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16 Puerperio e aleitamento

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LARISSA MENEZES – AISM I 
 
PUERPÉRIO E ALEITAMENTO 
 
PUERPÉRIO 
 Retorno as condições normais do corpo da 
mulher após o parto 
 Inicia após a dequitação e vai até 6/8 semanas 
após o parto 
 Período de adaptação biopsicossocial 
 Imediato: até o fim da segunda hora após o 
parto, cuidado com a atonia uterina 
 Mediato: do início da terceira hora ate o final 
de 10 dias após o parto 
 Tardio: de 11 dias até o retorno das 
menstruações ou de 6 a 8 semanas lactantes 
 
MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS 
 Útero: 
o Diminui entre 6 e 8 semanas após o parto 
o Nos primeiros momentos do parto ele 
precisa involuir, para não ocorrer 
hemorragia 
 
 Vagina 
 Tremores 
 Alterações sanguíneas: leucocitose, alteração 
do numero de plaquetas 
 Alterações endócrinas 
 Alterações de parede abdominal: flacidez e 
diástase pós parto pelo afastamento do 
musculo reto abdominal 
 
 
 Perda ponderal: 
o Aproximadamente metade do ganho 
ponderal da gestação é perdida nas 
primeiras 6 semanas 
o Dieta equilibrada, exercícios físicos e 
amamentação 
o Insucesso na retomada do peso: ganho de 
peso acima do ideal e o aumento do IMC 
 Alterações dermatológicas: cloasma gravídico 
desaparece, eflúvio telógeno 
 Digestório: 
o Íleo paralitico pós procedimento 
o Opioide na anestesia 
o Queda nos níveis de progesterona 
o Orienta deambulação 
o Dieta laxativa 
 
FENÔMENOS IMEDIATOS AO PARTO 
 Esgotamento 
 Suor 
 Inspiração costal profunda 
 Ritmo respiratório diminuído 
 Hipotensão (pela própria raqui) 
 Tremores 
 Bradicardia 
 Hipotermia 
LARISSA MENEZES – AISM I 
 
 Náuseas 
 Vômitos 
 Prurido (relacionada a medicação usada na 
anestesia, desaparece sozinho) 
 Retenção urinaria 
 Sedação 
 Leucocitose 
 Plaquetose 
 Pressão arterial volta ao normal 
 Perda sanguínea de 500 mL em parto normal e 
1000 mL em parto cesárea 
 
ASSISTÊNCIA NO PUERPÉTIO 
HOSPITALAR 
➢ Queixas frequentes: cólicas, dor na cicatriz, 
ingurgitamento mamário, cefaleia pós 
raqui (dor de cabeça ao levantar e melhora 
ao deitar) 
➢ Dieta: o mais rápido possível em parto 
normal; no parto normal alguns 
anestesistas preferem alimentação de 1 ou 
6 hrs após o parto 
➢ Deambulação: 
• O mais rápido possível 
• Diminui risco de TEV e TEP 
• Diminui obstipação 
EXAME FÍSICO 
➢ Temperatura 
➢ Pressão arterial 
➢ Frequência cardíaca 
➢ Frequência respiratória 
➢ Mamas 
➢ Abdome: comum está timpânico porque a 
paciente faz íleo paralitico e acumula 
gases, 3 dias depois em média já melhora 
➢ Trato urinário 
➢ Períneo/cicatriz 
➢ Edema de MMII: inicia caminhada e 
massagem que observa melhora 
➢ Fundo uterino: contração do útero 
relacionada a amamentação 
➢ Sangramento vaginal 
INVOLUÇÃO UTERINA 
➢ Palpação uterina 
➢ Controle de hemorragia: 
• Miocontração 
• Trombose dos vasos miometriais 
• 10 unidades de ocitocina IM de rotina 
no pós parto para contração 
➢ Contrações 
➢ Peso uterino no pós parto é de 1000g e pós 
8 semanas é de 60g 
LOQUIAÇÃO 
➢ Orientar a mãe sobre saída de “coisas” 
➢ Exsudatos e transudatos: 
• Eritrócitos 
• Leucócitos 
• Coágulos 
• Plasma 
• Porções de decídua 
• Células epiteliais e bactérias 
➢ Coloração: Lochia Rubra, fusca, flava e alba 
→ Vermelho, alaranjada, amarronzada e 
branca 
➢ Tempo: 4 semanas (até 8 semanas em 
15%) 
CICATRIZ CIRÚRGICA 
➢ Dor 
➢ Hematomas 
➢ Deiscência 
➢ Infecção: 
• Superficial: acima da fáscia muscular 
• Profunda: abaixo da fáscia muscular 
MAMAS 
➢ Sinais flogisticos 
➢ Mastites 
➢ Fissuras 
➢ Ingurgitamento 
ALTA HOSPITALAR 
➢ PN: 24 horas 
➢ PC: 48 horas 
➢ RN: 60 horas 
➢ Vacinas: rubéola, hepatite, dTpa, 
imunoglobulina anti D 
 
LARISSA MENEZES – AISM I 
 
➢ Retorno: 10 dias/40 dias 
➢ Avaliar: retorno, atividade sexual, 
contracepção, humor/aspectos 
emocionais, alimentação 
DOMICILIAR 
 
RETORNO AMBULATORIAL 
 
HEMORRAGIA PÓS PARTO 
ATONIA/HIPOTONIA UTERINA 
➢ Fatores de risco: 
• Trabalho de parto arrastado 
• Período expulsivo prolongado 
• Macrossomia 
➢ Conduta: 
• Massagem uterina e ocitocina resolve a 
maioria dos casos 
 
• Caso não resolva usa o Egortrat IM, 
contraindicado em pacientes com 
hipertensão arterial 
• Ainda pode usar o Misoprostol via retal 
• Balão de Bakri: balão intrauterino que 
insufla e consegue conter o 
sangramento para estabilizar a 
paciente 
 
• Sutura de B-lynch: suspensório no 
útero, passa o ponto atrás, ancora na 
frente e volta para trás, usa fio 
absorvível e contrai o útero 
 
• Ligadura de hipogástricas: 
 
• Histerectomia subtotal: faz para salvar 
a paciente, precisa ser rápido 
 
 
INFECÇÃO PUERPERAL 
 Maior fator de risco: cesariana 
 Tríade Brumm: útero doloroso, hipoevoluído e 
com saída de secreção purulenta 
 Infecção polimicrobiana 
 Internação porque é uma infecção 
potencialmente grave 
 Ampi + Genta + Metronidazol 
LARISSA MENEZES – AISM I 
 
 
 
MAMAS 
ANATOMIA 
➢ Parênquima mamário + Estroma 
conjuntivo + Tecido gorduroso 
➢ Irrigação: 
• Artérias mamárias interna e externa e 
artérias intercostais 
• Veias superficiais (rede de Haller) e 
veias profundas 
➢ Inervação: 
• Primeiros 6 nervos intercostais 
• Ramo supraclavicular do plexo cervical 
superior 
• Ramos torácicos do plexo braquial 
FISIOLOGIA DA AMAMENTAÇÃO 
➢ Lactação 
➢ Endocrinologia da amamentação 
➢ Galactopoiese 
➢ Contraindicação 
➢ Lactogênese: formação do leite 
• Prolactina 
• Hormônio lactogenio placentário 
• Cortisol 
• Insulina 
• Hormônio do crescimento 
• Estradiol/Prolactina 
• Progesterona/Prolactina 
➢ Galactopoiese: manutenção da secreção e 
ejecão 
• Prolactina 
• Ocitocina 
• Hormônios tireoidianos 
• Cortisol 
• Insulina 
• Nutrição equilibrada 
• Ingestão de líquidos 
➢ Reflexo neuroendócrino 
➢ Aumento de seu volume → Produção 
láctea → Apojadura (aumento) após 3 a 5 
dias → Transferência de IgA 
 
 
ANTAGONISTAS DA DOPAMINA UTILIZADOS 
PARA ESTIMULAR A LACTAÇÃO 
LARISSA MENEZES – AISM I 
 
 
INTERCORRÊNCIAS QUE PREJUDICAM A 
AMAMENTAÇÃO 
➢ Ingurgitamento mamário 
➢ Fissuras 
 
➢ Galactocele 
➢ Mastite 
➢ Abscesso 
➢ Hipogalactia 
INIBIÇÃO DA LACTAÇÃO 
➢ HIV/Corona vírus (?) 
➢ Distúrbios de consciência: psicose, choque 
➢ Uso de medicamentos contraindicados na 
fase de amamentação ou drogas 
➢ Procedimentos cirúrgicos na mama com 
ressecção dos ductos (antigamente as 
próteses eram colocadas por cima do 
musculo com ressecção dos ductos) 
➢ RN com erro inato do metabolismo 
➢ Óbito fetal ou neonatal 
➢ Recusa materna 
INIBIÇÃO NÃO FARMACOLÓGICA 
➢ Evitar estimulo 
➢ Enfaixamento compressivo 
INIBIÇÃO FARMACOLÓGICA 
➢ Bromergocriptina 
➢ Cabergolina 
➢ São contraindicadas para hipertensas e 
cardiopatas 
➢ Usar analgésicos 
 
USO DE MEDICAMENTOS 
 Concentração de 0,001 a 5% da dose 
terapêutica 
 Verificar se realmente é necessário 
 Escolher o medicamento mais seguro 
 Tomar o medicamento após a mamada ou 
antes do RN dormir 
 Utilizar a menor dose possível e menor tempo 
 Orientar sobre possíveis efeitos colaterais 
 
MASTITE PUERPERAL 
 Febre baixa 
 Infecção localizada sem sinal 
de flutuação/complicação 
 Principal fator de risco é a 
pega inadequada 
 Fissuras são quebras de 
barreira que favorecem a 
entrada de patógenos, o 
principal é o S. aureus 
PREVENÇÃO 
➢ Educação de pega adequada 
➢ Estimular sol nas mamas 
➢ Andar sem sutiã pelo atrito 
➢ Lubrificação do mamilo na mamada 
➢ Esvaziamento completo 
CONDUTA 
➢ Manter o aleitamento 
➢ Esvaziamento completo 
➢ Drenagem se necessário 
➢ Uso de ATP (cefalosporinas) 
➢ Analgesia 
➢ Suporte das mamas 
 
ATIVIDADE SEXUAL/CONTRACEPÇÃO 
 80% retornam após 6 meses por diminuição de 
libido pelas alterações hormonais 
 Amamentação garante por 3 meses a 
contracepção em 98% se 8 mamadas por dia 
 88% não ovulam por 6 meses Só progesterona não afeta a produção de leite 
 DIU: esperar 6 semanas (alta taxa de 
expulsão). Alguns indicam nas primeiras 48h 
ou após 4 semanas 
 A regra é: não pode estrógeno 
 Laqueadura no pós parto é sob risco de vida 
materna em uma próxima gestação ou em um 
LARISSA MENEZES – AISM I 
 
processo anterior registrado em cartório de no 
mínimo 60 dias para o procedimento 
 
 
COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS 
 Endometrite puerperal 
 ITU 
 Retenção urinária 
 Infecção de cicatriz 
 
DISTÚRBIOS AFETIVOS 
 Causas multifatoriais 
 Presença de ansiedade ou depressão durante 
a gestação, decorrentes de diferentes eventos 
estressantes: principal fator de risco para a 
depressão pós parto, portanto diagnóstico e 
tratamento adequados são fundamentais para 
a prevenção 
BLUES PUERPERAL 
➢ É o mais leve 
➢ Situação de incerteza, insegurança 
➢ Autolimitada: dura no máximo 14 dias 
➢ Se > 14 dias pensar em depressão pós 
parto 
➢ Fatores de risco relacionados a maior 
ocorrência: 
• História de depressão 
• Sintomas depressivos durante a 
gestação 
• História familiar de depressão 
• Alterações de humor pré menstruais ou 
relacionadas a utilização de 
contraceptivos hormonais 
• Estresse relacionado aos cuidados com 
o RN 
• Desajuste psicossocial relacionado ao 
trabalho, as relações interpessoais ou a 
atividade de lazer 
➢ Tristeza 
➢ Atinge 50 a 80% das puérperas 
➢ Do primeiro dia pós parto até 2 semanas 
➢ Oscilações de humor, insônia, irritabilidade 
➢ Cansaço 
➢ Falta de apetite 
➢ Falta de vontade de realizar atividades 
diárias 
➢ Normalmente não relatados ao obstetra 
➢ Não requer tratamento psiquiátrico 
➢ Medidas que diminuem os sintomas e 
sinais depressivos: 
• Estabelecer períodos de descanso 
enquanto a criança dorme 
• Estimular a conversa com outras mães 
que já passaram por isso 
• Tentar controlar os sentimentos de 
culpa 
• Esclarecer que o ambiente que 
frequenta deve oferecer mais atenção 
e cairnho 
• Possibilitar a exposição de sentimentos 
• Questionar sobre o dia a dia no pós 
parto 
DEPRESSÃO PÓS PARTO 
➢ 10 a 15% das puérperas 
➢ 3 a 4 semanas de puerpério 
➢ Intensidade máxima nos primeiros 6 meses 
➢ Irritabilidade, sentimento de culpa 
➢ Cansaço 
➢ Alteração do sono, libido e apetite 
➢ Ideias obsessivas ou supervalorizadas 
➢ Perda de autoestima 
➢ Ideias suicidas 
➢ Tratamento: 
• Psiquiátrico 
• Medicamentoso 
• Psicoterápico 
• Esperar melhora em 6 semanas, caso 
não ocorra o ideal é tratar por 6 meses 
➢ Fatores de risco relacionados a ocorrência 
de depressão pós parto: 
• Relação conjugal conflituosa 
• Eventos de vida estressantes no 
últimos 12 meses 
• Ausência de suporte familiar e social 
para a gestação 
• Ausência de suporte emocional e 
financeiro por parte do cônjuge 
LARISSA MENEZES – AISM I 
 
• Gestação não planejada 
• Tentativa de abortamento na gestação 
atual 
• Abortamento prévio 
• Não amamentar 
• Ausência de relacionamento afetivo 
com a própria mãe 
• Desemprego da puérpera 
• Antecedente de depressão do 
marido/parceiro 
• Antecedente pessoal de distúrbio 
bipolar 
• Diabetes prévio ou gestacional 
• Náuseas e vômitos: hiperemese, 
irritabilidade uterina ou doença 
psiquiátrica 
• Antecedente familiar de doença 
psiquiátrica 
PSICOSE 
➢ 0,1% das puérperas 
➢ Nas primeiras duas semanas pós parto 
➢ Confusão mental e desorientação 
➢ Alucinações 
➢ Distorção da realidade 
➢ Fantasias e ideias auto agressivas e contra 
o filho 
➢ 5% de suicídio e até 4% de infanticídio 
➢ Tratamento: psiquiátrico e pode ser 
necessário internação

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