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Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -1 10.03.21 Doença por refluxo gastroesofágico + esofagites DRGE Conceito: “É a afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele, acarretando um espectro variável de sintomas e/ou sinais esofagianos e/ou extra-esofagianos, associados ou não a lesões teciduais” “Doença do Refluxo Gastroesofágico é definida como uma condição que se desenvolve quando o refluxo do conteúdo gástrico causa sintomas problemáticos ou complicações.” PORTO CONSENSUS A DRGE engloba as seguintes condições clínico-patológicas: • Presença de RGE patológico com esofagite por refluxo • RGE patológico na ausência de sintomatologia • ER (esofagite) endoscópica independente de sintomas • RGE não patológico com quadro clínico de DRGE. Quando a phmetria não evidencia refluxo patológico. Epidemiologia Prevalência da pirose: • 20% da população – ocidente • 12% da população – Brasil Prevalência mundial DRGE: 8-33%. Está diretamente ligado a algumas condições clínicas: ➔ Aumenta com a idade a partir dos 40 anos ➔ Acomete igualmente ambos os sexos ➔ Aumenta com obesidade e dieta BARREIRA ANTI-REFLUXO Mecanismo de contenção do RGE: anatômicos • EIE (3-3.5cm) • Ângulo de His • Válvula de Gubaroff • Roseta da mucosa gástrica • Pinçamento do pilar direito do diafragma • Elementos de fixação • Esôfago abdominal (>1cm) Clareamento ou limpeza do esôfago: • Saliva (1500ml/dia) • Peristalse. O esôfago precisa ter uma integridade muscular e nervosa para fazer a progressão do bolo alimentar para dentro do estomago. • EIE com relaxamento temporário para o alimento poder adentrar a câmara gástrica. Mas, as vezes precisa de relaxamento temporário, o problema é quando esse relaxamento está exacerbado. Resistência da mucosa esofágica EEI Visão endoscópica Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -2 FISIOPATOLOGIA Desequilíbrio entre: ➔ Agentes defensivos o Secreção salivar o Peristaltismo esofágico o Gravidade o Resistência tecidual da mucosa esofágica ➔ Agentes agressivos o Relaxamento transitório do EEI o Hipotonia do EEI o Hernia hiatal o Aumento da pressão intra-abdominal o Esvaziamento gástrico lento o Composição do RGE: HCl, pepsina, ácidos biliares (refluxo duodenogástrico), tripsina (refluxo duodenogástrico) Estímulos ao RTEEI • Distensão gástrica: comer demais. • Refeição/deglutição • Intubação faringeana Fatores que modulam a frequência dos RTEEIs • Postura o Ortostática o Supina • Sono o RTEEI não ocorre durante o sono • Anestesia o RTEEI é completamente suprimido durante a anestesia em cães • Estresse o O frio reduz a frequência dos RTEEIs Valores normais: • 10-45mmHg Hipotonia severa: • <6mmHg • Fator preditivo de doença severa e recidivante. O conteúdo gástrico que deveria estar no abdômen migrou para o tórax, perdendo a correlação do pilar diafragmático com o esfíncter esofagiano inferior, e por diferença de pressão e gravidade, esse conteúdo fica mais fácil de refluir para a luz esofágica. Perde o segmento esofágico abdominal. Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -3 Manobra de retrovisão para ver a região da cárdia SINTOMATOLOGIA Típica: • Pirose • Regurgitação Características dos sintomas: intensidade, duração, frequência, fatores desencadeantes, evolução da enfermidade, impacto da qualidade de vida, relação com o sono, correlação emocional. Considerar: idade e manifestações de alarme (disfagia, odinofagia, hematêmese, melena, anemia, emagrecimento). Atípica: • Esofágica o Dor torácica o Globus faríngeo • Extra-esofágica o Respiratórios o Otorrinolaringológicos o Orais Otorrinolaringológico ➔ Rouquidão/alterações da voz ➔ Pigarro crônico ➔ Faringite ➔ Laringite posterior crônica ➔ Laringoespasmo, otalgia ➔ Sinusite ➔ Nódulos de cordas vocais ➔ Estenose subglótica Pulmonares ➔ Asma ➔ Tosse crônica ➔ Bronquite crônica ➔ Bronquiectasia ➔ Pneumonias de repetição ➔ Hemoptise, apneia noturna Orais ➔ Halitose, aftas ➔ Desgaste do esmalte dentário Apenas 40% dos pacientes com sintomas respiratórios e 20% dos sintomas com ORL tem manifestações típicas da DRGE. PULMONARES Indícios clínicos de asma relacionada à DRGE • Início na idade adulta • Ausência de história familiar • Broncoespasmo piorado por alimentos, exercícios ou decúbito supino • Piora da asma com teofilina ou agonista b2 adrenérgico • Asma grave o suficiente para requerer corticóides sistêmicos Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -4 COMPLICAÇÕES Esofagianas • Esofagite • Ulcera • Estenose • Metaplasia intestinal/esôfago de Barret Extra-esofagianas • Orofaríngeas • Laríngeas • Pulmonares ESOFAGO DE BARRET Epitélio escamoso estratificado → epitélio colunar + metaplasia intestinal Fatores de risco: • Homens brancos • > 60 anos • Obesidade • Tabagismo Incidência: 5-15% dos pacientes com DRGE Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -5 ESÔFAGO DE BARRET X CANCER Risco de progressão: • Barret sem displasia: 0,12 a 0,5% ao ano • Barret com displasia de baixo grau: 0,5 a 2,3% ao ano • Barret com displasia de alto grau: 6,58-10% ao ano. Ficar mais de olho, talvez até remover a mucosa alterada. DIAGNÓSTICO • História clínica – sintomas típicos: o Sensibilidade 70% o Especificidade 67% • Métodos que demonstram o refluxo • Métodos que avaliam as consequências do refluxo • Métodos que avaliam a presença de ácido/álcali e sintomas • Métodos que avaliam pré-operatório ou prognóstico MÉTODOS QUE DEMONSTRAM O REFLUXO • RX contrastado • Cintilografia • pHmetria prolongada → vê apenas o refluxo ácido. • Impedâncio-pHmetria → vê o refluxo ácido e alcalino • Medem o tempo de exposição ácido e/ou alcalina da mucosa esofágica • pH < 4; refluxo > 4,5% do tempo 2017: tempo total de refluxo > 4,5% ou score de DeMeester > 14,7 é diagnóstico de DRGE. Revisão do Consenso do Porto (2017) exige 6% para a certeza diagnóstica. • Correlação com sintomas (impedância-pHmetria > pHmetria) • > 80 episódios RGE têm relação com tempo total patológico (> 4,5%) • Sintomas típicos com resposta insatisfatória ao IBP e EDA normal (na vigência da medicação) • Manifestações atípicas extra-esofágicas como OTL e respiratórias, dor torácica de origem não-cardíaca sem esofagite (dois ou mais canais sensores de pH para caracterização simultânea do refluxo gastroesofágico e supra- esofágico. • Pré-operatório nos casos sem esofagite MÉTODOS QUE AVALIAM AS CONSEQUENCIAS DO REFLUXO • Endoscopia/histopatologia • RX duplo contraste Grau I: lesões erosivas únicas, ovais ou lineares, com ou sem exsudato fibrinoso, situando-se em uma única prega longitudinal. Grau II: erosões lineares, com ou sem exsudato, situadas em mais que uma prega longitudinal, com ou sem confluência. Grau III: erosões confluentes que adquirem o aspecto circular com exsudato. Grau IV: úlcera, subestenose isoladas ou associadas às lesões observadas nos graus I, II ou III. Grau V: barretização: tecido metaplásico sob a forma de linguetas ou ocupando toda a circunferência esofágica, isoladamente ou associadas às lesões dos graus I ao IV Grau I Grau II Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -6 Grau III Grau IV Grau V Grau A: uma ou mais lesões <5mm restritas às cristas das pregas Grau B: uma ou mais lesões >5mm restritas às cristas das pregas, não confluentes. Grau C: lesões confluindo entre as cristas de duas ou mais pregas não ocupam mais que 75% da circunferênciado esôfago. Grau D: lesões confluentes que ocupam mais que 75% da circunferência do esôfago “Graus A e B de Los Angeles podem ser inespecíficos para o diagnóstico de certeza da DRGE e tem uma inaceitável variabilidade inter- observador” (28% para esofagite erosiva A e 4% para B) ESOFAGITE LEVE (A e B): presente em até 20% dos pacientes que não apresentam sintomas de DRGE. MÉTODOS QUE AVALIAM PRESENÇA DE ÁCIDO/ÁLCALI E SINTOMAS • pHmetria prolongada • Impedâncio-pHmetria MÉTODOS QUE AVALIAM PRÉ-OPERATÓRIO OU PROGNOSTICO • Manometria • pHmetria prolongada/impedâncio-pHmetria • Localizar o EEI para instalação do eletrodo de pHmetria (essencial para validação do método) • Investigar peristalse ineficiente em pacientes com indicação de tratamento cirúrgico, permitindo considerar a possibilidade de fundoplicatura parcial • Investigar doença motora associada: doenças do colágeno e espasmo esofágico difuso • Avaliar peristaltismo e alterações tônus do EEI em pacientes com falta de resposta ao tratamento clínico ou cirúrgico. AVALIAÇÃO CLÍNICA O diagnóstico clínico se baseia em sintomas que frequentemente ocorrem 2 ou mais vezes por semana com impacto de vida. Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -7 Sintomatologia relacionada a: ➔ Número de episódios de refluxo ➔ Acidez do refluxato ➔ Extensão proximal ➔ Hipersensibilidade esofagiana ➔ Estado cognitivo Complicações: • Lesão de mucosa pela exposição esofágica ao conteúdo gástrico ácido. • Esofagite erosiva, esôfago de Barret e estenose REFLUXO FISIOLÓGICO REFLUXO PATOLÓGICO Endoscopia pH ou impedâncio- pH Manometria Evidências conclusivas de DRGE Esofagite C ou D Estenose péptica Barret longo Tempo total de exposição ácida > 6% Evidências inconclusivas de DRGE Esofagite A ou B Tempo de exposição ácida 4-6% Nº total refluxos: 40 e 80 Evidencias adicionais Escore histopatológico Microscopia eletrônica Baixa impedância da mucosa Associação de sintomas Nº total refluxos > 80 Hipotonia da JEC Hérnia de Hiato Hipocontratilidade esofágica Evidências contra DRGE Tempo total de exposição < 4% Nº total refluxos < 40 TESTE TERAPEUTICO Pacientes < 40 anos com manifestações típicas sem manifestações de alarme: IBP dose plena, por 4 a 8 semanas, como conduta inicial. A resposta satisfatória permite inferir o diagnóstico de DRGE. I Consenso Brasileiro recomendava a realização de endoscopia em todos os casos (diagnóstico diferencial com outras afecções) III Consenso Brasileiro recomenda a realização de endoscopia se paciente > 40 anos, com história atípica e com presença de sinais de alarme. OBJETIVOS DO TRATAMENTO • Remissão dos sintomas • Cicatrização das lesões • Prevenção das recidivas • Evitar complicações Medidas: ➔ Comportamentais ➔ Medicamentosas ➔ Endoscópicas ➔ Cirúrgicas Medidas comportamentais • Elevação da cama (15-20cm) • Moderar ingestão: gordura, chocolate, cítricos, café, bebidas gasosas, bebidas alcoólicas, carminativos (hortelã, menta) • Evitar excesso alimentar • Evitar deitar após as refeições (aguardar pelo menos 2h) • Suspender o fumo • Reduzir peso corpóreo (obesos) • Cuidado: teofilina, anticolinérgicos, BCC Medidas medicamentosas • Inibidores da secreção ácida • Antagonistas dos receptores H2 o Cimetidina 400, 800 o Ranitidina 150,300 o Famotidina 20,40 o Nizatidina 150,300 • Pró-cinéticos o Metoclopramida 10 o Bromoprida 10 o Domperidona 10 • Inibidores da bomba de prótons o Omeprazol 10,20, 40 o Lansoprazol 15,30 o Pantoprazol 20,40 - Hipersensibilidade ao refluxo - Pirose funcional - Ausência de DRGE - Esofagite erosiva C ou D - Estenose péptica - Barret > 1cm - TT > 6% Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -8 o Rabeprazol 10, 20 o Esomeprazol 20,40 o Dexlansoprazol 30,60 • Bloqueador de ácido competitivo em potássio o Vonoprazan 20mg Período de tratamento 8-12 semanas • DRNE ou LA-A/B = IBP dose plena 8 semanas • DRE grave (LA-C/D) = IBP dose dupla 8 semanas e controle endoscópico após 3 meses • Manifestação atípica = IBP dose dupla por 8 ou 12 semanas • Manutenção = dose mínima eficaz/sob demanda • Gestantes = medidas comportamentais e antiácidos; antagonistas H2 (exceto nitazidina); IBP de preferência lanzoprazol (classe B) DRGE REFRATÁRIA Conceito de DRGE refratária: persistência de pirose após 8-12 semanas de dose dobrada de IBP (30 minutos antes do café da manhã e 30 minutos antes da última refeição). O que se espera do IBP: • Diminuição 50% da frequencia de sintomas • Melhora da qualidade de vida • Cicatrização da esofagite • Falha do IBP: 20-42% Principais causas de falha do IBP: • Pirose funcional • Hipersensibilidade ao refluxo • Uso inadequado do IBP • Presença de comorbidades (psicológicas e/ou sistêmicas) • Diferentes genótipos (metabolizadores rápidos) • Esofagite eosinofílica Sobreposição de sintomas com gastroparesia, dispepsia funcional, eructação excessiva e confusão diagnóstica com síndrome de ruminação, distúrbios motores do esôfago esofagite infecciosa e medicamentosa. Diagnóstico de certeza da DRGE Medidas cirurgicas Indicações de tratamento cirúrgico ➔ Hernia hiatal ➔ Hipotonia EEI • Pacientes com DRGE complicada (esofagite intensa/barret) • Pacientes responsivos aos IBPs; onde o tratamento de manutenção com IBPs terá longa duração (menos de 40 anos de idade) • Casos em que existe impossibilidade de continuidade do tratamento de manutenção, como por exemplo, impossibilidade financeira de arcar com os custos de tratamento clínico a longo prazo; desde que responsivos, inclusive nos com manifestação atípica com refluxo comprovado. MANOMETRIA E ENDOSCOPIA NO PRÉ-OPERATÓRIO = MANDATÓRIAS Princípios da cirurgia • Restaurar a porção abdominal do esôfago • Aproximar crura diafragmática • Reduzir hernia hiatal • Fundoplicatura Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -9 Traz o estomago de volta para o abdômen. ➔ Thal/Dor 180º ➔ Toupet – 270º Medidas endoscopicas • Stretta: aplicação de radiofrequencia. Faz uma hipertrofia da região muscular que compreende o EEI. • Ligadura elástica: usada em pacientes com hemorragia digestiva alta com varizes esofagianas. • Esophyx – fundoplicatura transoral sem incisão • GERDX – Endoscopic Full Thickness Plication • Dilatação com balão hidrostático (TTS) Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -10 ABORDAGEM DRGE ESOFAGITES Conceito: é o processo inflamatório do esôfago resultante do contato de sua mucosa com agentes agressivos. Classificação: • Esofagites infecciosas o Fungos o Vírus o Bactérias • Esofagites químicas: o Álcalis o Ácidos o Outros agentes: Cresol, formaldeído, hipoclorido de sódio ESOFAGITES INFECCIOSAS • É a mais comum (49 a 79% dos casos em pacientes com AIDS) • Outras causas: neoplasias malignas, antibioticoterapia prolongada, corticoterapia, radioterapia, quimioterapia, diabetes, imunossupressão • Menos comuns: IBP prolongado, alcoolismo, desnutrição, senilidade, acalasia, obstrução do esôfago • Manifestação clínica: odinofagia, dor retroesternal, disfagia • Diagnóstico: endoscopia digestiva alta com: o Escovado o Biópsias o Cultura • Tratamento: cetoconazol, fluconazol Pode ocorrer estreitamento da luz Principais agentes causais: • Citomegalovírus • Herpes simples Sintomas • Odinofagia • Dor torácica Diagnóstico • Endoscopia Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -11 • Histopatologia Tratamento • CM: Ganciclovir • Herpes simples:Aciclovir • Raras, mais comum em diabetes e doenças hematológicas malignas Tuberculose: secundária ao acometimento de outros órgãos • Sintomas: assintomático ou adinofagia e disfagia Sífilis: esôfago proximal • Sintomas: disfagia Diagnostico: endoscopia Tratamento: esquema convencional de acordo com agente ESOFAGITE CAUSTICA OU CORROSIVA Etiologia • Álcalis o Hidróxido de sódio (soda caustica) o Hidróxido de potássio (potassa caustica, Lixívia) o Carbonato de sódio ou potássio o Hidróxido de amônio • Ácidos o Ácido clorídrico o Ácido sulfúrico o Ácido nitroso o Ácido acético concentrado Quadro clínico: 3 fases 1. Período agudo 2. Período de cura aparente 3. Período de estenose cicatricial Diagnóstico • Anamnese • Endoscopia digestiva • Raios X: afastar perfuração Pode mandar tomar algo que neutralize. Tratamento Período agudo: 1. Neutralização da substancia cáustica o Álcalis: ▪ Suco de limão ▪ Vinagre a 50% ▪ Ácido cítrico o Ácidos: ▪ Hidróxido de Al ou Mg ▪ Leite ▪ Clara de ovo 2. Sonda nasogástrica 3. Analgésicos e medidas gerais 4. Corticoterapia e antibioticoterapia 5. Dilatação precoce Período de estenose cicatricial: • Dilatação endoscópica • Dilatação com ou sem gastrostomia Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -12 • Injeções locais de corticoides + dilatações • Cirurgia – esofagectomia subtotal ESOFAGITE MEDICAMENTOSA Medicamentos: antiinflamatório, alendronato de sódio ESOFAGITE EOSINOFÍLICA Doença imune, crônica, mediada por antígenos, caracterizada pela infiltração de eosinófilos no epitélio esofágico, resultando em fibrose e disfunção esofágica. Paciente jovem com história de alergia alimentar, asma, impactação alimentar... pensar nisso. Faz anéis no esôfago. • 1977: primeiro relato • Afeta todas as idades (crianças e adultos jovens) • Predomínios homens 3:1 mulheres • Impactação alimentar/disfagia = 50% dos casos estão relacionados • Não é condição pré-maligna • Significado importante na qualidade de vida o Opção terapêutica: dieta de exclusão. • Prevalência aumenta até 35-45 anos População clinicamente alérgica: • Até 70% asma • Até 75% tem rinite alérgica • Mais de 80% tem alergia ou sensibilidade a alimentos Diagnóstico • Apresentação clínica • Achados endoscópicos • Critérios histológicos Manifestações clínicas • 60-100% disfagia • Impactação alimentar – aumenta 2x em 10 anos • Mudanças nos hábitos dietéticos • 30-60% pirose • 8-44% dor torácica de origem não cardíaca • DRGE refratária ao tratamento medicamentoso • Menos comum: vômitos e odinofagia • Até 50% - eosinofilia periférica Anéis. Exsudato esbranquiçado. Edema. Estrias longitudinais. Pouco de estenose. Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021. 1 -13 Tratamento • Restrição dietética o Testes alérgicos o Restrição: leite, trigo, soja, ovo, amendoim e frutos do mar Corticoide tópico: • Fluticasona (spray oral) 880-1760ug 2x ou 4x/dia durante 6- 8sem • Budesonida (oral): 2mg/dia – 6 semanas ➔ Recorrência de 50-60% em 1 ano ➔ 20% desenvolve candidíase oral ➔ IBP ➔ Dilatações só devem ser usadas após tratamento clínico – 31% de complicações Dilatação com balão TTS
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