Básico da Imagem

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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
RADIOLOGIA
Básico da Imagem
Sumário
Introdução 2
Resolução 2
Radiografia 3
Ultrassonografia 4
Tomografia Computadorizada 5
Ressonância Magnética 6
Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Introdução
Os exames de imagem são parte fundamental no processo diagnóstico, portanto,
compreender sua aplicabilidade é essencial no cotidiano médico. Não existe o melhor
método de exame de imagem, mas sim o mais adequado. A escolha do método de
exame é relativa à situação do paciente, devendo ser analisada a necessidade real de
determinado tipo de exame, devendo ter uma indicação precisa e fundamentada na
suspeita clínica, principalmente os que utilizam radiação ionizante.
Resolução
Resolução Espacial
Se configura como a capacidade do sistema de diferenciar duas estruturas vizinhas
que podem ser vistas separadas em uma imagem. A resolução espacial não depende
da quantidade de radiação aplicada. Esse tipo de resolução é afetada pelo
borramento da imagem, sendo influenciada pela definição da estrutura alvo e de
suas adjacências. O método de imagem com melhor resolução espacial é a
mamografia, porém dentre os abordados nesse resumo, o melhor é o Raio X (RX > USG
> TC > RM).
Resolução por Contraste
Relaciona-se ao brilho ou escurecimento da imagem da área de interesse e de seu
plano de fundo. O contraste resulta das características do objeto e do tipo do
detector, pode variar de acordo com as densidades ópticas da estrutura e da área
vizinha. As diferenças entre os tons – do branco ao preto, variando em tons de cinza –
ajudam a determinar o tipo de tecido, permitindo a análise da anatomia e das
funções fisiológicas. O exame de imagem com melhor capacidade de distinção de
contraste é a Ressonância Magnética (RM), possuindo mais tons de cinza.
Resolução Temporal
Se refere à frequência que um sensor passa num local num determinado tempo, ou
seja, ao tempo que um exame precisa para formar uma imagem, sendo a Tomografia
Computadorizada (TC) muito eficiente nesse aspecto, enquanto que a RM demanda
vários minutos, além de requerer que o paciente fique imóvel para que não haja
interferência na imagem.
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Radiografia
Descoberto em 1895 pelo alemão Wilhem Rontgen, o Raio X revolucionou a medicina.
Nele, são emitidas ondas eletromagnéticas por uma fonte de radiação. Essas ondas
têm capacidade de atravessar corpos de baixa densidade e são absorvidas por
aqueles com maiores densidades, se projetando em um filme sensível.
A diferenciação dos tecidos é feita pela densidade. Os raios x são absorvidos pelo
corpo do paciente e os raios que atravessam as estruturas corporais sensibilizam o
filme, deixando-o mais ou menos escuro de acordo com a capacidade de atravessar
ou absorver tais raios, enquanto que as estruturas que absorvem os raios
completamente não sensibilizam o filme, deixando áreas brancas. Hipo, iso ou hiper
DENSO.
As áreas brancas têm alta atenuação por absorverem os raios, sendo denominadas
radiopacas, enquanto as pretas têm baixa atenuação, sendo radiotransparentes ou
radiolucentes.
Dentre as vantagens do Raio X, é interessante lembrar que é um método de baixo
custo, rápido, acessível, com menor carga de radiação ionizante e portátil, podendo
ser feito no leito. É ótimo para visualização de ossos e estruturas com ar. Nas
desvantagens temos: Pouca resolução anatômica e de contraste e não permite
imagens axiais.
Ultrassonografia
Nesse exame, a imagem é obtida através do som com ondas acima da frequência
audível. O ultrassom interage com as estruturas formando ecos. Assim que uma onda
sonora encontra uma estrutura, parte é refletida e convertida em uma imagem por
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meio de um transdutor. A frequência do transdutor varia de acordo com a região ou
estrutura alvo, quanto mais profunda for, menor deve ser a frequência. Quando as
ondas sonoras encontram uma estrutura que as absorve completamente, como os
ossos, forma-se um artefato, o qual é chamado de sombra acústica posterior.
Quando as ondas encontram estruturas com líquido, a exemplo da bexiga, os tecidos
posteriores são atingidos mais intensamente, o que é chamado de reforço acústico
posterior.
Dentre as vantagens da ultrassonografia, podemos ressaltar acessibilidade
financeira, rapidez, portabilidade, velocidade de obtenção de imagens e o não uso de
radiação ionizante. Em contrapartida, sua principal desvantagem é o fato de ser um
exame que depende da habilidade técnica do operador. Além disso, gás, gordura e
osso são limitantes (artefatos de atenuação).
Tomografia Computadorizada
Assim como o Raio X, a TC utiliza de radiação ionizante, porém em quantidades
maiores e por meio de uma ampola rotatória fazendo cortes sequenciais, podendo
ser feita com ou sem o uso do contraste. Apesar de usar o mesmo tipo de radiação,
na tomografia a imagem não é impressa em filmes. A TC reconstrói a imagem do
corpo através de cortes transversais milimetricamente realizados por um
computador, existindo a possibilidade de análise de cada um dos cortes
individualmente, permitindo a visualização sem superposições. Obtemos cortes
axiais, mas é possível reconstruir a imagem em cortes sagitais e coronais. É
atualmente um dos principais métodos de imagem para a avaliação do abdome.
É um método de exame de imagem rápido, usado em emergências, que capta
diferenças pequenas entre as densidades das estruturas (boa resolução anatômica),
podendo ainda, ser utilizado contraste. Possível escolher as janelas de visualização
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(ex. partes moles, parênquima pulmonar, óssea etc) no pós Além disso, é um exame
não invasivo, entretanto, utiliza uma maior quantidade de radiação ionizante, além de
ser mais custoso do que o Raio X e a ultrassonografia. Outras desvantagens são a
necessidade de sedação em crianças e de transportar o paciente para o setor de
exame.
A unidade de Hounsfield (HU) é usada para medir a densidade na TC, variando de
valores negativos até positivos. A água é utilizada para a calibração do equipamento,
tendo seu valor como referência, entre 0 e 10 Hounsfield. Quanto mais densa for a
região corporal, maior será seu valor de atenuação, como os ossos, músculos e
fígado.
Ressonância Magnética
Produz imagens através de campos magnéticos e ondas de rádio. Todos os núcleos
atômicos possuem campo magnético e, de certa forma, agem como um imã. A RM
baseia-se no comportamento dos prótons de hidrogênio do corpo. É principalmente
aplicada aos tecidos moles. O contraste utilizado na RM é o gadolíneo. Seu uso é
vantajoso em relação ao detalhamento das estruturas e a não utilização de radiação
ionizante, contudo, é um exame demorado que pode causar desconforto por
claustrofobia ao paciente, além de ser dispendioso. Outras desvantagens são a
possibilidade de deslocamento de estruturas ferromagnéticas, aquecimento e
interferência elétrica (marcapasso e aparelho auditivo). O termo intensidade é
utilizado na classificação das imagens.
Na RM dois tipos de imagens podem ser gerados, T1 e T2, que se diferenciam pelo
contraste tecidual. Através da intensidade do sinal da água, a diferenciação das
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imagens fica facilitada. Em T1 a água fica escura (hipointensa) e em T2 fica branca
(hiperintensa). Além disso, na RM pode ser feita a supressão do sinal da gordura,
deixando as imagens hipointensas, e sem a supressão, hiperintensas. Pode-se usar
também os termos hipo, iso e hiper SINAL.
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REFERÊNCIAS
FURQUIM, Tânia Aparecida. A imagem radiológica. Disponível em:
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/documentos/A_imagem_radiol
ogica.pdf
PASCHOAL, Marilene M. Curso de Propedêutica: Radiologia. UFRJ, 2007. Disponível em:
http://www.imaginologia.com.br/dow/radiologia_basica/SemiologiaRadiologica-Estud
antes-Medicina.pdf
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https://www.passeidireto.com/perfil/luiz-felipe-ferreira/