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Resumo Positivismo

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Positivismo 
 
O positivismo foi uma corrente teórica criada 
pelo filósofo francês que 
defendia que a regra para o progresso social 
seriam a disciplina e a ordem. 
No Brasil, o positivismo político de Comte, 
renovado pela carga moral 
influenciou a política praticada nos primeiros 
anos da Primeira República (1889-1930), devido 
às referências positivistas trazidas pelos 
militares e pelo primeiro presidente, o 
marechal Manuel Deodoro da Fonseca. 
 
 O utilitarismo é uma doutrina 
ética proposta primeiramente por Jeremy 
Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-
1873). Tal doutrina fundamenta-se no princípio 
de utilidade, que determina que a ética deve 
basear-se sempre em contextos práticos, 
pois o agente moral deve analisar a situação 
antes de agir, e sua ação deve ter por 
finalidade proporcionar a maior quantidade de 
prazer (bem-estar) ao maior número de 
pessoas possível para que seja moralmente 
correta. Dessa maneira, o utilitarismo 
descarta por completo o imperativo 
categórico kantiano, tirando toda a correção 
moral de uma razão universal e oferecendo-a 
ao sujeito. Ou seja, visa à finalidade ou à 
consequência de uma ação moral, e não ao 
modo como ela foi praticada. 
 
 
O século XIX foi marcado por intensas crises 
e revoluções na Europa: 
 
✿ , as indústrias cresciam a 
todo vapor, o que resultou no 
crescimento desordenado das cidades. 
A explosão demográfica repentina 
desses locais foi o principal fator para 
o desenrolar de uma crise que tinha 
como centro a desigualdade social: 
milhares de desempregados e 
desabrigados, pessoas passando fome 
e morrendo de doenças, além de os 
trabalhadores fabris não terem 
direitos garantidos, o que era 
expresso por jornadas de trabalho 
desumanas e baixa remuneração. 
✿ viveu um período 
conturbado pós-revolução, pois, 
durante certo tempo, não houve um 
governo que garantisse a ordem social 
e política. Tudo isso acontecia na 
mesma proporção em que as técnicas 
e as ciências avançavam, o que deixou 
os intelectuais europeus da época 
confusos. 
apresentou uma proposta de 
saída para as crises vividas: a criação da 
Sociologia para entender a sociedade e uma 
teoria que explicava o progresso científico e 
determinava o modo de agir das pessoas. 
O filósofo e fundador do Positivismo 
estabeleceu uma linha tênue entre o 
desenvolvimento moral e científico da 
sociedade. Criando uma hierarquia do que ele 
chamou de Grandes Ciências, o pensador 
enxergou a Biologia e a Sociologia como os 
dois grandes pilares do progresso científico 
da humanidade. 
O avanço científico deveria fixar-se junto ao 
avanço moral para o progresso da 
humanidade, o que somente seria alcançado 
por meio da ordem e da disciplina. Em meio a 
isso e para explicar a necessidade do 
positivismo, o filósofo formulou a Lei dos Três 
Estados, uma teoria que classificava três 
grandes momentos de desenvolvimento da 
humanidade: 
✿ um momento místico, 
quando o ser humano acreditava em 
deuses e seres mitológicos e creditava 
a esses seres sobrenaturais toda a 
responsabilidade pela criação e 
manutenção do mundo. 
 
✿ período iniciado 
com o surgimento da Filosofia, em que 
 
 
explicações mitológicas já não eram tão 
aceitas, dando lugar à necessidade de 
argumentações lógicas e racionais 
para formular teorias sobre o mundo. 
 
✿ segundo Comte, esse 
era o estágio inaugural em sua época, 
quando o ser humano passa a buscar 
fundamentação de suas teorias na 
observação e no trabalho empírico 
com a natureza, fortalecendo as 
ciências e fortalecendo a busca por 
explicações sobre a natureza na 
própria natureza. A ciência seria 
encarregada de operar essa busca, 
levando adiante a marcha para o 
progresso. 
 
A História, enquanto estudo do que a 
humanidade já tinha feito, não ficaria fora da 
teoria positivista. Junto a ela, nasceriam 
também a Sociologia e uma teoria 
historiográfica. A historiografia positivista, 
baseada nas ideias do filósofo francês Conde 
de Saint Simon (1760 -1825), entende que há 
um progresso constante da humanidade, a 
qual nunca regrediria, mas tenderia a ser 
mantida sempre em evolução. 
O termo positivismo aparece em outras áreas 
do conhecimento, como: 
 
✿ A religião 
positivista reunia símbolos, sinais, 
estandartes, vestes litúrgicas, dias de 
santos (grandes tipos humanos), 
sacramentos e comemorações 
lembradas em seu próprio calendário, 
que é de base lunar e possui 13 meses 
de 28 dias. Além disso, acreditava em 
um "Ser Supremo" que, para a 
corrente, representa a "Humanidade 
Personificada", pois sua força é 
proveniente do conjunto de 
inteligências convergentes de todas as 
gerações: passadas, presentes e 
futuras. 
✿ O Positivismo 
jurídico é visto como o direito imposto 
pela vontade do ser humano. Nesse 
estilo, o direito é exercido de forma 
objetiva, baseado em fatos reais e 
científicos.. 
 
 
✿ como uma 
continuidade do , a 
inspiração política e científica do 
positivismo estava nos ideais 
iluministas. As aspirações dos 
primeiros filósofos iluministas de 
alcançar um estágio de 
desenvolvimento moral da sociedade 
foram mantidas. Porém, um novo modo 
de agir era necessário para garantir a 
ordem social, desestabilizada após a 
Revolução Francesa. 
 
✿ visando a garantir 
a ordem social, o positivismo atua como 
uma doutrina que, partindo dos 
estudos sociológicos, serve de base 
para o comportamento social e moral 
das pessoas. A Lei dos Três Estados 
estaria no topo dessa cadeia de 
desenvolvimento da sociedade. 
 
✿ a disciplina, o rigor e 
a ordem social eram requisitos 
políticos para a garantia do avanço 
social na ótica positivista. 
 
✿ 
 o progresso social estaria 
intimamente ligado ao progresso 
intelectual, científico e tecnológico. A 
ideia de uma escola laica, universal e 
gratuita, que já havia ganhado certo 
espaço durante o Iluminismo, passou a 
ser defendida com mais força pelos 
intelectuais positivistas. 
 
✿ Comte entendia que a 
humanidade precisava de relações de 
devoção. A devoção – antes baseada na 
fé em Deus ou nos deuses –, no 
positivismo, dá lugar para a fé na 
ciência como única depositária de 
confiança da humanidade, surgindo o 
cientificismo, caracterizado pela 
aposta incondicional nas ciências como 
 
 
fonte total do conhecimento 
verdadeiro.
 
Os iluministas acreditavam que 
poderiam reestruturar a sociedade do Antigo 
Regime. Defendiam o poder da razão em 
detrimento ao da fé e da religião e buscaram 
estender a crítica racional em todos os 
campos do saber humano. 
Através da união de escolas de pensamento 
filosóficas, sociais e políticas, enfatizavam a 
defesa do conhecimento racional para 
desconstruir preconceitos e ideologias 
religiosas. Por sua vez, essas seriam 
superadas pelas ideias de progresso e 
perfectibilidade humana. 
 
A Primeira República no Brasil, que teve início 
em 1889, com a deposição de D. Pedro II, foi um 
período fortemente influenciado pelo 
positivismo, principalmente em seu início. O 
marechal Manuel Deodoro da Fonseca, o 
primeiro presidente, e os militares de um 
círculo social que se tornava influente no 
Brasil, principalmente após a Guerra do 
Paraguai, eram republicanos. 
Símbolos nacionais, como a bandeira brasileira 
e o Hino à Bandeira, surgiram no período de 
influência positivista. A frase gravada no 
centro da bandeira, “ordem e progresso”, 
atesta tal influência, que impõe a necessidade 
da ordem política e social e valoriza a 
liberdade individual (que carrega consigo a 
responsabilidade moral do agir). 
 O positivismo foi uma corrente 
teórico-filosófica que afirmou a 
necessidade da ordem e do rigor sociais 
e políticos para o progresso; 
 Surgiu junto com a Sociologia, 
idealizada por Auguste Comte; 
 Era um método sociológico, científico e 
político; 
 Teve como inspiração o Iluminismo 
francês;Disciplina, rigor e ordem eram 
essenciais para o crescimento moral e 
social; 
 Inspirou a Proclamação da República 
brasileira.

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