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Prévia do material em texto

ALDIRENE TEIXEIRA RAMOS 
DANIELE LIMA DA SILVA 
EDERSON LOPES DE SOUZA 
ESTEFANI BARROS NASCIMENTO 
FABRICIA PINHEIRO COELHO 
FABIANA LEITÃO PANTOJA 
LUIZA VITÓRIA RAMOS ALVES 
MAIRA SOUZA DE SOUZA 
RILARY MACIEL DA COSTA 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA A APRENDIZAGEM 
ESCOLAR DE CRIANÇAS DE 4 E 5 ANOS. 
 
 
Projeto de Pesquisa em Educação para 
obtenção da habilitação do Curso de 
Licenciatura Plena em Pedagogia pela 
Universidade Paulista 
 
Orientador: professor Natanael Pereira 
Isacksson 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAPÁ 
2021.1 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 TEMA ....................................................................................................................... 3 
2 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 3 
3 PROBLEMA ............................................................................................................. 4 
4 HIPÓTESES ............................................................................................................. 4 
5 OBJETIVOS ............................................................................................................. 5 
5.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................ 5 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................. 5 
6 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA APRENDIZAGEM ESCOLAR ................ 5 
6.1 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR E 
ALUNO PARA O ENSINO APRENDIZAGEM ............................................................. 5 
6.2 LITERATURA E OS ESTÁGIOS PSICOLÓGICOS DA CRIANÇA ........................ 8 
6.3 DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 04 À 05 ANOS ..................................... 8 
6.4 LETRAMENTO LITERÁRIO: A RELAÇÃO DA CRIANÇA DE 04 E 05 ANOS 
COM O LIVRO INFANTIL. ......................................................................................... 10 
6.5 A EDUCAÇÃO INFANTIL NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR ......... 13 
7 METODOLOGIA .................................................................................................... 19 
7.1 TIPOS DE PESQUISAS ...................................................................................... 20 
7.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 20 
7.3 ETAPAS DA PESQUISA ..................................................................................... 20 
7.4 TIPO DE ABORDAGEM ...................................................................................... 20 
8 CRONOGRAMA .......................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED. 
9 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 TEMA 
A importância da literatura infantil para a aprendizagem escolar de crianças de 
04 e 05 anos. 
2 JUSTIFICATIVA 
O foco de interesse dessa pesquisa, é a importância da literatura infantil para a 
aprendizagem escolar de crianças da educação infantil, na idade de 04 e 05 anos. 
Pois, nessa faixa etária a criança está entrando no processo de alfabetização e 
letramento, construindo um vocabulário mais amplo, onde a relação com histórias, 
livros, e fantasias, talvez seja mais intensa. 
Em decorrência desses fatores, a leitura literária como bem essencial á vida 
humana, pode favorecer a compreensão do que significa viver em sociedade, visto 
que, para a criança de 04 e 05 anos, há um início de uma nova vida, uma nova 
dimensão, com riqueza de imaginação. Nesse novo contexto ocorrerão diversas 
interações, com livros, histórias, atividades lúdicas voltadas para a literatura e 
alfabetização. Em sua maioria alguns alunos nessa idade em específico, por serem 
muito jovens, não sabem lidar com tanta informação nova, ocasionando diversos 
conflitos, como por exemplo a insegurança, e principalmente o medo de ler. Deste 
modo, o docente precisa saber qual a importância da literatura para a aprendizagem, 
e como inserir isso de forma lúdica, e espontânea instigando seu aluno a criar, 
raciocinar, interpretar, e imaginar dentro de sala de aula para assim, melhorar ainda 
mais o aprendizado, e letramento de seus alunos. Se desprendendo do paradigma de 
que ler tem que ser algo forçado e traumático para o aluno. 
Por isso, a importância da existência de uma proposta pedagógica que supere 
essa problemática, para que seja estimulada a aprendizagem dessa criança. Desta 
maneira, a pesquisa em questão tem como objetivo central, investigar, e saber qual a 
importância do livro, para assim então melhorar esse processo de ensino 
aprendizagem com relação ao desenvolvimento intelectual, cognitivo e afetivo da 
criança que está nessa transição. 
Para a revisão da literatura, serão utilizados teóricos como, Ziegler, Abramovich 
(1995), Betty Coelho (2001), Faria (1998), Piajet (1999), Casson (2014), que tratam 
com muita evidência a temática em questão, pois utilizam pressupostos teóricos que 
intensificam a ideia de que a criança tem direito de através da literatura, ouvir histórias, 
e viver fantasias e encantamentos, características essas, que essa faixa etária 
apresenta com bastante intensidade. Esses teóricos trazem em questão o contexto 
4 
 
de que, é necessário romper certos paradigmas de que a criança tem que ter o contato 
com o livro de forma mecânica, com textos fragmentados. De acordo com a legislação 
em vigor como: Constituição Federal (1988), BNCC (2017), LDB (1996). 
Ao ser abordado a temática, “A importância da literatura infantil para a 
aprendizagem escolar de crianças de 04 e 05 anos”, leva-se em consideração o 
assunto contemplado em diversos trabalhos realizados pelos autores desse campo, 
que é a literatura. Com esse pressuposto, esse trabalho visa saber qual a influência 
da literatura na aprendizagem desses alunos da educação infantil, por acreditar que 
esses estímulos da leitura por intermédio do livro, história, e interações verbais e 
sociais, são relevantes e influenciam no processo de ensino aprendizagem. 
A partir dos resultados deste estudo, espera-se que docentes e alunos, num 
constante interagir, percebam suas dificuldades e individualidades, para que um 
auxilie o outro mutuamente no processo de ensino aprendizagem. Incentivando ainda, 
a busca pela leitura, onde não apenas se evidencie o letramento, mas também, o 
desenvolvimento cognitivo, e os aspectos biopsicológico e social. 
3 PROBLEMA 
A leitura literária como bem essencial à vida humana pode favorecer a 
compreensão do que significa viver em sociedade. Deste modo, é preciso saber qual 
é a importância da literatura infantil na aprendizagem escolar de crianças de 04 e 05 
anos, com relação ao seu desenvolvimento afetivo, intelectual e cognitivo? 
4 HIPÓTESES 
Quando as crianças leem e tomam gosto pela leitura, entram num mundo seu 
e é quando o aprendizado se torna mais fácil e interessante para os pequenos. A 
prática da leitura é uma maneira diferenciada de conceber a alfabetização, pois gera 
momentos de reflexão sobre a escrita e as primeiras noções de interpretação de texto. 
O contato dos pequenos com as histórias infantis se torna um aliado no 
desenvolvimento afetivo, intelectual e cognitivo deles, já que o uso da literatura infantil 
é um processo formativo lúdico e prazeroso. Nesse sentido, essa pesquisa parte da 
hipótese que a literatura é fundamental para a aprendizagem, e o desenvolvimento 
afetivo, intelectual e cognitivo da criança desempenhando o papel de educar, instruir 
e divertir ao mesmo tempo. 
5 
 
5 OBJETIVOS 
5.1 OBJETIVO GERAL 
Este trabalho tem como objetivo investigar a importância da literatura infantil 
para a aprendizagem escolar de crianças de 04 e 05 anos de idade. 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Descrever ocontexto histórico da literatura infantil na aprendizagem escolar; 
Pesquisar o conceito de literatura infantil para crianças; 
Investigar a relação da literatura infantil com ensino aprendizagem; 
Analisar a importância da literatura na relação entre professor e aluno para a 
aprendizagem; 
Identificar as teorias que envolvem literatura no processo de ensino e 
aprendizagem; 
Correlacionar às legislações brasileiras e internacionais ao tema investigado. 
6 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA APRENDIZAGEM ESCOLAR 
6.1 CONTEXTO HISTÓRICO DA LITERATURA INFANTIL NA APRENDIZAGEM 
ESCOLAR 
6.2 CONCEITO SOBRE LITERATURA INFANTIL PARA CRIANÇAS 
6.3 A RELAÇÃO DA LITERATURA INFANTIL COM ENSINO APRENDIZAGEM 
6.4 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR E 
ALUNO PARA O ENSINO APRENDIZAGEM 
Para o professor realizar um trabalho satisfatório, é necessário que se 
conscientize do valor do que vai realizar, e que as atividades sejam planejadas de 
acordo com seus alunos. A contação de histórias por exemplo, é uma experiência rica 
e prazerosa para ambos que merece ser vista com respeito, como uma atividade 
realmente instigante e produtiva. 
Sabemos como é importante para a formação de qualquer 
criança ouvir muitas histórias, pois escutá-las é o início da 
aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é um caminho 
infinito de descobertas para a vida inteira (ABramovich). 
 
Tornando-se assim necessário evidenciar a importância que se 
deve dar à contação de histórias na sala de aula e refletir de 
forma comprometida sobre esta prática na cultura 
contemporânea. (SCHEFFER, 2010b) 
O planejamento das atividades com literatura infantil pressupõe o 
conhecimento, por parte do professor, da turma na qual pretende realizar o trabalho 
com a contação de histórias, pois cada aluno oferecerá possibilidades diferentes de 
interação com determinadas obras literárias. 
6 
 
Enquanto educadores há que se ter o cuidado de fazer dessas experiências 
de leitura algo realmente prazeroso e gratificante para a criança. “Daí a importância 
de iniciar esse trabalho na Educação Infantil, pois além de aproximar as crianças do 
mundo letrado, a leitura alimenta o imaginário e incorpora essa experiência à 
brincadeira, ao desenho e às histórias que todos os pequenos gostam de 
contar.”(Ziegler, 2008, p.02). 
Caso se queira prolongar o prazer dessa leitura ou explorá-la sob outros 
ângulos, haverá de se propor atividades lúdico-artísticas com o texto literário infantil. 
Não se pode esquecer que a criança nessa faixa etária vive a fase do pensamento 
lúdico e mágico. Brincar, fantasiar, questionar é a forma utilizada pela criança para 
conhecer e explorar sua realidade e construir seus conhecimentos. 
Ao escutar uma história, os alunos entram na narrativa e compartilham as 
sensações dos personagens, eles acompanham a história, opinam e fazem relatos. 
“Fazer de cada criança um leitor requer atividades diárias em que a garotada tenha a 
oportunidade de ler, trocar ideias, comentar notícias e muito mais” (Ziegler, 2007, p.01) 
É imprescindível que o educador hoje, busque alternativas de trabalhar com a 
literatura e a contação de histórias, fazendo um trabalho diferenciado. A postura 
consciente sobre o trabalho que está sendo desenvolvido demonstra também a 
capacidade que o educador precisa desempenhar. 
Para Martins: 
O espaço e o tempo para a literatura na escola devem ser 
planejados cuidadosamente, com objetivos e estratégias claras. 
Pois, para gostar de ler o aluno precisa experimentar, entrar em 
contato com o livro. E caso essa experiência seja traumática, mal 
planejada ou mesmo considerada como sem importância pelo 
professor, o aluno não construirá uma relação de prazer com a 
literatura e não se tornará um adulto leitor. A literatura deve ser 
apresentada de maneira agradável já que não é uma leitura fácil. 
(p.02) 
Nesse sentido, o planejamento é fundamental e a escolha da história é uma 
das etapas mais importantes, pois esta deve ir ao encontro da proposta da aula. 
A literatura e mais especificamente, a contação de histórias, exerce grande 
influência no desenvolvimento psicossocial e cognitivo do aluno. "Ler para as crianças 
é igualmente importante para elas se familiarizarem com o hábito da escuta”. (Ziegler, 
2007, p.02) È ouvindo histórias que a criança vai receber aquele conhecimento que 
mais cedo ou mais tarde, utilizará em sua vida, seja no espaço escolar ou fora dele. 
No dia-a-dia do educando, há variedade de rapidez e informações, mas falta trabalhar 
7 
 
a habilidade de ouvir para aproveitar as informações recebidas, gerando novos 
conhecimentos, essenciais para o seu desenvolvimento. 
Ouvir histórias faz parte da vida da criança desde muito pequena, pois é 
normalmente em casa que a criança tem o primeiro contato com o texto oral em 
histórias contadas pela família. Segundo Fanny Abramovich (1995), o primeiro contato 
da criança com um texto é realizado oralmente, tendo como narrador uma voz familiar. 
De acordo com Abramovich (1995, p. 17), as histórias trabalham emoções 
presentes na infância como a alegria, medo, tristeza, tranquilidade e muitas outras, 
“Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário! ”. 
É através de uma história que se podem descobrir outros 
lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, 
outra ótica. É ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, 
Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e 
muito menos achar que tem cara de aula... Porque, se tiver, 
deixa de ser literatura, deixa de ser prazer e passa a ser 
Didática, que é outro departamento (não tão preocupado em 
abrir as portas da compreensão do mundo). ( p.17). 
O ouvir histórias, inicia-se ainda quando bebê, porém também é importante 
contar histórias para as crianças que já sabem ler, bem como aquelas que estão 
aprendendo, pois segundo Abramovich (1995), ouvir histórias pode estimular o 
desenhar, o musicar, o pensar, o imaginar, o brincar e o querer ouvir outra história ou 
a mesma outra vez. 
No entanto quanto mais cedo a criança tiver contato com os livros, maior será 
a chance de se tornar um adulto leitor “Escutá-las é o início da aprendizagem para ser 
um bom leitor” (ABRAMOVICH, 1995, p. 16). 
Para Betty Coelho (2001) a história é assimilada de acordo com o 
desenvolvimento da criança, podendo ser classificada por faixa etária e interesse, 
nessa classificação a criança de 4 e 5 anos está na fase mágica, ou seja, iniciando a 
formação de símbolos, onde segundo Coelho (2001), deve ser bem enfatizada 
histórias de repetição, acumulativas além de histórias de fadas. 
Ainda de acordo com Coelho (2001), nessa fase as crianças costumam pedir 
a mesma história muitas vezes, ouvindo-a sempre com o mesmo interesse, 
destacando-se como a fase do “conte de novo”, “conta outra vez”. Coelho (2001), 
afirma que com a evolução da linguagem, a criança passa a solicitar histórias com 
enredos mais longos, interessando-se cada vez mais pela leitura de histórias e a 
familiarizar-se com a escrita. 
 
8 
 
6.2 LITERATURA E OS ESTÁGIOS PSICOLÓGICOS DA CRIANÇA 
De acordo com Coelho (2000), a escolha de textos para as crianças está 
diretamente ligada às diversas etapas do desenvolvimento infantil, ou seja, devem ser 
respeitados os estágios psicológicos de cada criança. Para Coelho (2000), essas 
etapas não dependem apenas de sua idade, mas de seu nível de amadurecimento 
biopsíquico, afetivo, intelectual e seu nível de conhecimento e domínio da leitura. 
Nesse sentido existem cinco categorias que podem servir de orientadores para 
as fases do desenvolvimento psicológico da criança, conforme Coelho (2000): 
O pré-leitor (dos 15/17 meses aos 5 anos), 
O leitor iniciante (a partir dos 6/7 anos), 
O leitor- em - processo (a partir dos 8/9 anos), 
O leitor Fluente (a partir dos 10/11 anos) 
O leitor crítico (a partir dos 12/13anos). 
O pré-leitor é a categoriainicial que abrange duas fases: Primeira infância (dos 
15/17 meses aos 3 anos) e segunda infância (a partir dos 2/3 anos), porém nessa 
pesquisa será destacado a segunda infância, que focará nas crianças de 4 a 5 anos. 
Esse período é o início da fase egocêntrica e sua adaptação ao meio físico é 
crescente, além de aumentar seu interesse pela comunicação verbal. 
Segundo Coelho (2000), os livros apropriados a essa fase devem apresentar 
determinadas características estilísticas como: Predomínio absoluto da imagem, com 
textos brevíssimos, as imagens devem ser significativas para a criança, os desenhos 
podem ser coloridos ou em preto e branco, em traços nítidos, devem estar presentes 
também, fatores essenciais para o pré-leitor como o Humor e o Mistério, assim como, 
“A técnica de repetição ou reiteração de elementos. “É das mais favoráveis para 
manter a atenção e o interesse de difícil leitor a ser conquistado.” (COELHO, 2000, 
p. 30). 
Assim a leitura além de ser um instrumento de emoção e prazer, poderá 
propiciar ao pequeno leitor um vasto caminho rumo a uma nova mentalidade, 
iniciando-se como pré-leitor e avançando através de um desenvolvimento contínuo 
para a formação de um leitor crítico, com maior capacidade de reflexão. 
6.3 DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 04 À 05 ANOS 
Para estudar o desenvolvimento da criança de 4 e 5 anos, faz-se necessário 
caracterizar a fase em que a criança se encontra nesse período. Baseando-se nos 
9 
 
estudos do teórico Jean Piaget, o desenvolvimento da inteligência das crianças pode 
ser estudado. 
A teoria piagetiana, apresenta o desenvolvimento da inteligência da criança em 
quatro estágios. Esse desenvolvimento é uma das condições essenciais para 
aprendizagem de propostas como a literatura. 
Segundo Faria (1998), Piaget considera que o desenvolvimento mental é 
marcado por uma série de períodos ou estágios, onde os quatro principais são: 
Período sensório - motor (0 a 2 anos); 
Período pré - operacional concreto ou simbólico (2 anos aos 7 anos); 
Período operacional concreto (7 aos 12 anos); 
Período operacional formal (dos 12 aos 16 anos). 
Segundo Piaget (1999), o desenvolvimento do indivíduo inicia-se quando nasce 
e termina na idade adulta. Desse modo a construção da inteligência dá-se em etapas 
contínuas. “O desenvolvimento, portanto, é uma equilibração progressiva, uma 
passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um estado de equilíbrio 
superior”. (PIAGET, 1999, p. 13). 
Os estágios seguem faixas etárias mais ou menos especificadas, assim a 
criança de 4 a 5 anos, de acordo com o estudo de Jean Piaget está no estágio pré 
operacional. Essa fase é caracterizada pelo aparecimento da linguagem e o rápido 
desenvolvimento da mesma, e com isso as condutas são modificadas no aspecto 
afetivo e intelectual. Na teoria de Piaget (1999, p. 24), “a criança torna-se graças à 
linguagem, capaz de reconstituir suas ações passadas sob forma de narrativas, e de 
antecipar suas ações futuras pela representação verbal”. 
De acordo com Piaget, do ponto de vista afetivo nesse período, ocorre uma 
série de modificações paralelas, “desenvolvimento de sentimentos e de uma 
afetividade inferior organizando-se de maneira mais estável do que no curso dos 
primeiros estágios”. (PIAGET, 1999, p. 24). 
A criança nesse estágio é egocêntrica, sua visão de mundo está focada nela mesma: 
O indivíduo, no seu espírito egocêntrico, assimila tudo a si e 
ao seu ponto de vista próprio. Ele não toma consciência clara do 
pensamento e não tem sentimento do eu como algo separado 
do outro. Portanto, o pensamento e a linguagem estão centrados 
no eu, mais a serviço das suas necessidades subjetivas e 
afetivas, do que da verdade. (p.42). 
Esse estágio é também caracterizado pelo jogo simbólico e é, portanto, a fase 
simbólica. Piaget (1999, p. 28) cita como exemplo a brincadeira de imaginação e 
10 
 
imitação, a brincadeira de boneca. “Sua função consiste em satisfazer o eu por meio 
de uma transformação do real em função dos desejos”. 
Na perspectiva de Jean Piaget (1999), dos 2 aos 7 anos a criança representa 
o seu mundo pelo símbolo, o que serve para recordar a realidade, nesse sentido a 
atividade lúdica adquire caráter simbólico. 
Assim sendo, como forma de desenvolver a inteligência e aguçar a imaginação, 
transformando realidade em faz de conta, devemos valorizar a leitura como fonte de 
prazer às nossas crianças. As crianças, desde bem pequenas, devem ser estimuladas 
a participar de situações em que os adultos lêem, bem como participar de situações 
em que ela própria o faça, mesmo que não seja de maneira convencional. 
6.4 LETRAMENTO LITERÁRIO: A RELAÇÃO DA CRIANÇA DE 04 E 05 ANOS COM 
O LIVRO INFANTIL. 
No Brasil o termo letramento surge somente na década de 1980, embora o 
termo “literacy” já estivesse sendo utilizado nos Estados Unidos e na Inglaterra desde 
o final do século XIX, explica Soares (2004, p. 06). Inicia-se uma reflexão com uma 
breve contextualização dos termos alfabetização e letramento que em sua finalidade, 
vem se constituindo ainda de forma não compreensível em algumas práticas nos 
espaços da Educação Infantil. 
Partindo desta premissa, a alfabetização está no olhar ingênuo da palavra 
apenas como tentativa da compreensão da sua estrutura, definindo seus signos, sons 
e escrita. O letramento é o olhar aprofundado do significado da palavra e o seu sentido 
no texto é a constituição do ser leitor “e ser leitor é ter um caminho absolutamente 
infinito de descoberta e de compreensão do mundo” (ABRAMOVICH, 1997, p. 16). 
Consta no Documento do MEC (2012) intitulado Pró Letramento: alfabetização 
e Linguagem que Letramento 
É pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e 
escrever, bem como o resultado da ação de usar essas 
habilidades em práticas sociais, é o estado ou condição que 
adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de 
ter-se apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num 
mundo organizado diferentemente: a cultura escrita. Como são 
muito variados os usos sociais da escrita e as competências a 
eles associadas (de ler um bilhete simples a escrever um 
romance), é frequente levar em consideração níveis de 
letramento(dos mais elementares aos mais complexos). Tendo 
em vista as diferentes funções ( para se distrair, para se informar 
e se posicionar, por exemplo) e as formas pelas quais as 
pessoas têm acesso à língua escrita --- com ampla autonomia, 
com ajuda do professor ou da professora, ou mesmo por meio 
11 
 
de alguém que escreve por exemplo, cartas ditadas por 
analfabetos [...] (p.11) 
O foco neste capítulo não é um aprofundamento sobre o conceito de 
letramento, mas, sobretudo, pontuar a leitura como uma prática de letramento e 
consequentemente como uma prática social, e a literatura constituindo-se nessa 
prática na formação do sujeito leitor. 
É de suma importância compreender a literatura, especificamente no contexto 
desse trabalho, a produção literária para as crianças, no seu sentido mais amplo, no 
sentido do olhar de encantamento diante dos textos literários e o quanto eles agregam 
a cada pessoa que tem a possibilidade de ter diante de si o objeto livro. 
São muitos papéis que a literatura infantil pode desempenhar nesse primeiro 
contato das crianças com as letras, além das possibilidades de leitura das múltiplas 
linguagens que se pode desencadear para a criança na relação com o objeto livro, 
como afirma Soares, 
[...] o próprio conhecimento do objeto livro, a familiaridade com 
ele, o saber que objeto é esse, a possibilidade de manipulá-lo. 
Essa é uma das questões que dificulta a produção para a 
Educação Infantil, pois o livro deve ter algumas características 
materiais adequadas à criança [...] (p. 08). 
O olhar nas entrelinhas, um olhar atento e minucioso a cada página do livro e 
do mundo denotam o letramento literário. Encontramos nas palavras de Cosson umacompreensão embevecida acerca da literatura quando diz: 
A literatura não apenas tem palavras em sua constituição 
material, como também a escrita é seu veículo predominante. A 
prática da literatura, seja pela leitura, seja pela escritura, 
consiste exatamente em uma exploração das potencialidades da 
linguagem, da palavra e da escrita, que não tem paralelo em 
outra atividade humana. Por essa exploração, o dizer o mundo 
(re) construído pela força da palavra, que é a literatura, revela-
se como uma prática fundamental para a constituição de um 
sujeito da escrita. Em outras palavras, é no exercício da leitura 
e da escrita dos textos literários que se desvela a arbitrariedade 
das regras impostas pelos discursos padronizados da sociedade 
letrada e se constrói um modo próprio de se fazer dono da 
linguagem que, sendo minha, é também de todos. Isso ocorre 
porque a literatura é plena de saberes sobre o homem e o 
mundo. (p.16). 
Neste contexto, narrar e ler textos literários são eixos fundamentais dessas 
práticas de leitura, por entender que isso contribui de forma significativa para interação 
da criança com os livros, com as histórias e a inserção dela no mundo letrado. Essa 
interação da criança com o livro, com a palavra poética, estética, literária possibilita 
que se cumpra uma das funções da literatura que é seu papel humanizador. Cosson, 
(2014), salienta a importância de se ter a “experiência literária”, pois segundo ele, esta 
12 
 
experiência nos permite saber e experimentar experiências da vida seja direta ou 
indiretamente. Ele explica que 
[...] a ficção feita palavra na narrativa e a palavra feita matéria na poesia são 
processos formativos tanto da linguagem quanto do leitor e do escritor. Uma 
e outra, permitem que se diga o que não sabemos expressar e nos falam de 
maneira mais precisa o que queremos dizer ao mundo, assim como nos dizer 
a nós mesmos. (p.17). 
Para que a literatura cumpra seu papel humanizador, possibilitando que desde 
cedo, o sujeito leitor amplie sua inserção social, a escola precisa compreender e dar 
outro lugar para essa prática leitora. O trabalho intencional e sistemático precisa 
acontecer desde a Educação Infantil, pois nela já se inicia e formaliza a educação da 
criança. 
Neste sentido, o trabalho com a literatura infantil com crianças pequenas e a 
formação do leitor literário precisa ser compreendido como uma necessidade de 
participação na sociedade letrada, ou melhor, no mundo social. Em lugar de 
apresentar às crianças somente as letras, e treinos maçantes de escrita, a 
preocupação do professor precisa orientar-se para a criação de novas necessidades 
nas crianças, oferecendo-lhes possibilidade de caminho para o mundo dos livros, do 
conhecimento e das expressões nas diversas linguagens, e principalmente nas 
linguagens artísticas tão importantes nessa fase de desenvolvimento. 
Por isso, é importante buscar intensificar a ideia de que a formação do leitor 
literário não funciona com práticas que reforçam a leitura de forma mecânica, com 
textos fragmentados, apenas com treinos de letras e palavras descontextualizadas e 
sem sentido para criança, pois isso poderá comprometer o seu desenvolvimento na 
sua constituição como ser humano. Assim é importante consideramos tornar o espaço 
da Educação Infantil um lugar que vai ao encontro de práticas de leitura enquanto 
[...] direito da criança de ouvir histórias e viver fantasia e encantamento. 
Direito de sentir emoção, de se divertir, de ampliar o mundo, de conhecer, de 
ter contato com o livro, de aguçar a curiosidade, de imaginar e criar, de lidar 
com seus conflitos, de conhecer livros e autores, de viver coletivamente, de 
estreitar as relações e de sentir prazer. (VALDEZ & COSTA, 2007, p. 163). 
Esses direitos podem se efetivar em ações e práticas em que os textos literários 
sejam o foco das ações e estratégias das práticas pedagógicas na Educação Infantil. 
Nas palavras de Debus: 
Quando a criança pequena passa os dedos levemente 
na letra encerrada numa página ou na imagem colorida e 
13 
 
estampada no livro e tenta construir hipóteses de sentido através 
desse exercício, ela está se apropriando de uma leitura 
especifica para aquele momento, a sua leitura 
imaginária/ficcional/ [...]. (p.19). 
Sendo assim, o adulto que está no entorno dessa criança precisa possibilitar a 
inserção dela nas práticas sociais de leitura e escrita. E principalmente o professor, 
pois seu papel é o de ensinar e mediar à leitura para as crianças permitindo-lhes 
garantir seu direito de acesso ao mundo letrado. 
O “mundo do livro” deixou de ser essencialmente verbal, para se constituir em 
um objeto complexo que extrapola seu suporte tradicional do ensino da leitura e da 
escrita. 
Desse modo, nessa complexidade temos produções para as crianças de 
brinquedos/livros, livros de pano, jogos/livros e outros materiais que ampliam o 
contexto no qual o livro se desenvolve. E nessa relação, a criança vai constituindo sua 
experiência leitora. 
Na Educação Infantil, a organização do trabalho pedagógico passa pelo 
princípio básico do desenvolvimento da autonomia das crianças. E nessa direção, 
possibilita-lhes a capacidade de criar suas regras e entendimento para que em 
convivência com outras pessoas, seja capaz de negociar suas convivências com 
crianças e adultos. Esse comportamento é, portanto, importante não somente para 
essa fase compreendida de 0 a 5 anos, mas um prolongamento que perdura para a 
vida toda, mas, vale ressaltar que a base, o fundamento dessa lógica, se processa na 
educação infantil 
Desde que as crianças nascem, estão imersas em um mundo letrado, com 
diversas possibilidades de informações, isso contribui de forma positiva para que elas 
cheguem à Educação Infantil com desejo de conhecimento e com a extrema 
necessidade de decifrar os signos do sistema notacional e apropriar-se da cultura 
existente. 
E considerando essa compreensão, em linhas gerais, destaca-se que 
objetivamos desenvolver na criança sua máxima potencialidade, sua inteligência, sua 
personalidade e o desenvolvimento de suas habilidades motoras e cognitivas. 
 6.5 A EDUCAÇÃO INFANTIL NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR 
Prevista na Constituição de 1988, na LDB de 1996 e no Plano Nacional de 
Educação de 2014, a BNCC foi preparada por especialistas de cada área do 
conhecimento, com a valiosa participação crítica e propositiva de profissionais de 
14 
 
ensino e da sociedade civil. Em abril de 2017, considerando as versões anteriores do 
documento, o Ministério da Educação (MEC) concluiu a sistematização e encaminhou 
a terceira e última versão ao Conselho Nacional de Educação (CNE). 
A BNCC pôde então receber novas sugestões para seu aprimoramento, por 
meio das audiências públicas realizadas nas cinco regiões do País, com participação 
ampla da sociedade. A BNCC é um documento plural, contemporâneo, e estabelece 
com clareza o conjunto de aprendizagens essenciais e indispensáveis a que todos os 
estudantes, crianças, jovens e adultos, têm direito. Com ela, redes de ensino e 
instituições escolares públicas e particulares passam a ter uma referência nacional 
obrigatória para a elaboração ou adequação de seus currículos e propostas 
pedagógicas. Essa referência é o ponto ao qual se quer chegar em cada etapa da 
Educação Básica, enquanto os currículos traçam o caminho até lá. 
A expressão educação “pré-escolar”, utilizada no Brasil até a década de 1980, 
expressava o entendimento de que a Educação Infantil era uma etapa anterior, 
independente e preparatória para a escolarização, que só teria seu começo no Ensino 
Fundamental. Situava-se, portanto, fora da educação formal. Com a Constituição 
Federal de 1988, o atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a 6 anos 
de idade torna-se dever do Estado. Posteriormente, com a promulgação da LDB, em 
1996, a Educação Infantil passa a ser parte integrante da Educação Básica,situando-
se no mesmo patamar que o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. 
E a partir da modificação introduzida na LDB em 2006, que antecipou o acesso 
ao Ensino Fundamental para os 6 anos de idade, a Educação Infantil passa a atender 
a faixa etária de zero a 5 anos. Entretanto, embora reconhecida como direito de todas 
as crianças e dever do Estado, a Educação Infantil passa a ser obrigatória para as 
crianças de 4 e 5 anos apenas com a Emenda Constitucional nº 59/200926, que 
determina a obrigatoriedade da Educação Básica dos 4 aos 17 anos. Essa extensão 
da obrigatoriedade é incluída na LDB em 2013, consagrando plenamente a 
obrigatoriedade de matrícula de todas as crianças de 4 e 5 anos em instituições de 
Educação Infantil. 
 Com a inclusão da Educação Infantil na BNCC, mais um importante passo é 
dado nesse processo histórico de sua integração ao conjunto da Educação Básica. 
Como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil é o início e o 
fundamento do processo educacional. A entrada na creche ou na pré-escola significa, 
na maioria das vezes, a primeira separação das crianças dos seus vínculos afetivos 
15 
 
familiares para se incorporarem a uma situação de socialização estruturada. Nas 
últimas décadas, vem se consolidando, na Educação Infantil, a concepção que vincula 
educar e cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociável do processo 
educativo. 
Nesse contexto, as creches e pré-escolas, ao acolher as vivências e os 
conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da família e no contexto de 
sua comunidade, e articulá-los em suas propostas pedagógicas, têm o objetivo de 
ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas crianças, 
diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira 
complementar à educação familiar – especialmente quando se trata da educação dos 
bebês e das crianças bem pequenas, que envolve aprendizagens muito próximas aos 
dois contextos (familiar e escolar), como a socialização, a autonomia e a 
comunicação. 
Nessa direção, e para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das 
crianças, a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a 
instituição de Educação Infantil e a família são essenciais. Além disso, a instituição 
precisa conhecer e trabalhar com as culturas plurais, dialogando com a 
riqueza/diversidade cultural das famílias e da comunidade. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução 
CNE/CEB nº 5/2009)27, em seu Artigo 4º, definem a criança como “sujeito histórico e 
de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói 
sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, 
experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, 
produzindo cultura” (BRASIL, 2009). 
Tendo em vista os eixos estruturantes das práticas pedagógicas e as 
competências gerais da Educação Básica propostas pela BNCC, seis direitos de 
aprendizagem e desenvolvimento asseguram, na Educação Infantil, as condições 
para que as crianças aprendam em situações nas quais possam desempenhar um 
papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se 
provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros 
e o mundo social e natural. 
Segundo a BNCC é direito de aprendizagem e desenvolvimento da criança na 
educação infantil: Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes 
grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, 
16 
 
o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas; brincar 
cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes 
parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções 
culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências 
emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais; 
participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão 
da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das 
atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e 
dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, 
na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas 
modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia; expressar, como sujeito 
dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, 
hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes 
linguagens; conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, 
constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas 
diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas 
na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário. 
Essa concepção de criança como ser que observa, questiona, levanta 
hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que constrói conhecimentos 
e se apropria do conhecimento sistematizado por meio da ação e nas interações com 
o mundo físico e social não deve resultar no confinamento dessas aprendizagens a 
um processo de desenvolvimento natural ou espontâneo. Ao contrário, impõe a 
necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na 
Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola. 
Essa intencionalidade consiste na organização e proposição, pelo educador, 
de experiências que permitam às crianças conhecer a si e ao outro e de conhecer e 
compreender as relações com a natureza, com a cultura e com a produção científica, 
que se traduzem nas práticas de cuidados pessoais (alimentar-se, vestir-se, 
higienizar-se), nas brincadeiras, nas experimentações com materiais variados, na 
aproximação com a literatura e no encontro com as pessoas. Parte do trabalho do 
educador é refletir, selecionar, organizar, planejar, mediar e monitorar o conjunto das 
práticas e interações, garantindo a pluralidade de situações que promovam o 
desenvolvimento pleno das crianças. Ainda, é preciso acompanhar tanto essas 
práticas quanto as aprendizagens das crianças, realizando a observação da trajetória 
17 
 
de cada criança e de todo o grupo – suas conquistas, avanços, possibilidades e 
aprendizagens. Por meio de diversos registros, feitos em diferentes momentos tanto 
pelos professores quanto pelas crianças (como relatórios, portfólios, fotografias, 
desenhos e textos), é possível evidenciar a progressão ocorrida durante o período 
observado, sem intenção de seleção, promoção ou classificação de crianças em 
“aptas” e “não aptas”, “prontas” ou “não prontas”, “maduras” ou “imaturas”. Trata-se 
de reunir elementos para reorganizar tempos, espaços e situações que garantam os 
direitos de aprendizagem de todas as crianças. 
Sobre os campos de experiência, a BNCC está estruturada em cinco campos 
de experiências, no âmbito dos quais são definidos os objetivos de aprendizagem e 
desenvolvimento. Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que 
acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus 
saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural. 
A definição e a denominação dos campos de experiências também se baseiam no que 
dispõem as DCNEI em relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a ser 
propiciados às crianças e associados às suas experiências. 
Considerando esses saberes e conhecimentos, os campos de experiências em 
que se organiza a BNCC são: O eu, o outro e o nós – É na interação com os pares e 
com adultos que as crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar 
e vão descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outrospontos de vista. Conforme vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na 
instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre 
si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como 
seres individuais e sociais. 
 Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados pessoais, 
as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de 
interdependência com o meio. Por meio das diferentes linguagens, como o livro, a 
música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se 
expressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e linguagem. Assim, a instituição 
escolar precisa promover oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre 
animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares. Conviver com diferentes 
manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da 
instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, 
vivenciar diversas formas de expressão e linguagens. Essas experiências contribuem 
18 
 
para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o 
conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. 
Escuta, fala, pensamento e imaginação – Desde o nascimento, as crianças 
participam de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais 
interagem. As primeiras formas de interação do bebê são os movimentos do seu 
corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que 
ganham sentido com a interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão 
ampliando e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de expressão e de 
compreensão, apropriando-se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu 
veículo privilegiado de interação. 
Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as 
crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é 
na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas 
elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas 
linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente 
a um grupo social. 
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao 
ouvir e acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no 
contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de língua 
escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros, suportes e 
portadores. Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as 
crianças conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências com 
a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, 
contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e 
da ampliação do conhecimento de mundo. 
Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. 
propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação 
entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas 
de manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão 
construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e 
garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não 
convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de 
representação da língua. 
19 
 
Em relação aos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento na educação 
infantil, no CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “O EU, O OUTRO E O NÓS” para Crianças 
pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses) consta que; a criança nessa faixa etária deve, 
demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes 
sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e de ser; agir de maneira 
independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas 
e limitações; ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de 
participação e cooperação; comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos 
diversos; demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as 
características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive; manifestar 
interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida; e por fim, usar estratégias 
pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas interações com crianças e 
adultos. 
Em relação ao CAMPO DE EXPERIÊNCIAS “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO 
E IMAGINAÇÃO” a criança de 04 e 05 anos e 11 meses deve: Expressar ideias, 
desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita 
(escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão; inventar 
brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos; 
escolher e folhear livros, procurando orientar-se por temas e ilustrações e tentando 
identificar palavras conhecidas; recontar histórias ouvidas e planejar coletivamente 
roteiros de vídeos e de encenações, definindo os contextos, os personagens, a 
estrutura da história; recontar histórias ouvidas para produção de reconto escrito, 
tendo o professor como escriba; produzir suas próprias histórias orais e escritas 
(escrita espontânea), em situações com função social significativa; levantar hipóteses 
sobre gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo a 
estratégias de observação gráfica e/ou de leitura; selecionar livros e textos de gêneros 
conhecidos para a leitura de um adulto e/ou para sua própria leitura (partindo de seu 
repertório sobre esses textos, como a recuperação pela memória, pela leitura das 
ilustrações etc.); levantar hipóteses em relação à linguagem escrita, realizando 
registros de palavras e textos, por meio de escrita espontânea. 
7 METODOLOGIA 
A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos 
disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos 
científicos. Na realidade, a pesquisa desenvolve-se ao longo de um processo que 
20 
 
envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória 
apresentação dos resultados. (GIL, 2017) 
Na metodologia descrevem-se os procedimentos a serem seguidos na 
realização da pesquisa, pois deve haver coerência na forma de elaborar o projeto de 
pesquisa em educação. Segundo Gil (2017) essa organização varia de acordo com 
as peculiaridades de cada pesquisa. Requer-se, no entanto, a apresentação de 
informações acerca de alguns aspectos, para consolidar os passos como os que são 
apresentados a seguir: 
7.1 TIPOS DE PESQUISAS 
O tipo de pesquisa quanto aos objetivos a serem utilizados é a explicativa. No 
entanto, o tipo de pesquisa quanto aos procedimentos técnicos é a pesquisa 
bibliográfica e documental. De acordo com Gil (2008) o primeiro tipo de pesquisa é 
desenvolvido com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros 
e artigos científicos e o segundo tipo quando há uma consulta de documentos legais 
para realizar a pesquisa, como leis, pareceres e outros. 
7.2 OBJETIVOS 
A Pesquisa Explicativa tem como identificar os fatores que determinam ou que 
contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É o tipo que mais aprofunda o 
conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso, é 
o tipo mais complexo e delicado. (GIL, 2017) 
7.3 ETAPAS DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 
Escolha do tema; levantamento bibliográfico preliminar; formulação do 
problema; elaboração do plano provisório do projeto; busca e confirmação das fontes; 
leitura do material: exploratória, seletiva, analítica, interpretativa; fichamento; 
organização lógica do assunto; redação do texto. (GIL, 2017) 
7.4 TIPO DE ABORDAGEM 
A abordagem será a qualitativa,pois de acordo com Gil (2017) a interpretação 
dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa 
qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural 
é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É 
descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O 
processo e seu significado são os focos principais de abordagem. 
8 CRONOGRAMA PARA PROJETO, ESTÁGIO E ARTIGO – 14H AS 15H 
21 
 
DATA ATIVIDADES ENVOLVIDOS 
05.03.2021 Encontro inicial para orientação geral 
(estágio, projeto e artigo) 
Orientador e 
acadêmicos 
12.03.2021 Orientação projeto de pesquisa e estágio 
supervisionado 
Orientador e 
acadêmicos 
19.03.221 Acompanhamento da elaboração do 
projeto de pesquisa 
Orientador e 
acadêmicos 
26.03.2021 Envio do projeto de pesquisa para o 
orientador via WhatsApp 
Acadêmicos 
29.03.2021 Devolutiva do projeto Orientador 
02.04.2021 Finalização da orientação do projeto de 
pesquisa e acompanhamento estágio 
supervisionado 
Orientador e 
acadêmicos 
05.04.2021 Entrega via online do projeto de pesquisa 
por e-mail 
Acadêmicos 
 
 
 
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil /Secretaria de Educação Básica. 
Acessado em, 22 Mar, 2021. 
COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. 2 ed. São Paulo: Contexto, 
2014. 
 DEBUS, Eliane. a leitura literária na Educação Infantil. São Paulo: Paulus, 
2006. 
SOARES, Magda Becker. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas*. 
Revista Educação. 
JARDIM, Mara Ferreira. Critérios para análise e seleção de textos de literatura 
infantil. In: SARAIVA, Juracy (Coord.). Literatura e alfabetização: do plano do 
choro ao plano da ação. Porto Alegre; Artmed, 2001.p.75-85. 
KAERCHER, Gládis Elise Pereira da Silva. “E se a historinha não funciona?”: 
sobre paixões e literatura...In: ZEN, Maria Isabel H. Dalla. XAVIER, Maria Luisa M. 
Ensino da Língua Materna. Porto Alegre: Mediação, 1998. p.57-60. 
MARTINS, Heloise. Literatura Infantil e Poesia. 2008. Disponível em: 
http://www.helomartins.com.br/temas/literatura-infantil-e-poesia.html. Acessado em 
22 mar, 2021. 
OLIVEIRA, Cristiane Madanêlo de. "Livros e Infância" [online], 2005 Disponível em 
http://www.graudez.com.br/litinf/livros.htm. Acessado em 22 de Mar, 2021. 
22 
 
PROENÇA, Maria Alice de Rezende. A rotina na Educação Infantil: âncora do 
cotidiano. Disponível em: http://www.nepsid.com.br/artigos/rotina.htm. Acessado 
em: 22 mar. 2021. 
 
 
 
	LUIZA VITÓRIA RAMOS ALVES
	MACAPÁ
	SUMÁRIO
	1 TEMA
	5 OBJETIVOS
	5.1 OBJETIVO GERAL
	6.4 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR E ALUNO PARA O ENSINO APRENDIZAGEM
	6.2 LITERATURA E OS ESTÁGIOS PSICOLÓGICOS DA CRIANÇA
	6.4 LETRAMENTO LITERÁRIO: A RELAÇÃO DA CRIANÇA DE 04 E 05 ANOS COM O LIVRO INFANTIL.
	9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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