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PSI da Percepção resumão

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Aula 13/10 percepção de profundidade e distância
Os indícios de profundidade permitem saber a que distância está o objeto do observador e dos outros objetos.
Indícios Musculares: Alterações na musculatura do olho que indicam a profundidade.
Convergência: Quando os nossos olhos se fixam em um objeto próximo, viram-se um para o outro.
Acomodação: Ajuste do cristalino conforme a distância do objeto.
Indícios Monoculares: Apenas um olho é suficiente para perceber a profundidade.
Tamanho Relativo: Estímulos maiores são percebidos como mais próximos do percebedor.
Altura Relativa: Estímulos mais altos são percebidos como mais próximos do percebedor.
Claridade Relativa: Estímulos mais claros são percebidos como mais próximos do percebedor.
Movimento Relativo: Indicador utilizado quando o percebedor está em movimento: Os estímulos 
parecem se mover na direção contrária ao percebedor. Aqueles mais rápidos são percebidos como mais próximos.
Perspectiva Linear: Duas retas paralelas parecem convergir no infinito.
Gradiente de Textura: Estímulos mais nítidos são percebidos como mais próximos do percebedor.
Interposição: Estímulos com o contorno mais completo são percebidos como mais próximos do percebedor.
Indícios Binoculares: Necessário o foco com os dois olhos no estímulo. Isto faz com que casa olho tenha uma imagem ligeiramente diferente do outro. As duas imagens planas de cada olho são unidas no córtex em uma única imagem tridimensional. Ex: Estereogramas.
Organização perceptiva
Quando olhamos o mundo à nossa volta temos a necessidade de ORGANIZAR o que observamos mas fazêmo-lo tão rápida e automaticamente que, muitas vezes, não nos damos conta .
Nessa organização é importante ter a percepção: da FORMA (o que vemos), do MOVIMENTO (o que está a fazer) e da PROFUNDIDADE e da DISTÂNCIA (onde está).
Percepção da forma
O reconhecimento da forma é feito com base em imagens retidas anteriormente; mesmo quando há deturpações verifica-se uma transposição da forma padrão.
O Fechamento, a Proximidade, a Semelhança e a Continuidade são princípios que fazem parte da denominada Leis da Gestalt da Organização Perceptiva.
Abordagens Teóricas da Percepção 
Percepção Direta: James J. Gibson (1904-1980) - Percepção Direta: as informações que chegam aos nossos receptores, incluindo o efeito do contexto, são suficiente para explicar o processo perceptivo. 
Segundo Gibson, a cognição seria irrelevante para a percepção. 
Eleanor Gibson, em 1960, realizou experimentos sobre percepção de profundidade com bebês. Seu experimento consistia em criar um equipamento que simulava um abismo, chamado de “abismo visual”. A pesquisadora colocava sobre o equipamento, bebês que já engatinhavam, na faixa de 6 a 7 meses de idade; e solicitava que as mães chamassem seus bebês. Ocorre que para chegar à sua mãe, o bebê, precisaria atravessar o suposto abismo. Ela constatou que, a grande parte dos bebês se recusava a atravessar o abismo. Desta forma, Gibson afirmava que não é necessário cognição para perceber.
Teorias ascendentes (Bottom-up) e descendentes (Top-down)
Estas teorias levam em consideração praticamente todos os processos cognitivos. 
A diferença reside no fato de que as teorias Bottom-up são aquelas que consideram a percepção acionadas por dados, ou seja, pelos estímulos, enquanto as teorias Top-Down são conduzidas por aspectos cognitivos elevados, ou seja, pelo conhecimentos acumulados e expectativas anteriores.
Teorias Ascendentes ou Bottom-up
Teoria do padrão: esta afirma que as pessoas possuem uma grade de padrões altamente elaborados armazenados na memória. A percepção ocorre através da comparação do estímulo observado com os vários padrões arquivados na memória. 
Teoria dos protótipos: teríamos um modelo altamente representativo de uma classe de objetos que integra todos os traços mais característicos de um determinado grupo de objetos. Neste não existiria uma correspondência exata para cada objeto mas uma configuração geral para cada classe. Exemplo: rosto.
Teoria das características: não percebemos o protótipo inteiro, mas as características em pequenas categorias. Hubel e Wiesel (1979) medindo as respostas individuais dos neurônios do córtex visual, verificou que as células do córtex visual são ativadas por linhas em direções específicas. Posteriormente outros pesquisadores encontraram células que detectam ângulos e posteriormente as diferentes vias que atuam em paralelo.
Teoria da detecção estrutural: esta considera a representação de objetos em 3 D com base na manipulação e algumas formas geométricas, decompomos os objetos em geons (unidades simples). Segundo Biederman (1993).
Processos descendentes (top-down)
conduzidos por aspectos cognitivos elevados, globais e abstratos. Enfatizam o conhecimento, a experiência, o significado e a interpretação que o observador já possui, bem como expectativas na formação da percepção. 
O efeito do contexto (Palmer 1975): o contexto pode influenciar na informação adquirida de objetos.
O efeito das necessidades (McClelland & Atkinson, 1948): as necessidades influenciam a percepção ( Indivíduos com fome tendem a organizar informação a partir desta condição, ou seja, imagens disformes podem ser vistas como formas que lembram alimento)
Efeito das motivações (Bruner & Goodman, 1947): as motivações influenciam a percepção. Também segundo Schiffman (2005), a interpretação dos estímulos baseia-se inicialmente nos aspectos globais e abstratos extraídos da experiência passada e da expectativa do observador, bem como o contexto e que o estímulo é apresentado.
Agnosia e Tipos de agnosias
Agnosia: incapacidade de atribuir significados às sensações; incapacidade de reconhecimentos da experiência sensorial. 
- Agnosia associativa: incapacidade para reconhecer os objetos que vê. 
- Agnosia aperceptiva: incapacidade de perceber o objeto que vê. 
- Anosognosia: incapacidade de reconhecer a própria deficiência. 
- Prosopagnosia: incapacidade de reconhecer faces. 
- Agnosia auditiva: incapacidade de reconhecer ou distinguir sons. 
- Astereognosia: incapacidade de reconhecimento pelo tato. 
Visão Cega: percepção sem consciência.
TEORIA DE YOUNG-HELMHOLTZ
 O cientista alemão Hermann von Helmholtz prosseguiu nos estudos da teoria de Young e propôs que o olho continha apenas três tipos de receptores de cor, que respondiam mais fortemente aos comprimentos de onda vermelho (R), verde (G) e azul-violeta (B). Ele deduziu, ainda, que cada tipo de receptor deveria possuir grande sensibilidade à incidência luminosa, porém, com diferentes pontos máximos.
 A 480 nm a média da resposta R:G:B seria 1:5:9, dando uma sensação azul-ciano. Enquanto a 570 nm a média seria 7:7:2 que daria uma sensação de amarelo.
A percepção da cor, portanto, seria determinada pela média das três respostas.
 
Daltonismo: O que é? • É uma perturbação da visão colorida, determinada geneticamente, caracterizada pela falta de reconhecimento de uma ou várias cores. É resultado de um defeito na retina, nas células responsáveis pela percepção das cores – os cones.
Quando foi descoberto? • Foi descoberto em 1794 por John Dalton (1766 - 1844), químico e físico britânico que formulou a teoria atômica e que apresentou a primeira descrição da anomalia da qual ele próprio sofria.
Constâncias e Ilusões

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