Buscar

ESTUDOS MIGRATÓRIOS - AULA 2

Prévia do material em texto

ESTUDOS MIGRATÓRIOS 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Ludmila Andrzejewski Culpi 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, você irá conhecer, em um primeiro momento, a origem e o 
avanço histórico das migrações, esboçando as principais fases pelas quais se 
caracteriza o fenômeno migratório. Na sequência, vamos apresentar o avanço 
das discussões multilaterais sobre as migrações, identificando as conferências 
e os acordos mais importantes firmados sobre o tema dos migrantes. Por fim, 
discutiremos o papel exercido pelas organizações internacionais na execução 
das normas de direito internacional sobre o tema, bem como na promoção de 
um debate mais aprofundado sobre a proteção dos migrantes, com ênfase sobre 
as Nações Unidas, a Organização Internacional das Migrações (OIM) e o Alto 
Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). 
TEMA 1 – HISTÓRIA DAS MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS 
Os seres humanos, no período paleolítico, em sua origem, eram 
nômades. Eles se deslocavam para poder caçar e se alimentar, o que os impedia 
de poder se fixar em um único local. Com o desenvolvimento da agricultura e da 
pecuária, os seres humanos passaram a se fixar em lugares específicos e se 
tornam sedentários. Assim, podemos afirmar que o deslocamento das pessoas 
está presente em toda a história da humanidade, promovendo grande 
diversidade étnica e cultural às diferentes regiões do planeta. 
Uma série de civilizações se criaram como resultado de movimentos 
migratórios, a exemplo da Mesopotâmia, da Grécia e do Império Romano. A 
partir da formação do Estado Moderno, no século XV, o indivíduo passou a 
desenvolver a ideia de nacionalidade, o que fez crescer sentimentos xenofóbicos 
contra os imigrantes. 
Olic (2002) desenvolve uma categorização de quatro etapas da história 
das migrações internacionais na modernidade. A primeira fase, de acordo com 
Olic (2002), se inicia em 1500, com o início das grandes navegações e até 1800, 
quando se reduz a disputa entre as metrópoles coloniais. Nessa fase, a migração 
internacional era prioritariamente da Europa para os novos continentes, 
sobretudo as Américas (Olic, 2002). 
Na segunda fase ocorre durante o século XIX, quando as antigas colônias 
europeias começam seu processo de independência, nas Américas, África e 
 
 
3 
Ásia. A Europa já estava densamente povoada, o que levou muitos europeus a 
migrarem para o Novo Continente em busca de trabalho (Olic, 2002). 
A terceira etapa das migrações modernas se deu entre os anos de 1900 
e 1915, quando ocorreu um crescimento considerável da migração de pessoas, 
especialmente dos Estados ricos da Europa para as colônias, que começaram 
seu processo de desenvolvimento e industrialização (Menezes, 2001). Essa 
etapa se encerrou com a eclosão da Primeira Guerra. No período de entre-
guerras (1919-1939), houve uma redução da quantidade de deslocamentos, 
como consequência da diminuição da pressão populacional no continente 
europeu. 
No final da 2ª Guerra, começa a quarta etapa dos movimentos migratórios 
modernos. O cenário das migrações trouxe alterações consideráveis; a migração 
havia se tornado um movimento global. Nessa etapa, aumentam os países que 
enviam e recebem migrantes. A Europa passa a receber migrantes, como fruto 
do incentivo dado pela Europa para garantir mão de obra menos qualificada para 
a reconstrução das economias devastadas. 
A partir dos anos 1990, houve mudanças nos fluxos migratórios, nas 
modalidades de migração e no controle migratório. Este passou a ser mais 
intenso. Dessa forma, as migrações se intensificaram, mas ocorrem de maneira 
inversa no que tange à burocracia envolvida. Em geral, os migrantes advêm das 
economias menos desenvolvidas, marcadas por crises econômicas, conflitos 
armados ou perseguições étnico-religiosas, e se direcionam a economias mais 
ricas, sobretudo os EUA e a Europa. 
TEMA 2 – AVANÇO HISTÓRICO DO REGIME DE MIGRAÇÕES 
A Liga das Nações, fundada em 1919, buscou combater as políticas de 
controle de fronteiras executadas pelos países europeus, ao firmar o Tratado das 
Minorias, buscando assegurar que certos grupos étnicos teriam seus direitos 
contemplados. 
Em 1921, foi criado o cargo do Alto Comissário para Refugiados (que 
deveria ser temporário), dentro da Liga, com vistas a solucionar a crise dos 
deslocados e refugiados europeus e russos. O Alto Comissariado para 
refugiados (ACNUR) seria financiado pela Liga e por contribuições voluntárias 
dos Estados. Contudo, muitos Estados tinham receio que o ACNUR intervisse 
em suas políticas migratórias domésticas, recusando assegurar uma maior 
 
 
4 
autonomia ao ACNUR (Faria, 2015). Um dos objetivos da criação do ACNUR era 
afastar da OIT e da Liga das Nações a responsabilidade sobre as questões 
migratórias. 
Sobre os esforços para desenvolver um regime internacional que tratasse 
dos direitos dos migrantes: desde o fim da 2ª Guerra Mundial, apesar do aumento 
dos fluxos migratórios, os Estados passaram a controlar mais a entrada de 
imigrantes em seus territórios. Nos organismos internacionais, como a ONU, a 
questão da livre mobilidade é um tema marginal, que em geral é mantido sob a 
esfera estatal. Não há grandes esforços para a definição de normas universais. 
De acordo com Faria (2015, p. 51), “o tratamento dispensado às migrações pelos 
foros internacionais parece contradizer, portanto, o próprio espírito da 
globalização”. 
Quando o ACNUR foi criado, a Organização Internacional do Trabalho 
(OIT) coordenava o debate sobre migração. A OIT tinha o intuito de expandir as 
migrações europeias; para tanto, a OIT convocou a Conferência de Nápoles 
sobre Migrações, em outubro de 1951. A principal finalidade do encontro era 
garantir a cooperação entre Estados com vistas a incentivar o deslocamento de 
europeus. Essa Conferência foi considerada um fracasso, pois a OIT não 
conseguiu criar um organismo independente para administrar os fluxos de 
migração (Faria, 2015). 
Em 1951 foi fundado, por proposta dos EUA, um Comitê Provisório 
Intergovernamental para o Movimento de Migrantes da Europa (CPIMME), com 
o objetivo de organizar o fluxo de imigrantes europeus. Em 1953, essa 
organização se transformou no Comitê Intergovernamental para a Migração 
Europeia (CIME), que se encarregaria de tratar da questão migratória, com vistas 
a excluir a ONU da temática (Faria, 2015). Em 1989, o CIME deu lugar à 
Organização Internacional das Migrações (OIM). 
Portanto, é importante ressaltar que o regime das migrações foi fruto da 
disputa entre duas perspectivas: i) a visão da OIT e da ONU sobre a necessidade 
de multilateralidade, cooperação internacional e autonomia da organização para 
tratar da questão; e ii) a perspectiva dos EUA e seus aliados, de necessidade de 
manter a independência dos Estados na política migratória, através da criação 
de uma organização fraca e limitada. Essa segunda visão foi a que triunfou, 
impedindo que o regime de migrações fosse mais eficaz e autônomo. 
 
 
5 
Dessa forma, ao preservar um regime de migrantes fragmentado, sem 
uma organização única que cuidasse do deslocamento dos migrantes e da 
proteção dos seus direitos, os EUA conseguiram manter suas políticas nacionais 
migratórias sem interferência externa – o que, por outro lado, enfraqueceu a 
gestão multilateral do tema. Isso é algo negativo, pois o posicionamento dos EUA 
busca evitar uma resposta mais rápida e adequada ao fenômeno da migração. 
TEMA 3– A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS E AS MIGRAÇÕES 
A ONU, criada em 1945 após a 2ª Guerra Mundial, tem o objetivo de 
impedir a guerra e assegurar a paz entre as nações. Para tanto, sua pauta é 
composta de temas gerais sobre as relações entre os Estados – por exemplo 
como a questão migratória. Em 2006, um relatório do Secretário Geral da ONU, 
denominado “Migrações e desenvolvimento”, analisou a questão da relação 
entre desenvolvimentoe migrações, que é considerada central. 
 Nesse documento, o Secretário da ONU Ban Ki-Moon pontuou que 
a ONU é a instância apropriada para promover a conexão entre os temas das 
migrações e do desenvolvimento, tendo em conta que o desenvolvimento não 
está relacionado apenas ao crescimento econômico, mas à melhoria da 
qualidade de vida da população: 
Os conhecimentos estão dispersos não só pelos numerosos 
escritórios, fundos e programas das Nações Unidas, mas também 
pelos governos do mundo inteiro, as mentes dos peritos, as 
experiências dos empregadores, as atividades das organizações da 
sociedade civil e os corações dos migrantes. E qual o melhor local para 
os governos – num espírito de investigação e numa base de igualdade 
no âmbito de um quadro colegial – discutirem formas de fazer as 
migrações internacionais contribuírem para o desenvolvimento? A 
ONU é decerto a instância apropriada para esta troca de ideias, 
experiências e lições aprendidas. (ONU, 2006) 
Nesse sentido, o secretário propôs no documento a criação de um fórum 
consultivo, comandado pelos 191 Estados, no qual seriam debatidos os temas 
vinculados às migrações e ao desenvolvimento. Esse espaço seria entendido 
como um complemento aos demais esforços regionais e multilaterais. O objetivo 
é garantir um debate que trate a temática das migrações como um elemento 
fundamental para o processo de desenvolvimento das nações – isso é, uma 
perspectiva positiva da migração e não uma visão criminalizatória dos migrantes. 
Em 2018, os Estados irão discutir um Pacto Global para as Migrações, 
através da ONU, que não representa um acordo formal ou vincula os Estados a 
 
 
6 
qualquer obrigação. O foco do pacto é evitar as mazelas das migrações 
irregulares e trazer as vantagens das migrações para todas as nações. 
O debate sobre esse pacto começou em 2016, quando, na Assembleia 
Geral da ONU, 193 Estados aprovaram a Declaração de Nova Iorque para 
refugiados e migrantes, que visava garantir uma melhor gestão dos fluxos e 
crises migratórios. Em 2 de dezembro de 2017, antes da discussão sobre o 
pacto, o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou seu país das negociações, 
por considerá-lo incompatível com a política migratória estadunidense. 
Pudemos verificar que o trabalho da ONU para as migrações é limitado e 
concentra-se em promover, dentro de sua Assembleia Geral, discussões para a 
criação de compromissos, obrigações e pactos que vinculem os Estados a certos 
valores e diretrizes a respeito da migração. 
TEMA 4– A ATUAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE MIGRAÇÕES 
(OIM) 
A Organização Internacional de Migrações (OIM), criada em 1951, é a 
agência da ONU responsável por administrar a temática migratória. Embora seja 
considerada uma agência, não faz parte do sistema da ONU, tem um mandato 
limitado e pouca autonomia para definir obrigações dos Estados. Isso limita a 
prestação de serviços relacionados à mobilidade de pessoas. 
A OIM atua em parceria com governos, outros organismos e organizações 
de caráter não governamental, bem como com a sociedade civil, para assegurar 
um tratamento mais uniforme à temática migratória. 
A OIM possui 166 Estados-membros, 8 Estados observadores, 401 
escritórios e cerca de 9 mil funcionários. De acordo com o site da organização, 
“a OIM dedica-se à promoção de uma migração humana e ordenada para o 
benefício de todas e todos, fornecendo assistência e assessoramento a 
governos e migrantes” (OIM, 2018). 
A partir dos anos 1990, a OIM aumentou o número de Estados-membros 
e suas áreas de ação, não somente gerenciando fluxos, mas atuando em 
atividades de auxílio a vítimas de desastres naturais. Pela ausência de um 
debate mais politizado e de princípios que orientem o tratamento conjunto no 
tema migratório, a OIM conduz suas ações com base nas diretrizes das políticas 
migratórias domésticas de cada Estado que a contata, o que é um problema. 
Portanto, a OIM não é democrática, pois prioriza os interesses dos Estados mais 
 
 
7 
fortes e desenvolvidos. Podemos destacar que os EUA, que são o país que mais 
financia a organização, nomeou todos os Diretores Gerais da OIM até hoje, e 
utiliza a organização como instrumento de sua política migratória nacional. 
A OIM, segundo Faria (2015), não tem independência para assegurar a 
proteção dos refugiados e deslocados, agindo apenas como uma prestadora de 
serviços aos Estados demandantes, colaborando em atividades de mobilidade 
de pessoas e nos programas de integração dos migrantes nas comunidades 
locais. Betts e Collier (2017) destacam que o trabalho da OIM parece mais o de 
uma empresa privada do que o de uma organização internacional. A ausência 
de uma única organização responsável pelos migrantes e com legitimidade para 
proteger e lutar por seus direitos deixa-os em situação vulnerável e de abandono. 
Baraldi tece uma crítica sobre a atuação dos organismos internacionais 
na questão migratória. Segundo ela, eles se valem de um discurso de proteção 
dos direitos humanos da população migrante, “sem de fato evocar uma 
transformação que seja capaz de garanti-los” (Baraldi, 2014, p. 72). 
Apesar de suas limitações, a OIM é reconhecida por ter capacitação para 
lidar com situações de gestão de crises migratórias, e concentra mais suas 
atividades na defesa dos direitos humanos da população migrante. Não há, 
contudo, nenhum documento no qual a OIM se comprometa com a proteção dos 
direitos humanos dos migrantes (Faria, 2015). 
Além disso, não existe transparência em casos de violação dos direitos 
humanos dos migrantes nas operações realizadas pela OIM. Há denúncias de 
que a OIM é conivente e em alguns casos participa da construção de centros de 
detenção de migrantes. Não se sabe se o retorno dos migrantes 
operacionalizada pela OIM é voluntário ou se os migrantes são obrigados pelos 
Estados que os recebem a retornarem aos seus países de origem. Tendo isso 
em conta, por mais que essa seja vista como a agência líder no trato dos 
migrantes, é preciso reavaliar seu mandato para que ela de fato possa fazer 
justiça a essa denominação. 
TEMA 5 – A ATUAÇÃO DO ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS 
PARA OS REFUGIADOS (ACNUR) 
O ACNUR, fundado pela Assembleia Geral da ONU, em 1950, para ser 
uma agência de caráter temporário, tem como objetivo lidar exclusivamente com 
a temática de proteção e auxílio aos refugiados, mas atua também na questão 
 
 
8 
dos deslocados internos. O ACNUR não tem financiamento regular, o que 
restringe suas atividades, estando ele dependente de contribuições voluntárias 
em cada uma de suas missões (Faria, 2015). 
O ACNUR oferece auxílio aos refugiados no momento de chegada e 
instalação no Estado de destino, no pedido de refúgio e no retorno à sua nação 
de origem. Todavia, o órgão ainda busca garantir soluções definitivas para essa 
população, buscando incluir o refugiado nos debates internacionais e identificar 
suas necessidades e interesses (ONU, 2006). 
As três áreas centrais de atuação do ACNUR são repatriamento 
voluntário, integração local no país de destino e reinstalação para um terceiro 
Estado. As operações, as atividades, os beneficiários e Estados envolvidos no 
ACNUR aumentaram ao longo do tempo. Pode-se dizer que o ACNUR hoje está 
presente na maior parte dos conflitos que ocorrem no mundo (Faria, 2015). 
No pós-Guerra Fria, a atuação do ACNUR se alterou e se tornou mais 
proativa, não contribuindo somente para auxiliar o deslocamento ou a instalação 
do refugiado, mas com foco em atender seus interesses e garantir seus direitos. 
Ademais, suas atividades estão mais direcionadas aos Estados de onde partem 
os refugiados, que também têm responsabilidade, além dos países que os 
recebem. As operações também são mais holísticas, não focando somente nos 
refugiados, mas levando em conta também os deslocamentos forçados 
internamente, os retornados, os apátridas, os solicitantes deasilo, entre outros. 
Mesmo que o órgão sofra dificuldades de financiamento, tem tido 
resultados muito positivos na ajuda humanitária aos refugiados. Segundo Faria 
(2015, p. 190): 
O papel desempenhado pelo ACNUR na proteção dos refugiados e 
avaliado de forma tão positiva pela comunidade internacional, que 
chega a gerar o receio de que seu eventual envolvimento formal com 
a proteção dos migrantes venha a prejudicar, de alguma maneira, sua 
atuação na área humanitária. 
NA PRÁTICA 
Leia o relatório da ONU, denominado “Migrações de substituição: Uma 
solução para populações em declínio e envelhecimento?” (ONU, 2000). Discorra 
sobre como as chamadas migrações de substituição são entendidas como 
solução para vários países com taxas elevadas de envelhecimento da 
população. 
 
 
9 
FINALIZANDO 
Nesta aula, estudamos o avanço do deslocamento de pessoas ao longo 
da história da humanidade e a reação da comunidade internacional sobre o tema. 
Na primeira parte, apresentamos as fases pelas quais passa o fenômeno da 
migração, desde a Antiguidade até os dias de hoje. 
Na sequência, você visualizou como está avançando a gestão global das 
migrações, ou seja, como se conforma o regime multilateral de migrações. Nota-
se uma necessidade cada vez maior de cooperar nesse quesito, embora os 
Estados não atribuam muita autonomia aos organismos regionais, e tenham 
receio de perder a soberania sobre sua política migratória doméstica. 
Abordamos as primeiras conferências sobre o tema, que permitiram a criação da 
Organização Internacional de Migrações (OIM) e do ACNUR, considerando os 
problemas relacionados à falta de vontade política dos Estados em oferecer 
maior autonomia às organizações internacionais da área. 
Para finalizar, estudamos a atuação dos principais organismos 
internacionais na área migratória: ONU, OIM e ACNUR. A ONU tem uma atuação 
bastante geral, propondo pactos e acordos para assegurar maiores direitos aos 
refugiados, sem ações mais concretas. A OIM, embora seja bastante conhecida, 
atua de modo bastante limitado e sem autonomia para assegurar uma maior 
proteção aos migrantes, devido a dificuldades de financiamento. O ACNUR tem 
uma atuação exitosa na questão humanitária, mas ainda carece de autonomia 
para assegurar mais direitos aos refugiados e deslocados. 
 
 
 
 
10 
REFERÊNCIAS 
BARALDI, C. Migrações internacionais, direitos humanos e cidadania sul-
americana: o prisma do Brasil e da integração sul-americana. Tese (Doutorado 
em Relações Internacionais) – Universidade São Paulo, São Paulo, 2014. 
BETTS, A.; COLLIER, P. Refuge: transforming refugee system. Londres: 
Penguin, 2017. 
FARIA, M. R. F. Migrações internacionais no plano multilateral: reflexões 
para a política externa brasileira. Brasília: FUNAG, 2015. 
MENEZES, M. L. P. A crise do bem-estar e a caracterização dos processos 
territoriais da migração no Brasil. Scripta Nova, revista electrónica de Geografía 
y Ciencias Sociales, Barcelona, n. 94, p. 1-17, ago. 2001. 
OIM – ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE MIGRAÇÕES. Disponível em: 
<https://nacoesunidas.org/agencia/oim/>. Acesso em: 4 set. 2018. 
_____. Informe sobre las migraciones en el mundo. 2013. Disponível em: 
<http://publications.iom.int/system/files/pdf/wmr2013_sp.pdf>. Acesso em: 4 set. 
2018. 
OLIC, N. B. Fluxos migratórios contemporâneos. Revista Pangea, mar. 2002. 
Disponível em: <http://www.clubemundo.com.br/pages/revistapangea/show_ne
ws.asp?n=132&ed=4>. Acesso em: 4 set. 2018. 
ONU – Organização das Nações Unidas. Migrações de substituição: uma 
solução para populações em declínio e envelhecimento? 2000. 
_____. Relatório do Secretário-Geral: “Migrações Internacionais e 
Desenvolvimento” (excertos do preâmbulo). 2006. Disponível em: 
<https://www.unric.org/pt/actualidade/6021>. Acesso em: 4 set. 2018.

Continue navegando