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Doença Renal Crônica em Cães e Gatos

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Aula 1- Clínica de Pequenos Animais- Sistema Urinário – Prof. Leandro 01/04/2021 
Doença Renal Crônica em Cães e Gatos 
Néfron é a somatória do glomérulo com os túbulos; e é a unidade funcional renal. 
 
Glomerulo: arteríola aferente, capilares glomerulares e arteríola eferente. 
 
Alça de Henle = Alça do Néfron. 
Vários túbulos desembocam no túbulo 
coletor. 
 
O gato tem 250 mil néfrons. 
Os cães 500 mil néfrons. 
Os humanos tem 1 milhão de néfrons. 
 
 
 
 
O néfron cortical é 
pequeno e só fica na 
córtex; sua alça não é 
muito profunda. Já o 
néfron justamedulares 
tem a alça mais profunda. 
Natália Gomes Bernardo 
Quanto mais profunda é a alça do néfron/ alça de Henle, mais os rins são 
capazes de concentrar a urina. Os humanos tem a grande maioria dos néfrons sendo 
cortical, por isso, nossa urina não é muito concentrada. Cães e gatos têm 100% dos 
néfrons sendo justamedulares. Geralmente as espécies de mamíferos que tem menos 
ingestão de água tem mais néfrons justamedulares. 
B I O Q U Í M I C A S S É R I C A S 
Importantíssimos: ureia, creatinina e SDMA. 
Ureia 
 A ureia vem das proteínas endógenas + as 
proteínas da alimentação. 
 A degradação/metabolização proteica leva a 
formação de amônia que é extremamente 
tóxica ao organismo; a amônia também pode 
ser formada proveniente da parte intestinal > 
as bactérias do intestino produzem amônio que 
é absorvida e vai até o fígado que converte 
amônia em ureia. A ureia é tóxica apenas 
quando maior que 600mg/dL. 
Bovinos ingerem ureia que chega ao intestino e é transformada em amônio por 
bactérias do intestino > por isso, podemos ouvir falar que bovinos se intoxicam com ureia. 
 A ureia é excretada via urina; Porém parte da 
ureia é reabsorvida no sangue > animais 
desidratados reabsorvem mais ureia. 
 
 
 
 
 
 
Obs: Uma vez transformado amônia em ureia, não ocorre transformação reversa de ureia 
em amônia no sangue; mas a ureia na bexiga, com o passar do tempo, pode degradar e se 
transformar em amônia na bexiga; a presença de bactérias na bexiga também podem 
transformar ureia em amônia > causa processo inflamatório local. 
Creatinina 
 A creatinina é proveniente da parte muscular. 
 Os músculos conforme se movimentam gera 
energia, gera creatinina; e a creatinina é livremente 
filtrada e não reabsorvida. Então creatinina é um 
bom marcador. 
 O animal com escore corporal muito baixo diminui 
a produção de creatinina; animal doente renal crônico, 
quando está muito caquético, pode parecer estar 
melhorando por diminuir creatinina, mas na realidade 
diminui porque o animal está entrando em caquexia (perda muscular acentuada = 
sarcopenia acentuada). Então nos animais caquéticos também faz SDMA. 
 
➔ Qual animal tem o pior quadro clínico? 
Não é possível responder essa pergunta, ou seja, 
não é possível traçar prognóstico pela creatinina 
e ureia apenas. 
 A azotemia pode ser pré renal, renal e/ou pós 
renal. 
 
 
 
 
 
 
 
O animal do caso 1 tem azotemia pós renal, pois 
tem obstrução. O animal do caso 2 tinha 
hipovolemia (diminuição do volume de sangue), 
estava muito desidratado e tinha azotemia pré-
renal. O animal do 3 caso era um doente renal 
crônico. 
 
É errado associar que quanto maior a função renal, 
menor a creatinina; e quando maior a creatinina, 
menor a função renal > ERRADO. 
 
 
 
 
 
➔ Quando a creatinina está bem baixa, como 
por exemplo 0,8, tem-se 68% de função renal. E 
mudanças pequenas nos valores de creatinina 
podem estar relacionados a grande 
comprometimento da função renal. 
 Ex. creatinina = 1,5 > função renal em 25%. 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.: creatinina = 5 > função renal em 9%. Ex.: creatinina=10> função renal em 8% 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com base nos dois últimos gráficos é possível observar que a partir de valores de 
creatinina igual a 5, quase não houve diferença na porcentagem de função renal. > 
Creatinina não é diagnóstico precoce. Quando creatinina e ureia estão aumentados é 
porque já ocorreu grande perda de funcionalidade renal > aumento de ureia e creatinina 
indicam que o animal tem menos de 25% da função renal > casos de origem renal. 
 
Azotemia Pré-Renal: 
 Quando diminui a chegada de sangue aos 
rins, ocorre menor filtração e, consequentemente, 
menos sangue filtrado retornando a circulação > 
tem-se concentração de toxinas circulantes. 
 
 
 
 
 Azotemia Renal: 
Lesão dos rins> lesão renal aguda, doença renal 
crônica ou doenças sistêmicas que causam a lesão 
dos rins. 
O aumento de ureia e creatinina indica que o animal 
tem menos de 25% da função renal. 
 
 
 
Azotemia Pós Renal: 
A ureia e a creatinina aumentam muito 
rapidamente nos animais obstruídos. > se 
desobstruir o prognostico é bom caso não tenha 
ocorrido lesão renal. 
 
 
 
 
 
 
Ex.: um animal tem 15% da função renal de um dos 
rins e o outro está normal (50%) > não tem aumento 
de creatinina e ureia, porque somando tem-se 65% 
da função renal. 
 
 
 
 
Ex.: supondo que o ureter está obstruído. Nesse 
caso vai aumentar muito rápido a ureia e a 
creatinina. 
> É comum de acontecer em gatos: quando o 
animal já tem um dos rins acometido com 
doença renal crônica, mas o outro rim está em 
boas condições > a mensuração de creatinina e 
ureia apresenta valores normais. 
Porém, o rim não acometido tem obstrução de ureter por cálculo > a ureia e a creatinina 
aumentam muito rápido. 
 
Uroabdomem: ruptura do trato urinário. 
Urina cai na cavidade > é absorvida pelo 
peritônio > aumenta as toxinas e também 
aumenta creatinina e ureia. 
 
 
 
 
 
Creatinina não é tóxica e a ureia só tem tóxica a cima de 600mg/dL; se dosa 
creatinina e ureia porque são marcadores > marcam outras 120 toxinas que estarão 
aumentadas. Além disso é barato, rápido e são excelentes marcadores. 
 
 
 SDM 
SDM ( Symmetric dimethylarginine): É uma molécula que foi descoberta a mais 
de 50 anos, mas apenas entrou na rotina após ser um bioquímico sanguíneo. 
Tem tamanho próximo ao tamanho da creatinina. > então 
assim como a creatinina, passa pelo glomérulo e é eliminada 
na urina. 
 
 
SDMA é um marcador mais precoce da função 
renal. 
> Até porque ureia e creatinina só começam a 
sumir quando já se tem apenas 25% da função 
renal. 
 Alguns trabalhos indicam que SDMA 
aumenta 15 meses antes da creatinina. 
 
 
ESTÁDIOS 
▪ Estádio 1: creatinina e ureia 
normais > mas isso não significa 
que o animal não tem problema 
renal, o animal pode ter por 
exemplo apenas 35% da função 
renal. 
No SDMA entre 14 e 18μg/dL é 
possível afirmar que o animal já 
está tendo perda da função renal. 
No estádio 1 o animal não 
é azotemico. Porém tem 
densidade urinária baixa, alterações anatômicas (uso de US ou biópsia renal quando 
necessário para determinar prognóstico/tratamento), proteinúria e aumento de PAS 
(pressão arterial sistêmica). 
 Os estádios 2, 3 e 4 tem azotemia e a azotemia se agrava conforme agravamento 
do estádio. 
Doentes renais crônicos que entram em 
caquexia perdem massa muscular e consequentemente 
os níveis de creatinina diminuem, podendo chegar até 
mesmo aos níveis de normalidade > isso não pode ser 
confundido com melhora do animal> na verdade é até 
mesmo piora, porque o animal está entrando em 
caquexia. > creatinina não deve ser usado como 
marcador único. 
Se utiliza SDMA nesses casos e também no caso de animais mais idosos. 
Não pode traçar prognóstico ao animal baseado apenas em ureia, creatinina e 
SDMA; um animal doente renal crônico com creatinina igual a 4 pode viver por anos por 
exemplo, enquanto um animal com esse mesmo valor de creatinina porém com lesão renal 
aguda pode morrer em dois dias por exemplo > então é necessário avaliar o quadro clínico 
por completo para traçar prognóstico. 
F U N C I O N A L I D A D E R E N A L 
Os rins não tem função apenas de filtrar. 
 
Principais funçõesdos rins: (além da filtração) 
▪ Balança hídrico e eletrolítico; 
▪ Conservação prótides, glícides e aminoácidos > barreira que não deixa eliminar 
proteínas por exemplo. 
▪ Manutenção do pH sanguíneo > consegue eliminar hidrogênio e bicarbonato 
conforme necessidade. 
▪ Remoção dos produtos finais do metabolismo do Nitrogênio > quando 
alimentamos de proteínas e outras substâncias, existem metabólitos que alguns 
são tóxicos e os rins eliminam. 
▪ Atividade endócrina > os rins produzem renina por exemplo. 
▪ Tecidos alvos de vários hormônios. 
 
Em casos de doença renal crônica, todas essas funções são comprometidas. 
 
Doença Renal Crônica 
O animal idoso é mais propício a ter doença renal crônica. 
Doença Renal Crônica (DRC): ‘É a consequência de uma gama de afecções renais, 
culminado na perda das funções excretora e concentradora dos rins. Destaca-se por sua 
progressão, e que independentemente da causa, leva à destruição lenta e irreversível dos 
néfrons’. > uma vez doente crônico não existe cura – a não ser que se faça transplante- 
então um animal diagnosticado com DRC que teve melhora na verdade teve erro de 
diagnóstico e tinha era lesão renal aguda. > doente renal crônico não melhora e é 
progressivo. Rim fibrosado> rim pequeno> doente renal crônico. 
 
 Conforme os animais envelhecem eles podem manter o número adequado de 
néfrons funcionais e nunca ter problema de função renal mesmo velho; ou, conforme 
envelhece, diminuir o número de néfrons funcionais e não ser mais capaz de manter a 
função renal adequada. 
 Então no caso da perca de funcionalidade de alguns rins, causa sobrecarga de 
funcionalidade aos demais. Conforme diminui o número de néfrons, os néfrons ainda 
existentes hipertrofiam para tentar compensar > mas se o néfron hipertrofia, ocorre 
passagem de proteína que é tóxica aos túbulos > destrói os túbulos > DOENÇA 
PROGRESSIVA. 
 Porém doença renal crônica não é apenas de animais velhos, pode ocorrer em 
casos de insulto: ex.: animal teve piometra e perdeu grande quantidade de néfrons. Ex.: 
animal que teve erliquiose. Também pode ocorrer doença renal crônica devido doenças 
crônicas> ex. rins policísticos, doenças hereditárias, etc > animal nasce com menos 
néfrons > e se esse animal tiver insulto diminui ainda mais o número de néfrons > e ai 
tem velocidade da doença renal ainda maior. 
 
35 a 25% da função renal 
 A partir do momento que o animal tem apenas de 35 a 25 % da função renal: 
O animal apresenta poliúria (mais evidente 
nos cães do que nos gatos. > Estádio 1. É a fase em 
que creatinina e ureia estão normais, mas a 
densidade urinária está diminuída, a taxa de 
filtração glomerular está diminuída, SDMA 
geralmente está mais alto já, animal pode ter 
aumento de pressão arterial e pode ter proteinúria. 
* RPC: relação proteína/creatinina. 
O animal que apresenta vômito e diarreia: animal não é doente renal crônico, pode ser 
doente renal agudo. O animal doente renal crônico quase não tem nenhum sinal clínico. 
 
 
 
 
A poliúria é porque diminui o número de néfrons > os néfrons são concentradores 
de urina, se diminui o número de néfrons a urina fica diluída (mesmo que o animal esteja 
desidratado). 
< 25% da função renal 
 
Não interessa saber se é 
apenas um rim 
funcionando ou se os 
dois juntos têm <25%, 
porque o tratamento é o 
mesmo. A não ser que tenha presença de tumor/neoplasia. 
 
No estádio 2 já tem azotemia; além do aumento da poliúria. 
 
 
 Conforme a doença progride, ocorre aumento da 
poliúria e a creatinina, ureia e SDMA. 
 O animal mantem aumento da pressão, 
angiotensina, renina, aldosterona > animal faz 
aumento do aporte sanguíneo. > aumento da saída de 
urina. 
 Conforme aumenta a azotemia, mais próximo da 
isostenúria chega a urina do animal. 
 
Ex.: Muita das vezes na clínica, um paciente doente renal crônico 
apresentando os valores ao lado – que são altos- não está apático; o tutor 
até relata que o animal brinca. > o animal é ‘ acostumado’ com as toxinas 
altas no organismo > pode ser que tenha meses que o animal apresenta 
assim. 
 
Os estádios são baseados na creatinina e no SDMA. 
Não se pode fazer uma única avaliação de creatinina e estadiar o animal, deve-se fazer 
umas 3 avaliações por exemplo. 
 
Ex.: No dia 0 faz avaliação e a creatinina é igual a 2; No dia 7 faz avaliação e a creatinina 
é igual a 3; Um mês depois faz avaliação e a creatinina é igual a 4 -> não se pode estadiar 
esse animal, porque o animal não está estável > animal apresenta doença aguda. 
 O doente renal crônico pode apresentar ascensão dos valores de creatinina, porém 
não são mudanças abruptas; demoram por exemplo cerca de 3 meses – depende da causa 
base- . > mudanças abruptas remetem doença aguda. 
 Nos seres humanos existem o Estádio 5, onde ocorre queda da produção de urina 
e se faz necessário diálise; nos animais o estadiamento vai até 4 apenas. > nos animais 
também ocorre queda da produção de urina, mas não se faz diálise porque não é viável, 
pois nos seres humanos a diálise é realizada enquanto se aguarda transplante de rim e já 
nos animais não é feito esse transplante e, por isso, não é viável manter esse animal. 
 A poliúria é porque os néfrons ainda funcionais sofreram hipertrofia; mas quando 
a doença renal chega a um limite em que a quantidade de néfrons está tão baixa que não 
ocorre formação de urina. 
 
Então SDMA é mais precoce, então é útil no 
estádio 1 ou no animal que tem grande perda de 
massa muscular. 
 
 
Os estádios servem para saber o que se esperar do caso do animal; no estádio 1 
por exemplo espera-se que o animal não tenha anemia ou seja muito leve; já no estádio 4 
é mais comum ter anemia importante. O aumento de PAS também é mais comum em 
estádios avançados. E animais de estádios avançados tem sobrevida menor. 
E X A M E F Í S I C O 
Doente renal crônico x Lesão renal aguda 
O animal que possui doença renal opaca geralmente tem o pelo mais opaco e 
apresenta escore corporal menor. 
 
S I N A I S C L Í N I C O S 
(de doença renal crônica) 
▪ Êmese 
▪ Perda de peso 
▪ Anorexia 
▪ Desidratação 
▪ Diarreia 
▪ Úlceras orais > as vezes o animal fica de boca aberta porque tem uma úlcera; e 
pode até parar de comer porque tem úlcera. 
▪ Pelagem quebradiça e opaca 
▪ Poliúria/polidipsia de 3 meses 
▪ Rins pequenos 
 
A maior parte dos casos não existem sinais clínicos. > porque fez hipertrofia dos néfrons, 
então ainda está compensando. 
 
O doente renal crônico tem perda de peso lenta; e os vômitos são esporádicos 
como 1x a cada 15 dias ou 1 x por mês. 
P A R A M E T R O S Q U E D E V E M S E R A B O R D A D O S 
 
 
Nunca se fecha um caso de doença renal cônica sem urinálise. 
U R I N Á L I S E 
 Deve ser realizada e avaliada antes de fluidoterapia e tratamentos. 
 Os doentes renais crônicos têm densidade urinária de isostenúria a leve 
hiperstenúria, ou seja, de 1,008 a 1,028. > são densidades urinárias baixas. > Mesmo que 
o animal esteja desidratado, ele não consegue concentrar a urina. 
 O sedimento é não ativo: não tem cilindros, não tem leucócitos, não tem bactérias, 
etc. 
 
A urina de dentes renais crônicos é semelhante a 
água> densidade baixa, pode ter proteína na urina 
e na sedimentoscopia não tem nada.> pode ter 
cilindro hialino na sedimentoscopia porque é de 
origem proteica. 
Caso tenha leucócitos na sedimentoscopia é 
necessário avaliar > animal pode ter infecção como 
pielonefrite e ter descompensação por isso. 
Densidade a baixo de 1,028 para gatos e a baixo de 1,022 para cães. 
Quanto mais avançado o caso, mais próximo da isostenúria. 
 
P R E S S Ã O A R T E R I A L S I S T Ê M I C A 
 
▪ Deve ser avaliado 30-40% da 
circunferência do membro ou da cauda. 
▪ Deve ser aferido em ambiente calma 
e confortável. 
▪ Aferir em 2 momentos diferentes. 
▪ Aguardar aclimatação. 
▪ Pode ocorrer deslocamento deretina por hipertensão. > animal fica cego 
abruptamente. 
 
 Pressão alta em Cães: 
Na doença renal os rins percebem que está 
ocorrendo perda de água e tentam repor a água> 
renina angiotensina aldosterona aumenta a pressão. 
A angiotensina em hipertensão crônica gera 
proteinúria que lesa a lesão renal que causa fibrose 
> por isso a doença renal crônica é progressiva. 
▪ IECA: 
- Enalapril 0,5 mg/kg VO BID 
- Benazepril 0,5 mg/kg VO SID/BID 
Ou: 
▪ BRA (bloqueadores dos receptores de angiotensina): 
- Telmisartana 1mg/kg VO SID 
Diminuem o grau de fibrose e proteinúria. 
Os medicamentes mencionados anteriormente (IECA e BRA) causam 
vasodilatação da arteríola eferente, assim diminui a pressão no glomérulo e com isso as 
proteínas não passam mais pelo glomérulo – quando a pressão está alta a proteína passa 
e causa lesão-. 
Nem sempre é bom utilizar IECA e BRA> animai desidratado, hipotenso, 
baixíssima função renal e oligúria ocorre prejuízos ao animal que pode até ir ao óbito. > 
animal já está hipotenso e o medicamente diminui ainda mais a pressão. 
Enalapril é excretado via renal e o Benazepril via hepática. > seria mais seguro 
utilizar o Benazepril > mas trabalhos recentes tem demostrado que ambos trazem boas 
respostas. 
 
 
 
Em gatos com doença renal crônica a primeira 
opção medicamentosa é Anlodipina. No gato o sistema 
renina angiotensina aldosterona não é tão efetivo. 
Gatos que utilizam anlodipina e conseguem 
diminuir a PAS mas ainda tem proteinúria> adiciona a 
posologia o uso de Telmisartana 1mg/kg VO SID ( ou 
benazepril ou enalapril) > mas a Telmisartana tem 
melhores resultados. > fazem vasodilatação da arteríola 
eferente, e se o animal já estiver hipotenso piora o quadro clínico. 
 
 
Gatos: 1ª opção> Anlodipina; 2ª > iECA e BRA. 
Cães: 1ª opção> iECA e BRA; 2ª opção: Anlodipina. 
C L A S S I F I C A Ç Ã O (Doença Renal Crônica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sub- estadiamento é através da pressão. Esses riscos são riscos de causar lesão 
em órgãos alvo: lesão cerebral, lesão ocular, alterações cardíacas> quanto maior a 
pressão, maior o risco. 
 
 A proteinúria não pode ficar efetiva; proteinúria pode causar toxicidade renal e 
progride a doença mais rápido. 
 Se avalia a proteinúria através do RPC. 
 
Imprescindíveis: creatinina, ureia, proteinúria, PAS e talvez SDMA. > mas não são 
só esses fatores que devem ser avaliados. 
A L T E R A Ç Õ E S D E C O R R E N T E S D E 
D O E N Ç A R E N A L C R Ô N I C A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiológico: Os rins produzem eritropoetina que sinaliza a medula óssea que juntamente 
do ferro e das vitaminas hidrossolúveis fabricam hemácias. 
 Entretanto, quando os rins não estão funcionando 
adequadamente (<35% de função renal): os animais 
tem toxinas e poliúria. Devido a poliúria, elimina 
vitaminas hidrossolúveis, então falta vitaminas para 
produção de hemácias. A toxinas causam lesão em 
estômago e intestino > úlceras > as úlceras causam 
perda de hemácia, então animal perde sangue. As 
toxinas também diminuem T ½ (tempo de meia vida) 
das hemácias e causam injúria a medula óssea; Em 
estádio mais avançados há diminuição de eritropoetina. 
Tudo isso causa anemia crônica. 
Animal de estádio 2 tem anemia bem baixa. Estádio 3: anemia um pouco mais perceptível. 
Estádio 4: anemia moderada. 
Se um animal de estádio 2 tem anemia severa, significa que tem alguma coisa errada> 
animal deve na realidade ter doença renal aguda, ou animal também tem erliquiose ou ter 
alguma outras doenças também > NÃO É FALTA DE HERITROPOETINA. 
 
A anemia é normocítica normocrômica e aregenerativa. 
 
 
Animal DRC que não apresenta anemia deve ser monitorado 
a cada 3 meses. 
Animal que apresenta anemia temos que descobrir a 
causa. Se o animal estiver sangrando pelo intestino, não 
adianta aplicar eritropoetina. A anemia pode ser por falta de 
substrato> falta de vitamina: repor > pode ser deficiência de 
ferro também : repor. A origem da anemia também pode ser 
devido hemólise> ex: tem muito fósforo e paratormônio que estão destruindo hemácias; 
ou as vezes o animal tem erliquia. E também pode ser deficiência de eritropoetina. A 
ordem de suspeitas de causa de anemia: falta de substrato> hemólise: falta de 
eritropoetina. 
 
 
 
Cães e gatos não produzem vitamina D através do sol – nós humanos sim produzimos 
vitamina D2 através do sol> a D2 é transformada em D3 no rim > calcitriol que no 
intestino absorve cálcio que através do sangue chega aos ossos- 
O fósforo é proveniente da alimentação. 
Existe uma relação cálcio-fósforo circulante 
que é controlada pelo paratormônio. 
Um paciente doente renal crônico diminui a 
produção de calcitriol > ocasiona menos 
absorção de cálcio no intestino. O 
paratormônio então retira cálcio dos ossos e 
direciona ao sangue > então o fósforo 
aumenta na circulação. > Assim a doença progride muito mais rápido no animal. 
 
Então é importante avaliar no doente renal crônico: cálcio total, fósforo, cálcio 
iônico. 
Se tiver excesso de fósforo se faz necessário diminuir a ingestão desse elemento através 
da alimentação. Não adianta administrar cálcio nessas situações; porque o problema é a 
falta do calcitriol. 
 
➔ Rações com baixas 
quantidades de fósforo. 
Caso mesmo fornecendo essas 
rações os níveis de fósforo não 
diminuam> uso de quelante + 
ração. 
O quelante se liga ao fósforo no intestino e ocasiona a eliminação pelas fezes. 
 
 Em cães pode-se administrar calcitriol, desde que o fósforo esteja 
estabilizado> se o fósforo estiver alto e administrar calcitriol ocorre aumento da 
reabsorção de cálcio > calcificação em pulmão, coração e artérias.

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