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ENEMA OPACO CLISTER OPACO INTESTINO GROSSO Prof. Luciano O Almeida Para Realização do Exame de Enema Opaco Quais as atribuições do técnico em radiologia nesse procedimento? O que é um enema opaco? Como é dividido o abdome? Qual região abdominal será estudada? É necessário preparo antes do exame? O paciente deve vir acompanhado? Como é realizado o exame? O Enema Opaco ou Clister Opaco é um exame para diagnóstico de doença do intestino grosso, que utiliza a técnica de “raio-x” e um meio de contraste (o bário), colocado no cólon via anal, para tornar a parede do intestino e do reto mais visível através da radiação. Este método de representação radiográfica, teve durante muitos anos um papel fundamental na visualização da estrutura desta porção do tubo digestivo e no diagnóstico de doenças que o afetam. A Divisão do Abdome Superior: Diafragma Inferior:Promontório Sacral até Sínfise púbica Regiões e Quadrantes do Abdome Cólon ascendente Reto Ânus Região a Ser Estudada Cólon Transverso Còlon Descendente Intestino grosso Ângulo esplênico Ângulo hepático Colon Sigmoide Pòlipos Pólipo é uma elevação na parede do intestino, geralmente de caráter benigno, que faz protusão na luz do intestino. Variam de tamanho e podem aparecer em qualquer parte do intestino grosso. Os pólipos podem se tornar malignos quando permanecem no intestino. Como, na maioria das vezes, não causam sintomas, o único. Ùlceras Mucosas Colite Ulcerativa é uma doença crônica do intestino caracterizada pela inflamação específica do intestino grosso, sendo mais freqüente no reto. Ela se manifesta com dor abdominal, sangramento retal e diarréia muco-sanguinolenta. Até o momento, não se sabe a causa da doença mas, assim como na Doença de Crohn, acredita-se que se relacione a fatores imunológicos. Tumores • Câncer de Cólon é um tumor maligno do intestino grosso. Na maioria dos casos, na fase inicial não apresenta sintomas e sua detecção precoce através da colonoscopia pode proporcionar a cura desta doença. Algumas vezes o paciente pode apresentar sangramento nas fezes ou pelo reto, alteração do ritmo intestinal e ainda alteração do aspecto das fezes, o que pode ser um sinal de alerta para que o paciente procure um atendimento especializado. Divertículos • Diverticulite é um quadro agudo de inflamação e infecção de um ou mais divertículos. Portanto é uma complicação que ocorre em indivíduos portadores de doença diverticular do cólon e se manifesta com dor abdominal de intensidade variável, na maioria das vezes localizada no lado esquerdo do abdome podendo ser acompanhada de febre, mal estar geral e em alguns casos diarréia. Intussuscepção • Intussuscepção ou intuscepção refere-se a entrada de um segmento de um órgão oco em outra parte do mesmo órgão e é um termo português do Brasil. Em Portugal diz-se invaginação. Procedimento Primeiramente é injetado através de uma sonda, um meio de contraste (bário), que se deposita nas paredes do intestino. Durante este procedimento é normal ter a sensação de desconforto abdominal. Importante também ficar atento ao dados clínicos do paciente para certificar como deve fazer o procedimento,qual contraste ira usar durante o exame, pode ser bário ou iodo. Matérias para realização do exame Sonda retal simples Sonda de foley 3 vias Sonda 3 vias para enema opaco Luvas de procedimento xylocaína contraste Bolsa para enema opaco Preparo do Exame Véspera do exame: Tome 04 comprimidos de Dulcolax às 12:00 h. Os quatro comprimidos devem ser retirados na marcação do exame. Em caso de apresentar prisão de ventre (dificuldade de evacuar), pode-se associar o laxante que estiver acostumado. O Dulcolax pode causar cólica intestinal e, nesse caso, recomenda-se tomar luftal de 4 em 4 horas até a véspera do exame. Jantar de véspera até às 18:00 h. Ficar de Jejum a partir de então. Paciente não deve mascar chicletes ou fumar cigarros durante o jejum. Dia do exame: O paciente deve fazer um enema por via retal (fleet-enema). A porção intestino grosso deve estar vazia. A limpeza completa de todo o intestino é de extrema importância para o estudo contrastado satisfatório do intestino grosso. Indicações Colite, câncer do intestino, tumores no intestino, diverticulite que é a inflamação das pregas das paredes do intestino, volvo que é caracterizado pelo intestino torcido, pólipos intestinais. Como é realizado o exame O exame enema opaco dura cerca de 40 minutos e é realizado sem anestesia, o que pode fazer com que a pessoa sinta dores e desconforto durante o exame. Por isso, alguns médicos preferem solicitar uma colonoscopia porque ela também serve para avaliar o intestino grosso, sendo mais segura e confortável para o paciente. O exame enema opaco é feito de acordo com os seguintes passos: Realização de um raio-X simples do abdômen para verificar se o intestino está corretamente limpo; A pessoa é colocada deitada sobre o lado esquerdo, com o corpo inclinado para frente e perna direita mais a frente da perna esquerda; Introdução de uma sonda retal e do contraste, que é o sulfato de bário; A pessoa é reposicionada para que o contraste consiga ser espalhado; Remoção do excesso de contraste e injeção de ar; Remoção da sonda; Realização de vários raios x para avaliar o intestino. Radiografia simples com preparo Radiografia simples sem preparo Durante o exame, a pessoa pode sentir vontade de evacuar, principalmente depois da injeção de ar e, após o exame, poderá sentir inchaço e dores no abdômen e vontade urgente de evacuar. É normal que a pessoa tenha prisão de ventre por alguns dias e as fezes ficarem brancas ou cinzas devido ao contraste, por isso é muito importante aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras, como cereais integrais e frutas com casca, e beber 2 litros de água por dia. No caso das crianças, isto também pode acontecer, por isso é importante os pais oferecerem muitos líquidos à criança depois do exame. Preparo do Paciente Dieta líquida. Fazer uso de laxantes. Jejum de 8 a 10 horas. Fotos de Sondagens Método Imaginológico: Realizar radiografia piloto, contendo todo o trato GI, e introduzir o contraste até atingir o nível do ângulo hepático (flexura), posteriormente sub mete-se o paciente à algumas manobras abdominais, afim de que o contraste alcance a região do ceco. Com as alças intestinais cheias de contraste, radiografa-se em projeção AP ( abdome panorâmico). Retira-se somente o excesso de contraste e injeta-se ar através do insulflador até causar um certo desconforto ao paciente (cólica), obtendo assim o duplo contraste (Prova de Fisher), radiografando o paciente em projeção PA., (todo o intestino grosso). Logo em seguida, coloca-se o paciente em projeção P ( perfil ), visualizando assim o reto em perfil. Depois são realizadas as projeções: Rotina de Radiografias Abdome panorâmico em (DV). Abdome panorâmico em (DD). Localizada em flexura esplênica. Localizada em flexura hepática. Perfil de reto. Incidências adicionais à critério médico. - O.A.D. para visualização detalhada da flexura esplênica - O.A.E. para visualização detalhada da flexura hepática - AP com uma angulação no R.C. entre 20 e 30 graus cranial ( axial de sínfise púbica), para estudo do cólon sigmóide de frente. Radiografia em AP podemos localizar todos segmentos do intestino grosso. 1-RETO 2-SIGMOIDE 3-COLON DESCENDENTE 4-ÂNGULO ESPLÊNICO 5-COLON TRANSVERSO 6-ÂNGULO HEPATICO 7-COLON ASCENDENTE 8-CECO 1 2 3 4 5 6 7 8 Incidências em AP e PA Olhando para esta imagem, podemos ver que o contraste já passou pela válvula íleo cecal. Devemos colocar o paciente na posição de Trendelenburg. Essa e uma manobra que realizamos durante o exame para que o contraste volte ao intestino grosso. Colon transverso Colon Ascendente Colon Descendente Ângulo Esplênico Ângulo Hepático Sigmóide Perfil do reto sem sonda Perfil do reto com sonda Podemos ver perfeitamenteo apêndice Complicação no exame de enema opaco O enema opaco é um exame rotineiro, mas que necessita de cautela durante a sua realização. Nos casos de perfuração, podendo iniciar com quadro clínico de dor abdominal e evoluir para peritonite, sepse e choque. Os locais mais comumente afetados são o cólon sigmóide e o reto. A perfuração coloretal é complicação grave do enema opaco. PERFURAÇAO DO COLO Patologias encontradas no exame de enema opaco Diverticulite Mordida da maça Enema opaco com bolsa de colostomia O que é uma colostomia? A colostomia é uma intervenção cirúrgica na qual se cria uma abertura artificial (estoma) no cólon, que é uma parte do intestino grosso, podendo ser temporária ou permanente. Esse procedimento faz com que uma parte do intestino fique exposta no abdome. A abertura criada será o local por onde sairão as fezes, que por sua vez serão armazenadas em uma bolsa coletora. É indicado, principalmente para descomprimir, drenar, aliviar tensões de anastomoses intestinais e proteger suturas de um órgão danificado, no caso o intestino grosso, Evitando que as fezes passem pelo local operado antes da cicatrização completa, evitando-se infecções nos pontos de sutura. Estão relacionadas com a estrutura orgânica da colostomia e sua funcionalidade. São classificadas em dois grupos: • necrose • retração • infecção •sangramento • edema IMEDIATAS TARDIAS • estenose • enterorragia • dermatites • prolapso • hérnia para-estomal Bolsa de colostomia TIPOS DE COLOSTOMIA Um paciente colostomizado precisa tomar cuidados especiais. A qualidade de vida a essas pessoas, para que elas possam sair de casa e exercer suas atividades sem maiores preocupações. e levar uma vida normal, é necessário, basicamente, que o local onde foi feita a cirurgia seja bem cuidado, higienizado e constantemente inspecionado, para evitar infecções. Cuidados necessários As bolsas devem ser guardadas em locais limpos, secos e protegidas do sol para evitar umidade e ressecamento que comprometam a sua capacidade adesiva. A demanda por maior qualidade de vida entre pessoas colostomizadas é tão grande que, atualmente, existem diversos serviços que oferecem apoio logístico, psicológico e social para estes pacientes. A SABEDORIA É UM BEM QUE JAMAIS OUTRA PESSOA ROUBARA DE VOCÊ.
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