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Definição Cavidade irregular neoformada preenchida por pus (tem obrigatoriamente necrose por heterólise) De caráter bacteriano – bactérias piogênicas Localização: substância branca cerebral e cerebelar Caráter expansivo + intenso edema perilesional => hipertensão intracraniana => hérnias => morte do paciente Causas Foco séptico a distância Embolia séptica (via hematogênica) Geralmente formam múltiplos abcessos Foco séptico na região de maciço facial e crânio Mastoidites, sinusites, otites, cáries, gengivites, etc. Causam abcessos únicos (geralmente) Localização Podem ser Abscessos subdurais Abscessos epidurais Abscessos intraparenquimatosos Características clínicas Síndrome de hipertensão intracraniana Massa com edema vasogênico, causando edema cerebral, gerando a síndrome da HI Febre, torpor, coma Clínica específica (depende da localização do abcesso) Exame do LCR: Hipercitose (aumento de células, predominantemente polimorfonucleares) Glicoraquia normal (glicose geralmente normal) Hiperproteínoraquia discretas (aumento discreto das proteínas) Abscesso cerebral Abscesso cerebral Pietra Aguiar TXI Foco séptico a distância Foco séptico na região de maciço facial e crânio Exame do LCR Anatomia patológica Abscesso cerebral agudo Menos de 10-14 dias Exudato purulento Abscesso cerebral crônico A partir de 10-14 dias Tecido de granulação, gliose, cápsula fibrosa delgada (pobre em fibroblastos) Abcesso com mais de um mês apresenta a cápsula fibrosa vista em imagem radiológica Abscessos hematogênicos geralmente se localizam na transição entre substância branca e cinzenta pois é nesse local que se encontra a parte distal da circulação Microscopia Estudo independente Meningite viral A meningite asséptica é um termo clínico que se refere à ausência de um organismo reconhecível em um paciente com irritação meníngea, febre e alteração de consciência de início relativamente agudo. O nome é um termo errôneo, uma vez que a doença é geralmente de etiologia viral e raramente bacteriana ou de outra origem. O curso clínico é menos fulminante do que a meningite piogênica e os achados no LCR também diferem. Na meningite asséptica, ocorre uma pleocitose linfocitária, a elevação de proteínas é somente moderada e o conteúdo de glicose é quase sempre normal. As meningites assépticas virais são geralmente autolimitadas e são tratadas sintomaticamente. É interessante destacar que, até mesmo com os métodos moleculares de detecção dos patógenos, o agente etiológico é identificado na minoria dos casos. O espectro dos patógenos varia sazonal e geograficamente. Um quadro do tipo meningite asséptica pode também se desenvolver como consequência da ruptura de um cisto epidermoide no espaço subaracnoide ou à introdução de um agente químico irritante (meningite “química”). Nesses casos, o LCR é estéril, ocorre pleocitose com neutrófilos e um aumento da concentração de proteínas, porém o conteúdo de glicose geralmente é normal. Abscesso inicial com edema cerebral e conjunto de células polimorfonucleares pelrilesionais ao redor dos vasos Abscesso já instalado com cápsula fibrosa e necrose central Abscesso cerebral agudo Abscesso cerebral crônico Meningite viral Encefalite Viral A encefalite viral é uma infecção parenquimatosa do encéfalo quase sempre associada à infl amação meníngea (meningoencefalite) e algumas vezes com envolvimento simultâneo da medula espinal (encefalomielite). Encefalite por Herpes vírus Tipo 1 A encefalite por vírus herpes simplex do tipo 1 (HSV-1) é mais comum em crianças e em adultos jovens. Somente cerca de 10% dos indivíduos afetados possuem história prévia de herpes. Os sintomas clínicos observados com mais frequência na encefalite herpética são alterações no humor, na memória e no comportamento. Os métodos baseados na reação em cadeia da polimerase (PCR) para a detecção de vírus em amostras de LCR aumentaram a facilidade do diagnóstico e o reconhecimento de um subgrupo de pacientes com doença de menor gravidade. Os agentes antivirais atualmente fornecem tratamento efi caz na maior parte dos casos, com uma redução signifi cativa na taxa de mortalidade. Em alguns indivíduos, a encefalite por HSV-1 segue um curso subagudo com manifestações clínicas (fraqueza, letargia, ataxia, crises convulsivas) que evoluem durante um período mais prolongado (4 a 6 semanas). A encefalite inicia e acomete com mais gravidade as regiões inferior e medial dos lobos temporais e do giro orbital dos lobos frontais. A infecção é necrotizante e com frequência hemorrágica nas regiões afetadas com mais gravidade. Os infiltrados inflamatórios perivasculares estão, em geral, presentes e os corpúsculos de inclusão viral intranuclear do tipo A de Cowdry podem ser encontrados tanto em neurônios quanto na glia. Em indivíduos com encefalite por HSV-1 de evolução lenta, ocorre o envolvimento mais difuso do encéfalo Encefalite por Herpes vírus Tipo 2 O vírus herpes simplex do tipo 2 (HSV-2) também infecta o sistema nervoso. Pode causar meningite em adultos, porém, até 50% dos neonatos nascidos por parto vaginal de mulheres com infecção genital primária ativa por HSV adquirem a infecção durante a passagem pelo canal de parto e desenvolvem grave encefalite. Em casos de infecção ativa por HIV, o HSV-2 pode causar uma encefalite necrosante, aguda, hemorrágica. Encefalite por Varicela zoster A reativação do herpes-zóster é geralmente um processo autolimitado, mas pode ocorrer uma síndrome de neuralgia pós- herpética, particularmente quando ocorre após os 60 anos de idade, que inclui tanto dor persistente como uma sensação dolorosa após estímulos que habitualmente não levam à dor. Envolvimento patente do SNC em decorrência do herpeszóster é muito mais raro, mas pode ser grave. O herpes-zóster já foi associado à arterite granulomatosa, sendo que em um número limitado de casos já foram obtidas evidências de envolvimento viral por microscopia eletrônica ou por imunocitoquímica. Em indivíduos imunossuprimidos, o herpes-zóster pode causar encefalite aguda com numerosas lesões circunscritas e bem delimitadas, caracterizadas por desmielinização seguida por necrose. Encefalite por HIV A meningite asséptica por HIV ocorre de 1 a 2 semanas após a soroconversão, em 10% dos pacientes. Os anticorpos contra o HIV podem ser demonstrados e o vírus pode ser isolado do SNC. Os poucos estudos neuropatológicos da fase aguda e precoce da invasão sintomática e assintomática do sistema nervoso pelo HIV mostra uma meningite linfocítica leve, inflamação perivascular e alguma perda de mielina nos hemisférios. Entre os tipos de células presentes no SNC, somente a microglia tem a combinação de receptores CD4 e de quemocinas (CCR5 ou CXCR4) para permitir uma infecção eficiente do HIV. Durante a fase crônica, a encefalite por HIV é comumente encontrada quando indivíduos sintomáticos são autopsiados. A encefalite por HIV é melhor caracterizada microscopicamente como uma reação inflamatória crônica com infiltrados amplamente distribuídos de nódulos microgliais, algumas vezes associados a focos de necrose tecidual e gliose reativa. Os nódulos microgliais são também encontrados na vizinhança de pequenos vasos sanguíneos, que mostram células endoteliais anormalmente proeminentes, além de macrófagos espumosos perivasculares ou abarrotados de pigmentos. Essas alterações ocorrem especialmente na substância branca subcortical, no diencéfalo e no tronco encefálico. Um componente importante do nódulo microglial é a célula gigante multinucleada derivada de macrófagos. Em alguns casos também há um distúrbio de substância branca caracterizado por áreas multifocais ou difusas de palidez da mielina, de edema axonal e de gliose. O HIV pode ser detectado em macrófagos mono e multinucleados CD4+ e na microglia por imunoperoxidase e pormétodos moleculares. Encefalite viral Encefalite por herpes-vírus tipo 1 Encefalite por herpes-vírus tipo 2 Encefalite por Varicela zóster Encefalite por HIV
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