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DIFRAÇÃO E INTERFERENCIA Introdução A difração é a capacidade das ondas de contornar obstáculos. Quando uma onda encontra um obstáculo que possui uma abertura de dimensões comparáveis ao comprimento de onda, a parte da onda que passa pela abertura se alarga (é difratada) na região que fica do outro lado do obstáculo. Esse alargamento acontece de acordo com o princípio de Huygens. A difração constitui uma limitação para a ótica geométrica, na qual as ondas eletromagnéticas são representadas por raios. Quando tentamos formar um raio fazendo passar a luz por uma fenda estreita ou por uma série de fendas estreitas, a difração frustra nossos esforços, fazendo a luz se espalhar. Na verdade, quanto mais reduzimos a largura da fenda (na esperança de produzir um feixe mais estreito), maior é o alargamento causado pela difração. Assim, a ótica geométrica só é válida quando as fendas ou outras aberturas que a luz atravessa não têm dimensões da mesma ordem ou menores que o comprimento de onda da luz. Apesar de estarmos falando da difração luminosa, a difração não se limita apenas às ondas luminosas; esse fenômeno pode acontecer com qualquer tipo de onda. Veja na imagem que pelo princípio de Huygens, o qual, utiliza uma construção geométrica que permite prever onde estará uma dada frente de onda em qualquer instante futuro se conhecermos a posição atual. Pode-se ver na representação de onda do lado esquerdo do obstáculo que cada linha representa uma frente de onda, está gera a próxima frente de onda e assim por diante, até o momento em que a onda atinge o obstáculo (fenda), a partir daí, ocorre a difração e a onda sofre um alargamento e consegue se propagar para o outro lado desviando o obstáculo pela fenda, que se comporta como nova fonte de onda propagando a partir daí ondas circulares. Já a interferência de ondas é o fenômeno que ocorre em virtude do encontro simultâneo de duas ondas que se propagam no mesmo meio. Sendo assim, podemos dizer que quando duas ou mais ondas chegam ao mesmo tempo a um ponto em comum de um meio, ocorre o fenômeno da interferência, ou seja, as ondas se superpõem naquele ponto, originando um efeito que é o resultado da soma algébrica das amplitudes de todas as perturbações no local de superposição. Seu entendimento só foi possível com a formulação do Princípio da Superposição, por Thomas Young. Nos pontos onde ocorre superposição, o efeito resultante é a soma dos efeitos que seriam produzidos pelas ondas que se superpõem, caso atingissem isoladamente aquele ponto. Após a superposição, cada onda continua sua propagação no meio, com suas propriedades inalteradas. Veja as figuras abaixo. Interferência construtiva Interferência destrutiva Difração e Interferência Disciplina: Física - Óptica e Princípios de Física Moderna Professor: Cristiano Cancela da Cruz Curso: Engenharia (Computação e Elétrica) Unidade: Garcez Na interferência construtiva ocorre um reforço da onda, e a amplitude da onda resultante é maior do que a amplitude de cada uma das ondas que se superpõem. No caso da interferência destrutiva ocorre um cancelamento da onda, sendo esse cancelamento total ou parcial, e a amplitude da onda resultante é menor do que pelo menos uma das amplitudes das ondas que se superpõem. Quando ocorre a interferência totalmente destrutiva, o meio não apresenta efeito das perturbações, permanecendo o ponto em equilíbrio, enquanto perdurar a superposição. Objetivo Estudar o fenômeno da difração utilizando um laser e fendas de diferentes tamanhos. Verificar os padrões de interferência e difração produzidos por diferentes fendas. Material Utilizado Simulador do grupo ALGETEC - Bancadas Didáticas – acesse no link na rota da aula 7 no AVA Fonte de Laser Suporte para lâmina de difração (fendas), Lâmina de difração com diferentes aberturas (fio de cabelo e fendas dupla). Detector - anteparo. Roteiro Experimental Difração em fenda única 1 – Ao acessar o experimento aparecerá a seguinte tela. Figura 1 – Esquema da montagem do equipamento. 2 – Verifique o posicionamento do laser em relação ao anteparo, o laser deve ser vermelho com comprimento de onda = 7x10-7m deve incidir no anteparo perpendicularmente a ele. A lâmina de difração (Fendas) deve estar aproximadamente a 0,2 m do anteparo. Clique no menu em anteparo, irá aparecer a seguinte tela. 3 – Clique nas setas direita e esquerda em até posicionar o marcador em 600 mm e nas setas direita e esquerda em até posicionar a fenda no marcador 400 mm. 4 – Posicione a lâmina de difração, clique em menu na opção dupla fenda, em seguida clique com o botão direito sobre a imagem das fendas e selecione a opção “fio de cabelo” de modo que o feixe de luz atravesse essa fenda e produza uma figura de difração no anteparo. 5 – Clique no menu e selecione a opção “franjas”, irá surgir a imagem abaixo. 6 – Inicialmente, identifique a posição central do máximo mais intenso, posição zero. 7 – Meça na imagem as posições dos mínimos, tanto à direita quanto à esquerda do máximo mais intenso. Para facilitar a leitura você pode aumentar ou diminuir o zoom nos botões “Ampliar escala” e “Reduzir escala”. Aumente a escala até obter uma boa leitura, lembre-se de medir do centro do máximo central até o centro dos mínimos de interferência adjacentes. 8 – Determine a distância (y) entre o máximo central e o primeiro mínimo; entre o máximo central e o segundo mínimo; e assim por diante, anotando na tabela de dados 1. 9 – Meça a distância exata entre o anteparo e a lâmina de difração clicando em anteparo, este valor deve ser 0,2 metros. Anote este valor, D = ___. Largura da abertura Mínimo Distância (y) mm Fio de cabelo (60 m) m = 1 m = 2 m = 3 m = 4 m = 5 m = 6 Tabela de dados 1 Difração em Fenda Dupla 1 – Utilize a configuração de montagem da figura 1. 2 – Posicione a lâmina de difração a aproximadamente 0,2 m do anteparo. Clique no menu em anteparo, irá aparecer a seguinte tela. 3 – Clique nas setas direita e esquerda em até posicionar o marcador em 600 mm e nas setas direita e esquerda em até posicionar a fenda no marcador 400 mm. 4 – Posicione a lâmina de difração, clique em menu na opção dupla fenda, em seguida clique com o botão direito sobre a imagem das fendas e selecione a opção “fenda dupla I” de modo que o feixe de luz atravesse essa fenda e produza uma figura de difração no anteparo. 5 – Clique no menu e selecione a opção “franjas”, irá surgir a imagem abaixo. 6 – Inicialmente, identifique a posição central do máximo mais intenso, posição zero. 7 – Meça na imagem as posições dos mínimos, tanto à direita quanto à esquerda do máximo mais intenso. Para facilitar a leitura você pode aumentar ou diminuir o zoom nos botões “Ampliar escala” e “Reduzir escala”. Aumente a escala até obter uma boa leitura, lembre-se de medir do centro do máximo central até o centro dos mínimos de interferência adjacentes. 8 – Determine a distância (y) entre o máximo central e o primeiro mínimo; entre o máximo central e o segundo mínimo; e assim por diante, anotando na tabela de dados 2 9 – Meça a distância do anteparo – lâmina e difração, deve ser 0,2 m. Anote este valor: D = ____. 10 – Repita o mesmo procedimento para as fendas duplas II e fenda dupla III. Largura da abertura Mínimo Distância (y) mm Fenda dupla I m = 1 m = 2 m = 3 m = 4 m = 5 m = 6 Fenda dupla II m = 1 m = 2 m = 3 m = 4 m = 5 m = 6 Fenda dupla III m = 1 m = 2 m = 3 m = 4 m = 5 m = 6 Tabela de dados 2 Análise dos Resultados e Conclusões Difração em fio de cabelo 1 – Pela observação das figuras de difração e dos resultados da tabela de dados 1, como o espaçamento entre as franjas varia com a espessura do fio de cabelo? 2 – Com base na geometria,escreva uma expressão para calcular o ângulo formado entre a direção do feixe central e a direção de cada mínimo. Estes ângulos são calculados considerando que a direção do feixe em cada mínimo, a direção do feixe no máximo central (distancia D) e a distância dos mínimos no anteparo y formam um triangulo retângulo. 3 – Com base na óptica física, escreva uma expressão para calcular o ângulo formado entre a direção do feixe central e a direção de cada mínimo devido a difração. 4 – Combine as expressões dos itens anteriores de forma a resultar uma equação para a distância entre os mínimos em função da ordem destas mínimos. Lembre-se que para pequeno medidos em radianos vale a aproximação sen= = tan 5 – Usando os resultados para o fio de cabelo na tabela de dados 1 faça o gráfico representando a ordem dos mínimos (m) no eixo horizontal e a separação entre os mínimos y (em metros) no eixo vertical. Qual o significado físico dos coeficientes deste gráfico? 6 – Ajuste uma reta aos pontos medidos e determine a sua equação. 7 – A partir deste resultado calcule a largura do fio de cabelo. 8 – Compare este valor obtido experimentalmente com o nominal citado na tabela de dados 1. Interferência em fenda dupla 1 – Como padrão de interferência em fenda dupla se diferencia do padrão obtido para a fenda simples? 2 – Com base na geometria, escreva uma equação para calcular o ângulo formado entre a direção do feixe central e a direção de cada mínimo. Estes ângulos são calculados considerando que a direção do feixe em cada mínimo, a direção do feixe no máximo central (distância D) e a distância dos mínimos no anteparo formam um triângulo retângulo. 3 – Com base na óptica física, escreva uma expressão para calcular o ângulo formado entre a direção do feixe central e a direção de cada mínimo devido a interferência. 4 – Combine as expressões dos itens anteriores de forma a resultar uma equação para distância entre os mínimos em função da ordem destes mínimos. Lembre-se que para ângulos pequenos vale a aproximação 𝑠𝑒𝑛𝜃 ≈ 𝜃 ≈ 𝑡𝑎𝑛𝜃. 5 – Usando os resultados para a fenda dupla I na tabela de dados 2, faça um gráfico representando a ordem dos mínimos m no eixo horizontal e a separação entre os mínimos y (em metros) no eixo vertical. Qual o significado físico dos coeficientes angular e linear deste gráfico? 6 – Ajuste uma reta aos pontos medidos e determine a sua equação. 7 – A partir deste resultado calcule a separação da fenda dupla I. 8 – Repita os passos anteriores para a fenda dupla II e fenda dupla III.
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