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Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful São substâncias utilizadas para psicose ou esquizofrenia. A doença foi descrita no século 19 por 2 médicos: Emil Kraepelin e Eugen Bleuler. Emil definiu a síndrome como demência precoce. Logo Eugen se opôs ao termo sugerindo em 1908 o termo a partir do grego schizein “dividir em dois” e phren “mente”. Os medicamentos utilizados são chamados de neurolépticos e antipsicóticos. São chamados de grandes tranquilizantes em comparação à outros inibidores do SNC como hipnóticos e sedativos (ex. benzodiazepínicos). Esquizofrenia é uma doença mental crônica que se caracteriza por: → Sintomas positivos ou produtivos – delírio, alucinações auditivas, ilusões, agitação extrema, crises agressivas, comportamentos destrutivos, desagregação do pensamento. → Sintomas negativos – dificuldade de julgamento e de atenção, desorganização do pensamento e falta de motivação. → Os primeiros sintomas respondem melhor ao tratamento. Porque normalmente esses sintomas são causados por uma hiperatividade dopaminérgica pré frontal. Há algumas vias corticais da dopamina que estão hiperstimuladas e caracteriza bastante os sintomas positivo da esquizofrenia. Na fase aguda (surto psicótico), os objetivos terapêuticos são redução dos sintomas, prevenção de danos advindos da agressividade e melhora do funcionamento social do indivíduo. Medicamentos antipsicóticos (principalmente os mais sedativos) são indicados em quase todos os episódios psicóticos agudos. Na fase de manutenção, o objetivo é manter o paciente assintomático ou ainda melhorar o nível de funcionamento e a qualidade de vida, além de reduzir as recaídas. Somente um em cada seis pacientes permanecem livres de sintomas e sem necessidade de medicamentos nos 10/15 anos após um primeiro surto. Cerca de 80% dos pacientes apresentam novos surtos e disfunção continuada, embora tenha significativamente aumentado a proporção de pessoas com melhora depois de 1950, com a inserção dos primeiros fármacos. A esquizofrenia é uma patologia do sistema nervoso central que incide sobre cerca de 1-2% da população mundial. Aproximadamente 20% das pessoas com esquizofrenia tentam suicídio. Brasil ocupa 30% dos leitos hospitalares psiquiátrico (100 mil leitos/dia). A primeira evidência da hipótese dopaminérgica em quadro de esquizofrenia foi descrita em 1963. Foi observado que fármacos simpatomiméticos de ação indireta, como a anfetamina (que promovem a liberação de dopamina) levam ao desenvolvimento de um quadro de paranoia semelhante aquele manifestado por pacientes esquizofrênicos, o qual pode ser inibido pela administração de antagonistas dos receptores D2. O principal receptor envolvido na esquizofrenia é o D4. Ocorre um aumento da população de receptores dopaminérgicos no cérebro de pacientes esquizofrênicos. D4 60%; D2 e D3 10%. A segunda hipótese mais aceita para a gênese da esquizofrenia é a serotoninérgica -> observação de que agonistas de receptores de serotonina, como a mescalina e LSD produzem alucinações semelhantes aquelas observadas em pacientes esquizofrênicos. FARMACOS Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful Acredita-se que os sintomas positivos como ilusões, alucinações, psicoses, paranoias, pensamentos desordenados e fala desorganizada, ocorrem devido a hiperatividade dopaminérgica na área mesolímbica do cérebro de pacientes esquizofrênicos. Já os sintomas negativos, como a desmotivação, comportamento emocional violento, isolamento social, fala lenta, seriam oriundos de uma hipoatividade dopaminérgica nas projeções do córtex pré-frontal. As vias afetadas é a mesolimbica (verde) e amigdala (principal via neuronal responsável pelo medo) quando tem uma hiperatividade nessa região ocorre uma desregulação causando alucinações. A via mesocortical (vermelha) é onde é organizado nosso pensamento e raciocínio, uma diminuição da atividade da dopamina nessa região pode provocar dificuldades em falas, pensamentos, etc. D1, D2, D3, D4 e D5. O mais associado ao diagnostico seria o D4, e ao tratamento o D2. → Problema: Os receptores D2 estão na via nigro estriatal, uma baixa dopaminérgica gera sintomas como de Parkinson. Então um dos efeitos adversos dos medicamentos inibidores D2 -> Parkinson induzido por medicação. Dificuldade na obtenção do medicamento ideal: complexidade e ausência de sintomas comuns a todos os pacientes esquizofrênicos tem dificultado a compreensão da doença. A eleição de um alvo terapêutico único que viabilize a descoberta de novos fármacos mais efetivos do que aqueles atualmente empregados. Quaisquer medicamentos antipsicóticos podem aumentar o potencial para recidivas, por meio da supersenbilização do cérebro à dopamina. →Os medicamentos usados na terapêutica atual bloqueiam os receptores dopaminérgicos no SNC. Antagonista dopaminérgico aja nos receptores pós sinápticos e ocupe o espaço impedindo a ligação da dopamina. O principal problema a doença as vezes está em uma hipodopaminérgica então os principais medicamentos não vão funcionar ou irão funcionar pouco na fase negativa da doença. Em meados da década de 50, foram introduzidos para o tratamento da esquizofrenia os fármacos fenotiazinicos, antipsicóticos clássicos que representaram um marco na farmacoterapia psiquiátrica, melhorando consideravelmente o prognóstico desta e de outras patologias do sistema nervoso central. Posteriormente, outras classes de antipsicóticos clássicos foram emergindo como as butirofenonas (haloperidol), as benzmidas (sulpirida) e os tioxantenos (clorprotixeno). Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful Os antipsicóticos clássicos como clorpromazina, haloperidol, sulpirida, empregados no tratamento da esquizofrenia, apresentam como principal característica uma maior afinidade pelo receptor dopaminérgico D2, em relação ao D4. A maior afinidade dos antipsicóticos clássicos pelos D2, aos efeitos terapêuticos desejados, efeitos colaterais, extrapiramidais, principal inconveniente do emprego desta classe de fármacos. Os sintomas Parkinsonianos são decorrentes de uma hipoatividade dopaminérgica na região nigroestriatal, oriuda do bloqueio de receptores dopaminérgicos do subtipo D2 pós sinápticos pelos antipsicóticos clássicos. Anel fenotiazina conhecido desde o final do século XIX. São fármacos da década de 50, sintetizados com base na modificação de anti-histamínicos. 1951: primeiro relato do uso da clorpromazina para esquizofrenia. Síntese da clorpromazina a partir dos antihistaminicos. A inserção do Cl na estrutura foi devido a lipossolubilidade, entrando mais no SNC, mas o alargamento da cadeia lateral esse inibidor alcançou uma ação importante no receptor dopaminérgico não só histaminérgico. Ainda há uma ação histamínica, porém muito baixa. Fenotiazina – livre rotação ajusta-se failemnte a conformação mais ativa da dopamina. Tioxanteno – geração de isômeros geométricos E/Z *Quando o N é trocado pela dupla ligação ocorre uma modificação na isomeria. O tioxanteno tem uma ligação dupla fixa ou seja, não há uma rotação da estrutura. Interação entre dopamina e receptor D2 Interação do tipo Van der Waals – emparelhamento pi de anel com anel (trp160). Uma ligação de H formada entre Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful o OH do catecol com o OH do ser194. E uma ligação iônica do N protonado com o asp114. Essas ligações possuem uma distancia importante. Como essa cadeia consegue girar, o N se adequa a melhor distância. A forma mais estável da dopamina a 2ª antiperiplanar 180º onde o N e o anel estão mais longe um do outro. O clorprotixeno foi o primeiro fármaco da classe a chamar a atenção para a importância de fatores conformacionais. Seu isômero Z é varias vezes mais ativo que o correspondente diastereoisômero E. As orientações da cadeia lateral nas estruturas cristalográficasda clorpromazina e do diastereoisômero Z do cloroprotixeno são bastante semelhantes, imitando a conformação bioativa da dopamina. → Butirofenonas: grande ligação ao receptor D2 e 5HT. Alta incidência de efeitos EPS, meos efeitos autonômicos. F -> dá mais lipossolubilidade a estrutura. Exemplos: haloperidol, haloperidol decanoate, spiperone, trifluperidol, droperidol. → Difenil butil piperina: maior meia vida em relação as butirofenonas, útil na fase aguda da doença, melhora da adesão em relação as butirofenonas; usados na síndrome de Tourette. Exemplos: pimozide, penfluridol e fluspirilene. → Benzamidas: vieram a partir das butirofenonas. Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful Metoclopramida: antagosnita D2, pouca sseletividade, açã anti muscarínica, 5HT, etc. USADO PARA ENJÔOS! Sulpirida: melhor seletividade ao sistema límbico, menos EPS, baixa absorção, hidrossolúvel. Remoxiprida: mais lipo, melhor potência. Efeitos Adversos Emprego terapeutico de derivados fenotiazinicos não leva a melhora de sintomas negativos. Carca de 5-25% destes pacientes mostram-se refratários ao tratamento (não faz efeito) e 5-10% foram intolerantes. Os antipsicóticos clássicos tem alto índice de efeitos extrapiramidais. Os antipsicóticos clássicos causam ainda hiperprolactinemia, desordem decorrente do aumento da secreção de prolactina, causada pelo bloqueio excessivo de receptores dopaminérgicos do subtipo D2 na glândula pituitária. Diminuição da fertilidade feminina e teratogênese. Primeiro medicamento surgiu na década de 60, a clozapina. Agem em outros receptores não só dopaminérgicos. Apresenta muitas vantagens em relação aos antipsicóticos disponíveis, sendo efetiva no tratamento dos sintomas positivos e parcialmente nos negativos. A cloxapina também mostrou-se capaz de prevenir psicoses em pacientes refratários e intolerantes aos antipsicóticos clássicos. Em comparação aos fenotiazinicos e outros antipsicóticos clássicos provoca menos hiperprolactinemia e efeitos extrapiramidais. → Benzazepinas: alcança receptores dopaminérgicos e serotoninérgicos. Fármacos com ação antagonista D2 e 5HT. Possuem afinidade por outros receptores como adrenérgico, histaminérgico e muscarínico Estas ações contribuem para o tratamento global da doença (sintomas positivos e negativos). Porém, tem mais efeitos adversos autonômicos (gastrointestinais, urinários e oftálmicos) Causam poucos efeitos EPS. Sistema tricíclico angular -> atinge receptor seretoninérgico. Benzizoxazois e Benzotiazois: • Utilização de subunidade estrutural das benzamidas para garantir a ação antagonista D2 • Possuem ação 5-HT2A • Possuem afinidade pelo receptor H1 e 1 e 2 adrenérgicos. Tiospirona Risperidona Ziprasidona Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful Amplas séries de casos encontraram a proporção de 3% de leucopenia em 99.502 pessoas em uso de clozapina por cinco anos. Pacientes em uso de clozapina devem fazer contagens semanais de leucócitos no início de tratamento, espaçando depois para duas semanas e até um mês após o término de uso. Olanzapina associa-se a significativo aumento de apetite (26%) e ganho de peso (16%) em comparação a antipsicóticos convencionais (ação H1). Risco estatisticamente maior de desenvolver diabetes em pacientes em uso de clozapina e quetiapina em comparação a antipsicóticos convencionais.
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