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Definição Aumento na quantidade de água no tecido cerebral causada por lesões focais (hematomas, tumores, abcessos) ou difusas (anóxia, meningites, encefalites, intoxicações) Classificação Edema vasogênico Plasma e proteínas Provocado a partir de uma lesão/ alteração vascular O aumento da permeabilidade vascular permite a saída para o espaço intersticial de plasma e proteínas Possíveis causas: Neoplasias Abscessos AVC hemorrágico Malformações vasculares O edema localiza-se normalmente na substância branca (entre neurônios e células da glia) Quando começa o processo patológico ele é focal, mas pode se tornar difuso (lesões circunscritas) Edema citotóxico Água Causas: Infarto cerebral (hipóxia, anóxia difusa) – causa principal Quando se altera a membrana celular de uma célula e sua permeabilidade, ocorre a entrada de água, provocando edema generalizado Encefalopatia hepática Cetoacidose diabética Meningites Intoxicação hídrica Acomete substância branca e cinzenta (mais acentuado na substância cinzenta no espaço intracelular) Edema hidrocefálico ou intersticial Qualquer processo que bloqueia a circulação/ absorção livre de LCR (transudação transpendimária do LCR) ou que provoque uma hidrocefalia obstrutiva, pseudomotor (hipertensão intracraniana benigna) Acomete a substância branca periventricular Pouco frequente Pode ocorrer em pacientes com meningite com LCR purulento e não tratado corretamente Edema cerebral Edema cerebral Edema vasogênico Edema citotóxico Edema hidrocefálico ou intersticial Pietra Rosa TXIX Em geral ocorre em torno dos ventrículos laterais quando um aumento anormal da pressão intravascular, causando um fluxo anormal de líquido a partir do LCR intraventricular e do revestimento ependimário Edema hipostático ou osmótico Água Causa Hiponatremia Síndrome da secreção inapropriada do HAD Hemodiálise Intoxicações Predominante na substância branca Líquido de edema rico em eletrólitos Edema hidrostático Água Geralmente provocado pelo aumento da pressão venosa Edema passivo (saída passiva de água) Causas Trombose venosa Fístulas arteriolares IC Extracranianas: obstrução venosa, mediastinal/ jugular, obesidade mórbida Macroscopia Convexidades aplanadas Devido a compressão contra as superfícies ósseas Aumento do peso e volume Desvio da linha média Hérnias de um ou mias tipos Aplanamento dos giros e apagamento dos sulcos (típico de paciente com edema cerebral) Em edemas de longa duração a substância branca pode ficar acinzentada ou esverdeada Microscopia Textura frouxa da susbtância branca Vacúolos intersticiais Edema perivascular (intravascular) – importante observar Substância branca normal Amplo espaço intravascular Textura frouxa da substância branca Edema hipostático ou osmótico Edema hidrostático Hemorragia intraparenquimatosa Complicação da hipertensão Fases Ruptura vascular: ocorre em 1-10 segundos Ocorre devido alterações vasculares crônicas Formação de hematomas: menos de 1h Ocorre devido à pressão sanguínea e anormalidade de coagulação Expansão de hematoma: 1-6h Ocorre devido à pressão sanguínea, injuria tecidual e hematoma perivascular Formação de edema: 24-72h Piora do quadro neurológico Ocorre toxicidade celular e humoral, com produtos de degradação do sangue Fases Definição Perda da relação entre o conteúdo da caixa craniana (cérebro, líquido cefalorraquidiano e sangue) e o volume do crânio PI normal: 5-15mmHg (constante) Causas Neurológicas AVC hemorrágico Abscesso cerebral Meningite AVC isquêmico Não neurológicas Cetoacidose diabética Hipertensão arterial maligna Encefalopatia hipertensiva Encefalopatia hepática Urêmica Envenenamento Intoxicações Idiopáticas Lesões expansivas localizadas: aumento do volume de um ou parte do hemisfério cerebral Hematomas Abscessos Tumores Fatores que atuam difusamente: aumento global do volume do encéfalo Anóxia sistêmica Processos inflamatórios (meningite, encefalite) Hipertensão Intracraniana Hipertensão Intracraniana Neurológicos Não neurológicos idiopáticas Pietra Rosa TXIX Manifestações clínicas Tríade clássica Cefaleia Holocraniana: compressão dos ramos nervosos meníngeos Geralmente perdura dias ou meses, tornando-se cada vez mais intensa e, com o passar do tempo, resistente aos analgésicos Quase sempre é exacerbada pela manhã, quando passa a ser acompanhada de vômitos Vômitos Em jato: compressão dos centros bulbares, precedidos ou não de náuseas Edema de papila (papiledema) Borramento das margens da papila óptica Edema de disco óptico e o abaulamento anterior da escavação fisiológica A hipertensão intracraniana é transmitida para o nervo óptico, causando estase do fluxo axoplásmico, edema intra- axônico e edema da cabeça do nervo óptico O papiledema indica, com frequência, uma patologia cerebral importante, como meningite, hemorragia subaracnóidea, traumatismos e lesões expansivas Consequências Aumento do encéfalo, difuso/ localizado Deslocamento das partes afetadas Compressão do tecido encefálico contra dobras durais Hérnias encefálicas/ intracranianas O aumento da PI pode reduzir a perfusão do encéfalo, com posterior exacerbação do edema cerebral. Como a calota craniana é dividida por pregas durais rígidas, a expansão localizada do encéfalo pode causar seu deslocamento em relação a esses compartimentos Quando a expansão é suficientemente grave pode ocorrer a síndrome da herniação Hérnias encefálicas Herniação subfoical (giro do cíngulo) Ocorre na expansão unilateral ou assimétrica de um hemisfério cerebral Desloca o giro do cíngulo sob a foice cerebral Pode levar a compressão dos ramos da artéria cerebral anterior Herniação transtentorial (uncinada ou mesial temporal) Porção medial do lobo temporal está comprimida contra as bordas livres do tentório do cerebelo Aumento do deslocamento do lobo temporal pode comprometer o terceiro nervo Causa dilatação da pupila e prejuízo dos movimentos oculares do lado da lesão Vômitos Edema de papila (papiledema) Herniação subfalcina (giro do cíngulo) Herniação transtentorial (uncinada ou mesial temporal) Cefaleia Artéria cerebral posterior também pode ser comprimida Leva a lesão isquêmica no tentório, incluindo o córtex visual primário Quando a extensão da herniação é suficientemente grande o pedúnculo cerebral contralateral pode ser comprimido, levando a uma hemiparesia ipsilateral à herniação A alteração do pedúnculo nesse caso é conhecida como incisura de Kernohan O progresso dessa herniação é, com frequência, acompanhado por lesões hemorrágicas no mesencéfalo e na ponte Chamadas de hemorragias secundárias do tronco encefálico ou de Duret Herniação tonsilar Deslocamento das tonsilas cerebelares através do forame magno Risco de morte Causa compressão do tronco encefálico e compromete a respiração vital e os centros cardíacos do bulbo Hernia transcalvariana Em traumatismos craniocefálicos ou cirurgias em que o encéfalo é aberto Encéfalo sai a partir da solução de continuidade Tríade de Cushing Consequência da piora do paciente com hipertensão intracraniana Bradicardia Bradipneia ou irregularidade respiratória (respiração extremamente enfraquecida) Hipertensão arterial (hipertensão sistólica) Resultado da lesão bulbar por compressões provocadas pelas hérnias das tonsilares, onde o cerebelo entra no forame Magno, ficando preso e comprimindo o bulbo O edema também causa uma compressão intracraniana do n. vago Herniação tonsilar(de amídalas) Hernia transcalvariana Estudo individual Hematoma epidural/ extradural Sangue coagulado entre a dura-máter e os ossos do crânio Surge especialmente após quedas e acidentes de trânsito Mais comuns em adultos, jovens do gênero masculino Menos comum em crianças e idosos em virtude da maior aderência da dura-máter à tábua interna Ocorre em virtude do rompimento da artéria meníngea média (50% dos casos) ou em alguns casos da veia meníngea média (30%) Hematoma subdural Coleção de sangue entre a dura-máter e a aracnoide Pode ser agudo, subagudo ou crônico Agudo: 10 a 30% dos TCE graves Principais causas: quedas, agressões e acidentes de trânsito Resulta da movimentação livre da cabeça durante o traumatismo Ocorre deslizamento da aracnoide em relação a dura-máter e estiramento e ruptura das veias- ponte (veias cerebrais superiores) que cruzam o espaço subdural e drenam para o seio sagital superior, formando o hematoma subdural Microaneurisma de Charcot Bouchard Consiste em uma dilatação sacular microscópica da luz de pequenas artérias, com destruição da limitante elástica interna e da camada muscular lisa da média, substituída por fibrose hialina Com certa frequência, encontra-se trombo ocluindo a luz do microaneurisma Localiza-se na interface entre substância cinzenta e branca É mais comum com o avançar da idade Lesão de hipertensão arterial crônica (angiopatia hipertensiva) Vigília Condição de quem está desperto, acordado; vigilância. Sonolência Estado intermédio entre o sono e a vigília, em que existe um adormecimento pouco profundo, difícil de ultrapassar. Pode ser devido a falta de sono, cansaço, certas doenças debilitantes e febris, etc. Torpor Sentimento de mal-estar caracterizado pela diminuição da sensibilidade e do movimento; entorpecimento, estupor, insensibilidade. Obnubilação ou confusão mental Estado de perturbação que pode tanto estar associado ao rebaixamento do nível de consciência quanto a alterações importantes no fluxo do pensamento e no desempenho de funções cognitivas como atenção, concentração, memória e funções executivas Estupor Estado de inconsciência profunda de origem orgânica, com desaparecimento da sensibilidade ao meio ambiente e da faculdade de exibir reações motoras. Coma Hematoma epidural/ extradural Hematoma subdural Microaneurisma de Charcot Bouchard Vigília Sonolência Torpor Obnubilação ou confusão mental Estupor Coma Rebaixamento profundo do estado de consciência, provocado por um dano grave no cérebro, que pode ter sido causado por um ferimento, uma hemorragia, uma parada cardíaca, intoxicação por remédios ou álcool, tumores, derrames, entre outros eventos Escala de acidente vascular encefálico do National Institute os Heatlh (NIH) A National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) é uma escala padrão, validada, segura, quantitativa da severidade e magnitude do déficit neurológico após o Acidente Vascular Cerebral (AVC)1-5. Foi desenvolvida por pesquisadores americanos (University of Cincinnati Stroke Center). Esta escala baseia - se em 11 itens do exame neurológico que são comumente afetados pelo AVC, sendo eles: nível de consciência, desvio ocular, paresia facial, linguagem, fala, negligência/extinção, função motora e sensitiva dos membros e ataxia. Ela foi desenvolvida para ser aplicada rapidamente (5 – 8 minutos), no contexto do tratamento de pacientes com AVC agudo. A NIHSS pode ter sua pontuação variando de 0 (sem evidência de déficit neurológico pela esfera testada na escala) a 42 (paciente em coma e irresponsivo) (ANEXO 6). O treinamento da escala tem se mostrado importante para assegurar sua confiabilidade e reprodutibilidade Escala de coma de Glasgow Escala de acidente vascular encefálico do National Institute of Heatlh (NIH) Escala de coma de Glasgow
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