênico pode resultar em edema pulmonar. ○ Quando há dúvidas quanto às condições volêmicas: PAI e SVD. MEDICAÇÕES ○ Quando a PA não melhora após a infusão de líquidos, pode estar indicado o uso de drogas vasopressoras. TRANSFERÊNCIA ○ Transferência para serviços que possuam recursos para tratamento definitivo. ○ As condições do doente devem ser estabilizadas: ◦ Hemodinamicamente. ◦ Imobilização ◦ Intubação se existir qualquer dúvida a respeito da eficiência da ventilação – lesões altas de medula cervical acima de C6 podem resultar em perda parcial ou total da função respiratória. Trauma Abdominal Ensino Clínico em Alta Complexidade INTRODUÇÃO ○ Avaliação primária do trauma fechado: reconhecimento de possível hemorragia (abdome e pelve). ◦ Volumes significativos de sangue podem estar presentes no interior da cavidade abdominal sem que ocorram mudanças dramáticas na aparência ou nas dimensões do abdome e sem sinais evidentes de irritação peritoneal. ○ Traumatismo fechado no tronco (impacto direto, desaceleração brusca, ferimentos penetrantes) deve ser considerado portador de lesão vascular, de víscera abdominal ou pélvica até prova em contrário. MECANISMO DE TRAUMA ○ Compreender o mecanismo de trauma: ◦ Facilita a identificação precoce de possíveis lesões abdominais. ◦ Orienta quais estudos podem ser necessários para a avaliação. ◦ Orienta a necessidade de transferência dos doentes MECANISMO DE TRAUMA MECANISMO DE TRAUMA AVALIAÇÃO ○ Hipotensão arterial: objetivo é determinar rapidamente se existe uma lesão abdominal ou pélvica e se esta é a causa da hipotensão. ○ Colisões automobilísticas: velocidade do veículo, o tipo de colisão, intrusão de partes do veículo no compartimento de passageiros, os tipos de dispositivos de contenção, o acionamento dos airbags, a posição do doente no veículo. ○ Quedas: altura da queda, potencial de lesão relacionada à desaceleração em grandes alturas. ○ Trauma penetrante: tempo de lesão, tipo de arma, distância do agressor, número de facadas ou tiros, volume de sangue perdido. ○ Localização e a intensidade de qualquer dor abdominal. AVALIAÇÃO Inspeção: ○ Expor o paciente. ○ Buscar abrasões e contusões pelos dispositivos de contenção (cinto de segurança), de lacerações, de feridas penetrantes, de corpos estranhos empalados, de evisceração e se existe evidência de gravidez. ○ Flanco, o escroto e períneo: procura de sangue no meato uretral, de edemas, de hematomas ou de laceração do períneo, da vagina, do reto ou das nádegas, o que é sugestivo de uma fratura pélvica exposta. ○ Ao término do exame físico cobrir para prevenir a hipotermia (altera a coagulopatia e piora a hemorragia). Ausculta: ○ Confirmar a presença ou a ausência de ruídos hidroaéreos. AVALIAÇÃO Percussão: ○ Causa um leve movimento do peritônio, podendo provocar sinais de irritação peritoneal. Palpação: ○ Defesa involuntária é um sinal confiável de irritação peritoneal. ○ Palpação também pode revelar e distinguir dor superficial (parede abdominal) ou profunda. ○ Útero gravídico. ○ Palpação da próstata deslocada cranialmente é um sinal de fratura pélvica importante. AVALIAÇÃO ○ Avaliação da estabilidade pélvica: ○ Sinais de fratura pélvica: ◦ Ruptura de uretra (próstata deslocada cranialmente, hematoma escrotal ou sangue no meato uretral) ◦ MMII: discrepância entre o comprimento ou deformidade rotacional da perna. AVALIAÇÃO ○ Raio-X pelve e abdome: buscar fraturas. ○ FAST ou TC abdome: buscar líquido abdominal (sangue). ○ Lavagem Peritoneal Diagnóstica TRATAMENTO TRATAMENTO
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