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Graduação em Biomedicina ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS EVELYN SANTOS DA CONCEIÇÃO BAURU/ SP 2019 EVELYN SANTOS DA CONCEIÇÃO T9720H1 ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS BAURU/SP 2019 Trabalho entregue a Profª Dra. Patrícia Carvalho Garcia referente a disciplina de Atividades Práticas Supervisionadas do 3º semestre do curso de Biomedicina da Universidade Paulista (UNIP). CASO CLÍNICO Um homem asiático de 58 anos apresentou constipação e distensão abdominal. Investigações diagnósticas revelaram linfoma de grandes células B. O paciente foi iniciado com a droga Vincristina. No dia doze de receber o quarto ciclo da droga, o paciente apresentou-se ao hospital com uma história de rouquidão da voz. Paralisia bilateral das cordas vocais. A traqueostomia foi realizada em vista de uma via aérea comprometida. O paciente subsequentemente passou a receber mais dois ciclos da droga. Duas semanas depois, as cordas vocais estavam se movendo normalmente. A traqueostomia foi removida. Sua voz melhorou desde que o paciente está atualmente em remissão. 1. Descreva os tipos de linfócitos e seu local de produção. As células do sistema imune, também chamados de leucócitos são elementos do sangue que estão envolvidos na defesa do organismo contra doenças e infecções. Através da fagocitose, eles defendem os tecidos contra invasão de substâncias estranhas (antígenos), removendo também os restos resultantes da morte celular. Os leucócitos são divididos em neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Os linfócitos possuem os tipos: T, B e NK e são o segundo mais abundante tipo de leucócitos, depois dos neutrófilos. Quanto ao local de produção, as células do sistema imune são produzidas na medula óssea vermelha que dão origem às células progenitoras mieloides e linfoides. Os progenitores linfóides dão origem aos linfócitos T, B e NK. Os linfócitos T deixam a medula óssea e migram para o timo, onde irá ocorrer todo o processo de seleção e maturação. Somente os linfócitos T maduros deixam o timo e caem na circulação. Já os linfócitos B, permanecem na medula óssea e, ao final de sua maturação, deixam a medula e entram na circulação, migrando para os órgãos linfóides secundários. Dentre os diferentes tipos de linfócitos, as células NK fazem parte da imunidade inata e tem um papel importante na defesa contra tumores e em infecções virais. São chamadas de "natural killer" pois elas não necessitam de ativação primária para matar células. O linfócito T, são assim chamados pois sofrem maturação no timo sendo também conhecidos pelo nome de timócitos. São responsáveis pela imunidade celular, e destroem organismos estranhos ou células infectadas através de um complexo mecanismo. Há vários tipos de linfócitos T: Linfócitos CD8+, T8, Tc ou Citotóxicos e também linfócitos T CD4+, T4, Th ou Auxiliares (T helper), são os intermediários da resposta imunitária que se proliferam após o contato com o antígeno ativando outros tipos de células que agirão na resposta imune específica. 2. Conceitue linfoma e cite os possíveis tipos existentes. O linfoma é um grupo de neoplasias malignas com origem de células linfóides, que se apresentam na forma de massas tumorais sólidas nos tecidos linfóides como os linfonodos. Este tipo de tumor se difere das leucemias, já que se iniciam-se na medula óssea atingindo o sangue periférico, não formando massas tumorais. Os linfomas podem ser divididos em dois grupos principais: Linfoma Não- Hodgkin (LNH) ou Linfoma de Hodgkin (LH). Os LNH correspondem à cerca de 80% dos casos de linfoma. Podem ter origem de células B ou T, sendo que cerca de 85% dos casos são de células B. Segundo a REAL (Revised European-American Classification of Lymphoid Neoplasms) existem cerca de 17 tipos de LNH. Este tumor tem um padrão de crescimento difuso e tendem a se disseminar nos estágios iniciais da doença. Os linfomas não-Hodgkin em crianças geralmente possuem três tipos principais: Linfoma linfoblástico - Responsável por cerca de 25% a 30% dos linfomas em crianças e adolescentes. A maioria dos casos se desenvolve a partir das células T, e pode crescer rapidamente. Linfoma de Burkitt – Representa cerca de 40% dos linfomas em crianças, e é mais frequente em meninos entre 5 e 10 anos de idade. Geralmente inicia-se no abdome, mas também pode surgir no pescoço. Seu crescimento é rápido e deve ser tratado o quanto antes. Linfoma de Grandes Células – Pode se desenvolver em qualquer parte do corpo. Mais comumente em adolescentes. São dois os seus principais subtipos: · Linfoma de Grandes Células Anaplásicas: representa cerca de 10% de todos os LNH em crianças, e geralmente podem se iniciar na pele, pulmões, ossos, sistema digestivo ou outros órgãos. · Linfoma Difuso de Grandes Células B: representa 15% dos linfomas em criança, e geralmente começa como uma massa de crescimento rápido em locais como a região torácica (mediastino), abdome, pescoço e ossos. Já o Linfoma ou doença de Hodgkin (DH) é aproximadamente 5 vezes menos comum que o LNH. Estes linfomas acometem predominantemente linfonodos, baço e medula óssea, em contraste com os linfomas não-Hodgkin (LNH) que podem apresentar manifestações extra-nodais em aproximadamente 25% dos casos. 3. A vincristina é uma droga que atua em qual molécula do citoesqueleto? Qual o seu mecanismo (simplificadamente). A vincristina é um medicamento inibidor metabólico que atua na inibição e na apoptose das células que estão em divisão. Esta ação biológica da vincristina pode ser explicada por sua capacidade em unir-se especificamente com a tubulina, componente chave dos microtúbulos celulares que dão origem ao esqueleto celular. Esta união é complexa e diferentes sítios moleculares estão envolvidos. O fato mais evidente é que a inibição da formação completa de tubulina acarreta uma dissolução dos microtúbulos, uma inibição da formação do fuso mitótico e interrupção da mitose na metáfase e também pode influenciar no metabolismo dos aminoácidos. Este medicamento é empregado no tratamento do câncer, visando a eliminar as células do tumor que se multiplicam numa velocidade muito superior à das células normais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VIVA, Wanessa Lordêlo P. Manual Prático de Hematologia. Disponível em: <http://docente.ifsc.edu.br/rosane.aquin/MaterialDidatico/AnalisesClinicas/hemato/M anual%20de%20Hematologia.pdf>. Acesso em 11 de Nov de 2019. NETO, Elizeu Coelho; et al. Linfócitos. Revista científica Eletrônica de Medicina Veterinária. 2009. Disponivel em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/pdreYxXtGoJpwXE_2 013-6-21-11-48-21.pdf>. Acesso em 11 de Nov de 2019. JUNIOR, Danilo Mesquita; et al. Sistema Imunitário – Parte II Fundamentos da resposta imunológica mediada por linfócitos T e B. Revista Brasileira de Reumatologia. 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbr/v50n5/v50n5a08.pdf> . Acesso em 15 de Nov de 2019. UNICAMP; Patologia Geral. Leucemias e Linfomas. Disponível em: <https://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un5_Aula49Linfo- Leucemia2.pdf>. Acesso em 15 de Nov de 2019. Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. Câncer infantil – Linfoma não- Hodgkin. Disponível em: <https://www.abrale.org.br/linfoma-infantil/lnh>. Acesso em: 15 de Nov de 2019. COLLEONI, Gisele W. B. Linfomas: diagnóstico e tratamento Uma reciclagem e a interface com a Infectologia. 2009. Disponível em: <https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/137/2016/07/Infecto-Hoje-10.pdf>. Acesso em 15 de Nov de 2019. ATTIAS, Márcia; SILVA, NarcisaCunha. Biologia celular I. v.3 3.ed. Rio de Janeiro Fundação CECIERJ, 2006. Disponível em: < https://canal.cecierj.edu.br/012016/62eb6beb3b5746a32e6f6786c6daf06a.pdf >. Acesso em 17 de Nov de 2019. http://docente.ifsc.edu.br/rosane.aquino/MaterialDidatico/AnalisesClinicas/hemato/Manual%20de%20Hematologia.pdf http://docente.ifsc.edu.br/rosane.aquino/MaterialDidatico/AnalisesClinicas/hemato/Manual%20de%20Hematologia.pdf http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/pdreYxXtGoJpwXE_2013-6-21-11-48-21.pdf http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/pdreYxXtGoJpwXE_2013-6-21-11-48-21.pdf https://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un5_Aula49Linfo-Leucemia2.pdf https://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un5_Aula49Linfo-Leucemia2.pdf https://www.abrale.org.br/linfoma-infantil/lnh https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/137/2016/07/Infecto-Hoje-10.pdf https://canal.cecierj.edu.br/012016/62eb6beb3b5746a32e6f6786c6daf06a.pdf Bula TECNOCRIS® Sulfato de Vincristina. Eurofarma Laboratórios Ltda. Disponivel em: <http://www.zodiac.com.br/Arquivos/bulas/Tecnocris_bula_Profissional.pdf >. Acesso em 17 de Nov de 2019. http://www.zodiac.com.br/Arquivos/bulas/Tecnocris_bula_Profissional.pdf
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