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Estudo Independente 5 Humanismo A tentativa de consolidar a Psicologia pelo estudo de comportamentos observáveis sob as leis dos condicionamentos firmaram as bases de uma Psicologia científica objetiva. Foi assim, que apareceu, no cenário da Psicologia, um movimento novo, desenvolvido na terra natal da Psicologia, denominado Gestalt. Essa escola surgiu com o objetivo de questionar e fazer oposição a forma norte-americana de Psicologia. Partiu de uma concepção diferente de homem, descrito não só como transformador da realidade, mas que também se observa nessa função, e desenvolveu, a principio e de maneira muito coerente, estudos sobre o processo psíquico da percepção. A base filosófica dessa nova vertente, está apoiada no pensamento filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804). Kant defendia que o conjunto de impressões recebido pelos órgãos dos sentidos não constitui em si o processo perceptivo. A ênfase de seu pensamento está em que estes elementos sensoriais são arranjados de forma particular na mente e, no seu arranjo, subsidiam uma experiencia única e pessoal. A definição mais geral e finalmente adotada pelos psicólogos envolve, além do aspecto da forma, o estudo dos processos de aprendizagem, recordação, percepção, impulso, atitude emocional, pensamento, ação, etc. Esse movimento reacendeu o pensamento psicológico, reanimou as pesquisas e relocalizou o sujeito intrapsíquico nas discussões em Psicologia, dando força ao estudo da percepção e da aprendizagem. Todas as teorias que tinham traços do associacionismo, foram fortemente criticados pela Psicologia da Gestalt. Seus estudos sobre percepção apresentam de maneira aprofundada a compreensão sobre o comportamento humano em bases filosófico-conceituais completamente diferentes daquelas sustentadas pelo behaviorismo. Essa escola, gestáltica, irá defender que uma imagem não é resultado de estimulação da retina por diversos pontos; na verdade, o que existe é uma organização interna, que ocorre no cérebro e que determinará nossa percepção do estimulo. Ou seja, sensação não é percepção. A sensação depende dos órgãos dos sentidos, que nos colocam em contato com o mundo, fornecendo ao cérebro uma gama de informações sobre nosso ambiente. A tarefa do cérebro, então é, apreender esse material e usá-lo para compreender melhor o ambiente por meio do processo da percepção. A sensação é o processo sensorial básico pelo qual os estímulos são detectados, identificados e medidos, e apenas revela ou transporta a informação. Para Kohler, há dois tipos de comportamento: o comportamento molar, que diz respeito as ações do sujeito no ambiente e comportamento molecular, aquele que ocorre no organismo, estimulo através dos nervos. Na Psicologia da Gestalt, o estudo do comportamento molar, que ocorre em um ambiente comportamental e que a organização geográfica dependerá do modo como o sujeito percebe. O comportamento na Gestalt, deve ser entendido no campo psicofísico, ou seja, como o estudo do comportamento em suas conexões causais com o campo psicofísico, abrangendo nesse contexto, a percepção dos desejos, intenções, êxitos, frustrações, decepções, alegrias, ódios, etc. No contexto clinico, nasce um procedimento Gestalt-terapia, que defende que as pessoas possuem estruturas inatas idênticas, mas a diferença de compreensão e de comportamento são explicadas pelo momento no qual a percepção ocorre e em qual ambiente. Para a terapia, o sujeito saudável é aquele que vive no presente, responde e percebe de acordo com a situação, separa emocionalmente figura e fundo das situações e, assim, pode agir de modo saudável com o meio.
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