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Sistema Imunológico: - Imunidade: Proteção contra doenças, principalmente infecciosas. - Sistema imunológico: Constituído por células e moléculas responsáveis pela imunidade. - Resposta imunológica: Resposta coletiva e coordenada a substâncias estranhas. - Substâncias não infecciosas podem desencadear respostas imunológicas. - Resposta imunológica (definição mais abrangente): Reação a componentes de microrganismos, bem como a macromoléculas, como proteínas e polissacarídeos, e a pequenas substâncias químicas que são reconhecidas como elementos estranhos, independentemente das consequências fisiológicas ou patológicas dessa reação (denominadas respostas autoimunes). - Imunologia: estudo da resposta imune nessa acepção mais ampla e dos eventos celulares e moleculares que ocorrem após um organismo entrar em contato com micro-organismos e outras macromoléculas estranhas. 1 Tipos de Imunidades Imunidade Natural ou inata: É a resposta inicial contra microrganismos invasores, composta por barreiras físicas (como epitélio e secreções) que participam ativamente do processo imunológico, pois quando são ultrapassadas por patógenos produzem uma série de citocinas e mediadores inflamatórios que auxiliam no combate. As células que fazem parte dessa imunidade são: neutrófilos, macrófagos e natural killer. É uma resposta inespecífica, ou seja, reconhece grupos de microrganismos, logo possui limitada capacidade de reconhecer antígenos diferentes. As células da imunidade inata possuem receptores de PAMP, que quando reconhecem geram uma resposta imunológica. Esses receptores podem ser do tipo TOLL-LIKE, SCAVENGER, LECTINA TIPO C. Quando as barreiras físicas e químicas são ultrapassadas por patógenos, elas produzem citocinas que atraem os neutrófilos. Essas células reconhecem o PAMP dos microrganismos através do receptor Toll-like, ocorrendo a ativação da via NFKAPPAB induzindo a fagocitose. 2 Imunidade Adquirida: Acontece em momentos posteriores, caso a imunidade inata não contenha a infecção. É específica e as células que fazem parte são: linfócitos, macrófagos e Natural Killer. A imunidade adquirida tem seu mecanismo de reconhecimento de patógeno através do complexo principal de histocompatibilidade (MHC). Existem dois tipos de MHC: MHC I: Está presente em quase todas as células, e está associado ao linfócito CD8 e a citotoxicidade. Sua estrutura é composta com uma fenda ligadora de peptídeos (onde os antígenos de ligam) e uma estrutura fixadora, que fixa o MHC na membrana das células. Fonte: Abbas 8°edição 3 Como ocorre a apresentação de antígenos por meio do MHC I: O microrganismo infecta o macrófago. Dentro do macrófago, ele produz algumas proteínas que são degradadas pelo proteassoma. Os fragmentos são inseridos ativamente pela proteína TAP no reticulo endoplasmático onde o MHC I está situado, logo esses fragmentos se ligam na fenda ligadora. Depois o MHC I juntamente com os fragmentos do invasor vão para o complexo de Golgi, e posteriormente são exocitados para fora, ficando na membrana da célula, dentro de vesículas. A partir daí, o invasor está exposto para ser reconhecido. MHC II: Presente em macrófagos, células dentríticas e linfócitos B. Sua estrutura é semelhante a do MHC I, porem ele possui duas estruturas fixadoras. Como ocorre a apresentação de antígenos através do MHC II: Fonte: Google Imagens 4 Anticorpos: Anticorpos são proteínas usadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar corpos estranhos como bactérias, vírus ou células tumorais. Um anticorpo reconhece um alvo específico, o antígeno, presente nas células estranhas ao organismo. Tipos de anticorpos: → Imunoglobulina A (IgA): Predominante em secreções como saliva, lágrima, leite, mucosas do trato gastrintestinal, trato respiratório e geniturinário. → Imunoglobulina D (IgD): É encontrado no sangue em concentrações baixas. Macrofago reconhece o antígeno Ativação do citoesqueleto do macrofago e emissão dos pseudopodes Formação do fagossomo, interiorização do antígeno Fusão do fagossomo com lisossomo para que as lizosima degradem os antígenos Os fragmentos do patógeno caem no MHC II e são exocitados para que haja a apresentação. Fonte: Google Imagens 5 → Imunoglobulina E (IgE): Presente em baixas concentrações, esse tipo de imunoglobulina é encontrado na superfície dos mastócitos, eosinófilos e basófilos, sendo muito importante no combate a parasitas helmintos e também às reações alérgicas. → Imunoglobulina G (IgG): Esse tipo de imunoglobulina é produzido em larga escala, assim que ocorre o reconhecimento do antígeno, sendo ele o responsável pela memória específica contra determinado antígeno. → Imunoglobulina M (IgM): Imunoglobulina encontrada principalmente no meio intravascular, sendo um tipo de anticorpo produzido em grandes quantidades nas fases iniciais das doenças. Também pode ser encontrada na superfície dos linfócitos B, realizando a função de receptor de antígenos. 6 Citocinas: Citocina é um termo genérico empregado para designar um extenso grupo de moléculas envolvidas na emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes. Funções: ▪ Regular a duração e intensidade das respostas especificas; ▪ Recrutar células efetoras para as áreas onde se desenvolvem respostas e induzir a geração e maturação de novas células a partir de precursores. Propriedades: ▪ Pleiotropismo: Efeitos múltiplos sobre mais de um tipo celular. ▪ Redundância: Ocorre quando duas ou mais citocinas apresentam a mesma ação. ▪ Sinergismo: Citocinas diferentes apresentam efeitos potencializados quando atuam juntas. ▪ Antagonismo: Citocinas que apresentam efeitos contrários. Citocinas da imunidade inata: Células produtoras - macrófago e NK. Atuação - processo inflamatório. Ex: TNF, IL-1, quimiocinas, IL-12, IL-6 e IL-8. 7 Citocinas na imunidade adquirida células produtores - linfócitos Atuação - crescimento e ativação dos linfócitos. Ex: IL-2, IL-4, IL-5, interferon gama. 8 Resposta TH1 e TH2 A célula apresentadora de antígeno apresenta um antígeno para o Linfócito TCD4, que se diferencia em TH1 ou TH2, de acordo com o tipo de infecção. TH1: Esse tipo de resposta é ativado por uma infecção intracelular, no qual a célula apresentadora de antígeno é infectada. Para que ocorra essa resposta, é necessária a presença de algumas citocinas, como IL-12, INTERFERON e IL-18. Amplificação da resposta: A célula apresentadora de antígeno apresenta o antígeno para o Linfócito TCD4, ao mesmo tempo em que faz isso, produz interferon, que estimulam o linfócito TCD4 a se diferenciar em TH1. Quando ele vira TH1, produz IL-12, que se liga no próprio TH1, estimulando agora a produção de interferon pelo TH1 também. Porque é necessário ter interferon? O interferon estimula a produção de proteassoma, tap, e MHC1, estruturas que são essenciais para o desenvolvimento de uma resposta th1. Ativação clássica do macrófago: 9 O macrófago apresenta o antígeno para o linfócito TCD4. Ao mesmo tempo produz interferon para que o linfócito TCD4 se transforme em TH1. Quando ele vira TH1, produz interferon para ativar o macrófago, que agora é capaz de produzir moléculas reativas para eliminar o microrganismo que estava no seu citoplasma. RESPOSTA TH1 NO MACRÓFAGO CAUSA: - Produção de radicais livres. - Produz TNF, IL-12, IL-1. - Aumenta a expressão de MHC, CD3 e CD28. TH2: É uma resposta ativada por uma infecção extracelular e helmintos. Induz a produção de IL-4. De onde vem o IL-4? A presença do helminto estimula a degranulação de mastócitos, basófilos e eosinófilos, nos seus grânulos contem IL-4, que se liga ao TH2,estimulando a produção de mais IL-4, e IL-5, IL-13. ● IL-4: Induz a produção de anticorpos, impede a produção de TNF, estimula a ativação alternativa do macrófago. ● IL-13: Age no LB, estimulando a produção de IGE. ● IL-5: Estimula migração e ativação de eosinófilos. 10 ● IL-4 e IL-13 estimulam a motilidade do TGI e secreção de muco. ● Ativação alternativa do macrófago: TH2 libera IL-4 e IL-13 no macrófago, que começa a liberar PDGF e FGF, estimulando uma cicatrização. SISTEMA COMPLEMENTO: ● É um conjunto de proteínas plasmáticas, produzidos por diversos tipos celulares (hepatócitos, macrófagos, e células epiteliais do intestino) que constitui uma importante parte do sistema imunológico. Existem três Vias de ativação: via clássica, alternativa e de lectinas. ● Via clássica: É a via mais eficaz do sistema complemento. É necessária a presença de um anticorpo para a ativação dessa via. ● Via alternativa: É a via mais rápida, pois há ativação direta da proteína C3. Não é necessário anticorpo. 11 ● Via das lectinas: Contra fungos. COMBATE A BACTÉRIAS INTRACELULARES: As bactérias intracelulares possuem baixa capacidade de reprodução, pois a alta reprodução causa morte celular, ficando expostas ao sistema imunológico. São infecções lentas, e geralmente a célula infectada fica viva. Como o microrganismo invasor está no interior da célula, ficam inacessíveis a fagocitose da células de defesa. Fonte: Google Imagens 12 Essas baterias causam danos teciduais diretos ou indiretos na célula, levando a uma morte celular. O tipo de resposta que se desenvolve é a TH1. COMO OCORRE: O microrganismo intracelular infecta uma célula, e logo depois o neutrófilo e macrófago tentam fagocitar o microrganismo, porém ele está protegido dentro da célula infectada, ou seja, macrófago e neutrófilo tem insucesso na sua fagocitose, perdendo sua função. Quando o macrófago perde sua função, ele produz algumas citocinas anti-inflamatórias, como TGF e IL-10, que são ativadoras da resposta TH2, que é uma resposta inadequada para esse tipo de microrganismo, já que anticorpos não conseguem chegar até eles. Com o passar do tempo, as células infectadas passam a alterar suas proteínas de membrana, ocorrendo o aparecimento da célula natural killer, que possui a capacidade de reconhecer a célula infectada, promovendo morte celular. ISSO OCORRE? A célula natural killer possui proteínas em sua superfície que reconhecem uma célula infectada. Ela possui dois grupos de proteínas importantes: Perforinas e Granzimas. A Perforina perfura a membrana celular da célula infectada, para ser injetado a Granzima, que destrói o DNA da célula, causando morte. Quando a célula é morta, o antígeno é exposto, macrófago reconhece, apresenta para o linfócito TCD8, que sai rastreando todas as células infectadas por esse microrganismo. 13 O linfócito TCD8 utiliza outro mecanismo de defesa: FAS/FAS LIGANTE. O fas da célula infectada se liga ao fas ligante do CD8, ativando a via das caspases, que rompem as mitocôndrias, liberando radicais livres que matam a célula. INFECÇÃO CONTRA VÍRUS E FUNGOS: FUNGOS: Fonte: Google Imagens 14 Os fungos têm capacidade de reprodução intra e extracelular, portanto desenvolve respostas TH1 e TH2. De início, a primeira célula que chega para tentar eliminar o fungo é o neutrófilo, que tenta fagocitar e morre degranulando. Quando ele morre, TNF, IL-1, e IL-12, estimulando uma resposta, inicialmente TH1. O neutrófilo sozinho, não consegue eliminar o fungo. A segunda célula que chega é o macrófago, que tem alta capacidade fagocitária. Macrófago estimula a produção de TNF e IL-12, potencializando ainda mais a resposta TH1. O fungo estimula a produção de IL-10, que estimula a resposta TH2. A resposta TH1 é desenvolvida no sítio de infecção e a TH2 à distância. 15 VÍRUS: Vírus são microrganismos intracelulares obrigatórios, logo são eliminados por um tipo de resposta TH1. Quando há uma infecção viral, as células apresentadoras de antígenos começam a aumentar a expressão dos seus receptores Toll (7,9,11), que estão nos fagolisossomos dos macrófagos, pois ele apresenta o antígeno para o linfócito TCD8. Então, o macrófago utiliza o MCH1 para apresentar o antígeno para TCD8, e aumenta a expressão dos receptores Toll, para quando o microrganismo cair no fagossomo ele consiga apresentar também para o linfócito TCD4. A célula dentrítica também está no sítio de infecção. Ela é infectada e se desloca para os linfonodos para apresentar o antígeno para o linfócito B, logo no sítio de infecção tem uma resposta TH1 e à distância tem TH2. Th2 produz anticorpos, que opsonizam a célula infectada para facilitar o reconhecimento e ação do linfócito TCD8, no qual mata a célula infectada por apoptose. (fas/fas-ligante). Fonte: Google Imagens 16 INFECÇÃO EXTRACELULAR: Esses microrganismos têm capacidade de reprodução extracelular. Causam dano celular, que pode ser direto ou indireto. Dano celular direto: Param o metabolismo celular humano (através das toxinas), danificam a membrana plasmática das células, causam deficiência no suprimento de energia. Dano indireto: Indução da morte celular e infecção, migração de leucócitos e estresse oxidativo. Os principais mecanismos de combate de bactérias extracelulares são: ● Ativação do sistema complemento ● Fagocitose ● Ativação de fagócitos e inflamação. Hipersensibilidades: TIPO 1: A presença do alérgeno faz com que seja produzido IGE, que se liga ao mastócito estimulando a degranulação. Seus grânulos contem histamina, causando vasodilatação. Em todo o nosso corpo tem receptores de histamina, que podem ser de dois tipos, H1 e H2. Os receptores H1 estão presentes no SNC, e quando a histamina se liga causam broncoconstriccao e reduz a força de contração dos batimentos cardíacos. Os receptores H2 causam aumento da produção de HCL, e aumento da força de contração do coração. 17 O tipo de resposta é TH2 e o dano é indireto. TIPO 2: Em uma condição de hipersensibilidade tipo 2, a célula dentrítica fagocita uma célula sadia, degrada essa célula, seleciona proteína D3 (proteína que faz parte da estrutura do desmossomo) e apresenta para o linfócito TCD4, que produz citocinas estimuladores do Linfócito B, produzindo anticorpos contra essa estrutura. Quando o anticorpo se liga a proteína D3, ela é destruída e o desmossomo perde sua função, causando acantose. O dano é direto. Fonte: Google Imagens 18 TIPO 3: Quando uma célula está morrendo, ela produz corpos apoptóticos, que funcionam como PAMP para o macrófago reconhecer. Quando ele fagocita essa célula, ele degrada e fica com algumas proteínas. Por razão desconhecida, ele apresenta essas proteínas para o linfócito B, que produz anticorpos contra a célula que foi apresentada. A partir daí toda célula igual à que foi apresentada ao linfócito B que morre, libera seu DNA que se liga ao anticorpo, formando um imunocomplexo que fica circulando no corpo, e onde para ativa o complexo de ataque à membrana, causando danos INDIRETOS. TIPO 4: A célula dentrítica, por razão desconhecida, fagocita uma célula sadia, apresenta para cd4 e cd8 que faz citotoxicidade, matando essas células. Causa dano direto. Imunologia da cárie: A cárie tem uma relação de profundidade e seriedade: quanto mais profunda a cavidade, maiores e mais espessos os túbulos dentinários. ● Fatores essenciais para a formação da cárie: 1- Hospedeiro (dentes) 2- Microbiota (microrganismos cariogênicos) 3- Dietas (rica em carboidratos, frequentemente). 19 ● Fatores de risco: 1 - Fatores retentivos, por exemplo: cálculo, restaurações mal adaptadas, aparelho ortodônticos.2- Dietas cariogênicas (rica em açúcar, por exemplo). 3- Fatores modificadores (renda, escolaridade, classe social...). 4- Microbiota. Fisiopatologia da cárie: Quando o PH da cavidade oral chega a 5,5, o dente desmineraliza. (Ocorre a perca dos cristais de hidroxiapatita.) A saliva possui um mecanismo tampão, que regula o PH. Quando o PH volta ao seu valor normal, o dente remineraliza. (Ocorre à Fonte: Google Imagens 20 formação de novos cristais de hidroxiapatita.) A alta quantidade de ciclos de mineralização e remineralização aumenta a possibilidade do individuo desenvolver cárie. A cárie se torna mais severa quando chega à DENTINA. A presença do microrganismo toca os odontoblastos e ativa os receptores TOLL 2 ou TOLL 4. TOLL 2 : Induz os odontoblastos a produzirem TGF-beta e IL-10, que induz a produção de dentina terciária ou esclerosada. (Dentina reparadora.) TOLL 4 : Ativa a via NFKB, que induz os odontoblastos a produzirem MMP, que degrada o colágeno da dentina. (Colágeno tipo I e III). Imunologia da doença pulpar: À medida que os Microrganismos entram na cavidade cariogênica, liberam toxinas que quando chegam à polpa, causam uma inflamação, denominada pulpite. A via NFKB está ativada, produzindo IL-1 e TNF, que são citocinas pró- inflamatória, causando vasodilatação e dor. 21 Outras citocinas produzidas durante a resposta inflamatória da polpa são: IL-6 e IL-8, presentes na resposta TH1, que é danosa a polpa. PULPITE: - Reversível: dor leve e induzida. Citocinas presentes: IL-6, IL-8 e IL-10. Tratamento: capeamento pulpar com hidróxido de cálcio. - Irreversível: Dor moderada e pulsátil. (Citocinas presentes: IL-6, IL-8 e IL-10). - Necrose: ausência de dor e citocinas. Imunologia da doença periodontal: Em condições dentro da normalidade, a gengiva e o periodonto sempre estão inflamados, porém minimamente, devido à presença constante de microrganismos. Entretanto, a alta quantidade de microrganismos faz com que se acumulem toxinas nos espaços periodontais, e essas toxinas induzem a produção de: -TNF (causa vasodilatação) - IL-1 (aumento do fluido gengival e migração de leucócitos) Além disto, as toxinas ativam a via alternativa do sistema complemento, causando quimiotaxia. 22 Chega um momento que as células de Langherans (que estão no epitélio da gengiva) passam a fagocitar as toxinas liberadas pelos microrganismos e apresentar pro Linfócito CD4, que produz citocinas (TNF, IL-1, IL-6) que estimulam a chegada dos macrófagos, criando um quadro de gengivite. Somente com a escovação, esse quadro passa, pois o fator que estava estimulando (microrganismos) é retirado. Quando a inflamação chega ao osso alveolar, o quadro evolui para periodontite. O sistema imune desenvolve as duas respostas: TH1 e TH2, entretanto são ineficazes. O linfócito TCD4 produz citocinas IL-18 e IL-17, que induzem a resposta TH18 e TH17 e juntos vão potencializar a resposta th1 e th2. Os osteoclastos e fibroblastos produzem o RANKL. O macrófago tem receptor RANk. O RANKL se liga ao RANK do macrófago. Vários macrófagos ligados a rankL viram um OSTEOCLASTO, que passa a reabsorver o osso alveolar. Nesse momento, ocorre a perca das estruturas de suporte do dente. 23 Tratamento: Raspagem supra e subgengival. Após a raspagem, os leucócitos produzem: TGF-beta e IL-10 que produzem colágeno para gengiva e ligamento periodontal. Além disto, o TGF-beta produz OPG (estimula o osteoblasto a depositar osso, inibe o rankL e os osteoclastos já formados). Imunologia da exodontia: Principais motivos para exodontia: Fonte: Google Imagens 24 1- Cárie dentária (devido à extensão e profundidade) 2- Doença periodontal 3- Trauma (Quando o trauma chega à raiz, é necessário exodontia.). Acontecimentos celulares e imunes: Toda exodontia gera traumas, pois é um procedimento invasivo que leva a morte de várias células e formação de microfraturas. A primeira célula que chega ao sítio de exodontia é o mastócito que irá degranular liberando histamina, causando vasodilatação, permitindo a chegada de neutrófilos, que irão fagocitar células mortas e ligamentos periodontais arrancados. O neutrófilo tem vida curta, morre rapidamente, liberando TNF e IL-1 beta, que induzem a chegada dos macrófagos. Macrófago se liga ao RANKL produzido pelas células do tecido conjuntivo. Vários macrófagos ligados a vários RANKL viram um osteoclasto. O RANKL ativa a via NFKB do osteoclasto, fazendo com que ele expresse seu receptor CD68 (scavenger.). O osteoclasto agora é capaz de reconhecer os osteócitos (que estão no osso) em apoptose. Para chegar até o osteócito, o osteoclasto tem que reabsorver o osso alveolar. Por isso, ele libera duas enzimas: INOS (micro fragmentação do tecido ósseo) e TRAP (desmineralização), para auxiliar nessa reabsorção. 25 Depois da fagocitose do osteócito, osteoclastos liberam OPG (inibição do osteoclasto) e BMP (faz com que o osteoblasto deposite osso) 30 dias depois o alvéolo já está remodelado. Imunologia da Disfunção temporomandibular: Mastócito libera histamina, permitindo a chegada de neutrofilos Neutrofilo libera citocinas que induzem a chegada dos macrófagos Macrófagos se transformam em osteoclastos e fagocitam osteócitos em apoptose Após a fagocitose do osteócito é liberado OPG E BMP 30 dias após a exodontia alveolo está remodelado. 26 Segundo a Academia Americana de Dor Orofacial, a DTM é definida como um conjunto de distúrbios que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas. Dentre os sintomas mais frequentes estão: dor facial, dor de cabeça, zumbidos e até dores refletidas em dentes. Uma das causas da DTM é o apertamento dentário. Durante a compressão exacerbada ocorre a lesão do disco articular. Na articulação temporomandibular não há presença de mastócitos, mas contém condrócitos e condroblastos, responsáveis pelo início da inflamação articular. Devido à compressão, produzem TNF e IL-1 (causam vasodilatação e dor). Fonte: Google Imagens 27 Se o nível de TNF e IL-1 permanecerem alto, os condrócitos e condroblastos passam a produzir: ● COX-2, IL-6 e INOS (causam vasodilatação e edema). ● MMP -9 (degrada cartilagem) Tratamento: analisar fator etiológico, confecção da placa oclusal e nimesulida. Se não for tratada, a disfunção passa a ser exacerbada, pois ocorre a chegada dos neutrófilos, ampliando a produção de INOS, que gera o aumento da produção de óxido nítrico, e esse ciclo vicioso culmina na alta quantidade de óxido nítrico, que ocasiona a morte de condrócitos e condroblasto. Ocorre então o ressecamento da cartilagem. É necessário a medicação e tratamento mais complexo nesses casos. Oncogênese: Câncer: é uma doença que causa lesão no DNA e leva a uma superprodução de células. Essa lesão no DNA causa uma MULTAÇÃO no genoma. Entretanto, o organismo tem enzimas que reparam o erro. (Exemplo: P53) Porém, o acúmulo de erros genéticos impede a ação da enzima, e a multação passa a ser genômica. 28 A segunda tentativa do organismo de reparar os erros genéticos é através da ativação das vias de apoptose (para matar as células malignas), entretanto, a mutação do genoma suprime esses genes de apoptose. Se o erro genético chegar na região do gene que transcreve citocinas inflamatórias, ocorre o aumento da produção de IL-10. IL-10: cicatrização – aumento de células malignas. - Reprodução das células malignas: Oncogenes produzem oncoproteinas As oncoproteinas utilizam qualquer citocina para se reproduzirem As células malignas induzem as células adjacentes aproduzirem citocinas Oncoproteinas aumentam a taxa de apoptose e bipartição. Ocorre proliferação de células com erros geneticos 29 As oncoproteinas aumentam os receptores das células malignas, assim elas se ligam a uma maior quantidade de citocinas, possibilitando uma maior multiplicação. Biologia do crescimento tumoral: Ocorre em três fases: 1- Transformação (Quando passa a ser uma célula maligna) 2- Crescimento 3- Invasões de tecidos adjacentes 4- Metástase TRANSFORMAÇÃO: Começa com a exposição a fatores de risco. (A mutação genética é acumulativa) CRESCIMENTO: À medida que o tumor vai crescendo, a massa tumoral vai aumentando. (e começa a atingir outros tecidos). As células centrais da massa tumoral são AUTÓCRINAS (alimentam-se das citocinas que elas mesmo produzem) e as células periféricas são JUSTÁCRINAS ( alimentam-se das citocinas do meio.). Numa mesma massa tumoral, tem células diferentes. 30 A massa tumoral produz MMP (metaloproteinases de matriz) que matam células sadias, que quando morrem liberam citocinas (que são utilizadas para o crescimento da massa tumoral.). As células centrais da massa tumoral produzem: ✓ IL-6 Angiogênese (formação de ✓ IL-10 vasos sanguíneos.)Ficam ao redor do ✓ VEGF tumor, nutrindo ele. ✓ FGE 31 A massa tumoral passa a produzir MMP em alta quantidade, que perfuram os vasos sanguíneos. Caem células malignas na corrente sanguínea ou linfática, ocorrendo metástase. As células malignas vão se acumulando até formarem um trombo, que obstrui os vasos sanguíneos, perfura e se alojam no tecido conjuntivo. Referências: ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. H. I. V. Imunologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo - Patologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Gen, Guanabara Koogan, 2011. KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N.; MITCHELL, R. N. Robbins. Patologia básica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
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