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A PRÁTICA DE HANDEBOL PARA PESSOAS COM E SEM DEFICIÊNCIA

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	Sistema de Ensino Presencial Conectado
EDUCAÇÃO FÍSICA
ANDERSON VIANA RANGEL ALVES
BRUNA LETICIA CAETANO DA COSTA
CLARICE DA SILVA VELASCO
HELEN ANNE PESSANHA MORAES
JOSÉ MAGNO ROGERIO DE OLIVEIRA
LEONARDO E SILVA GOMES
UINDSA CAETANO DA COSTA
A prática de Handebol para pessoas com e sem deficiência
Campos dos Goytacazes
2021
ANDERSON VIANA RANGEL ALVES
BRUNA LETICIA CAETANO DA COSTA
CLARICE DA SILVA VELASCO
HELEN ANNE PESSANHA MORAES
JOSÉ MAGNO ROGERIO DE OLIVEIRA
LEONARDO E SILVA GOMES
UINDSA CAETANO DA COSTA
A prática de Handebol para pessoas com e sem deficiência
Trabalho apresentado ao Curso de Educação Física da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Anatomia aplicada a educação física; Metodologia do ensino de lutas na escola; Metodologia do ensino do Handebol; Atividades Físicas e Esportes Adaptados; Medidas e Avaliação em Educação Física; Práticas pedagógicas: identidade docente;
Professores: Prof. Me. Tulio Bernardo Macedo Alfano Moura; Prof. Me. Anderson Nascimento Guimarães; Prof. Dr. Márcio Teixeira; Prof. Dra. EloiseWerle de Almeida; Prof. Ma. Alessandra Beggiato Porto; Prof. Ma. Camila Aparecida Pio;
Tutor à distância: Luciana Medeiros Veloso
Campos dos Goytacazes
2021
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO......................................................................................
	04
	2
	DESENVOLVIMENTO.........................................................................
	05
	3
	CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................
	08
	
	REFERÊNCIAS...................................................................................
	09
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
1 INTRODUÇÃO
Ao pensar sobre o tema esporte para pessoas com deficiência logo nos vem os aspectos positivos que o esporte podem proporcionar tanto nos aspectos físicos, sociais e emocionais. Através do esporte pode-se obter uma melhora na atividade cardiovascular, a força, coordenação motora, agilidade e equilíbrio, além disso, no âmbito emocional, ao praticar atividade física uma pessoa com deficiência pode-se aperfeiçoar a autoestima e autoconfiança, tornando-se assim uma pessoa mais segura, enquanto colabora para a inclusão social.
Pode ocorrer de atletas que não tinha deficiência, sofrer situações na vida e torna-se deficiente, com isso, o esporte adaptado consiste também uma ferramenta para incluir esses atletas, como também aquelas pessoas que tem vontade de praticar um esporte e sente-se limitado. O esporte adaptado traz uma inovação e um mundo de possibilidades.
A prática esportiva, segundo Calegari (2010), inicialmente foi estimulada para acelerar e tornar mais agradável o processo de recuperação e reabilitação ou reinserção social dos soldados lesionados no conflito.Porém com o decorrer do tempo houve a necessidade de estabelecer um elemento democratizador, com o objetivo de garantir o direito de igualdade no esporte adaptado e viabilizar a participação dos atletas com deficiência considerando suas reais condições (CALEGARI, 2010). Esse sistema de classificação tem por objetivo dar condições de igualdade competitiva entre as diversas categorias de deficiência e tornar acessível ao atleta sua participação no esporte que muito tem a contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida.
Este trabalho tem por objetivorefletir sobre a prática de exercício físico de pessoas com deficiência motora, como também relacionar o conteúdo aprendido em sala, nas diferentes disciplinas ministradas ao longo do semestre, com situações cotidianas por meio de situações-problema, e conhecer as modalidades adaptadas para pessoas com deficiência motora.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Situação Problema 1
A medula espinhal consiste em uma parte fundamental do sistema nervoso (MINHA VIDA). Esta passa pelo pescoço e pelas costas e é protegida pela coluna vertebral, que fornece suporte para o tronco e outras estruturas ao redor. A medula espinhal, ainda apresenta discos vertebrais e estes servem como amortecedores ao caminhar, correr ou saltar (MINHA VIDA). 
Uma lesão na medula espinhal compreende-se em qualquer tipo de dano causado à medula, que consiste em parte fundamental do sistema nervoso central. Essas lesões podem ocorrer quando há danos às células dentro da medula ou quando os nervos que correm para cima e para baixo na medula são lesionados. Muitas causas podem estar envolvidas em uma eventual lesão na medula (MINHA VIDA). O Instituto Novo Ser relata que a lesão da medula espinhal é quando ocorre um trauma, doença ou defeito congênito, ocasionando paralisia temporária ou permanente dos músculos dos membros e do sistema nervoso autônomo, bem como alterações na sensibilidade dependendo da localização e extensão da lesão.
A Lesão Medular, de acordo com o Instituto Novo Ser, pode ser classificada de acordo com o comprometimento sensório-motor que a pessoa apresenta. Sendo assim, classificada como completa quando não há função motora ou sensitiva preservada no segmento sacral, e lesão incompleta as funções motora e sensitiva estão preservadas no nível do segmento sacral (INSTITUTO NOVO SER).
Segundo Rocha et. al. (2018), a gravidade da lesão irá depender do local e grau de destruição das vias medular aferente e eferente, desta maneira quanto mais alto o nível e maior a extensão da lesão, menor será a massa muscular disponível para a atividade física e menor serão a aptidão física e a independência funcional. (NASCIMENTO, SILVA, 2007apud ROCHA ET. AL., 2018). Os autores ainda destacam que a paraplegia consiste na consequência da diminuição ou perda da função motora e/ou sensitiva nos segmentos torácico, lombar ou sacral da medula espinhal, sendo assim, deixa na íntegra a função dos membros superiores; contudo o tronco, membros inferiores e órgãos pélvicos podem ficar comprometidos (BORTOLOTI, TSUKAMOTO, 2010apud ROCHA ET. AL., 2018). 
A tetraplegia, por sua vez, refere-se à interrupção da função motora e/ou sensorial nos segmentos cervicais da medula espinhal; os membros superiores são acometidos, assim como o tronco, membros inferiores e órgãos pélvicos (NASCIMENTO e SILVA, 2007apud ROCHA ET. AL., 2018). 
As três principais funções do organismo perdidas com a lesão medular são a motora, sensitiva e autônoma (SOUZA ET. AL., 2013). As principais sequelas morfológicas consistem no comprometimento parcial ou total sensório-motor, ou seja, podem ocorrer paraplegia total ou parcial dos membros inferiores e superiores, espasticidade (INSTITUTO NOVO SER). As principais sequelas fisiológicas consiste na perca das funções fisiológicas como a função de urinar e evacuar, circulação sanguínea e na sexualidade (Idem, Ibidem).
Ao prescrever exercícios físicos para pessoas com lesão medular, inicialmente é fundamental haver uma avaliação médica e autorização para realizar atividade física. Outro ponto é ter adaptações necessárias para a modalidade esportiva, conhecer as limitações e potencialidades do aluno, e prescrever um programa de acordo com as especificidades. É importante ter alguns cuidados ao prescrever exercícios físicos para pessoas com lesão medular, como por exemplo, não prescrever exercícios que exigem além da capacidade de cada aluno, ter acessibilidade e adaptações necessárias para os exercícios físicos.
2.2 Situação Problema 2
A avaliação física na preparação para uma competição é fundamental para organizar a rotina de treinamento com uma finalidade e objetivo específico (ON EVOLUÇÃO CORPORAL), como por exemplo, uma competição. 
Vale ressaltar que a rotina de treinamento deve ser composta por exercícios que desenvolvam capacidades físicas como mobilidade, estabilidade, flexibilidade, força, velocidade e potência(ON EVOLUÇÃO CORPORAL). Além disso, o preparador físico tem como principal papel o controle de cargas de todas as atividades realizadas e desta maneira irá equilibrar o que se faz quando está praticando o esporte e o quando está treinando(ON EVOLUÇÃO CORPORAL).Utilizando como exemplo, o handebol que consiste em uma modalidade esportiva coletiva completa, caracterizada por grande quantidade e variedade em suas movimentações, manipulações de bola e interação com outros atletas, também em uma competição é necessário uma avaliação (VARGAS et. al., 2008). 
Vargas et. al. (2008), relata que a avaliação do desempenho implica o reconhecimento e denominação do nível individual dos componentes do desempenho esportivo ou de um estado de condicionamento”, sendo assim é fundamental que todas as variáveis relacionadas ao desempenho dos atletas sejam avaliadas.
Buscando avaliar as seguintes variáveiscomposição corporal, a agilidade, a força e a potência, podem ser utilizados segundo Vargas et. al. (2008), os seguintes instrumentos: estadiômetro, sendo este utilizado para realização da medida da estatura; balança buscando avaliar o peso corporal total; esteira SUPER ATL - Inbrasport - para avaliação da potência aeróbica máxima (consumo máximo de oxigênio - VO2máx); cicloergômetroBiotec 2100 (Cefi se) para avaliaçãoda potência anaeróbica máxima; e lactímetroAccusportpara avaliação do limiar de lactato. A altura é um fator que contribui no rendimento, uma vez que, contribui nas ações de jogo com no contato pessoal, na posse e no manejo de bola, no arremesso e no bloqueio (VARGAS ET. AL., 2008).
A esteira SUPER ATL Inbrasport é um equipamente que busca avaliar a potência aeróbica, que por sua vez é proporcional ao peso corporal, avaliado pela balança que consiste em um equipamento que busca avaliar o peso corporal total. Nesse sentido os resultados são fundamentais para avaliar desempenho em competições de resistência, com isso, de acordo com Vergas et. al. (2008), valores acima de 70ml.kg-1.min-1 são considerados favoráveis para um bom desempenho em competições de resistência; já valores abaixo de 60ml.kg-1.min-1 apontam incapacidade para concorrência internacional. Em pessoas normais não-treinadas, na faixa de 25 a 30 anos, observam-se valores de 45ml.kg-1.min.
O cicloergômetroBiotec 2100 (Cefi se) para avaliação da potência anaeróbica máxima e lactímetroAccusportpara avaliação do limiar de lactato, também são instrumentos fundamentais para avaliar os aspectos da potência anaeróbica e o limiar de lactado que são fatores que influenciam no desempenho do atleta. É importante que a equipe esteja dentro de um limiar comum para que assim todos tenham um bom desempenho no jogo para alcançar o objetivo que é ganhar a partida.
Desta maneira as variáveis avaliadas são fundamentais, uma vez que, contribuem de forma significativa para o diagnóstico do estado de treinamento de atletas, bem como para a elaboração de um programa de treinamento individualizado visando uma melhora da performance.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A prática esportiva é uma atividade física que contribui significamente para a saúde. Pessoas com deficiências também podem e devem praticar esporte, porém vale ressaltar que cada um tem suas peculiaridades e devem ser respeitadas, além disso, é fundamental passar por uma avaliação médica e física e também ser acompanhado por profissionais para que assim haja um acompanhamento das variáveis e acompanhar o desempenho e desenvolvimento.
A avaliação física é um instrumento fundamental que busca avaliar alguns aspectos como composição corporal, a agilidade, a força e a potência, e estes por sua vez são fundamentais para o rendimento do atleta. Em uma competição ter um avaliação dos atletas é fundamental, uma vez que irá observar as variáveis individualmente e realizar um programa de treinamento individual, buscando assim, tornar a equipe em uma avaliação em comum tendo por finalidade alcançar uma padrão para que toda a equipe tenha um bom rendimento. 
REFERÊNCIAS
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CALEGARI, D. R. Regras do jogo de handebol em cadeira de rodas. Disponível em: http://multimidia.curitiba.pr.gov.br/2012/00123411.pdf , acesso Dez. 2020. 
GREGUOL, M.; COSTA, R. F. Atividade física Adaptada: Qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. 4. Ed. Barueri: Manole, 2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520456224/cfi/4!/4/4@0.00:16.4 acesso Dez. 2020. 
INSTITUTO NOVO SER. Lesão medular. Disponível em <novoser.org.br/espaço_informacao_lm. html> Acesso em 05 de Mar. 2021
MENEZES, R. P. O ensino dos sistemas defensivos do handebol: considerações metodológicas acerca da categoria cadete. Pensar a Prática, v. 13, n. 1, p. 115, 2010. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/7269/6673 acesso Dez. 2020.
MENEZES, R. P.; MARQUES, R. F. R.; NONUMURA, M. O ensino do handebol na categoria infantil a partir dos discursos de treinadores experientes. Movimento, v. 21, n. 4., p. 463-477, 2015. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/47664/36395 acesso Dez. 2020.
MINHA VIDA. Lesão na medula espinhal: sintomas, tratamento e causas. Disponível em <Lesão na medula espinhal: sintomas, tratamentos e causas | Minha Vida> Acesso em 07 de Mar. 2021
ON EVOLUÇÃO CORPORAL. A importância da avaliação física antes da prática esportiva. Disponível em <Preparação física – On (onevolucaocorporal.com.br)> Acesso em 05 de Mar. 2021 
PEIXOTO, G. F. et al. Correlação entre composição corporal, potência e agilidade Das jogadoras de handebol da cidade Americana-SP. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, v.10, n.61, p.679-683, 2016. Disponível em: file:///C:/Users/Windows%2010/Downloads/Dialnet-CorrelacaoEntreComposicaoCorporalPotenciaEAgilidad-5693195.pdf acesso Dez. 2020. 
ROCHA, F. et al. Prescrição de exercício físico para pacientes que sofreram lesão medular: revisão sistemática da literatura brasileira. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 15, n. 40, 2018. Disponível em: http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/1026/u2018v15n40e1026 
SOUZA, E. et. al. Principais complicações do Traumatismo Raquimedular nos pacientes internados na unidade de neurocirurgia do Hospital de Base do Distrito Federal. Com. Ciências Saúde. 2013; 24(4): 321-330
SOUZA, E. F.; PEREIRA, J. L. Medidas e Avaliação. Curitiba: InterSaberes, 2019. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/168141/pdf/0?code=6HLLcyBnXCYeiy3Q/aJPIahBI2dORrf8SsTEAi0HOUrgJMUZwQbWfX41q6ZABmJazTJpJkDDaxjJyD4LaIMCzQ== acesso Dez. 2020.
VARGAS, P. et al. Avaliação de características fisiológicas de atletas de handebol feminino. Revista Fitness e Performance, v. 7, n. 2, p. 93-98, 2008. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/751/75117202006.pdf acesso Dez. 2020.

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