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TUTORIA SP3 (UX) - 4º PERÍODO

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CURSO DE MEDICINA 
UNIDADE ACADÊMICA DE BIOCIÊNCIAS TUTORIA 4ª ETAPA UNIDADE X 
 
RELATÓRIO REFERENTE A SITUAÇÃO PROBLEMA 3 
“COMO QUE UMA DOENÇA OCORRE EM UMA CRIANÇA?” 
DOCENTE: 
DRA. ELISA LOPES 
DISCENTES: 
AMANDA CRISTINA VIEIRA DALTRO 
ANA LUISA BURTET 
ESTER MARQUES AFIUNE COSTA 
GIOVANNA ALLEONI DRAGO 
HADASSA COSTA 
HEITOR VELOSO GUIMARÃES 
MARIA EDUARDA MARTINS CRUVINEL 
MARIANA OLIVEIRA FERNANDES 
MATHEUS RODRIGUES CORDEIRO MOCÓ 
NEI GUSTAVO CAETANO DE AQUINO 
VICTOR RODRIGUES DE SOUZA 
VINICIUS DE SOUZA FERNANDES VIEIRA 
VITORIA MACEDO FALCÃO FERREIRA 
 
DATA PARA ENTREGA: 25/08/2021 
 
 
 
MINEIROS/GO 
2021 
Sumário 
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 3 
2- DISCUSSÃO .................................................................................................................................. 4 
2.1 Descrever a origem e o desenvolvimento da linhagem hematopoiética .................................. 4 
2.2. Definir e diferenciar tumores sólidos e não sólidos ................................................................. 5 
2.3 Descrever a fisiopatologia das leucemias................................................................................... 7 
2.4 Explicar os sinais e sintomas, correlacionando – os com a patogênese e evolução das 
leucemias (destacando sua eventual semelhança com outras doenças menos graves). ............... 8 
2.5 Identificar as principais causas de leucemias, suas formas de apresentação e sua 
epidemiologia, relacionando: tipo de leucemia, faixa etária e prognóstico. ................................. 9 
2.6 Descrever os exames utilizados para o diagnóstico e estadiamento de leucemias. .............. 14 
2.7. Identificar as principais formas do tratamento das leucemias e suas indicações ............... 20 
2.8. Descrever a funcionalidade da série branca no sangue. ....................................................... 24 
2.9. Conceituar “Desvio à Esquerda.” ........................................................................................... 25 
2.10. Estudar a formação da série vermelha do sangue ............................................................... 26 
2.11. Entender a relação entre tumor e hospedeiro, considerando a imunologia tumoral. ...... 27 
3- CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 30 
4- REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1- INTRODUÇÃO 
 
As leucemias são neoplasias malignas dos glóbulos brancos com um vasto acometimento da 
medula óssea, do sangue periférico e posteriormente podem chegar à vários órgãos. A medula 
óssea é o local em que ocorre a produção de novas células sanguíneas (hematopoiese), após a 
incidência da doença há o acúmulo de células doentes nesse tecido, impedindo a proliferação 
dos elementos normais. 
A estimativa era de 10.810 casos novos em 2020, sendo 5.920 homens e 4.890 mulheres, 
conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Ademais, o câncer mais comum em crianças 
é a leucemia, a qual necessita de um acompanhamento prolongado por causa das variadas 
complicações que podem acarretar para o desenvolvimento das mesmas. 
Esta situação problema abordará os principais tipos de classificação das leucemias, 
características clínicas, epidemiologia, faixa etária, prognóstico, estadiamento, fisiopatologia, 
exames para diagnóstico, formas de tratamento. Será discutido também sobre a atuação da 
equipe multidisciplinar associada aos melhores resultados terapêuticos para os pacientes com 
essa doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2- DISCUSSÃO 
 
2.1 Descrever a origem e o desenvolvimento da linhagem hematopoiética 
Hematopoiese é o processo pelo qual as novas células do sangue são formados. 
A Medula óssea, tecido no interior dos ossos, é um dos órgãos mais ativos no corpo, e é o local 
onde as células vermelhas do sangue, maioria das células brancas e as plaquetas são produzidas. 
(ABBAS,2015) 
As células circulantes no sangue têm características especiais, sendo em sua grande maioria 
células maduras, com funções definidas e vida limitada. Os glóbulos brancos têm função na 
imunidade, as plaquetas na hemostasia e os glóbulos vermelhos no transporte de oxi- gênio para 
os tecidos. A duração de vida das células na circulação é limitada, com as plaquetas vivendo 
dias, os leucócitos de horas (granulócitos) a anos (linfócitos) e os glóbulos vermelhos de 80 a 
120 dias. (ABBAS,2015) 
Em vista disso, há necessidade de constante renovação dessas células circulantes no sangue 
periférico. Essa renovação celular é feita através da Hematopoiese, ou seja, produção de células 
hematológicas que, na vida adulta, ocorre na medula óssea. A produção hematopoética diária 
em um adulto normal está em torno de 1013 células, das quais 200 bilhões de hemácias e 70 
bilhões de neutrófilos. (ABBAS,2015) 
As células hematológicas tem todas uma origem comum, ou seja, derivam de uma única célula-
mãe, totipotente, chamada célula tronco hematopoética ou “stem cell”. Essas “stem cells” têm 
como característica principal a capacidade de auto-renovação e a pluripotencialidade. Após 
estímulo apropriado, essa células vão dar origem a um compartimento de células já 
comprometidas com uma determinada linhagem hematológica. Essas células, que são 
reconhecíveis por sua capacidade de formar colônias específicas em meios de cultura, são 
chamadas de células progenitoras. Essas células, por sua vez, vão dar origem às células 
precursoras, que nós podemos reconhecer morfologicamente como as precursoras imediatas das 
diversas células maduras presentes no sangue periférico. (ABBAS,2015) 
• LINHAGEM MIELÓIDE compreende os granulócitos polimorfonucleados 
(neutrófilo,eosinófilo e basófilo) e monócitos. Quando os monócitos migram para os tecidos se 
transformam em macrófagos, que são células com alto poder de fagocitose. (ABBAS,2015) 
• LINHAGEM LINFÓIDE engloba os linfócitos T e B. Os linfócitos B saem maduros da medula 
óssea enquanto os linfócitos T precisam migrar para o Timo onde irão sofrer o processo de 
5 
 
maturação. Os linfócitos B ainda se diferenciam em plasmócitos quando encontram um 
antígeno num órgão linfóide secundário e secretam anticorpos nos tecidos. (ABBAS,2015) 
A primeira célula reconhecível como sendo da linhagem eritróide é o proeritroblasto, que se 
diferencia progressivamente em eritroblasto basófilo, eritroblasto policromatófilo e eritroblasto 
ortocromático, que, com a extrusão do núcleo, se transforma em reticulócito. (ABBAS,2015) 
 
Na linhagem granulocítica, a primeira célula reconhecível como pertencendo a esta série é o 
mieloblasto, que, progressivamente, se transforma em promielócito, mielócito, metamielócito, 
bastonete e segmentado. (ABBAS,2015) 
Figura 1: Hematopoiese 
 
Hematopoiesis (human) diagram pt.svg, 2017. 
 
2.2. Definir e diferenciar tumores sólidos e não sólidos 
Os tumores não sólidos são os tumores também denominados de hematológicos, onde tem sua 
origem no sistema linfático ou tecido hematológico. Já os sólidos, são o restante dos tumores 
considerados malignos e benignos, assim, historicamente são tratadas e classificadas de maneira 
diferencial das demais. Atualmente, existem três principais tipos de tumores não sólidos, 
6 
 
originários das células de sangue como as Leucemias, Linfomas e o Mieloma Múltiplo. Entre 
as principais diferenças estão na sintomatologia, as manifestações dos tumores sólidos estão 
relacionadas ao local em que ele está instalado, como nódulos na mama, dores ósseas nos 
tumores ósseos e escarros com sangue no caso do câncer de pulmão, os sintomas dos câncereshematológicos são diversos e dependem muito do tipo desenvolvido. Nos linfomas, por 
exemplo, o mais comum são linfonodos (ínguas) indolores, febre, sudorese noturna e perda de 
peso (PERINI, 2018). 
 
Muitos entendem que o tumor só pode ser considerado assim se for sólido, ou seja, caso esteja 
especificamente localizado em um órgão. Na verdade, as leucemias, por exemplo, também são 
consideradas tumores. A definição de tumor maligno não está associada à sua característica 
morfológica e sim à biologia da célula. Há quem denomine as neoplasias de mama, próstata, 
cólon e até os linfomas como tumores sólidos malignos, e as leucemias, mieloma múltiplo e 
mielodisplasia como tumores líquidos malignos, mas todos são tumores. A principal diferença 
é que os cânceres hematológicos têm origem no tecido hematológico ou no sistema linfático. 
Eles podem circular (sendo assim chamados líquidos), enquanto os sólidos ficam restritos a 
seus órgãos de origem ou, em alguns casos, com metástase para outros órgãos, mas quase 
sempre com lesões ‘sólidas’(PERINI, 2018). 
Portanto, de uma maneira geral os tumores sólidos são Carcinomas são originários de células 
do tecido epitelial de algum órgão. Se origina quando uma célula normal sofre mutação maligna 
e se multiplica. É um dos tipos mais comuns, podendo surgir em todos os órgãos. Há diversos 
tipos diferentes, entre eles o adenocarcinoma, que é quando a doença surge de um tecido 
epitelial que contém glândulas. Sarcomas são neoplasias malignas que se desenvolvem a partir 
de tecidos ósseos e musculares, podendo estar localizados em diferentes partes do corpo, por 
exemplo, na musculatura da cabeça e pescoço ou das pernas. Os sarcomas dos tecidos moles e 
os osteosarcomas, que são os que atingem os ossos, estão entre os mais comuns. São os que 
costumam fazer mais metástase, que é a disseminação para outros órgãos (PERINI, 2018). 
E os tumores não sólidos, como as Leucemias, são tipos de câncer que inicialmente acometem 
a medula óssea, em que as células anormais, que sofreram mutação, se multiplicam e substituem 
as células normais, afetando a produção de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas no sangue. 
Há quatro tipos de leucemia: aguda, crônica, linfoide e mieloide. Linfomas são cânceres que se 
desenvolvem nos gânglios linfáticos, que compõem o sistema linfático, distribuído em todo o 
corpo. Surge quando um linfócito, que é um tipo de glóbulo branco, torna-se célula maligna e 
cresce descontroladamente. Podem afetar pessoas de todas as idades, mas são mais comuns na 
7 
 
fase adulta. Os dois tipos de linfomas são de Hodgkin e Não Hodgkin. Só deste segundo grupo, 
há ainda 20 subtipos (PERINI, 2018). 
2.3 Descrever a fisiopatologia das leucemias. 
A leucemia é um tumor maligno do sistema hematopoiético, que se caracteriza pela proliferação 
clonal de células-tronco, onde células filhas substituem gradualmente a medula óssea normal, 
sendo liberadas no sangue periférico. As alterações clonais são causadas por mutações em uma 
única célula-tronco que ocorrem em uma série de alterações genéticas que contribuem para a 
transformação do tumor, como expressão insuficiente de oncogenes e perda da função do gene 
supressor de tumor. A transformação da leucemia pode ocorrer em precursores pluripotentes ou 
precursores mieloides ou linfoides. (BRASILEIRO FILHO, 2018) 
O acúmulo de células jovens ou imaturas anormais (blastos) na medula óssea, inibe o 
crescimento e boa funcionalidade das células normais causando fraqueza e a falta de ar, 
resultantes da presença de um número pequeno de glóbulos vermelhos (anemia), infecção e 
febre, resultantes de uma quantidade e função inadequada de leucócitos, e sangramento, 
resultante de uma quantidade baixa de plaquetas. (BRASILEIRO FILHO, 2018) 
 
As células leucêmicas saem da medula óssea, onde são produzidas, e são liberadas na corrente 
sanguínea sendo transportadas até o fígado, baço, linfonodos ou gânglios, cérebro, rins e órgãos 
reprodutivos, onde continuam a crescer e a se dividir. A expansão na medula óssea, pode causar 
dores ósseas e articulares. (BRASILEIRO FILHO, 2018) 
Em todas as leucemias, a medula óssea está comprometida, podendo ou não haver células 
blásticas neoplásicas no sangue periférico. Normalmente, eles são encontrados em diferentes 
proporções, onde o número de glóbulos brancos circulantes pode ser normal, diminuído ou 
aumentado. O diagnóstico da leucemia geralmente é realizado por meio de mielografia 
associada à citometria de fluxo para caracterizar a linhagem danificada e o estágio de 
diferenciação celular. (BRASILEIRO FILHO, 2018) 
Tradicionalmente, a leucemia é dividida em dois tipos: 
• Quanto a origem é dividida em leucemia mieloide e leucemia linfoide. Leucemia mieloide é 
derivada de células-tronco hematopoiéticas, e podem produzir granulócitos, glóbulos 
vermelhos ou plaquetas. A leucemia linfoide origina-se da linhagem linfoide. (BRASILEIRO 
FILHO, 2018) 
• Quanto ao grau de infiltração da medula óssea e o número de blastos é dividida em aguda e 
crônica. A leucemia aguda é caracterizada por substituição da medula óssea por células imaturas 
(chamadas células blásticas). Com uma alta taxa de proliferação celular e a parada de 
8 
 
maturação; a linhagem celular normal é gradualmente substituída por células imaturas, o que 
reflete em condições clínicas graves e rápidas, como anemia, neutropenia e trombocitopenia, 
sangramento espontâneo e fraqueza. A leucemia crônica é caracterizada por uma alta incidência 
proliferativa, mas com manutenção da maturidade celular. É um quadro de instalação lenta e 
progressiva, e com ausência de citopenia. (BRASILEIRO FILHO, 2018) 
2.4 Explicar os sinais e sintomas, correlacionando – os com a patogênese e evolução das 
leucemias (destacando sua eventual semelhança com outras doenças menos graves). 
Os principais sintomas e sinais estão relacionados com o acumulo de células anormais na 
medula óssea, que consequentemente ocasionam um comprometimento da proliferação normal 
de elementos como as plaquetas e células vermelhas. 
• Anemias: a medula óssea é responsável pelas linhagens sanguíneas. Devido a produção 
exacerbada de glóbulos brancos, a produção das hemácias fica comprometida, o que pode 
desencadear um quadro de anemia. 
• Dores ósseas: o tecido gelatinoso presente no interior dos ossos possui uma quantidade limite 
de células. Com a ocorrência de uma hipercelularidade, são geradas alterações a nível ósseo, 
que também podem ser escritas como dores ósseas. 
• Hemorragias: devido as alterações das plaquetas a nível de medula, a ocorrência de 
sangramento é frequente, sendo os mais comuns das gengivas e pelo nariz, e manchas roxas 
(equimoses) e/ou pontos roxos (petéquias). 
• Infecções recorrentes: a hipercelularidade de glóbulos brancos na medula óssea gera a liberação 
dessas células a nível de sangue periférico. Tais células são consideradas imunocompetentes 
(células que não possuem a mesma função que exerciam quando eram células maduras). Dessa 
forma, a função imunológica não está bem estabelecida, deixando o organismo sujeito a 
infecções muitas vezes graves ou recorrentes. 
• Cefaleia, tontura e náuseas: geradas pela incompetência das células a nível de função. 
• Espleno e hepatomegalia: as células malignas são susceptíveis a tropismo para o baço e fígado, 
o que gera um inchaço e desconforto abdominal. 
• Pode haver a presença de gânglios linfáticos inchados na região do pescoço e das axilas. 
Os sintomas gerados pelos subtipos de leucemias podem ser associados com os sintomas do 
linfoma. O linfoma é um câncer que se origina no sistema linfático, composto por órgãos e 
tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem as células 
através do corpo. Os sintomas gerados pelo linfoma dependem da localização, podem surgir 
ínguas na região do pescoço, axilas e virilhas, tosse, falta de ar e dor torácica, febre,cansaço, 
9 
 
perda de peso sem motivo e coceira no corpo. A diferença entre a leucemia e o linfoma se da 
pelo diagnostico, que pode ser realizado através de uma biopsia do tecido suspeito ou 
hemograma. 
2.5 Identificar as principais causas de leucemias, suas formas de apresentação e sua 
epidemiologia, relacionando: tipo de leucemia, faixa etária e prognóstico. 
 
LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA) 
Leucemia mieloide aguda (LMA) é termo abrangente e que se refere a um grupo de neoplasias 
que se originam em células progenitoras hematopoéticas ou em células-tronco primitivas com 
potencial de multilinhagem1. A LMA é doença clonal neoplásica heterogênea, caracterizada 
pela proliferação de precursores mieloides, resultando no seu acúmulo na medula óssea e no 
sangue periférico. As células doentes na LMA são capazes de se dividirem e proliferarem, mas 
não são capazes de se diferenciarem em células hematopoéticas maduras (neutrófilos) (Lorand-
Metze, 2003). 
Embora tenham ocorrido consideráveis avanços no diagnóstico e na compreensão de 
fenômenos biológicos da LMA nas últimas três décadas, a maioria dos indivíduos acometidos 
ainda morre da doença. Apesar de a remissão completa ser obtida na maioria dos pacientes 
jovens, a cura depende da erradicação da LMA por meio de terapia pós-remissão (Lorand-
Metze, 2003). 
Epidemiologia: 
A LMA é a leucemia mais comum nos adultos (80% das leucemias) e tem incidência estimada 
de 3 a 5 casos para 100 mil habitantes por ano, mas esse número sobe para 12,2 entre os idosos. 
De fato, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária, a idade média de apresentação da LMA 
é em torno dos 65 anos. Os pacientes do sexo masculino são mais frequentemente acometidos 
pela doença quando comparados ao sexo feminino, na razão de cinco homens para cada três 
mulheres. Entretanto, não se sabe a razão da maior incidência entre os homens (Lorand-Metze, 
2003). 
Manifestações clínicas: 
• Início abrupto 
• Sinais e sintomas relacionados à falência da hematopoese normal: anemia refratária, 
neutropenia (infecções) e (hemorragia) trombocitopenia. Hepatoesplenomegalia não é muito 
comum. Febre, petéquias, equimoses cutâneas. 
 
Diagnóstico: 
10 
 
• Hemograma: leucocitose (blastos), ↓eritrócitos, Hb, plaquetas e neutrófilos. 
• Mielograma: mínimo 20% blastos na MO (bastão de Auer) 
• Biópsia: idem mielograma 
• Imunofenotipagem: HLA-DR, CD35 e CD13. 
• Citogenética: alterações cromossômicas. 
Diagnóstico deve ser sempre confirmado pelo mielograma (aspirado de medula óssea), obtido 
geralmente da crista ilíaca. É necessária a presença de mais de 20% de blastos (OMS) entre as 
células nucleadas do aspirado. Além de confirmar uma leucemia aguda, o exame ajuda em 
dados prognósticos. A biopsia de medula óssea também deve ser realizada para análise das 
alterações displasica e do grau de mielofibrose associada (Lorand-Metze, 2003). 
Prognóstico: 
50% sobrevivência (mau prognóstico) 
LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA (LLA) 
A leucemia linfoblástica aguda (LLA) representa uma doença maligna de precursores linfoides 
que afeta adultos e crianças, porém com maior incidência na faixa etária de dois a cinco anos. 
Representa uma das patologias mais desafiadoras para o tratamento em adultos, embora em 
crianças, taxas de cura superiores a 80% sejam descritas atualmente na literatura. A adaptação 
dos protocolos pediátricos em adultos também determinou um aumento significativo nas taxas 
de remissão, embora, em longo prazo, os resultados ainda sejam bem mais limitados. A 
identificação dos subtipos moleculares, o desenvolvimento de novas drogas alvo específicas e 
a caracterização do papel do transplante de medula óssea (TMO), bem como a melhor 
compreensão do significado da doença mínima residual, do impacto da farmacogenômica e da 
resistência às diferentes drogas, estão contribuindo para a melhoria dos resultados em pacientes 
adultos portadores de LLA (Lorand-Metze, 2003). 
Epidemiologia: 
Não há dados atualizados sobre a incidência da LLA no Brasil. Nos EUA, a incidência global 
ajustada à idade indica a ocorrência de 1 a 2 casos/100 mil indivíduos, com um pico entre as 
idades de 2 a 5 anos e após os 50 anos. Também nos EUA, a doença parece ser mais comum 
em hispânicos. A LLA é mais frequente em áreas urbanas e em caucasianos, permitindo 
especulações sobre a importância de fatores socioeconômicos na sua etiologia. Apesar da lista 
extensa, os relatos ainda são conflitantes sobre fatores associados a um risco mais elevado da 
doença. O significado da ocupação dos pais, da exposição ao álcool, ao tabaco, aos pesticidas 
ou à irradiação eletromagnética ainda é controvertido, apesar da preocupação constante com a 
11 
 
interação de fatores genéticos e ambientais. Menos de 5% dos casos estão definitivamente 
associados com síndromes genéticas predisponentes como a síndrome de Down, a síndrome de 
Bloom, a ataxia-telangectasia e a síndrome de Nijmegen (Lorand-Metze, 2003). 
Manifestações clínicas: 
• Início repentino e violento 
• Depressão funcional da M.O: fadiga e anemia (↓hemácias), hemorragia (trombocitopenia), 
hepatoesplenomegalia. 
• Infiltração neoplásica: dor óssea e subperiósteo, linfadenopatia. 
• Alterações do SNC: cefaleia, vômito e paralisia dos nervos (expansão meníngea) 
O quadro clínico da LLA é muito semelhante ao da LMA. Contudo, algumas diferenças devem 
ser destacadas: a dor óssea é muito frequente – 80% dos casos; adenomegalia cervical ou 
generalizada é mais frequente – 75% dos casos; podem ocorrer massas mediastinais no subtipo 
D células-T do timo; o acometimento do sistema nervoso central e dos testículos é mais comum; 
febre neoplásica é mais comum – 70% dos casos; a hiperplasia gengival não faz parte do quadro 
clinico (Lorand-Metze, 2003). 
Diagnóstico e tipagem: 
• Hemograma: leucocitose (variável), plaquetopenia (< 100 mil), anemia (Hb< 10) g/dl), 
neutropenia e trombocitopenia (casos graves). 
• Mielograma: blastos (> 25%). 
• Biópsia: (> 25%). 
• Citogenética: alterações cromossômicas. 
• Imunofenotipagem: fenótipos blásticos. 
O critério diagnóstico para LLA é a presença de linfoblastos na medula óssea em proporção 
maior ou igual a 25% do total de células nucleadas. A diferenciação entre linfoblastos e blastos 
da LMA (mieloblastos) é feita por critérios morfológicos, citoquímicos e imunofenotipagem. 
Pelos critérios da FAB existem três subtipos de LLA (Lorand-Metze, 2003). 
1. O subtipo L1 é o mais comumente encontrado na LLA infantil (80% dos casos), apresentando 
o melhor prognostico e resposta a terapêutica. O linfoblasto possui núcleo arredondado e 
citoplasma escasso. 
2. O subtipo L2 é a forma mais comum no adulto. O linfoblasto é maior que o L1, tem nucléolos, 
mais citoplasma e núcleos irregulares. 
12 
 
3. O subtipo L3 é o menos comum, e representa a forma leucêmica do linfoma de Burkitt, 
caracterizado por linfoblastos de tamanho intermediário, com citoplasma proeminente, 
basofilico e cheio de vacúolos. 
LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA (LMC) 
É uma síndrome mieloproliferativa crônica, juntamente com a policitemia vera, metaplasia 
mieloide agnogênica e a trombocitemia essencial. As síndromes mieloproliferativas formam 
um grupo de neoplasias hematológicas que se originam da célula-tronco ou de um progenitor 
próximo a esta em sua maturação. Porém, ao contrário das leucemias agudas, esse clone segue 
curso normal de maturação até as células finais (granulócitos, hemácias e plaquetas) – Não há 
bloqueio de maturação. O pico de incidência da LMC é na fase adulta, entre 45-55 anos, porem 
pode ocorrer em crianças. Existe um discreto predomínio no sexo masculino (Lorand-Metze, 
2003). 
Manifestações clínicas e laboratoriais: 
• Fase Crônica (3-5 anos) 
Caracterizado por hiperplasia medular e capacidade de maturação das células mieloides. 
Sintomas: anemia branda/moderada, hipermetabolismo celular resultando em fadiga, perda de 
peso, anorexia,desconforto abdominal (esplenomegalia) (Lorand-Metze, 2003). 
• Fase Acelerada (3-18 meses) 
Perda progressiva de diferenciação celular (A LMC está associada a mutações que interferem 
no Ikaros, fator de transcrição que regula a diferenciação dos progenitores hematopoiéticos) 
(Lorand-Metze, 2003). 
Sintomas: Acentuada anemia, trombocitopenia, as vezes com mais basófilos. 
• Fase Blástica (3 meses) 
Quadro semelhante à leucemia aguda. Presença de mais de 20% de blastos no sangue periférico 
ou medula. Muitos pacientes com LMC são descobertos em uma fase assintomática da doença, 
através do exame físico mostrando esplenomegalia e/ou hemograma revelando leucocitose 
neutrofílica acentuada, com desvio para esquerda até mielocito ou mieloblasto. O marco da 
LMC é justamente essa associação (leucocitose neutrofílica acentuada com desvio a esquerda 
+ esplenomegalia) (Lorand-Metze, 2003). 
Os sintomas mais comuns de apresentação da doença são decorrentes do estado hipercatabólico, 
da esplenomegalia, da anemia e/ou da disfunção plaquetária, tais como: febre, perda ponderal, 
astenia, sudorese noturna, desconforto abdominal no hipocôndrio esquerdo, saciedade precoce, 
palpitação, dispneia, equimoses. As infecções na LMC não são frequentes, nem caracterizam a 
13 
 
doença. O clone neoplásico é capaz de se diferenciar até o neutrófilo maduro. Este neutrófilo 
possui uma função normal ou levemente diminuída (Lorand-Metze, 2003). 
Quadro laboratorial da doença caracteriza-se pela acentuada leucocitose neutrofílica, 
invariavelmente presente. O diferencial revela intenso desvio para esquerda, havendo muitas 
formas jovens granulocíticas na periferia: bastões, metamielocitos, mielocitos e até 
mieloblastos. A contagem absoluta de eosinófilos e basófilos está via de regra alta. A LMC é 
uma das únicas causas de basofilia proeminente e persistente (Lorand-Metze, 2003). 
A regra, portanto, na LMC, é: anemia + hiperleucocitose + trombocitose 
Diagnóstico: 
• Hemograma: Leucocitose/granulócitos, trombocitose, ↓hemácias 
• Mielograma: ↑blastos (fase blástica), ↓blastos (fase crônica) 
• Citogenética: Ph t (9;22). 
• Anamnese e exame físico; 
• Plaquetometria; Morfologia de sangue periférico; 
• Fosfatase alcalina dos neutrófilos no sangue periférico; 
• Citoquímica e Imunofenotipagem (apenas na FB); 
• Citogenética da medula óssea; 
• PCR qualitativo: pesquisa do marcador molecular 
• BCR/ABL no sangue periférico ou na medula óssea; 
• Biópsia de medula óssea incluindo determinação de fibrose medular. 
Deve ser suspeitado sempre que houver leucocitose acentuada (> 25.000-50.000/mm3) e 
esplenomegalia. O diagnóstico diferencial deve ser feito sempre com as reações leucemoides, 
com as outras síndromes mieloproliferativas. Nos casos suspeitos, um aspirado (mielograma) e 
uma biópsia de medula óssea devem ser realizados. A confirmação diagnóstica é feita elo 
achado do cromossomo Philadélfia na avaliação citogenética das células do aspirado (Lorand-
Metze, 2003). 
LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA (LLC) 
São neoplasias clonais de linfócitos maduros não competentes, resistentes à morte que se 
acumulam em órgãos linfoides. Ao contrário da LMC, não existe uma única anomalia 
cromossomial típica da LLC, apesar de existirem algumas alterações que modificam o 
prognostico da doença. A evolução da doença é o acúmulo de linfócitos B neoplásicos na 
medula óssea, passando em seguida para o sangue periférico e atingindo os linfonodos, baço e 
14 
 
fígado. O paciente vai se tornando debilitado e extremamente propenso a morrer de infecções 
bacterianas (Lorand-Metze, 2003). 
Epidemiologia: 
A LLC é a segunda leucemia mais comum e acomete caracteristicamente a população idosa, 
sendo a mais comum leucemia nessa faixa etária, com preferência 2:1 no sexo masculino. A 
LLC praticamente não é vista em pessoas com menos de 30 anos de idade e não acomete 
crianças. Trata-se de uma neoplasia hematológica cujo clone neoplásico é um linfócito B 
maduro, porém bloqueado numa fase de diferenciação, que impede a sua transformação em 
plasmócito, a célula produtora de anticorpos (Perfetto et al., 2004). 
Manifestações clínicas e laboratoriais: 
• Os pacientes são frequentemente assintomáticos ao diagnóstico, mas quando aparecem são 
inespecíficos. 
• Encontramos: hepatoesplenomegalia, sudorese, anorexia, fadiga, linfadenopatia e infecções 
recorrentes. Portanto sinais de falência medular. 
Muitos pacientes são diagnosticados na fase assintomática da doença, pelo encontro de uma 
linfocitose expressiva no hemograma. Linfocitose é definida por mais de 3.000 linfócitos por 
mm3 no hemograma. Depois da linfocitose, a adenomegalia cervical (aumento dos linfonodos 
do pescoço) é o achado mais comum, presente em 2/3 dos pacientes na apresentação da doença. 
O marco da LLC é a associação: linfocitose acentuada + adenomegalia (Perfetto et al., 2004). 
Diagnóstico: 
• Hemograma: leucocitose, trombocitopenia e anemia (↓hemácias) 
• Mielograma: linfoblastos 
• Biópsia: se necessário 
• Imunofenotipagem: CD5, CD23, CD38, CD19, CD20, ZAP. 
• Citogenética: Deleções 13q, 11q. 
• Diagnostico confirmado por um dos critérios: 
• Linfocitose persistente > 10.000/mm3 + aspirado de medula óssea com >30% de linfócitos. 
• Linfocitose persistente > 5.000/mm3 + aspirado de medula óssea com >30% de linfócitos + 
imunofenotipagem revelando marcadores de linfócito B maduro em conjunto com marcador 
CD5. 
2.6 Descrever os exames utilizados para o diagnóstico e estadiamento de leucemias. 
O principal exame para que se possa confirmar a suspeita de algum tipo de leucemia é o 
hemograma. Se positivo o hemograma apresentara alteração geralmente de um aumento 
15 
 
significativo de leucócitos associado ou não a diminuição de plaquetas e hemácias, mas a 
confirmação diagnóstica é confirmada pelo exame de medula óssea, chamado mielograma. A 
realização desse exame consiste na retirada de uma pequena quantidade do sangue presente no 
tecido esponjoso do osso, e então é encaminhada para avaliações citológicas, citogenéticas, 
molecular e imunofenotípica. Em alguns casos é solicitada a biopsia (INCA,2021) 
Em relação a diagnostico diferencial, varia entre os tipos de leucemia: 
• Leucemia Linfoblástica Aguda 
Nesse tipo o diagnóstico diferencial haverão transtornos que vão estar associados a linfocitose. 
Jovens podem apresentar anormalidades linfocitárias com características sugestivas de blastos 
leucêmicos caso forem portadores de síndromes de mononucleose infecciosa. Também tem-se 
que a anemia aplasica pode expressar-se sem circulação de células leucêmicas e apenas com 
manifestações de insuficiência da medula óssea. Dentro dos exames laboratoriais o hemograma 
completo pode evidenciar anemia normocrômica, normocítica e trombocitopenia; O esfregaço 
periférico, linfoblastos; lembrando que os exames de sangue iniciais também devem ter a 
avaliação da função orgânica básica (creatinina, bilirrubina), glicemia (os glicocorticoides 
fazem parte da terapia) e a síndrome de lise espontânea do tumor (K+, Ca++, PO4++, ácido 
úrico); há também exames de coagulação (triagem de coagulação intravascular disseminada) 
antes da punção lombar, e estudos voltados para identificação e estratificação do risco de 
leucemia. Já os exames de imagem temos a radiografia de tórax para avaliar a febre e a presença 
de massa mediastinal e a tomografia para queixas sintomáticas (FERRI, 2019). 
A leucemia linfóide aguda, normalmente não forma massas tumorais, mas pode afetar a medula 
óssea e se espalhar para outros órgãos. O prognóstico é feito através de dados como o subtipo 
de LLA, idade e resultados de exames laboratoriais. Para a classificação desse tipo de leucemia 
pode ser usados o sistema FAB e exames laboratoriais (AMERICAN CANCER SOCIETY, 
2018) 
O sistema FAB vai classificar a LLA em 3 (três) subtipos, com base na histologia: 
Figura 2: FAB das leucemias linfodes 
16Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fmedpri.me%2Fupload%2Ftexto%2Ftexto-aula 
943.html&psig=AOvVaw2YmJo6M9ywDyTmFj43OLF2&ust=1629987395305000&source=images&cd=vfe&
ved=0CAgQjRxqFwoTCJiJ0bCuzPICFQAAAAAdAAAAABAD 
 
Mas também há outros meios de classificar a LLA com mais precisão como exames de 
citogenética, citometria de fluxo, e outros exames de laboratório fornecem informações 
detalhadas sobre o subtipo de leucemia linfoide aguda e o prognóstico do paciente, o que 
permite classificar a leucemia linfoide aguda em grupos com base no gene e nas alterações 
cromossômicas nas células leucêmicas (AMERICAN CANCER SOCIETY, 2018). 
A OMS divide a LLA em alguns grupos: 
• Leucemia linfoide aguda de células B; 
• Leucemia linfoide aguda de células B com determinadas anormalidades genéticas; 
• Leucemia linfoide aguda de células B, não especificado de outra forma; 
• Leucemia linfoide aguda de células T; 
• Leucemia linfoide aguda de linhagem mista. 
• Leucemia Linfocítica Crônica 
O diagnóstico desse tipo de leucemia precisa da presença de um clone de células B > 
5000/mm3, por mais de 3 meses, apresentando um imunofenótipo característico na citometria 
de fluxo (essencial para o diagnóstico), outros distúrbios linfoproliferativos que envolvem o 
sangue (podem ser diferenciados por meio de citometria de fluxo): linfoma folicular, linfoma 
de células do manto, linfoma da zona marginal esplênica. A leucemia linfocítica aguda 
diferencia-se tambem pela presença de linfoblastos ao invés de linfócitos maduros. Dentro dos 
exames laboratoriais Não há indicação para o exame da medula óssea na maioria dos casos, 
apenas quando a diferenciação entre citopenias autoimunes e infiltração medular pela LLC é 
difícil também quando o hemograma completo apresenta linfocitose com linfócitos maduros e 
as células “manchadas” (smudge cells), é valido pontuar que anemia e trombocitopenia têm a 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fmedpri.me%2Fupload%2Ftexto%2Ftexto-aula
17 
 
possibilidade de estarem presentes em casos mais avançados; o hipogamaglobulinemia e LDH 
elevada podem manifestar no momento do diagnóstico; por fim a avaliação citogenética 
(usando-se hibridização fluorescente in situ) é importante para a análise prognóstica e a seleção 
ideal do tratamento (FERRI, 2019). 
O estadiamento desse tipo de leucemia vai refletir a carga clínica da doença e ajudar na 
avaliação do prognóstico e na tomada de decisão em relação ao tratamento, são usados os 
sistemas de estadiamento de Rai e Binet , cujos usam apenas o exame físico e o hemograma 
completo e diferencia três grupos de risco: Baixo risco (linfocitose isolada ou estágio 0); 
Intermediário (presença de linfadenopatia, hepatomegalia ou esplenomegalia, anteriormente 
estágio I/II) e alto risco (presença de anemia com hemoglobina < 11 g/dL ou trombocitopenia 
com contagem plaquetária < 100.000/mm3, anteriormente estágio III/IV). Posterior a isso o 
sistema Binet ainda divide a LLC em três etapas: Estágio A: envolvimento de < 3 áreas nodais 
(contando separadamente linfonodos cervicais, axilares ou inguinais, baço e fígado); Estágio 
B: três ou mais áreas envolvidas e Estágio C: presença de anemia (hemoglobina < 10 g/dL) ou 
trombocitopenia (< 100.000/mm3), independente das áreas envolvidas (FERRI,2019). 
Assim como as outras a leucemia linfoide crônica não forma massas tumorais, mas pode afetar 
a medula óssea e se espalhar para outros órgãos. O prognóstico vai depender de resultados de 
exames de laboratoriais e de imagem em relação ao estadiamento, são utilizados dois sistemas: 
o Sistema Rai e o Sistema Binet (AMERICAN CANCER SOCIETY, 2018). 
O sistema Rai é baseado na linfocitose, ou seja, o paciente deve apresentar aumento expressivo 
de linfócitos no sangue e na medula óssea de maneira que não esteja associado a nenhuma outra 
causa. E esse sistema vai subdividir a LLC em 5 (cinco) fases (AMERICAN CANCER 
SOCIETY, 2018): 
• Estágio Rai 0. Linfocitose. Os linfonodos, baço ou fígado não estão aumentados e 
glóbulos vermelhos e plaquetas normais; 
• Estágio Rai I. Linfocitose mais linfonodos aumentados. O baço e o fígado não estão 
aumentados e glóbulos vermelhos e plaquetas normais; 
• Estágio Rai II. Linfocitose e aumento do baço (e, possivelmente, aumento do fígado), 
com ou sem aumento dos linfonodos. Glóbulos vermelhos e plaquetas normais;. 
• Estágio Rai III. Linfocitose mais anemia, com ou sem aumento dos linfonodos, baço ou 
fígado. Plaquetas normais; 
• Estágio Rai IV. Linfocitose mais trombocitopenia, com ou sem anemia, aumento dos 
linfonodos, baço ou fígado. 
18 
 
 
E dentro desses 5 são considerados estágio 0 de baixo risco, estágio I e II de risco intermediário 
e estágios III e IV de alto risco. 
Já no sistema de Binet a LLC vai ser classificada de acordo com o numero de grupos de tecido 
linfóide que estão afetados e se o paciente aoresenta ou não anemia ou trombocitopenia 
(AMERICAN CANCER SOCIETY, 2018). 
• Estágio Binet A. Menos do que 3 áreas de tecido linfoide aumentadas, sem anemia ou 
trombocitopenia. 
• Estágio Binet B. 3 ou mais áreas de tecido linfoide aumentadas, sem anemia ou 
trombocitopenia. 
• Estágio Binet C. Anemia ou trombocitopenia presente. 
 
• Leucemia Mielóide Aguda 
Durante a avaliação morfológica dos blastos é possível perceber a origem mieloide ou linfoide, 
mas citometria de fluxo ou testes citoquímicos são necessários para confirmação; a 
desidrogenase lática (LDH) é normalmente elevada e outros testes bioquímicos devem ser feitos 
para avaliar a função dos órgãos (creatinina, enzimas hepáticas) e síndrome de lise tumoral 
espontânea (ácido úrico, potássio, fosfato, cálcio; tem também a tipagem de antígeno 
leucocitário humano (HLA) para possível transplante de medula óssea e suporte plaquetário. 
Nesse tipo de leucemia os exames por imagem são para avaliar queixar especificas, exemplo: 
ecocardiograma geralmente são feitos para verificação da função cardíaca forma a tolerar a 
terapia com antraciclina (geralmente daunorrubicina), sendo uma fração de ejeção do ventrículo 
esquerdo > 50% normalmente considerada aceitável (FERRI,2019) 
Normalmente os cânceres tem seus estágios enumerados de acordo com a sua 
extensão/evolução, mas na LMA como é um tipo de câncer que acomete toda a medula óssea e 
tem o risco de espalhar para outros órgãos, é preciso outras informações como subtipo, idade e 
os exames laboratoriais para que seja possível a realização do prognostico. O subtipo é 
importante porque os tipos de tratamento são diferentes uns dos outros (AMERICAN CANCER 
SOCIETY, 2018) 
O principal sistema de estadiamento nesse caso é o britânico-americano-frances (FAB), que vai 
classificar a LMA em subtipos de M0 a M7 de acordo com o tipo e o grau de desenvolvimento 
da célula (AMERICAN CANCER SOCIETY, 2018) 
Figura 3: Estadiamento Leucemia Mielóide Aguda 
19 
 
 
Os subtipos de M0 a M5 começam como células imaturas dos glóbulos brancos, já o subtipo 
M6 começa como células muito imaturas dos glóbulos vermelhos, enquanto o M7 começa como 
formas imaturas das células produtoras das plaquetas (AMERICAN CANCER SOCIETY, 
2018). 
Tem-se também o sistema de estadiamento proposto pela OMS, que é mais recente e leva em 
consideração mais fatores que o sistema FAB, e divide a LMA em vários subgrupos: 
• LMA com anormalidades genéticas; 
• LMA com alterações relacionadas a mielodisplasia; 
• LMA relacionada a quimioterapia ou radioterapia previa; 
• LMA não especificada; 
• Sarcoma mieloide; 
• Proliferações mieloides relacionada a síndrome de Down; 
• Leucemias agudas indiferenciadas. 
 
• Leucemia Mielóide Crônica 
Quando realizamos o hemograma completo é possível que hajam células mielóides com desvio 
à esquerda, podendo também estar acompanhadas por trombocitose. A contagem média de 
leucócitos de 100.000/microlitro (“protuberância de mielócito; A biópsia da medula óssea podeapresentar hipercelularidade com hiperplasia granulocítica, aumento da proporção de células 
mieloides em relação às células eritoides e aumento de megacariócitos; a fosfatase alcalina 
leucocitária está marcadamente diminuída (FEERI,2019). 
20 
 
A leucemia mieloide crônica não segue um sistema de estadiamento como a maioria dos 
cânceres, e o seu prognóstico vai depender de outras informações, como idade, exames 
laboratoriais e comprometimento do baço. Mas ainda sim é classificada em 3 (três) fases de 
acordo com a quantidade de glóbulos brancos no sangue ou na medula óssea: (AMERICAN 
CANCER SOCIETY, 2018) 
• Fase crônica: o paciente tem menos que 10% de glóbulos brancos nas amostras de 
sangue ou medula óssea, e geralmente apresentam sintomas leves mas respondem ao 
tratamento padrão; 
• Fase acelerada: o paciente se apresentar amostras de sangue ou da medula óssea com 
mais de 15% e menos do que 30% de glóbulos brancos ou basófilos correspondem a 
20% ou mais do sangue ou glóbulos brancos e promielócitos combinados correspondem 
s 30% ou mais do sangue ou contagem de plaquetas muito baixas, não causadas pelo 
tratamento ou novas alterações cromossômicas nas células leucêmicas com o 
cromossomo Filadélfia. E também podem apresentar sintomas como febre, falta de 
apetite e perda de peso. 
• Fase blástica: A medula óssea e as amostras de sangue nessa fase têm mais de 20% de 
globulos brancos e as células blásticas normalmente se espalham para tecidos e órgãos 
além da medula óssea. Podem se manifestar sintomas, como febre, falta de apetite e 
perda de peso. Nesta fase, a leucemia age como uma leucemia aguda. 
2.7. Identificar as principais formas do tratamento das leucemias e suas indicações 
O tratamento para qualquer leucemia se baseia em dois pontos importantes: 
1- Medidas de suporte (visam melhorar as condições gerais do paciente e diminuir riscos de 
complicações): são elas a hidratação oral, transfusão de hemácias e/ou plaquetas, desinfecção 
antibioticoterapia preventiva, isolamento e evitar ingestão de alimentos crus. 
2- Tratamento específico (visa eliminar ou controlar a proliferação das células leucêmicas): 
baseia-se no uso de quimioterápicos e o transplante de medula óssea. 
Todo objetivo principal do tratamento das leucemias é destruir as células leucêmicas para que 
a medula óssea volte a produzir células normais. E, pensando nisso, em todos os casos de 
leucemia é indicado o transplante de medula óssea, mas ainda é algo complexo e que necessita 
complemento (como a quimioterapia), pois envolve a baixa compatibilidade entre doador e 
receptor e, também, fatores como idade e estágio da doença. 
Leucemia Mielóide Aguda (LMA): 
É um tipo agressivo de leucemia e deve ser tratada rapidamente. A LMA é uma doença 
heterogênea, então os pacientes podem ter diferentes respostas ao tratamento. 
21 
 
Tratamento de quimioterapia para LMA: O tratamento quimioterápico inicia com esquema de 
indução com quimioterapia, usando combinação entre citarabina e antraciclina, seguido de 1 a 
4 ciclos com quimiterápicos ou transplante de medula óssea. (ABRALE, 2019) 
Normalmente, a ABRALE (2019) divide o tratamento em duas fases: a indução e a 
consolidação da terapia. 
• Terapia de Indução: 
Nome dado para a fase inicial do tratamento com quimioterapia. Espera-se a remissão completa, 
com o paciente apresentando menos de 5% de blastos em sua medula óssea. Glóbulos 
vermelhos, glóbulos bancos e plaquetas voltam a contagem normal e os sintomas somem. Essa 
terapia destrói a maio parte de células doentes, e também células saudáveis, portanto pode 
apresentar efeitos colaterais. Por esses possíveis efeitos o paciente pode ficar hospitalizado de 
quatro a seis semanas para que se tenha suporte profissional. 
A intensidade do tratamento vai depender da idade e da saúde das pessoas. Terapia de maior 
intensidade vai ser recomendada a pessoas sem outras doenças importantes, e de menor 
intensidade quando o paciente forem idosos ou mais debilitados. 
É mais comum utilizar citarabina e a antraciclina na indução para a LMA. Esse regime se chama 
“7 + 3”, pois a citarabina é oferecida por sete dias ao passo que a antraciclina é dada por três 
dias, na primeira semana de tratamento. 
Após três ou quatro semanas de completar a terapia de indução, as células saudáveis da medula 
óssea devem voltar e o paciente será submetido a uma nova analise dessa medula. Se a contagem 
de blastos for menor que 5% o paciente seguirá para a fase de consolidação, caso contrário 
seguem para um estudo clínico a fim de receber transplante de medula óssea alogênica ou para 
outros regimes de quimioterapia. 
• Terapia de Consolidação: 
A produção de células normais deve voltar a acontecer em muitos pacientes depois de algumas 
semanas após a conclusão da terapia de indução. Com células normais retornadas, as células 
doentes não podem ser detectadas no sangue e na medula óssea, processo conhecido como 
remissão. 
O pouco número de células doentes não vai afetar no desenvolvimento das células saudáveis, 
mas podem crescer e causar recaída de LMA, e começar ser detectado em laboratórios pelo 
exame de citometria ou PCR, processo chamado de “doença residual mínima”. 
Se o paciente alcança a remissão completa, o tratamento é usado para destruir qualquer resíduo 
de células leucêmicas do corpo. Sem essa terapia o câncer pode voltar em poucos meses. 
22 
 
De acordo com a Abrale (2019), existem dois tratamentos básicos para a terapia de 
consolidação: 
a) Quimioterapia: indicada a pacientes com menor risco; usa-se citarabina ou outros 
medicamentos; pacientes recebem vários ciclos de quimioterapia, variando de paciente para 
paciente. 
b) Transplante de medula óssea: indicado para pacientes com alto risco de recaída (juntamente 
com a quimioterapia), pois permite aos médicos indicar altas doses de quimioterapia ou 
radioterapia; após tratamento, o paciente recebe uma infusão de células tronco para repor as 
que foram destruídas pela terapia intensiva, dando a possibilidade de restauração da medula 
ósseas pelas novas medulas. 
Transplante alogênico: é o tipo mais comum para tratar a LMA. Na preparação, o paciente é 
submetido à quimioterapia para matar as células doentes remanescentes e reduzir imunidade do 
paciente para aceitar a medula do doador. Então, o paciente recebe infusão de células-tronco 
advindas de um doador. (ABRALE, 2019) 
Leucemia Mielóide Crônica (LMC) 
A LMC não tem cura, mas atualmente as terapias disponíveis levam os pacientes alcançarem 
níveis de remissões extremamente profundas, usando o termo “cura funcional”. (ABRALE, 
2019) 
Inibidores de tirosina quinase: utilizam-se medicamentos que pacientes conseguem ter uma boa 
qualidade de vida por muitos anos. São medicamentos que inibem a tirosina quinase, como 
exemplo: mesilato de imatinibe, dasatinibe e nilotinibe. A introdução desses medicamentos 
mudou consideravelmente a forma fatal da doença, tornando-a controlável. É utilizado na fase 
crônica da doença. (ABRALE, 2019) 
O tratamento inicial baseia-se na utilização de remédios, como a Hidroxiureia, que diminuem 
os glóbulos brancos. Processo necessário para que a LMC seja confirmada por meio de exames 
de sangue e medula óssea. (ABRALE, 2019) 
Quimioterapia: normalmente usa em pacientes na fase blástica como uma forma de fazer a LMC 
retornar a fase crônica ou em paciente que vão receber transplante alogênico de células-tronco. 
(ABRALE, 2019) 
Imunoterapia: é um tipo de medicamento que estimula o sistema imunológico, utiliza-se o 
interferon que reduz o crescimento e a divisão das células do câncer. Esse tipo de tratamento é 
menos utilizado, pois o tratamento com inibidores de tirosina quinase é mais efetivo. O 
interferon é uma aposta para pacientes que não conseguem tolerar os efeitos colaterais dos 
inibidores ou mulheres grávidas. (ABRALE, 2019) 
23 
 
Transplante de medula óssea: é um tratamentoque tem serio e graves complicações e efeitos 
colaterais. Não é utilizado para pacientes idosos ou com outros problemas de saúde. (ABRALE, 
2019) 
Leucemia Linfóide Aguda (LLA) 
Um paciente com LLA tem duas opções de tratamento: padrão ou por tratamento clínico 
experimental. (ABRALE, 2019) 
O tratamento mais utilizado é a quimioterapia de longo prazo, cerca de 2 a 3 anos. É intenso, 
principalmente no início. Geralmente é utilizado coquetel de medicamentos. (ABRALE, 2019) 
A ABRALE (2019) divide em três fases o tratamento com quimioterapia: indução, consolidação 
(ou intensificação) e manutenção. 
• Terapia de Indução: 
Fase inicial da quimioterapia. Objetiva destruir o máximo de células leucêmicas a fim de 
alcançar/induzirem à remissão. Geralmente utiliza vários medicamentos como: vincristina, 
antraciclinas e corticosteróides administrados com ou sem asparaginase e/ou ciclofosfamida. 
A gravidade da doença e os efeitos colaterais da terapia podem levar a internação de quatro a 
seis semanas do paciente. 
• Terapia de Consolidação: 
Inclui os tratamentos administrados ao paciente após sua doença estar em remissão completa. 
Vários fatores podem influencias na abordagem do tratamento, como idades, tolerância ao 
tratamento intensivo, citogenética entre outros. 
Objetiva destruir todas as células leucêmicas remanescentes no corpo após a terapia de indução. 
Nesta fase os medicamentos são administrados em doses mais altas que os administrados 
durantes a indução. Tem uma duração de quatro a seis meses. 
• Terapia de Manutenção: 
Objetiva prevenir a recidiva da doença após a terapia de indução e a consolidação. A maioria 
dos medicamentos de manutenção é de administração oral e os pacientes são tratamento no 
ambulatório. 
Recebem doses mais baixas e tendem a ter efeitos colaterais mais brandos. A terapia de 
manutenção geralmente dura cerca de 2 anos para adultos e 1 anos e meio a 2 anos, para 
crianças. 
Leucemia Linfóide Crônica (LLC) 
A ABRALE (2019), diz que o tratamento inicia-se quando o paciente apresentar: fadiga, 
sudorese noturna, perda de peso, febre, linfonodomegalia, infecções de repetição, anemia e/ou 
plaquetopenia e doença rapidamente progressiva. (ABRALE, 2019) 
24 
 
Quimioterapia: utilizam-se medicamentos, isolados ou não, como a bendamustina, 
ciclofosfamida, clorambucila, fludarabina e prednisona. (ABRALE, 2019) 
Transplante de medula óssea: objetiva restaurar a habilidade do organismo em produzir células 
sanguíneas normais. Sua indicação depende da idade do paciente, de seu prognóstico ou quando 
a quimioterapia não apresentar bons resultados. (ABRALE, 2019) 
Imunoterapia: faz com que o sistema imunológico reconheça as células doentes e as ataque. 
Aqui, os medicamentos ajudam o próprio sistema imunológico do paciente a combater as 
células com câncer. Os principais imunoterápicos são os Rituximabe, Obinutuzumabe, 
Ofatumumabe e Alentuzumabe. (ABRALE, 2019) 
2.8. Descrever a funcionalidade da série branca no sangue. 
A série branca do sangue, denominada de leucócitos ou glóbulos brancos, dividem-se em dois 
grupos, sendo eles os fagócitos e os linfócitos. Dessa forma, pode-se caracterizar cada um deles, 
nos fagócitos incluem as células do sistema imune inato, as quais agem rapidamente após uma 
infecção, enquanto os linfócitos são responsáveis por mediar a resposta imune adaptativa, a 
qual desenvolve uma memória imunológica. (HOFFBRAND, 2018) 
Os fagócitos podem ser divididos em granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e 
monócitos. A função deste grupo é de proteção do organismo contra infecções e está 
relacionada diretamente com dois sistemas de proteínas solúveis, sendo elas as imunoglobulinas 
e o sistema complemento. (HOFFBRAND, 2018) 
Figura 4: Contagem sanguíneas dos leucócitos normais 
 
Fundamentos em Hematologia, pg. 100 
 Os granulócitos e monócitos são formados na medula óssea a partir de uma célula precursora 
comum. 
Em se tratando dos granulócitos, após a liberação da medula óssea, eles permanecem na 
corrente sanguínea por 6 a 10 horas até migrarem para os tecidos desempenhando suas funções 
25 
 
fagocíticas (Há uma forma de neutrófilo durante sua maturação que é chamada de bastonetes 
ou bastões, e estão presentes no sangue periférico, sendo considerados células jovens e 
imaturas). Nos tecidos eles permanecem por 4 a 5 dias até serem destruídos durante uma ação 
defensiva ou por senescência. (HOFFBRAND, 2018) 
No que tange aos monócitos é evidente que eles permanecem pouco tempo na medula óssea e, 
depois de circularem por 20 a 40 horas, deixam o sangue para adentrar nos tecidos, nos quais 
amadurecem e desempenham suas principais funções. Após serem transformados em 
macrófagos, sua sobrevida extravascular pode ser prolongada por meses ou anos. Nos tecidos 
eles são capazes de se multiplicarem e possuem funções especificas em diferentes tecidos. 
(HOFFBRAND, 2018) 
A função normal dos neutrófilos e dos monócitos pode ser dividida em três fases: 
Quimiotaxia(mobilização e migração celulares): O Fagócito é atraído para as bactérias ou local 
de inflamação por substâncias quimiotáticas, liberadas pelos tecidos lesados. (Fagocitose): O 
material estranho ou as células lesadas ou mortas do hospedeiro são fagocitados. O 
reconhecimento da partícula estranha é auxiliado por opsonização com imunoglobulinas ou 
complemento, pois os neutrófilos e monócitos possui receptores. Macrófagos possuem papel 
central na apresentação de antígeno ao sistema imune e secretam um grande número de fatores 
de crescimento que regulam as respostas inflamatórias e imune. Quimiocinas são citocinas 
quimiotáticas de produção constante que controlam o tráfego de linfócitos sob condições 
fisiológicas; as quimiocinas inflamatórias são induzidas ou suprareguladas por estímulos 
inflamatórios. Elas se ligam as células e ativam via receptores de quimiocinas e desempenham 
um papel importante no recrutamento de células apropriadas nos locais de inflamação. 
(Eliminação e digestão):A eliminação e digestão correm por vias dependentes ou não de 
oxigênio. (HOFFBRAND, 2018) 
2.9. Conceituar “Desvio à Esquerda.” 
Tradicionalmente, os esquemas didáticos que ilustram o processo de maturação dos 
granulócitos posicionam as células mais jovens à esquerda, de maneira que a direção da 
maturação ocorre da esquerda para a direita. O desvio à esquerda ou desvio maturativo é o 
jargão utilizado quando da presença de maior quantidade de bastonetes e(ou) de células mais 
jovens da série granulocítica (metamielócitos, mielócitos, promielócitos e mieloblastos). A 
faixa de normalidade de valores absolutos para os bastonetes é de 150 a 400 bastonetes por 
mm3. A resposta inicial da medula óssea frente ao processo infeccioso é de liberação da 
população de neutrófilos de reserva. O estímulo para o aumento da produção ocorrerá 
simultaneamente, resultando na resposta proliferativa. Além do aumento da população 
26 
 
granulocítica, ocorrerá a aceleração do processo de maturação e liberação das células, com 
consequente desvio à esquerda no sangue periférico. Contudo, o desvio à esquerda, reacional 
ao processo infeccioso, é caracteristicamente escalonado, isto é, com proporção de células 
maduras maior que as células jovens, refletindo a hierarquia que ocorre na produção dos 
neutrófilos. (Hokama e Machado, 1997). 
Dados citológicos dos neutrófilos quase sempre estarão presentes no desvio à esquerda: 
granulações tóxicas ou grosseiras, corpos de Dohle e vacuolizações citoplasmáticas 
(analogicamente, imagine que este é o equipamento do soldado para a guerra). (Hokama e 
Machado, 1997). 
Exemplo de leucocitose (aumento de leucócitos) com desvio à esquerda: 
• Leucometria =20.000/mm3. 
• Bastonetes = 10%. 
• Valor absoluto de bastonetes = 2.000/mm3. 
Exemplo de leucocitose com desvio à esquerda, escalonado: 
• Leucometria = 20.000/rnm3. 
• Bastonetes = 10% - valor absoluto = 2.000/mm3.• Metamielócitos = 6% -valor absoluto = 1.200/mm3. 
• Mielócitos = 2% - valor absoluto =400/mm3. 
Escalonamento: Bastonetes > metamielócitos > mielócitos. 
O desvio à esquerda não-escalonado traduz, fisiopatologicamente, a liberação de granulócitos 
jovens em processo de produção não-hierarquizado, associado à disfunção da medula óssea. 
(Hokama e Machado, 1997). 
2.10. Estudar a formação da série vermelha do sangue 
Hematopoiese é o processo contínuo regulado de produção de células do sangue, que envolve 
renovação, proliferação, diferenciação e maturação celular. As células têm vida curta e são 
constantemente renovadas pela proliferação mitótica de células localizadas nos órgãos 
hematopoiéticos. As primeiras células sanguíneas surgem ainda na vida intrauterina, e na vida 
pós-natal, os eritrócitos, monócitos, e as plaquetas se originam a partir de células tronco da 
medula óssea vermelha. De acordo com o tipo de glóbulo formado, o processo recebe os 
seguintes nomes: eritropoiese, granulocitopoiese, linfocitopoiese, monocitopoiese e 
megacariocitopoiese. Essas células passam por diversos estágios de diferenciação e maturação 
na medula óssea, antes de passarem para o sangue. A proliferação das células progenitoras 
multipotentes origina células-filhas com potencialidade menor, as progenitoras multipotentes, 
27 
 
que produzem as células precursoras (blastos). A hematopoiese depende do microambiente 
adequado e de fatores de crescimento, fornecidos pelas células do estroma dos órgãos 
hemocitopoiéticos. (GUYTON, 2017) 
COMPOSIÇÃO DA SÉRIE VERMELHA DO SANGUE: 
Hemácias (principal agente da corrente sanguínea): 
As hemácias representam os elementos figurados mais numerosos, são as células que dão 
origem a cor vermelho do sangue. São pequenos discos bicôncavos e anucleados (sem núcleo). 
As hemácias têm uma grande área de superfície e podem facilmente sofrer deformação e 
assumir praticamente qualquer formato para percorrer os pequenos capilares do sistema 
circulatório. Elas contêm uma proteína carreadora de oxigênio, a hemoglobina, que funciona 
no transporte de oxigênio. 
Leucócitos: 
Os leucócitos são muito maiores do que as hemácias. No entanto, constituem apenas 1% do 
volume total de sangue. Originam-se na medula óssea e circulam nos tecidos linfoides do 
organismo. Os leucócitos são elementos fundamentais para a nossa defesa contra doenças da 
seguinte maneira: 
• São responsáveis pela resposta imunológica que nos protege contra microrganismos causadores 
de doenças; 
• Identificam e destroem células cancerosas; 
• Participam da resposta inflamatória e da cicatrização de feridas. 
Granulócitos; 
Neutrófilos: 
Eosinófilos: 
Basófilos; 
Monócitos e macrófagos; 
2.11. Entender a relação entre tumor e hospedeiro, considerando a imunologia tumoral. 
A proliferação de células normais é regulada. Todavia, tais células quando são expostas a 
carcinogênicos químicos, irradiação e determinados vírus podem sofrer alterações que levam à 
sua transformação em células capazes de crescer descontroladamente, produzindo tumor ou 
neoplasma. Um tumor pode ser: benigno ou maligno. (FALCÃO, 2021) 
Há diversas evidências de que tumores podem disparar uma resposta imune. Para que o sistema 
imune reaja contra um tumor, ele deve ter antígenos que são reconhecidos como estranhos. 
Várias alterações na expressão de genes ocorrem em células durante a tumorigênese. A 
tumorigênese leva à expressão de novos antígenos (neoantígenos) ou à alteração nos antígenos 
28 
 
existentes que são encontrados nas células normais. Esses antígenos incluem receptores de 
membrana, reguladores do ciclo celular e apoptose, ou moléculas envolvidas nas vias de 
transdução de sinal. Há 2 tipos principais de antígenos tumorais, sendo eles: (FALCÃO, 2021) 
Antígenos de transplante tumor-específicos (TSTA) que são próprios de células tumorais e não 
são expressos em células normais, são responsáveis pela rejeição do tumor. (FALCÃO, 2021) 
Antígenos de transplante associados a tumor (TATA) que são expressos pelas células tumorais 
e células normais. (FALCÃO, 2021) 
Embora tumores induzidos por agentes químicos, UV ou por vírus expressem neoantígenos, a 
maioria desses tumores é frequentemente imunogenicamente fraca ou não imunogênica. Na 
maioria dos casos, TSTAs não podem ser identificados facilmente. Alguns desses antígenos são 
secretados enquanto outros são moléculas associadas a membrana. (TORREZINI; 
ATHANAZIO, 2008) 
Os vírus que causam tumor incluem: vírus de DNA (vírus papova, vírus da hepatite e 
adenovírus) e vírus de RNA (retrovírus). Vários vírus causam diferentes tipos de tumores em 
animais. Os tumores induzidos por vírus expressam antígenos de superfície celular (distintos 
dos antígenos do virion) que são compartilhados por todos os tumores induzidos por ele vírus. 
Esses antígenos são característicos do vírus que induz tumor, independentemente do tecido de 
origem do tumor em espécies animais na qual o tumor existe. (TORREZINI; ATHANAZIO, 
2008) 
Tumores quimicamente induzidos são diferentes de tumores induzidos por vírus pois eles são 
extremamente heterogêneos em suas características antigênicas. Desse modo, cada dois 
tumores induzidos pelo mesmo agente químico, mesmo no mesmo animal, raramente têm 
antígenos tumorais específicos comuns. Esses antígenos próprios em tumores quimicamente 
induzidos são referidos como antígenos de transplante tumor-específicos (ATTE). 
(TORREZINI; ATHANAZIO, 2008) 
Um tumor que cresce em uma linhagem animal irá também crescer em outro animal pertencente 
à mesma linhagem obtida por cruzamentos repetidos na mesma geração. Esses animais 
expressam as mesmas moléculas de MHC e são referidos como singeneicos. Entretanto, a 
maioria das populações animais são alogenicas e têm vários haplótipos MHC. Assim, um tumor 
transferido de um animal para outro pertencente a uma linhagem é rejeitado por causa do MHC 
alo mais do que por causa do ATTE. Um tumor transferido de um animal pertencente a uma 
espécie para outro animal pertencente a uma espécie diferente é rapidamente rejeitado porque 
os animais são xenogeneicos. (TORREZINI; ATHANAZIO, 2008) 
29 
 
As células T auxiliares (Th) reconhecem os antígenos tumorais que se destacam de tumores e 
foram internalizadas, processadas e apresentadas em associação com MHC classe II em células 
apresentadoras de antígenos. Essas células Th, após serem ativadas, irão produzir citocinas. 
Assim, células Th auxiliam as células B na produção de anticorpos. Citocinas tais como IFN-
gama também ativam macrófagos para se tornarem tumoricidas. Além disso, as células Th 
também provêm auxílio a células T citotóxicas tumor-específicas (CTLs) pela indução de sua 
proliferação e diferenciação. As CTLs reconhecem antígenos de tumores no contexto do MHC 
classe I e mediam a lise da célula tumoral. Em tumores que exibem diminuição de antígenos 
MHC, células assassinas naturais (NK) são importantes na mediação da rejeição tumoral. 
(FREIRE, 2019) 
A imunoterapia tem sido usada com um meio moderno de tratamento do câncer. Meios ativos 
e passivos de estimular os sistemas imunes não específico e específico têm sido usados, em 
alguns casos com sucesso significativo. A imunoterapia pode ser tanto ativa (o hospedeiro 
participa ativamente na montagem de uma resposta imune) quanto passiva (envolve a 
transferência de anticorpos pré-formados, células imunes e outros fatores para os hospedeiros). 
(FREIRE, 2019) 
Figura 5: Imunoterapia de Tumores 
 
Fonte: FREIRE, 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
3- CONCLUSÃO 
O presente relatório sobre a situação problema 3: “Como que uma doença ocorre em uma 
criança?” realizou uma ampla discussão acerca dos aspectos da leucemia, com o objetivo de 
destacar a importância do cuidado ao longo de todo o curso da doença, desde o diagnóstico 
precoce até as melhores medidas terapêuticas para o paciente. Ademais, foi realizadaa 
diferenciação das características de cada tipo de leucemia para esclarecer sobre as formas de 
apresentação nas manifestações clínicas e laboratoriais. 
O processo de hematopoiese, extremamente essencial para o organismo, a formação das células 
vermelhas do sangue, a funcionalidade das células brancas e, alguns mecanismos como o desvio 
à esquerda também foram aprofundados. Portanto, é perceptível a necessidade de compreender 
essa doença, assim como, outras concepções que auxiliam beneficamente no tratamento dos 
pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
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Tratamento. 1ª Ed. 2019. 
FREIRE, D. Imunoterapia: a virada do sistema imunológico contra o câncer. Ciência e 
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