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Enfermagem – Semiologia e Semiotécnia Maria Luiza SONDAGEM GÁSTRICA Introdução de uma sonda ou cateter através do nariz ou da boca até o estômago. TIPOS DE SONDAGENS GÁSTRICA · Sonda aberta: drenagem; · Sonda fechada: gavagem. SONDA GÁSTRICA DE LEVINE · É um tubo de cloreto de polivinil (PVC) ou de silicone; · Número variável (10-18); · Adulto – mulher 14 a 16, homem 16 a 18; · Tempo de permanência variável. FINALIDADE · Preparar para cirurgias; · Estabelecer uma via de alimentação (gavagem) e administração de medicamentos; · Descompressão gástrica; · Lavagem gástrica; · Mensuração e avaliação do volume e do conteúdo gástrico; · Investigação diagnóstica. GAVAGEM É o método de introdução de alimentos líquidos no estômago através de um tubo colocado pelo nariz ou boca. INDICAÇÃO · Intoxicação exógena; · Clientes graves; · Clientes traumatizados; · Perioperatório; · Clientes com disfagia ou odinofagia; · Clientes que necessitam de complementação nutricional; · Vômitos persistentes. CONTRAINDICAÇÃO Clientes com varizes, lesões ou estenose esofagiana; Nasal: clientes com fratura de base de crânio; Oral: clientes consistentes, grandes lesões de cavidade oral, fraturas de mandíbula e de maxilar e fixações cirúrgicas de mandíbula. DESVANTAGEM Sonda posicionada inadequadamente aspiração da secreção gástrica para os pulmões. MATERIAL · Sonda gástrica Levine; · Seringa de 20 ml; · Xilocaína gel; · Esparadrapo ou micropore; · Cuba rim; · Copo com água; · Gaze; · Toalha de rosto ou papel toalha; · Estetoscópio; · Luvas de procedimento; · Sacos para lixo; · Biombo. PROCEDIMENTO · Lavar as mãos e reunir todo material; · Preparar o ambiente e orientar o cliente; · Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45°); · Inspecionar as narinas quanto à presença de obstrução e fratura, com o objetivo de determinar qual é a mais permeável; · Limpar a cavidade nasal com gaze úmida em ABD ou SF 0,9% e remover a oleosidade da pele; · Proteger o tórax com a toalha ou papel toalha; · Calçar as luvas; · Medir a sonda desde a ponta do nariz até o lobo da orelha e desde o lobo da orelha até a extremidade do apêndice xifoide (sem tocar no cliente); · Marcar com adesivo ou caneta pincel; · Lubrificar 10 cm da sonda com xilocaína; · Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, introduzir até a marca do adesivo; · Pedir ao cliente para ele respirar pela boca. OBS: Se aparecer uma resistência muito forte ou tosse e respiração ofegante = suspender o procedimento, retirando a sonda. CONFIRMAÇÃO DO POSICIONAMENTO DA SONDA · Aspirar o conteúdo gástrico com a seringa de 20cc, análise do pH; · Colocar o estetoscópio sobre o epigástrio e injetar 5ml de ar pela sonda = provoca som no estômago; · Fixar a sonda no nariz ou face, não tracionando a narina; · Limpar as narinas do paciente, removendo o excesso de xilocaína; · Fechar ou mantar a sonda aberta, conforme indicação. Caso a sonda nasogástrica seja aberta, adicione: · Extensão; · Saco coletor. · Observar o paciente, deixando-o em posição confortável; · Reunir o material dando o destino adequado; · Lavar as mãos; · Realizar as anotações no prontuário; · Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a entrada de ar; · Para retirar a sonda deve-se puxá-la rapidamente, com cuidado para evitar a introdução de alimentos ou água na traqueia. SONDA OROGÁSTRICA A introdução da sonda orogástrica, é feita muito raramente, em caso de obstrução das fossas nasais; Nesse caso, deve ser colocado rolo de gaze na boca do cliente, para que ele não morda a sonda; SONDA NASOENTERAL Irá até a primeira porção do intestino delgado (duodeno); Aumenta-se de 10 a 15 cm a medida anterior. São fabricadas em poliuretano e silicone, materiais que não sofrem alteração física na presença de pH ácido, conservam flexibilidade, maleabilidade e durabilidade, não irritam a mucosa digestiva, e, por seram de pequeno calibre, permitem o fechamento dos esfíncteres cárdia e do piloro. MENSURAÇÃO · Acrescentar 10cm da medição da nasogástrica. · Deixar o paciente em decúbito lateral direito para que a peristalse gástrica empurre a extremidade da sonda do piloro até o duodeno; · Retirar o fio-guia após a avaliação do raio x; · Aguardar a migração da sonda para o duodeno (24h) ou realizar raio – X simples do abdome para verificar o posicionamento antes de iniciar a dieta prescrita; Obs: Não aspirar a sonda se a mesma estiver em posição enteral. CUIDADOS GERAIS · Com a sonda: · Mantê-la no local, evitando tração; · Realizar limpeza da pele que rodeia com água e sabão neutro. · Com as fossas nasais: · Inspecionar a formação de crostas e ulcerações; · Realizar limpeza. · Com a boca: · Hidratar os lábios; · Orientá-lo a respirar pelo nariz; · Incentivar a escovação dos dentes. · Com o equipamento: · Lavar a sonda com 30 a 50 ml de água após cada dieta. CUIDADOS COM A FÓRMULA ENTERAL · As soluções nutritivas devem seguir técnicas de preparação, conservação, administração, evitando-se a contaminação; · Os frascos das dietas devem ser descartáveis; · Não se aconselha administração de dietas preparadas por mais de 12 horas; · Realizar a troca do equipo a cada 12 horas; · Identificar os frascos com os dados do cliente. CUIDADOS COM AS SONDAS · Troca do esparadrapo quando necessário A cada 2 ou 3 dias; · Limpar a área do rosto com água morna e sabão neutro antes de colocar outro esparadrapo. · A posição da sonda deve ser comprovada a cada 2 ou 4 horas, pela aspiração do conteúdo gástrico. MONITORIZAÇÃO DA NUTRIÇÃO ENTERAL · Verificar a posição da sonda; · Controlar a velocidade do gotejamento; · Comparar os SSVV; · Avaliar balanço hídrico das 24 horas; · Trocar a bolsa ou frasco após cada dieta e os equipos a cada 12 horas; · Pesar diariamente. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DAS DIETAS POR PROCESSOS CIRÚRGICOS · Gastrostomia; · Jejunostomia. LAVAGEM GÁSTRICA Lavagem da cavidade gástrica através da introdução e remoção de líquidos por uma sonda gástrica. FINALIDADE · Drenagem de secreções irritantes e venenosas; · Investigação diagnóstica; · Medida terapêutica. · INDICAÇÕES · Intoxicação exógena; · Perioperatório; · Hemorragia gástrica (usar soro fisiológico gelado); · Algumas infecções gástricas. CONTRA INDICAÇÕES / RESTRIÇÕES DA LAVAGEM GÁSTRICA · É contra indicada após a ingestão de substâncias corrosivas (ex: soda caústica, cal); · Contra indicações ou restrições para a passagem de SNG: · Clientes graves, inconscientes e confusos; · Crianças com menos de um ano de idade; · Cliente com convulsão. MÉTODO DE LAVAGEM GÁSTRICA · Realizar sondagem gástrica conforme técnica própria; · Infundir soro fisiológico 0,9% ou outra solução em seringa ou através do equipo (250 a 500 ml); · Aspirar o mesmo volume de solução que foi infundida; · Repetir o ciclo de entrada e saída até que o líquido pareça transparente. · Observar aspecto, volume da solução retirada; · Terminada a lavagem retirar a sonda fechada; · Manter o cliente confortável; · Manter o ambiente em ordem. CARVÃO ATIVADO · Agente mais importante. Adsorve moléculas: ↓ absorção gastrintestinal. Doses: · Adultos - 50g, VO ou SNG. · Crianças - 1g/Kg, VO ou SNG. · Dose única. · Diluir em SG5%, SF0,9% ou suco. LAVAGEM GÁSTRICA · Adultos: 200 a 300 ml SF 0,9% aquecido. · Crianças 10 ml/kg (máximo de 200ml). · Sonda de grosso calibre. VOLUME TOTAL: · RN 500 ml. · Lactentes 2 a 3 litros. · Escolares 4 a 5 litros. · Adultos 6 a 8 litros.
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