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RESUMOS NEURO ADULTO

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RESUMOS - NEURO ADULTO 
 
 
 
 
SEMINÁRIO 1: Terapia de Restrição para Indução do Movimento 
 
O acidente vascular encefálico (AVE) vem avançando em incidência ao longo dos 
anos, este acometimento é fator causal de grandes disfunções após o evento. Caracteriza-se 
por uma interrupção sanguínea abrupta em nível cerebral, podendo se apresentar de forma 
isquêmica (falta de sangue devido obstrução de vaso) ou hemorrágica (extravasamento 
sanguíneo devido rompimento de vaso), as sequelas podem ser variadas, desde alterações 
motoras, cognitivas e emocionais a depender da região afetada. 
A alteração física mais comum em decorrência do AVE, é a hemiparesia que afeta o 
membro superior (MS) e inferior (MI) de um mesmo lado do corpo. O MS geralmente 
apresenta-se como mais comprometido devido limitações para execução de atividades de 
vida diária (AVD’s), de tal modo que o indivíduo tende a não utilizar o membro afetado. 
Visto a importância de reabilitar o membro afetado, para que o mesmo seja o mais 
funcional possível a fisioterapia e a terapia ocupacional utilizam de diversas técnicas e 
estratégias para que o indivíduo atinja bom nível funcional. Uma das técnicas utilizada é a 
terapia de restrição para indução do movimento (TRIM), esta técnica enfatiza a utilização do 
MS parético na prática de atividades por meio do uso de contenção (restrição do movimento) 
no MS não afetado, tendo como característica o treinamento intensivo, treino de tarefas 
adaptadas, uso de contensão durante 90% do dia e aplicação das técnicas comportamentais, 
que são realizadas durante 6 horas diárias e por duas semanas consecutivas. O objetivo 
chave da contenção é aumentar a utilização do MS parético, melhorando assim o aprendizado 
motor por meio da plasticidade neural, e a contensão pode ser realizada por luva ou tipoia. 
Apesar da contenção ser utilizada na maior parte do tempo pelo individuo, a mesma 
deve ser retirada para realização de algumas tarefas especificas, como: higiene pessoal; 
alimentação; sono; ou qualquer atividade que promova risco de quedas. 
A princípio os pacientes são divididos em cinco grupos: Grupo 1- sem alteração do 
tônus muscular; Grupos 2 e 3- pacientes de pesquisas clínicas, com alto grau de 
funcionalidade; Grupo 4- pacientes com baixo grau de funcionalidade; Grupo 5- não possuem 
movimentação voluntária. Identificando-se os grupos, faz-se necessário alguns critérios de 
seleção para que o paciente participe da técnica: 20° de extensão ativa de punho; 10° de 
extensão ativa de cada dedo; Pacientes com importante déficit motor do MS. 
A TRIM é composto por diversas técnicas, como: 
 Prática de Tarefas Gerais: objetivo realizar treinamentos de atividades funcionais 
básicas de forma contínua. 
 Treino das Tarefas Adaptadas: visa um desenvolvimento progressivo do paciente 
através de tarefas dividas em partes com formato organizado, padronizado, avaliável 
e com uma graduação de acordo com a evolução do desenvolvimento motor, 
buscando sempre a motivação e aquisições motoras novas do paciente. 
 Técnicas comportamentais: são compostas pelo contrato comportamental, diário do 
paciente e exercícios domiciliares com objetivo de monitorar a realização do 
tratamento fora dos períodos da sessão de terapia. 
 
A TRIM enfatiza restabelecer a função motora do MS parético através da 
reorganização cortical, melhorando: Movimentação passiva; Coordenação; Sensibilidade; 
Redução da dor; Tempo de execução das tarefas; Melhora a habilidade funcional; Aumenta o 
uso do MS parético; Aumenta o desempenho motor. 
 
 
 
SEMINÁRIO 2: Lesão medular 
 
A definição de lesão medular (LM) é apresentada como uma diminuição ou perda da 
função motora e/ou sensorial e/ou anatômica, podendo ser uma lesão total ou parcial, em 
consequência de trauma dos elementos neuronais dentro do canal vertebral. Basicamente 
este acometimento é classificado de duas formas: Traumática; e não traumática. 
Em caso de LM traumática, caracteriza-se por evento traumático (fratura; luxação; 
compressão medular etc) que resulta em lesão das estruturas medulares interrompendo a 
passagem de estímulos nervosos pela medula. Os mecanismos de trauma são diversos, 
podendo ocorrer em: flexão forçada; hiperextensão; flexão com rotação; compressão; e 
separação das vertebras. Comumente as regiões mais acometidas são: 
 Craniovertebral – C1 e C2 
 Cervical – C5 a C7 
 Toracolombar – T12 a L2 
Já em caso de LM não traumática, como sugestivo pela nomenclatura, não ocorre 
um trauma direto às estruturas, à LM ocorre em consequência de acometimentos primários à 
lesão, tais como: Prolapso do disco vertebral para dentro do canal medular; Infecções; 
Doenças vasculares; Degenerativas; Tumorais; e Origem congênita. 
Após a identificação da origem da LM, nos deparamos em sua classificação, como 
sendo uma LM completa ou incompleta. Onde a LM completa acarreta perda da função motora 
ou sensorial abaixo do nível da lesão, e a medula encontra-se completamente seccionada. Já 
em caso de lesão medular incompleta, podemos identificar diversas condições (síndromes) 
em decorrência da lesão, a depender dos componentes medulares lesados, sendo elas: 
 Síndrome medular anterior: perda da função motora, dor e temperatura. 
 Síndrome de Brown-Sequard: perda de sensibilidade, propriocepção, cinestesia, dor e 
temperatura. 
 Síndrome medular central: déficit motor e sensitivo 
 Síndrome medular posterior: perda da propriocepção e tato. 
A classificação destes pacientes, se apresenta como tetraplegia (perda da função 
dos braços, tronco e pernas) ou paraplegia (perda da função muscular na metade inferior do 
corpo, incluindo ambas as pernas). 
Vista a importância da reabilitação e consequente, melhora da qualidade de vida 
destes pacientes, diversas abordagens são utilizadas pela fisioterapia, entre elas a suspensão 
parcial de peso (SPP) que permite ao paciente realizar marcha terapêutica de modo mais 
seguro e com menor gasto energético, possibilitando assim, todos os benefícios fisiológicos 
do ortostatismo e deambulação. Esta pratica é utilizada na reabilitação em pacientes que 
sofrem de patologias neurológicas, principalmente em lesados medulares, com o objetivo de 
desenvolver ao máximo o potencial residual do organismo e auxiliar a reintegração na 
convivência familiar, profissional e social. 
Este método consiste na sustentação parcial do peso corporal do indivíduo na 
posição ortostática, com auxílio de um sistema mecânico ou eletromecânico de suporte, 
enquanto profissionais ou um sistema robótico exercem movimentos nos membros inferiores 
(MMII), simulando o gesto da marcha em solo ou sobre uma esteira elétrica. Comumente 
aplica-se a: idosos; hemiplégicos; pacientes com paralisia cerebral; e lesados medulares. 
Os movimentos contínuos da passada, ativam circuitos neuronais de controle da 
locomoção (GPC), essa estratégia de tratamento possui como objetivos: 
 Manutenção da densidade mineral óssea; 
 Aumento da capacidade aeróbica; 
 Redução do risco de doenças cardiovasculares; 
 Recuperar a capacidade muscular dos membros inferiores; 
 Melhora da autoimagem e autoestima; 
 Melhorar biomecânica de membros inferiores.

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