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SONDAGEM NASO

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Sonda Nasoenteral – Definição, passagem e cuidados de enfermagem!
Há 03 vias possíveis de administração de calorias e nutrientes aos pacientes, são elas:
· Oral;
· Enteral;
· Parenteral.
Sonda Nasoenteral:
É a progressão da sonda através da narina até o sentido pré-pilórico (no estômago) ou pós-pilórico (no intestino, duodeno ou jejuno) para a administração de nutrientes pelo trato gastrintestinal.
É desejável que a ponta progrida até a parte distal do duodeno ou proximal do jejuno. É utilizada para administrar alimentação e medicação via enteral. É indicada quando o cliente não quer comer, não pode comer, não consegue comer.
A sonda:
 
A sonda de Dobbhoff é radiopaca, de silicone ou poliuretano, e por serem desse material, não sofrem alterações com o pH ácido, tem maior durabilidade e irritam menos a mucosa.
São extremamente maleáveis e possuem um fio guia para serem introduzidas que só são retirados após confirmação da sonda através do exame de raio-x.
As sondas de nº 12, 14, 16 ou 18 French são utilizadas para adultos e as de nº 04, 06,08 ou 10 para crianças dependendo da idade.
Possui um adaptador em uma de suas extremidades onde é possível conectar equipos e seringas.
É desejável que a sonda seja de menor calibre para não causar desconforto.
Objetivo:
· Garantir ao paciente nutrição adequada;
· Suprir demanda metabólica decorrente de diversas patologias e situações de estresse.
· Corrigir desnutrição aguada ou crônica e hipoproteinemia.
Equipe multiprofissional em Terapia Nutricional:
Médico: Indica e prescreve a melhor nutrição enteral para cada paciente de acordo com suas necessidades.
Enfermeiro: Responsável pela passagem de sonda nasoenteral e pela continuidade da terapia nutricional.
Técnico de Enfermagem: juntamente com o enfermeiro, é responsável pela manutenção e permeabilidade da sonda. Também é responsável pela troca das dietas e computar sua infusão no balanço hídrico.
Nutricionista: Avaliação do estado nutricional dos pacientes e suas necessidades.
Farmacêutico: Realiza todas as operações de desenvolvimento, preparo, avaliação farmacêutica, manipulação, controle de qualidade, conservação e transporte de nutrientes.
Indicação:
· Anorexia severa;
· Inconsciência;
· Lesões orais;
· Traumas;
· Intervenções cirúrgicas.
· Disfagia
· Estados hiper catabólicos.
Contra-Indicações:
· Diarréia / vômito
· Íleo paralítico
· Obstrução intestinal
· Refluxo gástrico
· Sangramento GI
· Doença inflamatória intestinal
· Intolerância persistente a dieta (diarreia, vômitos e náuseas).
Complicações
As complicações da nutrição enteral podem ser classificadas, em três grupos distintos:
·  As complicações mecânicas, as quais se relacionam com a introdução e manutenção da sonda nasoentérica;
· Complicações gastrointestinais, as quais estão relacionadas com a infusão da dieta no tubo digestivo;
· E as complicações metabólicas, as quais estão relacionadas com os efeitos metabólicos da dieta após a sua absorção.
Vias de Administração: 
· Nasoentérica (SNE): Uso para períodos curtos, até 45 dias.
· Nasogástrica (SNG): Uso para períodos curtos, até 45 dias
· Gastrostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias
· Jejunostomia: Uso para períodos longos, mais de 45 dias. Não pode administrar medicações VO por essa via.
Métodos de Administração: 
· Intermitente (volume 350ml);
· Contínua;
· Bolos (criança).
O procedimento: 
1. Verificar na PM a solicitação de passagem de SNE.
5. Explicar o procedimento e a sua finalidade.
6. Posicionar o paciente em decúbito elevado ou sentado para prevenir bronco aspiração de conteúdo gástrico se houver vômitos.
7. Colocar os equipamentos de proteção individual.
8. Abrir a sonda e conferir se a mesma está pérvias e sem rupturas.
9. Colocar a toalha sobre o tórax do cliente, para proteger sua roupa e lençóis de cama contra sujidades.
10. Observar se há sujidade na narina e se necessário, fazer higiene antes do procedimento.
11.Combinar com o cliente um sinal que ele poderá fazer, caso queira que você interrompa o procedimento.
Obs: SE EM POSIÇÃO ENTERAL AUMENTA 25 A 30 CM A MAIS PARA A POSIÇÃO SEJA NO 2 OU 3° PORÇÃO DO DUODENO
15. Verificar se a sonda não se encontra enrolada na boca;
16. Observar sinais de cianose, tosse ou desconforto respiratório, neste caso retirar, pausar enquanto o paciente se acalme e prosseguir a passagem.
Lembre-se de instruir que o cliente baixe o queixo, para fechamento da traqueia; e pedir que ele faça movimentos de deglutição quando sentir a sonda na garganta!
17. Após, realizar os testes para observar se a sonda está bem locada:
Teste da aspiração do conteúdo gástrico: Conectar a seringa a sonda e aplicar pressão negativa (aspiração) e observar se há retorno do conteúdo gástrico.
Teste da audição: Injetar de 10 a 20 cc de ar na sonda e verificar a presença de ruídos com auxílio do estetoscópio na altura do epigástrio.
 18. Em seguida devemos fixar a sonda na narina sem tracioná-la.
19. Posicionar o paciente confortável, agradecer pela colaboração;
20. Deixar a unidade e o material em ordem;
21. Retirar as luvas, óculos e mascara;
22. Lavar as mãos;
23.  Fazer anotação de enfermagem (hora, tamanho e tipo da sonda, narina que foi introduzida, medida da parte exteriorizada, volume e aspecto da secreção drenada, intercorrências.)
Atenção: A sonda só poderá ser utilizada após confirmação de localização através do exame de raio-x e confirmação do médico.
Materiais necessários para troca do sistema:
· 01 seringa oral pack;
· 01 frasco de nutrição enteral;
· 01 equipo para dieta enteral;
· 01 rótulo para dieta;
· Água mineral.
Procedimento de retirada da sonda
· Confirmar se o procedimento está prescrito;
· Explicar o procedimento ao cliente;
· Avaliar o funcionamento intestinal auscultando para ver se há peristaltismo ou flatos;
· Ajudar o cliente a assumir a posição semi-Fowler;
· Lavar as mãos e calce luvas;
· Usar uma seringa com 10 ml de soro fisiológico a 0,9%, para irrigar a sonda;
· Certificar de que a sonda não está com conteúdo gástrico;
· Soltar a fixação da sonda;
· Fechar a sonda, dobrando-a em sua mão;
· Pedir ao cliente para prender a respiração, para fechar a epiglote;
· Cobrir e retirar imediatamente a sonda;
· Ajudar o cliente a fazer uma higiene bucal completa;
· Anotar a data e a hora de retirada da sonda. 
Cuidados de Enfermagem: 
· Observar a permeabilidade da via;
· Antes de iniciar a dieta, realizar teste de posicionamento da sonda;
· Atentar-se a fixação da sonda, se estiver em mau estado, realizar troca imediata;
· Lavar antes, durante e após medicações com 20 ml de água
http://enfermagemcomamor.com.br/index.php/2018/04/23/sonda-nasoenteral/
Enfermeira desenvolve método mais seguro para uso de sonda alimentar
Pesquisa rende primeiro Prêmio Capes de Tese à Faculdade de Enfermagem da Unicamp
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A introdução e o posicionamento inadequado de uma sonda nasogástrica (SNG) para a alimentação enteral em adultos não é trivial e pode levar a graves complicações e inclusive à morte. Existem vários métodos desenvolvidos na prática das enfermarias para determinar seu comprimento adequado, embora não fundamentados em estudos experimentais que comprovem suas seguranças. Com vistas a enfrentar esse desafio, pesquisa realizada na Unicamp se propôs a validar um método seguro que possibilite determinar com segurança o comprimento da sonda nasogástrica (SNG) a ser introduzia para alimentação de adultos. O objetivo foi o de encontrar uma metodologia que possibilite maiores acertos de localização do instrumento no corpo gástrico, ofereça ao paciente assistência mais segura e com menores riscos de eventos adversos.
O estudo foi desenvolvido no período em que a enfermeira Sandra Cristina de Oliveira Santos, professora do curso de graduação da Faculdade de Enfermagem (FEnf) da Unicamp, desenvolveu mestrado e doutorado como aluna do programa de pós-graduação da unidade.  O ineditismo do caráter experimental e a metodologia empregada foram determinantes para que o trabalho recebesse o Premio Capes de Tese, de 2017, na área de enfermagem,o primeiro atribuído à FEnf.
A enfermeira e professora Sandra Cristina de Oliveira Santos, autora de pesquisa
A importância do trabalho ressalta quando se sabe que não se encontra descrito ainda, na literatura cientifica nacional e internacional, um método que possibilite uma medida segura para determinar o comprimento da SNG a ser introduzida no tubo digestivo para prover a alimentação diretamente no estômago, fundamentado em ensaio clínico randomizado (ECR), com alto nível de evidência (pesquisa experimental). O ECR é frequentemente utilizado para se extrair dados de evidências, que possam ser usados na assistência a pacientes de forma a não provocar danos, em vista de sua efetividade ter sido testada em população de pacientes de forma controlada e sistemática, com critérios pré-estabelecidos, usando parâmetros padronizados, de maneira aleatória para evitar a possiblidade de interferência do pesquisador nos resultados.
A pesquisa foi orientada pela professora Maria Isabel Pedreira de Freitas, diretora da FEnf, e coorientada pelo professor Nelson Marcio Gomes Caserta, do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina (FCM) da Universidade. Teve ainda a colaboração da professora Wendy Woith, da Menonnite College of Nursing, EUA, da Illinois State  University (EUA), onde a orientada cumpriu um ano de intercâmbio, na modalidade bolsa sanduíche no exterior, pelo Programa Ciências Sem Fronteiras. Segundo a orientadora, “o intercâmbio de Sandra possibilitou um novo e mais amplo olhar sobre os dados disponíveis e maior rigor de análise decorrentes de trocas de experiências e discussões com membros de outra instituição”.
O trabalho – A proposta buscou estudar um problema inerente à atividade profissional e decorrente de inquietação vivenciada durante a assistência a pacientes, com vistas a gerar dados para melhorar a prática diária. Tratava-se, portanto, de trazer um problema identificado à beira do leito, levá-lo para a investigação sistemática e, depois, retornar com os resultados para uma prática segura, processo que se denomina pesquisa translacional.
Nessa perspectiva, o grupo multidisciplinar da Unicamp constituído ainda pelas enfermeiras Eliete Boaventura Bargas Zeferino e Margareta Maria Wopereis Groot,  do HC, do professor Sandro Guedes de Oliveira,  do Instituto de Física (IFGW), e por  Henrique Ceretta Oliveira, estatístico da FEnf, realizou um ensaio clínico randomizado para a avalição de três métodos de medidas externas para determinar o comprimento da SNG, com o objetivo de verificar qual deles seria efetivamente o mais seguro para o paciente.
A professora Maria Isabel Pedreira de Freitas, orientadora do estudo
Para tanto, foi adotada como medida controle o método NEX que, para determinar o comprimento da SNG leva em conta a distância da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifóide. Trata-se do método mais divulgado, utilizado e considerado adequado entre os profissionais de saúde. Foram, então, comparados com ele outros dois métodos experimentais, que vinham sendo considerados dentro da linha de pesquisa mantida há 23 anos pela professora Maria Isabel e estudados por Sandra durante o mestrado e doutorado: o método EXU, que leva em conta a distância do lóbulo da orelha ao apêndice xifóide e deste, ao ponto médio da cicatriz umbilical; e o método NEX + XU, que considera a distância  da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e deste até o apêndice xifóide mais a distância do apêndice xifóide até o ponto médio da cicatriz umbilical.
Após realização de estudo-piloto e cálculo amostral, verificou-se estatisticamente que cada um dos três métodos deveria ser aplicado aleatoriamente em grupos de 80 pacientes, totalizando 240, separados de forma randomizada/aleatória e duplo cego – pacientes e médico radiologista desconheciam o método a ser avaliado, ficando a cargo de um único profissional a leitura de todas as radiologias.
Os resultados mostraram que os métodos EXU e NEX + XU apresentam melhores resultados em relação ao método NEX, pois as sondas introduzidas localizam-se em regiões que reduzem a possibilidade de aspiração dos nutrientes.
Os pesquisadores concluíram que a metodologia adotada no delineamento do trabalho mostrou com muita clareza e precisão que o método NEX, preconizado na literatura e ensinado nas escolas de enfermagem, aumenta o risco de aspiração de nutrientes pelo paciente que recebe alimentação por sonda colocada em estômago, o que o torna inseguro.  A metodologia adotada na pesquisa é a primeira de caráter experimental, com resultados efetivamente conclusivos e o grupo de pesquisa espera que os dois métodos que se evidenciaram mais adequados sejam amplamente divulgados e adotados na prática clínica para maior segurança dos pacientes.
O próximo estudo a ser realizado pela equipe vai propor um modelo, com dados coletados durante o trabalho, relacionando as características anatômicas do paciente adulto com os dois métodos propostos.
 
Fonte: Jornal da Unicamp - On
http://www.cofen.gov.br/enfermeira-desenvolve-metodo-mais-seguro-para-uso-de-sonda-de-alimentacao-enteral_59310.html
Sonda Nasogástrica
A Sonda Nasogástrica serve de via de acesso ao estômago do paciente. Está indicada para pacientes impossibilitados de deglutir. O procedimento consiste na inserção de um cateter estéril, pelo nariz até o estômago, onde serão administradas a dieta líquida (líquidos e nutrição liquefeita prescrita pelo nutricionista da equipe médica), a terapia medicamentosa prescrita ou para algum outro fim terapêutico, como a interrupção da passagem de alimentos por ferida operatória a fim de minimizar o risco de infecções.
A Sonda Nasogástrica quando utilizada para alimentação deve ser montada em equipo próprio, com gotejo controlado, e deve ser limpa com aplicação de água (20 ml) no final de cada utilização. Esse procedimento deve ser repetido a cada troca do frasco de alimentação para evitar que a comida liquefeita endureça no cateter provocando a obstrução e forçando a substituição da sonda.
Pacientes com Sonda Nasogástrica devem seguir rigorosamente a dieta prescrita pela equipe médica. Observe sempre as restrições de alimentação. A oferta e ingestão de água pela via normal (pela boca) deverão ser liberadas pela equipe médica. Consulte a equipe médica sobre os cuidados paliativos com a via oral, caso haja desconforto do paciente (umedecer a boca e lábios pode aliviar o desconforto, mas devem ser liberados pela equipe médica, com base na patologia a ser tratada).
Indicações da Sonda Nasogástrica
· descompressão gástrica
· remoção de gás e líquidos
· diagnóstico de mobilidade intestinal
· obtenção de conteúdo gástrico para análise
· preparo pré-operatório
· lavagem gástrica
A Sonda Nasogástrica pode ainda servir de terapia tópica para aliviar o desconforto abdominal quando cusadas por gases ou líquidos, para a lavagem gástrica, que é a remoção de substâncias, tóxicas como a administração incorreta de medicamentos, acidentes com a ingesta imprópria de produtos, ou mesmo para o esvaziamento gástrico como preparação para procedimentos clínicos ou cirúrgicos, ainda para a infusão de substâncias marcadoras ou reativas em exames clínicos.
O ENFERMEIRO efetua a passagem e retirada da Sonda Nasogástrica ou Sonda Nasoentérica, bem como a manutenção da medicação e da dieta prescrita. Faz também o treinamento para o cuidador do procedimento de administração da dieta e terapia medicamentosa, como os cuidados gerais de enfermagem domiciliar.
Sonda Nasoentérica
A Sonda Nasoentérica serve de via de acesso ao duodeno ou ao jejuno do paciente, as porções terminais do intestino delgado. Está indicada para pacientes impossibilitados de deglutir. O procedimento consiste na inserção de um cateter estéril, pelo nariz até o duodeno ou ao jejuno, onde serão administradas a dieta líquida (líquidos e nutrição liquefeita prescrita pelo nutricionista da equipe médica), a terapia medicamentosa prescrita ou para algum outro fim terapêutico, como a interrupção da passagem de alimentos por ferida operatóriaa fim de minimizar o risco de infecções.
A Sonda Nasoentérica quando utilizada para alimentação deve ser montada em equipo próprio, com gotejo controlado, e deve ser limpa com aplicação de água (20 ml) no final de cada utilização. Esse procedimento deve ser repetido a cada troca do frasco de alimentação para evitar que a comida liquefeita endureça no cateter provocando a obstrução e forçando a substituição da sonda.
Pacientes com Sonda Nasoentérica devem seguir rigorosamente a dieta prescrita pela equipe médica. Observe sempre as restrições de alimentação. A oferta e ingestão de água pela via normal (pela boca) deverão ser liberadas pela equipe médica. Consulte a equipe médica sobre os cuidados paliativos com a via oral, caso haja desconforto do paciente (umedecer a boca e lábios pode aliviar o desconforto, mas devem ser liberados pela equipe médica, com base na patologia a ser tratada).
Indicações da Sonda Nasoentérica
· Administração de medicamentos
· Alimentação enteral
· Problemas gastrintestinais com a dieta alimentar normal
· Presença de neoplasias (tumores) de boca
· Presença de neoplasias (tumores) de garganta
· Terapias para o câncer (neoplasias)
· Cuidados na convalescença
· Condições hipermetabólicas
· Paralisia orofaríngea / esofagiana
· Cirurgia maxilofacial ou cervical
PROCEDIMENTO • Sondagem nasogástrica (SNG) e nasoenteral (SNE).
	
	Sonda Levine, indicada para passagem de SNG.
	
	Sonda Dobbhoff, indicada para passagem de SNE. Diferencia-se da Levine por apresentar um fio-guia e uma ogiva distal (tungstênio).
· Qual a finalidade das sondagens nasogástrica (SNG) e nasoenteral (SNE)?
SNG: drenar conteúdo gástrico para descompressão, realizar lavagem gástrica e administração de medicação/alimento.
SNE: permitir a administração de dietas e medicamentos de maneira mais confortável e segura, principalmente nos pacientes idosos, acamados e com reflexos diminuídos.
· Quais as indicações e contra-indicações da SNG e SNE?
A SNG está indicada para alimentação, hidratação, administração de medicamentos em pacientes com dificuldade ou impossibilidade de se alimentar, descompressão gástrica, remoção parcial ou total do conteúdo gástrico e proteção contra brocoaspiração. E é contra-indicada em casos de mal formação e obstrução do septo nasal, desconforto respiratório importante, mal formação e/ou obstrução mecânica/cirúrgica do trato gastrointestinal, neoplasia de esôfago ou estômago.
A SNE é indicada a pacientes inconscientes e/ou com dificuldade de deglutição. E é contra-indicada pacientes com desvio de septo e TCE.
· Quais os riscos e/ou pontos críticos associados a SNG e SNE?
- Traumas nasais;
- Inflamação do intestino;
- Diarreia;
- Obstrução da sonda;
- A sonda pode deslocar-se para o aparelho respiratório;
- Pneumotórax.
- Localização da sonda (sempre realizar o teste antes da infusão, no caso da SNG);
- Atentar para fixação adequada da sonda, prevenindo o deslocamento da mesma.
· Quais os materiais necessários para a realização das sondagens nasogástrica e nasoenteral?
SNG: bandeja, sonda Levine, gel hidrossolúvel, seringa 20ml, gaze, estetoscópio, toalha, luva de procedimento, esparadrapo ou fita adesiva hipoalergênica, máscara descartável.
SNE: bandeja, sonda Dobbhoff, gel hidrossolúvel, seringa 20 ml, gaze, estetoscópio, luva de procedimento, esparadrapo/micropore, SF 0,9%, papel toalha.
· Qual a descrição técnica do procedimento de SNG e SNE?
1. Higienizar as mãos;
2. Conferir a prescrição médica, reunir todo material na bandeja e levar para próximo ao paciente;
3. Orientar paciente e familiar sobre o procedimento;
4. Isolar a cama com um biombo, se necessário;
5. Posicionar o paciente em posição Fowler alta, a menos que haja contra-indicação; caso o paciente não possa ter a cabeceira elevada, mantê-lo em decúbito dorsal horizontal, lateralizando a cabeça e inclinando-a para frente;
6. Colocar máscara e calçar luvas de procedimento; 
7. Avaliar obstrução nasal e/ou desvio de septo;
8. Higienizar a narina com solução fisiológica, se necessário;
9. Colocar o papel-toalha no tórax do paciente;
10. No caso da SNG, medir a sonda da ponta do nariz até o lóbulo da orelha e, a seguir, estender a sonda até o apêndice xifoide. No caso da SNE, mensurar a sonda do ápice do nariz ao lóbulo da orelha, descer até o apêndice xifoide adicionando 15 a 20 cm, marcando com fita adesiva.
11. Lubrificar a sonda utilizando gaze gel hidrossolúvel;
12. Introduzir na narina do paciente até sentir uma pequena resistência, nesse ponto, peça ao paciente para fletir ligeiramente a cabeça;
13. Quando possível, solicitar a colaboração do paciente, pedindo para que faça movimentos de deglutição;
14. Continuar introduzindo a sonda, acompanhando os movimentos de deglutição do paciente até o ponto pré- marcado;
15. Testar posicionamento, injetando 20ml de ar com seringa de bico. Auscultar com estetoscópio
concomitantemente a região epigástrica e/ou aspirar o conteúdo gástrico;
16. No caso da SNE, após confirmação do posicionamento adequado da sonda, retirar o fio guia delicadamente. Solicitar que o paciente permaneça em decúbito lateral direito, facilitando a ida da sonda para o duodeno.
17. A sonda deverá ser fixada adicionalmente na face, do mesmo lado da narina utilizada, com fita adesiva fina;
18. Manter a sonda fechada ou aberta, conforme a indicação da prescrição;
19. Recolher todo material, deixando o ambiente em ordem e encaminhar ao expurgo;
20. Retirar as luvas de procedimento e a máscara descartável;
21. Higienizar as mãos;
22. Realizar anotações de enfermagem no prontuário.
23. No caso da SNE, encaminhar o paciente para controle radiológico. Após confirmar a localização da sonda pela radiografia, iniciar a nutrição/medicação.
· Quais as recomendações acerca das SNG e SNE?
- Em pacientes com suspeita de TCE, é recomendado a sondagem oral gástrica, sob suspeita de fratura de ossos da base do crânio.
- Em pacientes com suspeita de TRM, não elevar o decúbito.
- No sistema de sondagem nasoenteral, deve ser obrigatoriamente realizado um RX após a passagem da sonda, antes de administrar qualquer tipo de medicação ou dieta.
- Deixar toalhas próximas é importante, pois durante a passagem da sonda, o paciente pode sentir náuseas por estimulação do nervo vago. Caso isso ocorra, interromper o procedimento temporariamente. Ocorrendo vômito, retirar a sonda e atender o paciente, retomando o procedimento mediante avaliação.
- Guardar o fio guia da SNE em uma embalagem limpa e mantê-la junto aos pertences do paciente, caso a sonda atual precise ser repassada.
- Sinais de asfixia como cianose, acesso de tosse e dispneia são indicativos de que a sonda está sendo direcionada para o trato respiratório, neste caso, retirar a sonda imediatamente.
Sondagem Retal e Lavagem Intestinal
Sondagem Retal
Finalidades:
  Auxiliar eliminação de gases;
   Preparar o cliente para cirurgias/exames;
   Administrar medicamentos.
Material Necessário:
  01 Par de luvas de procedimento, 01 sonda retal, 01 tubo de Xylocaína geléia, 05 gazes não esterilizadas, 01 saco de lixo pequeno, 01 bandeja.
Pré - Execução: 
   Observar prescrição médica;
   Observar calibre da sonda à ser utilizada;
   Preparar material;
   Lavar as mãos.
Execução:
   Identificar-se;
   Checar o nome e o leito do cliente;
   Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;
   Dispor o material próximo ao cliente;
   Promover privacidade;
   Colocar o cliente em posição de SIMS (decúbito lateral esquerdo, com MIE extendido e MID fletido);
   Abrir os materiais sobre o campo;
   Calçar as luvas;
   Lubrificar a sonda com Xilocaína geléia;
   Com a mão não dominante, afastar os glúteos, a fim de visualizar o ânus;
   Solicitar que o cliente inspire profundamente e introduzir vagarosamente a sonda no reto;
   Deixar o cliente confortável e com a campainha ao seu alcance;
   Deixar o ambiente em ordem.
Pós - Execução:
   Desprezar o material utilizado no expurgo;
   Lavar as mãos;
   Realizar as anotaçõesnecessárias.
Avaliação:
   Eficácia do procedimento;
   Integridade da mucosa.

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