Buscar

Teoria do Contrato: Noções Gerais e Princípios

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Teoria do Contrato
1. Noções Gerais - Conceito
 Contrato tem a função de pacificação social, é um acordo, ajuste de vontade.
 É necessariamente fonte obrigacional pois é negócio jurídico (CONTRATO).
 *Fonte obrigacional é ato jurídico em sentido estrito, negocio jurídico, lei (fonte primaria das obrigações), ato ilícito.
- CONTRATO: 
 •Acordo de vontades
 •Negocio jurídico (terá objeto, partes, vontade e forma)
 *objeto pode ser licito, possível, determinado ou divisível
 * partes devem ser capaz
 * vontade livre
 * forma pode ser prescrita ou não definida em lei
 • Bilateral (sempre exige duas vontades) exige alteridade (necessidade da presença do outro) ou Plurilateral (várias vontades)
 • Capaz de criar, modificar ou extinguir direitos
2. Princípios Contratuais: 
 - Autonomia da Vontade: 
 > princípio máximo nos contratos
 > praticar ou não o negócio jurídico
 > com que ou quem contratar e forma de execução do contrato
 > discutir as cláusulas do contrato
 > existe limitação na autonomia da vontade
 Consiste na liberdade em contratar, ou seja, a autonomia para celebrar contrato, escolher seu objeto e a pessoa do outro contratante, além do modo de execução do contrato. Não é princípio absoluto, só afirmações como por exemplo o seguro obrigatório do automóvel.
 - Forca Obrigatória dos Contratos:
 > 'PAETA SUNT SERVANDA'
 > pode ser relativizado, pode rever/revisar o contrato 
 > contrato requer um equilíbrio (art 479 CV)
 É princípio que preceitua que o contrato faz lei entre as partes, obrigando os contratantes a realizarem todo conteúdo do contrato como inicialmente pactuado. Não é absoluto, comporta atenuações como na onerosidade excessiva prevista nos art 478 e 479 do CV.
 - Consensualismo
 > acordo de vontades das partes
 Os contratos se formam, em regra, pelo consenso manifesto dos contratantes. Não é princípio absoluto pois os contratos de natureza real a exemplo do comodato e do deposito, exigem a entrega do objeto para o seu aperfeiçoamento.
 > contrato real se completa quando há a entrega da coisa
 - Relativização dos Efeitos dos Contratos:
 > Contrato atinge somente as partes
 > Principio que comporta exceção (art 436 CV)
 O contrato é negócio jurídico cuja os efeitos atingem somente os contratantes, excepcionalmente como a hipótese do art 436 do CV poderá alcançar terceiros.
· Consensualismo:
Os contratos se formam, em regra, pelo ? manifesto dos contratantes; Não é princípio absoluto. Pois os contratos de Natureza real a exemplo do ? e do depósito exigem a entrega do objeto para o seu aperfeiçoamento.
· Relativização dos Efeitos dos Contratos:
O contrato é negócio jurídico cujo os efeitos atingem somente os contratantes. Excepcionalmente o art. 436 do CC poderá alcançar terceiros.
· Função Social do Contrato:
· Art. 421 e 2035 parágrafo único do CC
· Deve se limitar a autonomia contratual, com a finalidade, também, de evitar que a liberdade contratual seja exercida de maneira abusiva. Existindo o equilíbrio entre contratantes.
· É princípio considerando o contexto da sociedade em que está inserido. Possui eficácia Interna e externa.
· Equilíbrio contratual:
Tem como finalidade conservar a proporcionalidade de obrigações decorrentes do contrato para partes envolvidas. É possível a revisão contratual para o eu reestabelecimento.
· Boa-fé Objetiva:
· Art. 422 do CC
· Subjetiva: precisa ser provado
· Objetiva: não precisa ser provado ‘fols por si só’
· Boa-fé se estende antes, perante e depois do contrato
· Impõe aos contratantes uma conduta ética e leal, inclusive para os deveres anexos ao contrato. Tem como função a interpretação o controle e a integração da norma.
· Má-fé não se presume, se prova.
Classificação dos Contratos
 1- Quanto as Partes Envolvidas: vai receber alguma obrigação
 • Unilateral: Compreende uma manifestação de vontade, apenas uma parte assume a responsabilidade. Ex: doação pura e simples (eu (doadora) dou para alguém sem disposição do outro)
 • Bilateral: Duas partes assumem a responsabilidade/obrigação. Ex: compra e venda, locação.
 • Plurilateral: Envolve múltiplas vontades em torno de um mesmo desejo. Ex: consorcio
2- Quanto ao Sacrifício Patrimonial: compromete o patrimônio 
 • Gratuito: Sacrifício patrimonial para um das partes. Ex: comodato
 • Oneroso: Ex: Compra e Venda, empreitada
3- Quanto ao Aperfeiçoamento: 
 • Consensual: Vontades em mesmo sentido. Ex: Compra e Venda de coisa futura (Compra de bolo para 21 de Janeiro)
 • Real: Só se realiza o contrato com a entrega da coisa. Ex: mutuo, comodato e deposito.
4- Quanto aos Riscos:
 • Comutativo: As partes conhecem suas prestações. Ex: locação
 • Aleatório: Não se sabe exatamente o resultado. Ex: contrato de seguro de carro.
5- Quanto a negociação (conteúdo):
 • Adesão: Pressupõe que uma das partes estabelece as cláusulas e a outra parte decide se irá aderir ou não. Ex: Consumo
 • Paritário: Igual para igual. Ex: Locação
6- Quanto a Formalidade
 • Formal: Requisito especial para partes do negócio jurídico. Ex: doação de maior valor.
 • Informal: Ex: doação manual (bem móvel, de pequeno valor do doador e a entrega se faz de imediato); pegar ônibus; comprar café.
7- Quanto a Independência:
 • Principal: Existe por si só. Ex: Compra e venda; locação.
 • Acessória: Depende de outro negócio jurídico. Ex: Fiança.
8- Quanto ao Momento do Cumprimento:
 • Instantânea: Realiza no momento em que assume a obrigação (se extingue a obrigação). Ex: compra e venda a vista.
 • Execução Diferida: Será realizada posteriormente em uma só vez. Ex: Compra e venda pós datada
 • Execução Continuada: Realizado em várias vezes. Ex: compra e venda parcelada.
9- Quanto a Personalidade:
 • Pessoal Personalíssima: Característica do contratante relevante. 
 • Impessoal: Não interessa quem faca, o que interessa é que cumpra a tarefa.
10- Quanto a Definitividade:
 • Definitivo: Já está aperfeiçoado em todos termos. 
 • Preliminar: Firmados com o fim de tornar obrigatória a celebração de um contrato futuro, que cera definitivo.
Formação dos Contratos
1- Negociações Preliminares ou PUNTUACAO
 • Conhecer a coisa (familiarização). Ex: interesse em comprar o carro
 • Começa gerar o contrato e não gera responsabilidade civil. (art.422 do CC)
 • Pode ser verbal, formal, escrita.
 • Caso muito detalhada, pode virar proposta.
 Ditado de Negociações preliminares: É a fase em que as partes estabelecem entendimentos prévios a respeito do contrato preliminar ou definitivo. É chamada também de PUNTUACAO ou Etapa da Proposta não formalizada. Não encontra previsão especifica no CC. Em regra não acarreta responsabilidade civil. De forma excepcional pode gerar o dever de indenizar, sobretudo quando rompido o princípio da boa-fé objetiva.
2- Proposta, POLIEITACAO, OBLACAO
 • Art 111 do CC
 •Proposta ao sujeito. Ex: Você quer vender o carro? Quanto? Posso financiar?
 • Não pode exigir mais do que foi proposto e nem menos.
3- Contrato Preliminar
 •Contrato entre as partes, não envolve terceiro
 •Não tem o elemento forma exigido pela lei
 • É instrumento particular
4- Contrato definitivo
 •Reúne todas formalidades e requisitos necessários
Ditado de Proposta: Trata-se da oferta formalizada e se caracteriza pela manifestação de vontade de contratar por uma das partes que pede a outra a sua concordância. Trata-se de declaração unilateral de vontade recepticia (chegar ao conhecimento do outro) que produzira efeitos ao ser recebida pela outra parte. 
 -Art 427 do CC Afirma que a proposta vincula o proponente e gera para ele o dever de firmar o contrato definitivo sob pena de perdas e danos.
Formação dos contratos (continuação)
1- Negócios Preliminares 
 • informação do produto 
 •não gera responsabilidade civil
 • excepcionalmente se fere o princípio da boa-fé, você pode ter o dever de indenizar. Ex: prometer que irá comprar a casa e encerra a negociação e não comprar. (art 422 do CC)
2- Proposta (art 427 de 428 do CC) 
 • se a parte aceita celebrar o negócio jurídico conforme minhas propostas• início de contratação, gera o início do contrato definitivo. Ex: preenche a proposta na loja de carro.
 • gera a responsabilidade civil
 • Não é contrato ainda
 • Solicitante é quem faz a proposta e o solicitado é quem recebe a proposta; quando há a conta proposta, os polos se mudam (art 431 do CC)
 • A proposta vincula o proponente
 • Oferta ao público jurídico (não sabe quem é o destinatário) vincula as partes quando contem todos elementos do negócio jurídico (art 429 do CC)
 • O silencio pode produzir efeitos (art 111 do CC)
 • Quando há a retratação se retira o negócio jurídico (art 433 do CC)
 • Contrato entre ausentes é expedida (art 434 e 435 do CC)
Ditado: Na hipótese de contra proposta, haverá a inversão de papeis e solicitante torna-se solicitado.
Ditado: Como regra a proposta vincula o proponente mas nas hipóteses do art 427 segunda parte e 428 do CC, o proponente ficara desobrigado.
Ditado: A oferta ao público vincula o proponente quando preenchem os mesmos requisitos da proposta.
Ditado: O silencio poderá produzir efeitos quando admitida a aceitação tácita da proposta, o chamado silencio eloquente previsto nos art 432 e 111 do CC.
3- Contrato Preliminar 
 • Detalhamento maior da proposta. Ex: pagar 10% da proposta
 • Gera a documentação do objeto a se comprar
 • Previa do contrato definitivo
 • Gera responsabilidade civil
Ditado de Contrato Preliminar: Encontra previsão entre os art 462 e 466 do CC e consiste em etapa não obrigatória mas que deve quando celebrada conter os mesmos requisitos essenciais ao contrato definitivo. O art 466 do CC menciona o compromisso unilateral de contrato chamado de contrato de opção que aquele em que somente uma das partes assume a obrigação de firmar o contrato definitivo e a outra parte terá apenas a opção de celebra-lo.
4- Contrato Definitivo
 • Formação completa do contrato
 • Os efeitos do contrato serão devido ao contrato definitivo
Ditado Contrato Definitivo: Trata-se da fase em que ocorre o encontro de vontade dos contratantes e a partir deste momento o contrato está aperfeiçoado, gerando todas as consequências que dele recorrem, por exemplo a responsabilidade civil contractual
Efeitos dos contratos (garantias legais)
1.	Vícios Redibitórios (CC/02): 
• art. 441 ao 446 do CC 
• Vício oculto no produto (vício material/defeito oculto na coisa [objeto do contrato])
• Decorre de um contrato comutativo (você conhece as regras [obrigações e direitos] do jogo), Ex: locação. Em contrato aleatório (uma das partes não sabe das regras) não cabe vício redibitório, Ex: requerer outra raspadinha 
• Quando há natureza certa pode alegar o vício redibitório 
• Não cabe vício redibitório para contrato de natureza gratuita, Ex: doar o celular sem pedir nada em troca (doação pura e simples) e quando a pessoa vai usar a câmera está embaçada e vai consertar porém custa um valor e vai cobrar ao que doou o celular, o doador não tem a responsabilidade de recompor o patrimônio, mandatário é responsável de aceitar ou não o celular. Cabe vício redibitório excepcionalmente na doação onerosa. 
• A proteção do vício no código civil é uma e no código de defesa do consumidor é outra 
• Ex: comprar um chuveiro e ao usá-lo ele não esquenta 
• Vício redibitório (defeito próprio da coisa) é diferente do vício do negócio jurídico (defeito na vontade)
• Diminui o patrimônio pois causa prejuízo 
• Somente com o uso é perceptível o defeito 
• art 442 do CC, o adquirente pode dizer do abatimento no preço 
• art 443 do CC, resolvido o contrato o adquirente se conhecia pode solicitar o valor + perdas e danos e se não conhecia o defeito pode solicitar o valor + despesas do contrato (para recompor patrimônio)
• art 444 do CC, se existe vício oculto na coisa e você aliena, ainda assim você é responsável 
• Aprovado através de provas periciais, terá um perito para avaliar o caso 
• O prazo possui dois tratamentos: vícios de fácil constatação (fácil percepção) e vícios de constatação tardia (requer o uso mais detalhado/prolongado da coisa)
 - art 445 do CC (O adquirente decai do direito de obter…)
 - Vício de fácil constatação: móvel 30 dias, imóvel 1 ano a contar da entrega da coisa e caso esteja na posse de reduz a metade, ou seja, móvel se torna 15 dias e imóvel 6 meses 
 - Vício de constatação tardia: móvel 180 dias e imóvel 1 ano a contar do momento da ciência do vício 
1.2	• Se obtém lucro não é consumidor, entra no direito civil. (art 2 e 3 do CDC)
Ditado de Vício Redibitório:
1.1.	Conceito: Encontra previsão nos art. 441 a 446 do CC e se caracteriza por ser vício oculto que desvaloriza a coisa ou a torna impropria para o uso. Pode ser alegado nos contratos comutativos mas a entendimento jurisprudencial que excepcionalmente caberá nos contratos aleatórios quando o vício não disser respeito à alea (incerteza) mas a outra prestação contratual.
 Não pode ser alegado, via de regra, os contratos de natureza gratuita mas segundo o parágrafo único do artigo 441 do CC caberá nas doações onerosas. 
1.3	Alternativas: O Código Civil faculta ao adquirente prejudicado as alternativas previstas nos art 442 e 443. Segundo o art 442 será possível ao adquirente pretender o abatimento no preço através da ação estimatória ou “Quanti Minoris”, o art 443 impõe que resolvido o contrato deverá ser devolvido o valor pago através da ação redibitória. A ação estimatória e a ação redibitória são chamadas de ações edilícias. 
Caso o alienante conheça do vício deverá restituir o valor da coisa acrescido de percas e danos mas se não conhecia restituirá apenas o valor e as despesas contratuais.
1.4	Prazos: De acordo com o artigo 444 do CC, caso o vício oculto seja existente ao tempo da tradição mas a coisa venha a perecer quando o bem já estiver com o adquirente, o alienante ainda responderá.
O art 445 apresenta disciplina relativa aos prazos decadências. Ensartando de vício de fácil contratação ou de conhecimento imediato o prazo será de 30 dias para bens móveis e 1 ano para os imóveis. Estes prazos serão reduzidos a metade caso o adquirente esteja na posse do bem. São prazos contados a partir da entrega da coisa. Na hipótese de vícios cujo conhecimento seja tardio o prazo será de 180 dias pra bens móveis e 1 anos para imóveis sendo contados do conhecimento do vício. Neste caso não há redução do prazo como ocorre no anterior.
1.5	CDC: Nas relações de consumo o vício do produto encontra proteção entre os artigos 18 a 26 do CDC. As relações de consumo protegem vícios aparentes, oculto, de quantidade ou de identidade. Desta forma o consumidor prejudicado terá as seguintes alternativas:
a)	Abatimento no preço (reduzir o valor porque tem algum vício)
b)	Complementação de preço ou medida 
c)	Entrega de novo produto idêntico ou similar 
d)	Resolução do contrato de consumo com a devolução do preço 
Quanto aos prazos decadências o CDC considera o prazo de 30 dias para os denominados bens não duráveis e 90 dias para os bens duráveis, contados da entrega da coisa para vícios aparentes ou da ciência do vício para vícios ocultos.
Garantias Legais/ Efeitos dos Contratos (continuação)
2. Evicção (art. 447 a 457 do CC) 
· Compra a coisa mas perde a coisa 
· Perde o bem por decisão judicial. Ex: compra a casa e perde o bem por decisão judicial que atribuiu o bem a terceiro 
· Ex: um terreno e C é possuidor(evictor), A proprietário e vende aí B adquirente (evicto), porém C entra com ação de usucapião e após sentença chega a carta a B informando que o terreno pertence a C.
Ditado: Evicção pode ser compreendida como a perda da coisa em virtude de decisão judicial ou excepcionalmente por ato administrativo que atribui a um terceiro. Trata-se de garantia legal, logo não há necessidade de vir expressa em contrato.
 A garantia da evicção se aplica aos contratos bilaterais, onerosos e comutativos. 
 A evicção contará com três personagens:
a) O alienante é o sujeito que transfere a coisa de forma onerosa;
b) Adquirente evicto ou evencido é o sujeitoque perde a coisa em virtude de decisão judicial;
c) Evictor ou evencente é o indivíduo vencedor na ação judicial que lhe atribuiu a coisa.
2.1 Conceito, noções gerais 
 Elemento Subjetivo 
2.2 Análise dos artigos 
Caso:
a) Evicto tem conhecimento e assumiu o risco, logo o alienante fica desobrigado a indenizar.
b) Evicto tem conhecimento mas NÃO assume o risco, logo o alienante DEVE restituir o valor desembolsado * é permitido restituir em até 2x o valor do bem.
c) Evicto NÃO tem ciência (portanto não assume o risco), logo o alienante assume a responsabilidade integral.
Cláusula expressa: art 448 do CC e Cláusula de não expressa: art 447 do CC 
Ditado:
Diante da Evicção três são as possibilidades: 
a) O alienante ficará isento de qualquer responsabilidade quando o adquirente tem conhecimento do risco e o assume. 
b) O alienante deverá pagar o preço da coisa ao adquirente quando este tinha conhecimento do risco da evicção mas não o assumiu expressamente.
c) O alienante terá responsabilidade ampla quando não havendo cláusula de exclusão da garantia pela evicção está se consuma e será devido os concectarios do artigo 450 do CC. 
Até o Código de Processo Civil de 2015 a denunciação da lide era obrigatória inclusive sob pena de impedir a responsabilização do alienante caso não acontecesse, atualmente passa a ser uma opção do adquirente. Caso não ocorra a denunciação da lide será possível então ação de regresso do adquirente em face do alienante.
Extinção dos Contratos
1. Extinção Normal 
· Extingue quando há o cumprimento do contrato (adimplemento contratual)
· Escoamento do prazo contratual 
Ditado: Os contratos podem ser extintos por causa anteriores ou posteriores a sua formação, mas em regra é esperado a sua extinção pela via normal, ou seja, da maneira como a obrigação foi originariamente recebida, o que ocorrerá ou adimplemento contratual ou pelo término do prazo. 
2. Extinção por Fato Anterior à Formação do contrato:
a) Invalidade contratual:
· Nulo ou Anulável 
Ditado: Os contratos podem ser extintos por fato anteriores a sua celebração ou contemporâneos a ela, a primeira hipótese diz respeito à invalidade contratual, seja porque ausente qualquer dos requisitos do negócio jurídico, seja por falta de legitimação por exemplo ausência de ortoga conjugal. 
b) Cláusula de arrependimento 
· Mediante declaração de forma unilateral, desfaz o contrato 
Ditado: a Cláusula de arrependimento pode ser inserida pelos contratantes permitindo a extinção do contrato por fato anterior ou contemporâneo a sua celebração, mediante declaração unilateral de vontade do contratante que seu arrependeu.
c) Cláusula resolutivo expressa
· Sujeito a vontade do outro 
Ditado: É possível ainda a inserção de cláusula resolutivo expressa em que a extinção do contrato fica vinculado à evento futuro é incerto. 
3. Extinção por Fato Posterior 
1. Possibilidade da extinção do contrato Fatos Posteriores.
“ A extinção dos contratos, por fato posterior a sua formação acontece de acordo com duas grandes categorias : A resolução quando qualquer das partes ou até mesmo ambas descumprem o contrato e a Resilição que decorre de manifestação unilateral ou bilateral dos contratantes, autorizada por LEI” – São modalidades de Rescisão contratual
- Quando temos a extinção por fato posterior ao contrato dizemos que o contrato formou-se o ciclo e o contrato consumado, sendo dado início a sua formação. Ele irá se extinguir por uma por duas espécies:
3.1 Resolução contratual – “iremos nos lembrar de obrigações que se resolvem. Falamos sobre descumprimento, inadimplemento do contrato. O contrato se resolve por que uma das partes DESCUMPRIU.”
 a) Inexecução voluntária: E a que se apresenta quando a impossibilidade da prestação ocorre por CULPA ou DOLO do devedor. A solução se dera segundo as regras do direito obrigacional
“Significa que a parte de forma deliberada não cumpriu a obrigação, sendo que ela agiu com dolo, negligencia, imperícia, imprudência. Nessa modalidade houve o ato volitivo da parte que contribuiu para este resultado, logo seria um culpa LATO SENSU. A parte deixa de cumprir a obrigação. Logo existindo essa culpa com contribuição o contato se extingue
Ex: Sujeito que pegou um carro embriagado e bateu, sendo que o mesmo teria que devolver o carro no outro dia, contanto por causa da batida ele não devolveu, logo inexecutou a obrigação, logo o mesmo responderá por perdas e danos + devolver o preço do carro, pelo não cumprimento do contrato”
 B) inexecução involuntária – Se concretiza quando o inadimplemento contratual ocorre sem a contribuição do devedor ou seja , sem culpa ou dolo de sua parte.
“Quando não houve contribuição do agente para o dano, não houve negligência, imperícia ou imprudência, não se fala sobre indenização mas fala-se apenas meramente na resolução do contrato. Não tem-se contribuição ao dano, mas o estado de tudo volta-se ao inicial, logo o vendedor restitui o valor.
Ex: cano que estourou no estacionamento e alagou a mesma e todos os carros submergiram. O comprador apenas restitui o valor que foi entregue ao vendedor.”
B) Clausula resolutiva tácita – A clausula resolutiva encontra previsão no art.474 do CC e quando expressa produzira efeitos imediatos, no entanto a clausula resolutiva TÁCITA, depende de interpelação judicial.
Lança mão com base nos artig
“Tacitamente as partes sabem e concordaram que, se por ventura não for devolvido o bem é necessário notifica-los e fazer resolutivos in mora. É necessário interpelação judicial para a resolução de efeitos (notificação judicial). Decorre apenas do comportamento das partes e não tem nada expresso em contrato.”
ART.474 – A clasula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial
C) Onerosidade Excessiva 478 a 480 – se encontra a previsão nestes artigos e se caracteriza quando fatos extraordinários desequilibram o contrato tornando a prestação excessivamente onerosa para uma das partes e permitindo a outra extrema vantagem , além da resolução contratual a onerosidade excessiva poderá permitir a revisão das bases do contrato conservando-o . ( principio da conservação contratual)
“faz que o contrato se encerre não por que as partes desistiram e sim por que o contrato se desequilibra por um fato imprevisível e inesperado ou se o fato era previsível existiria uma circunstância que era inesperada.
Lança mão nos artigos 478 a 480 – Assim pode-se refazer o contrato ou descontinuar a produção por onerosidade excessiva, o fato deve ser inesperado e imprevisível no momento da contratação. Por outro lado o fato poderia ser previsível mas suas possibilidades imprevisíveis . ( ainda que o fato for previsível ao tempo da formação do contrato, mas se for razoável , ainda podemos pensar na onerosidade excessiva)”
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato. Que a as partes façam não a resolução e sim a revisão contratual.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.
3.2 Resilição contratual – Ato em que as partes manifestam vontades , não fala-se em descumprimento e sim vontade manifestas das partes em DESFAZER o contrato.
a) A RELISIÇÃO Bilateral – trata-se na verdade do distrato, ou seja, as partes manifestam vontades e consenso no sentido de desfazer a avença originalmente contratada. Não há descumprimento contratual de qualquer dos contratantes.
é um distrato, pois as partes querem a dissolução desse contrato por desinteresse comum por vontade de ambos
b)Unilateral – Nada vai mais ser que a resilição de um direito potestativo ( aquele que se submete a vontade do outro mas dele não se pode pedir um dar, fazer ou não fazer, ex: divórcio) . Por tanto quando falamos desse exercício unilateral que extingue um contrato, ele exerce mesmo como esse direito potestativo, logo uma parte tem que se sujeitar o que o outro estabelece.
1. Revogação: Quando é retirado do outro, quando tira o poder que se conferiu, revoga-se uma declaração de vontade cometida anteriormente. Retirada do ato de maneira voluntária de uma das partes pelo poder que foi atribuído a outrem.
2. Renúncia : Simplesmente desiste dos poderes que foram-lhe conferidos e outorgados ou outra circunstância que lhe for dada. O outro não pode fazer nada, apenas se submete a vontade
3. Denuncia: Ela vai acontecer quando a lei autoriza denunciar o contrato, de maneira unilateral. 
Ex: A partir da prorrogação do contrato para prazo indeterminado, a parte (locatária) pode comunicar ao locador que quer deixar o imóvel em trinta dias , o locador denuncia o contrato para retirar o locatária pois com isso extingue-se o contrato. Não pode-se opor a denúncia
4.Exoneração unilateral – Forma em que o sujeito desobriga unilateralmente o ônus em que o cabia.
Ex: Depositário que guardava os bens do depositante no contrato de depósito e a pessoa que guardava irá se mudar para um terreno maior, a mesma pede para o depositante retirar os bens, desobrigando-se 
5. MORTE – alguns contratos vão ser extintos com a morte, pois alguns tem a natureza personalíssima (não pode ser transferida a obrigação)
Ex: Contrato de prestações de serviços advocatícios 
Obs: os contratos se extinguem também pela morte dos contratantes quando a obrigação nele compreendida tem caráter personalíssimo 
Exceção do contrato não cumprido: sta no artigo 476 se caracteriza pela impossibilidade do contratante exigir da outra parte que satisfaça a sua obrigação enquanto não entregar o objeto que lhe caberia NON ADIMPLETI CONTRACTUS 
 A gente fala da circunstancia que não pode exigir do outro uma obrigação se não for cumprida a minha , essa clausula diz que não pode-se exigir demandar a outro a obrigação se não for cumprida a minha.Nos casos de contratos unilaterais não podem ser exigidos nada
Ex: Pessoa que não paga as parcelas e a mesma cobra o imóvel para entrega da outra parte, o mesmo não pode exigir a entrega do imóvel pois não cumpriu com a obrigação. Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Ela extingue o contrato por FATO POSTERIOR. Causa que fundamenta uma rescisão ( na modalidade de resolução)
Obs: Prevista no artigo 476
COMPRA E VENDA 481 a 532
1. Noções Gerais 
A compra e venda tem previsão legal entre os artigos 481 e 532 do CC , se caracteriza como o NJ em que Alienante se obriga a transferir o domínio de certa coisa ao adquirente mediante determinada remuneração (preço). A compra e venda tem natureza de contrato translativo que traz em si o compromisso de transmitir a propriedade. Mas apenas a tradição no caso de bens móveis ou o registro no caso de bens imóveis é que efetivará a transferência do domínio.
Quando nós falamos de CV, são bens tangíveis e corpóreos
Quando o bem é imaterial ex: direito herança ou crédigo, não é possível vender ou comprar e sim ceder. 
“Ela na verdade é um contrato mais recorrente, em regra é um contrato informal pelo grande volume que ela tem. (pode ser celebrado em qualquer lugar em uma compra básica). Vai ter por natureza a possiblidade de transferir o domínio da coisa (ela já e o comprometimento de transferir a coisa) é um contrato essencialmente oneroso caso tirando isso ela perde a característica. A partir da CV nasce o compromisso de transferir o domínio”
Ela tem a natureza translativa. Se transfere pelo registro ( bem imóvel) e pela tradição pelo bem imóvel).
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.”
2. Elementos da compra e venda
Além dos elementos dos planos de existência e validade do NJ a compra e venda apresenta como elementos essenciais partes, coisas e preço ( aqui nós trataremos já de algumas modalidades da CV, o código se preocupa em detalhar)
a) Partes – capaz + legitimação
AS partes na CV devem ser capazes ou contar quando necessário com a devida assistência ou representação excepcionalmente a lei poderá exigir a chamada legitimação que se caracteriza como requisito especial para a pratica de determinados atos, exemplo a outorga conjugal
Sobretudo precisamos analisar se a parte é CAPAZ. Aqui podemos ter uma CV nula ou anulável dependendo do tamanho da incapacidade. Na CV o código é expresso quanto a Legitimação. Alguns atos jurídicos a lei exige um requisito especial para validação do ato, definida como LEGITIMAÇÃO (CAPACIDADE + LEGITIMAÇÃO, não se confunde com legitimidade)
Ex: inquilino deve dinheiro para o locador, o locador não pode cobrar do pai do inquilino pois não tem vinculo jurídico.
LEGITIMIDADE: Natureza Processual
LEGITIMAÇÃO: Civil. A outorga conjugal é uma legitimação para realizar tal ato jurídico a qual permite a autorização reciproca de outrem. Portanto essa outorga uxória ou Marital para a realização desse ato é necessário.
Compra e venda 
· Conceito: Regras Gerais 
· Nasce o compromisso de transferir 
· Diz respeito ao direito obrigacional
· Coisa incorpórea denominada sessão de direito 
· As partes devem ser capazes 
· Elementos constitutivos 
· Partes: capazes e tenham legitimação para o ato 
· Coisa: preenche os requisitos do negócio jurídico e deve ser corpórea 
Ditado de coisa : Na compra e venda ela deverá preencher os requisitos da validade do negócio jurídico (possível, lícito, determinado e determinável) bem como deverá ser corpórea pois sessão onerosa de direito imaterial não é objeto de compra e venda mas do negócio jurídico chamado sessão de direitos.
O artigo 483 do CC ao disciplinar a compra e venda estabelece que o seu objeto pode ser atual ou futuro, recomendamos no entanto que entre as partes tratando-se de coisa futura elas atuem com boa-fé, ou seja que a coisa já esteja a disposição do vendedor ou estará em momento próximo.
Ainda quanto ao artigo 483 do CC podemos afirmar que a compra e venda poderá ser aleatória. 
· Preço: elemento essencial a compra e venda mas não necessita ser 100% em dinheiro 
Ditado de preço: Na compra e venda o preço deve ser certo e determinado, expresso em moeda corrente nacional. Trata-se do princípio do nominalismo (art 315 do CC). Excepcionalmente os contratos poderão ser celebrados em moeda estrangeira mas a satisfação da obrigação deverá sempre ser em moeda corrente nacional, é possível também que a compra e venda internacional se faça em moeda estrangeira.
A obrigação valutária é nula pois trata-se da obrigação fixada em moeda estrangeira.
O preço poderá ser fixado por cotação ou ainda por taxa de mercado ou bolsa nos termos do artigo 486 e 487 do CC, importa contudo que as partes estabeleçam parâmetros objetivos para a sua determinação.
O artigo 485 do CC admite que o preço na compra e venda seja arbitrado por terceiro de confiança das partes. 
O artigo 488 do CC trata da compra e venda cujo preço não fora fixado pelas partes e oferece como alternativa à fixação pelo preço tabelado ou preço habitualmente praticado pelo vendedor e por fim o preço médio.
O artigo 489 do CC não admitirá a compra e venda cujo preço seja fixado unilateralmente. 
· Natureza Jurídica
· Como se classifica a compra e venda:
1. Bilateral ou sinalagmático
· Obrigações recíprocas e proporcionais 
· Ditado: impõe direitos e deveres proporcionais para ambas partes
2. Oneroso
· Ganho para todos 
· Ditado: oneroso por envolver prestação e contra-prestação para as partes 
3. Consensual 
· Ditado: se aperfeiçoa com a manifestação de vontade das partes 
4. Comutativo 
· Se tem como regra comutativo 
· Tem certeza do resultado final 
· Nãoserá aleatório 
· Ditado: As partes conhecem preliminarmente quais são suas prestações
5. Não formal e Não Solene 
· Forma: verbal/ escrita
· Solene: escritura pública/ registro 
· Ditado: Via de regra a compra e venda tem forma livre excepcionalmente a lei poderá exigir determinada forma ou a presença da solenidade 
· Art 107, 108 e 109 do CC 
6. Típico e nominado 
· Ditado: Aqueles que encontram regulamentação específica na legislação que inclusive lhes atribui um nome. 
· Restrições à compra e venda 
· Não pode contratar qualquer um 
· Ex: o pai que deseja vender ao filho, é necessário que os outros herdeiros estejam de acordo 
1. Ascendente para descendente (PROVA)
· Art 496 do CC 
· Ditado: O ordenamento jurídico impõe limites ao princípio da autonomia da vontade sempre considerando restrições de ordem pública.
Será anulável a compra e venda que se realiza entre ascendente e descendente sem a autorização dos demais descendentes e do cônjuge com exceção feita ao disposto no parágrafo único do artigo 496 do CC que é a dispensa de autorização do cônjuge casado sob regime de separação obrigatória de bens 
Compra e Venda (continuação) 
· Restrições à compra e venda 
1. Ascendente para o descendente (art 496 do CC)
· Explicação na aula anterior 
2. Sob administração (Art 497 do CC) 
· A compra e venda não pode existir enquanto dura a curatela mas assim que acabar, pode ocorrer
· Juiz não pode comprar direitos hereditários de um herdeiro 
· Ditado: O artigo 497 trata da venda de bens sob administração e veta em seus incisos que pessoas encarregadas de zelar pelos interesses do vendedor adquiram seus bens. 
· Serão NULO os casos do art 497 do CC 
· Art 498 do CC
3. Entre cônjuges (Art. 499 do CC) 
· Quando é meeiro não é herdeiro; não pode ter sobre o mesmo bem a condição de meeira e herdeira 
· Ditado: O artigo 499 admite a venda entre cônjuges desde que tenha por objeto os bens excluídos da comunhão, desse modo a restrição atinge os bens comunicáveis e a compra e venda seria absolutamente nula nesse caso por impossibilitada do objeto (art 166, II do CC) 
4. Bem em condomínio (Art 504 do CC)
· Pode vender o bem a terceiro, desde que antes ofereça o bem a outros condôminos pelo mesmo valor 
· Ditado: O artigo 504 impõe o direito de preferência/prelação/preempção a aqueles que são titulares de coisa comum ou bem em condomínio, desse modo, desejando o condômino alienar sua fração de bem comum deverá oferecer aos demais co-proprietários em igualdade de condições que ofereceria a um terceiro.
O condomínio preterido (aquele que não teve o direito de preferência) em seu direito, poderá requerer no prazo decadencial de 180 dias que a coisa lhe seja transferida desde que deposite o preço.
Caso mais de um co-proprietário se mostre interessado, o parágrafo único do artigo 504 estabelecerá os critérios de desempate, considerando o maior número de benfeitorias, em segundo o titular do maior quinhão e por fim aquele que primeiro depositar o preço.
· Em caso de mais de um condômino interessado, o preferido será o que fez o maior número de benfeitorias; na falta de benfeitorias, o preferido será quem tem a maior proporção; se as partes forem iguais, será o preferido quem pagar primeiro.
· Ditado: As regras especiais da compra e venda não se confundem com as chamadas cláusulas especiais, enquanto as regras são implícitas a determinados contratos, as cláusulas especiais devem ser expressa e decorrer da vontade das partes.
· Regras Especiais (decorrem da lei)
1. Venda por amostra, protótipo ou modelo (Art 484 do CC)
· Ditado: O artigo 484 diz respeito a vendas realizadas por amostra, protótipo ou modelo. Amostra é a reprodução integral e perfeita da coisa a ser adquirida. Protótipo é o primeiro exemplar de uma coisa inventada. Modelo trata-se de reprodução exemplificativa da coisa a ser adquirida por desenho ou imagem acompanhado de descrição detalhada. Havendo divergências entre o que fora exibido e o produto entregue, o artigo estabelece em seu parágrafo único que deve prevalecer o que foi inicialmente apresentado. 
Essa compra e venda em especial funciona sob condição suspensiva e não terá eficácia até a entrega da coisa em conformidade com o que foi inicialmente exibido.
A entrega em desconformidade equivale ao inadimplemento que faz operar em condição resolutiva.
2. Venda por medida ou extensão (Art 500 do CC)
· Ditado: Na venda de bens imóveis é possível que a área seja fator essencial ao contrato, trata-se da chamada venda AD MENSURAM, ou seja, a área não será meramente enunciativa como ocorre na venda AD CORPUS. Na hipótese da venda AD MESURAM o comprador prejudicado ou seja que pagou por área maior do que a efetivamente entregue poderá pretender em juízo a complementação da área ou o abatimento proporcional no preço, na hipótese do vendedor prejudicado, ele poderá pretender a complementação do preço correspondente a área em excesso ou a devolução da área excedente. O artigo 500, parágrafo 1º, afirma que admite-se uma variação na área de até 1/20 avos.
· Hipótese do adquirente prejudicado:
· Complementação de área : “EX EMPTIO”
· Abatimento do preço: “QUANTI MINORIS”
· Resolução com devolução do preço: “REDIBITORIA”
O artigo 501, afirma que o prazo decadencial será de um ano contado do registro do título.
3. Coisas conjuntas (Art 503 do CC)
· Coisas adquiridas em conjunto
· O vício em uma delas não autoriza devolver as demais, salvo se comprometer as demais 
· Ditado: As coisas vendidas conjuntamente quando uma delas estiver viciada não ficará autorizado o adquirente a devolver as demais. Entretanto, havendo relação de funcionalidade entre as coisas adquiridas em conjunto poderá haver a devolução das demais (sapatos). 
· Cláusulas Especiais (decisão das partes de inserir ou não no contrato)
1. Retrovenda (art 505 a 508 do CC)
2. Preferência (art 513 a 520 do CC)
3. Reserva de Domínio (art 521 a 528 do CC)
4. Venda sobre documentos (art 529 a 532 do CC)
Compra e Venda (continuação)
1. Regas gerais (Conceito)
2. Natureza Jurídica
3. Restrições à Compra e agenda 
4. Regras Especiais 
5. Cláusulas Especiais:
- Situação que pode inserir ou não o negócio jurídico 
- Eu opto por inserir o que negócio em que realizo 
1. Retrovenda, retrato ou resgate (art. 505 a 508 do CC) 
· Ao vender meu bem, reservo para mim o direito posteriormente de recomprar o bem que vendi 
· Vendedor comprar a coisa realienada no prazo de até 3 anos 
· O comprador é obrigado a vender de volta a propriedade 
· “Resgate de patrimônio” 
· Surge o direito potestativo ao vendedor 
· O direito de retrovenda se transmite aos herdeiros
· Trata-se de bem imóvel 
· Ditado: Trata-se de cláusula inserida na venda de bens imóveis segundo a qual o vendedor originário tem o direito de recomprar a coisa alienada no prazo máximo decadencial de 3 anos contados o negócio jurídico inicial.
 O vendedor originário tem o direito postergariam de recomprar a coisa. A propriedade do adquirente por sua vez é resolúvel e só se consolidará quando escoado o prazo da retrovenda. 
Caso o adquirente não devolva a coisa ao alienante originário este deverá ajuizar a chamada ação de resgate, depositando o preço da coisa e as despesas contratuais além dos valores das benfeitorias. 
A retrovenda é sessivel e transmissível a herdeiros e legatários (art 507 do CC). 
2. Venda à contento ou sujeito à prova (art 509 a 512 do CC)
· Se aproxima da venda por amostra/modelo (regra especial)
· Tem que aprovar a coisa que foi entregue para só então aprovar a compra 
· Decorre da própria natureza jurídica do negócio 
· Ditado: É a venda que funciona sob condição suspensiva até a aprovação do comprador, desse modo havendo rejeição se opera condição resolutiva. 
De acordo com o artigo 511 do CC, enquanto não houver a aprovação as obrigações do comprador serão tratadas como as de comodatário. 
3. Preferência convencional (art 513 a 520 do CC)
· Direito em que o sujeito tem a preferência para adquirir determinado bem 
· Decorre da vontade das partes
· Existirá a perda e danos 
· Preferência= prelação = preempção
· Ditado: É cláusula inserida pelas partes na venda de bens móveis ou imóveis em que o vendedor originário tem preferência na compra do bem.
O direito de preferência será perdido quando o titular do direito comunicado a exerceu não paga o preço ou não realiza o negócio nos moldes apresentados.
O artigo 516 do CC compreende os prazos para manifestação quando a parte é notificada para o exercício da preferência.
O artigo 518 do CC assegura que a parte preterida em seu direito de preferência poderá pleitear perdas e danos tanto daquele que deveria facultar a preferência como do terceiro adquirente de má-fé, importa destacar que os efeitos da preferência convencional são meramente obrigacionais e não gera direito de sequela. 
4. Venda com Reserva de Domínio (art 521 a 528 do CC) 
· Reserva o domínio da coisa 
· Posse direta ao comprador mas o domínio fica o vendedor
· Contrato necessariamente formal, precisa ser escrito
· Ditado: Trata-se de cláusula inserida na venda de bens móveis infungiveis em que o vendedor reserva para si a propriedade do bem, ficando o comprador com a mera posse direta até o pagamento integral do preço. Até o pagamento integral do preço a propriedade do vendedor é resolúvel. 
De acordo com o artigo 522 do CC a venda com reserva de domínio é necessariamente formal devendo ser celebrada por escrito e para ter efeitos erga omnis deverá ser registrado no cartório de títulos e documentos
5. Venda sobre documentos (art 529 a 532 do CC)
· Compra e venda de grandes coisas. Ex: maquinário 
· O documento que será entregue equivale a tradição 
· Ditado: Trata-se de cláusula inserida na venda de bens móveis em que a tradição real da coisa é substituída pela entrega de documentos correspondente a propriedade do bem.
Contratos Estimatórios (art 534 a 537 do CC)
· Conceito (Regas Gerais) 
· Compra e venda em consignação 
· As partes ajustam a cláusula “ou você me paga um preço ou devolve a coisa” 
· Ditado: Trata-se do negócio jurídico também chamado de venda em consignação, terá por objeto apenas bens móveis e o consignante faculta ao consignatário pagar o preço de estima ou restituir o bem. 
Este contrato tem como natureza jurídica: bilateral ou sinalagmático, oneroso, comutativo.
Troca ou Permuta (Art. 533 do CC)
· Conceito – Natureza Jurídica
· Transfere propriedade 
· Não há dinheiro envolvido, somente se troca uma coisa por outra
· Para Maria Helena, não se pode envolver qualquer valor; para Carlos Roberto Gonçalves aceita dinheiro desde que não ultrapasse 50% do valor da coisa 
· Ditado: A troca ou permuta é um negócio jurídico segundo o qual as partes se obrigam a dar uma coisa pela outra que não seja dinheiro. Quanto à natureza jurídica, a troca será bilateral (cada uma das partes assume uma obrigação), oneroso, comutativo, consensual e poderá ser não solene e informal, excepcionalmente considerando objeto da permuta poderá ser formal e solene. Portanto, de outro lado, a doutrina diverge quanto a possibilidade da troca envolver dinheiro para a Maria Helena Diniz não é possível que a troca envolva dinheiro ou prestação de serviço, neste caso haveria compra e venda. Carlos Roberto Gonçalves admite a reposição parcial em dinheiro desde que não ultrapasse mais da metade do valor do negócio. (Não pergunta na prova por ter duas visões diferentes)
· Regras específicas PROVA
· Elemento Subjetivo
· Permutantes ou Tradentes 
· Ditado: Quanto ao objeto a troca ou permuta admite qualquer bem passível de alienação, na troca é possível a alienação do vício redibitório e da evicção pois se trata de contrato oneroso. A troca serão aplicadas subsidiariamente as regras da compra e venda (art 533 do CC) exceção feita as despesas de transmissão que deverão ser rateadas entre as partes salvo a disposição em contrato. O artigo 533 do CC exige também o consentimento dos descendentes e do cônjuge quando a troca tiver por objeto bem mais valioso pertencente ao ascendente.
· Prazo pra anular esse negócio jurídico é 2 anos (art 179 do CC)
Doação (art. 538 a 564 do CC) 
· Conceito – Noções Gerais 
· Ditado: Doação é o negócio jurídico em que o doador por liberalidade transfere ao donatário bens ou direitos do seu patrimônio sem qualquer remuneração ou contrapartida. Trata-se de ato benévolo, gratuito. Importa ainda registrar que a doação não admitirá interpretação extensiva (art. 114 do CC) 
Depreende-de do artigo 538 do CC que a doação possui dois requisitos essenciais, a intenção de doar e a aceitação do donatário. 
· Aceitação 
· Tácita 
· Ditado: A aceitação ela será tácita quando não existir manifestação expressa de vontade mas o comportamento do donatário revelar a aceitação. Art 539 do CC
· Presumida 
· Ditado: Essa modalidade não é pacífica na doutrina mas consiste na aceitação que decorre da lei ou melhor a lei faz presumir aceita a doação, por exemplo art 543 do CC. Parte da doutrina contesta essa modalidade sob a alegação que a dispensa ou presunção da aceitação pode resultar em prejuízo ao incapaz ( art 543 X 1748, II do CC)
· Expressa
· Ditado: A aceitação expressa acontece de forma escrita ou verbal e pode ser feita em instrumento público ou particular 
· Natureza Jurídica 
· Ditado: A doação é contrato unilateral e gratuito, consensual, comutativo. Em regra será contrato solene e formal exceção feita a doação verbal ou doação manual prevista no parágrafo único do art 541 do CC. Quanto ao patrimônio do doador referido no parágrafo único, o bem será considerado de pequeno valor a luz da fortuna do doador. 
· Modalidades de doação 
· Doação Pura
· Ditado: É aquela que se apresenta sem qualquer dos elementos acidentais do plano da eficácia (art 538 do CC) 
· Doação Condicional 
· Ditado: É a doação cuja a eficácia poderá estar condicionado a evento futuro e incerto. A doação condicional poderá ser sujeita a condição suspensiva (art. 542 do CC) ou resolutiva (art. 547 do CC) 
· Doação à Termo
· Ditado: Aquela sujeita a evento futuro e certo 
· Doação Modal
· Ditado: Vem acompanhada de um encargo a ser desempenhado pelo donatário (art 553 e 555 do CC) o artigo 555 do CC admite a revogação da boa ação pelo não exercício do encargo.
Espécies de Modalidade de Doação 
· Doação Remuneratório (art. 540 do CC)
Doação (continuação)
· Espécies de modalidade 
a) Doação remuneratória (art 540 do CC)
· O sujeito não pode cobrar pelo serviço que fez 
· Doação por um serviço prestado mas não cabe as partes pagar
· Serviços remunerados
· Doação pura e simples 
· Não é pagamento e nem prestação de serviços 
· Ex: doar 5 mil ao salva vidas do clube por ter salvo meu filho do afogamento 
· Cabe a alegação de Vicio redibitório (art 441 do CC)
· Revogação: donatário recebe com um encargo a se cumprir e não pode ser revogado por ingratidão (art 555 a 564 do CC)
· Ditado: Não se trata essencialmente de uma doação mas sim de uma remuneração por serviço prestado que não pode ser cobrado do donatário. A doação remuneratória comporta a alegação de vício redibitório nos termos do artigo 441, parágrafo único do CC pois trata-se de doação onerosa. Na doação remuneratória não caberá a revogação por ingratidão nos termos do art 564, I do CC.
b) Doação Contemplativa ou Meritória (art 540 do CC)
· Ocorre pelo mérito do donatário 
· Ex: fã que doa um alto valor ao ídolo
· Ditado: Doação contemplativa ou meritória é aquela realizada em contemplação a merecimentos ou predicados do donatário, trata-se de doação pura e simples mas que contém motivo expresso. 
c) Doação à Nascjturo (art 542 do CC)
· Doação condicional 
· É necessário o nascimento com vida pois adquire personalidade jurídica 
· O representante legal precisa aceitar 
· Ocorre quando está vinculada a evento futuro e incerto 
· O art 1800 do CC diz que pode existir a doação sem que tenha concebido o herdeiro por testamento, caso não concebido em 2 anos, voltará aos herdeiros
· Ditado: Nascituro é aquele concebido mas não nascido e portanto apto a titularizar direitos extra patrimoniais. Apenas o seu nascimento com vida permitirá que titularizedireitos de ordem patrimonial, portanto a doação à nascituro contém elemento condicional, ou seja, o nascimento com vida. O artigo 542 exige a aceitação pelo representante legal do nascituro. É possível a indicação de prole eventual de terceiro, por testamento escolhido como beneficiário da doação.
d) Doação sob Forma de subvenção períodica (art 545 do CC)
· Doação de rendas 
· Ex: avó destinar o aluguel de X imóvel para o neto 
· Quando doador morre, se encerra essa doação de renda excepcionalmente se o doador informar expressamente que quer que o donatário continue recebendo 
· Donatário morreu, se extingue 
· Ditado: Consiste na doação de rendas que é contrato de trato sucessivo. Em regra, não poderá ultrapassar a vida do doador, bem como deverão ser respeitadas as forças da herança. Excepcionalmente o doador poderá assinalar que a subvenção periódica permaneça durante a vida do donatário mas não poderá ultrapassar esta.
e) Doação Propter Nupcias (546 do CC)
· Decorre do casamento
· Se não existir o casamento, a doação não se aperfeiçoa 
· Ex: doar o apartamento para o filho que vai casar
· Não é presente de casamento pois precisa que o casamento ocorra 
· Ditado: É a doação realizada em contemplação a casamento futuro, portanto é condicional e não poderá ser revogada por falta de aceitação, ou seja, a realização do casamento equivalerá a aceitação.
f) Doação de ascendente para descendente e entre cônjuges (art 544 do CC)
· Não é necessário a autorização dos demais descendentes e cônjuge 
· Entende-se que o patrimônio doado é uma antecipação da herança 
· Ditado: Tratando-se de doação de ascendente para descendente não será necessário a autorização dos demais descendentes e cônjuge pois a doação neste caso é compreendida como antecipação de legítima. Quanto a doação entre cônjuges ela será possível nos regimes da comunhão parcial, separação convencional e participação final nos aquestos.
g) Doação com clausula de Reversão (art 547 do CC)
· Doador pode estabelecer que caso o donatário morra antes dele, o patrimônio voltará ao doador
· Doação condicional 
· É resolutiva 
· Ditado: Consiste na doação em que o doador estabelece que os bens doados retornem ao seu patrimônio, caso sobreviva ao donatário. Trata-se de clausula personalíssima, que por isso não pode ser instituída em favor de terceiro. O artigo 547 do CC veda a doação sucessiva.
h) Doação conjuntiva (art 551 do CC)
· Ex: doar casa a João e Maria 
· Ditado: É a doação à mais de um donatário em que será presumido a divisão igualitária entre eles, caso o doador não estabeleça o contrário.
i) Doação Inoficiosa (art 549 do CC)
· Excede a legítima 
· É NULA
· No momento da liberalidade (doação)
· A doação inoficiosa invade a legítima 
· Nula somente o que é necessário para voltar (respeitar) a legítima 
· Ditado: Doação inoficiosa será nula a doação na parte em que exceder o que o doador poderia dispor em testamento no momento da doação. Desse modo, conserva-se a doação no tocante a parte disponível e será nula o excedente que ultrapassar a legítima.
j) Doação universal (art 548 do CC)
· Doação de todo patrimônio do doador é possível se reservar a renda 
· Ex: doar todo o patrimônio para os filhos mas reservar o usufruto para mim 
· Ditado: Será nula a doação de todos os bens do doador sem a reserva do necessário para a sua subsistência. É possível a doação de todo patrimônio do doador, desde que não existam herdeiros necessários e seja reservado renda para a sua subsistência. 
k) Doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice (art 550 do CC)
· Ditado: É anulável no prazo decadencial de 2 anos a doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice. Observa-se este prazo será contado da dissolução da sociedade conjugal e serão partes legítimas para demanda, o cônjuge prejudicado e demais herdeiros necessários. Desde 2005 não existe mais o crime de adultério. 
Doação (continuação)
· Espécies de modalidade
a) (L) Doação à Entidade Fatura (art 554 do CC)
· Ditado: O artigo 554 permite a doação em benefício de entidade futura, trata-se de doação condicional (suspensiva) pois deverá a pessoa jurídica ser constituída no prazo decadencial de 2 anos. 
b) (M) Promessa de doação 
· Existem dois pensamentos (correntes)
· Ditado: Quanto a promessa de doação, não há previsão no código civil mas na doutrina e na jurisprudência encontramos duas posições: a corrente majoritária entende que não é possível a promessa de doação pois se trata de ato de liberalidade e portanto não se poderia obrigar o doador a cumprir o prometido. No sentido contrário a promessa de doação seria válida pois teria natureza de contrato preliminar. 
· Revogação da Doação (art 557 do CC)
· Eu dou mas atribui ao beneficiário algum ônus 
· Ex: doar casa mas solicitar que seja abrigo para animais 
· Se em 2 anos não utilizar o ônus, o doador pode revogar a doação e doar a outro ou cobrar o ônus em mora 
· Possibilidades da revogação da doação:
· Inexecução do ônus 
· Ingratidão, crime contra a vida 
· Ditado: A revogação da doação encontra previsão entre os artigos 555 a 564 do CC e ocorrerá em duas hipóteses:
a) Ingratidão do donatário com previsão no artigo 557 do CC. Trata-se de hall exemplificativo 
b) Inexecução de encargo, lembrando que o doador poderá assinar prazo para a execução do encargo mas quando não o fizer, deve constituir em mora o donatário nos termos do artigo 562 do CC. Devemos registrar que não cabe revogação da doação das seguintes modalidades: 
· Doação puramente remuneratória;
· Doação com encargo já cumprido;
· Doação decorrente de obrigação natural(gorjeta);
· Propter Nupcias.
Locação de coisa móvel 
· Conceito: Noções Gerais 
· Não transfere a propriedade, só transmite a posse direta
· Pode ter prazo determinada ou indeterminado
· Ditado: Trata-se do Negócio Jurídico em que uma das partes se obriga a ceder a outra por tempo determinado ou não o uso e o gozo de determinado bem infungivel, sempre mediante remuneração. 
· Relação de consumo. Ex: automóvel para fazer Uber, vestido de noiva.
· Quando o contrato tiver natureza civil, se utiliza o CC
· Quando o contrato tiver natureza de consumo, se utiliza o CDC 
· Ditado: Na locação de coisa móvel quando existir relação de consumo deverá incidir o CDC naquilo que couber 
· Natureza Jurídica e Elementos Estruturantes
· Ditado: Trata-se Contrato comutativo bilateral, oneroso e consensual 
· Se não há preço, não é locação 
· Pode seguir duas modalidades: paritário, eu e o locador decide (posição de igualdade) ou adesão (seguir um modelo)
· Ditado: Poderá seguir a modalidade de contrato paritário ou de adesão.
· Será sempre informar, porém se envolver fiança, só terá validade se for por escrito 
· Ditado: A locação poderá ser informar e não solene mas se tiver como acessório a fiança, está deverá ser escrita. 
· Locação é contrato personalíssimo 
· Elementos Estruturais:
· Toda locação tem prazo (elemento tempo) e não transfere propriedade
· Prazo (tempo): determinado ou indeterminado 
· Tempo pode se prorrogar e se tornar indeterminado porém ainda tem o trampo determinado 
· Pode ocorrer o aluguel sanção (aluguel maior) para obrigar a devolver a coisa (previsto no CC). Ex: locar dvd e pagar multa quando devolver pelo atraso
· Ditado: Toda locação se realiza por determinado prazo que poderá ser determinado ou indeterminado. Na hipótese de prorrogação da locação celebrada por prazo determinado para prazo indeterminado, serão mantidas as mesmas regras inicialmente pactuadas, conforme artigo 574 do CC. O artigo 575 do CC estabelece que o locatário que não restitui o bem no prazo ajustado, deverá pagar o aluguel arbitrado pelo locador que se excessivo poderá ser reduzido pelo juiz. Poderá ainda pagar perdas e danos.
· Coisa: 
· tem que ser infungível 
· Ex: devolver o mesmo vestido 
· Ditado: A locação tem objeto de coisa infungivel pois deverá ser restituído o mesmo mesmo dado em locação.
· Retribuição 
· Tem preço e tem locação
· Ditado: É indispensável para caracterizar a locação a existência de contraprestação, sem a qual a locaçãose transforma em comodato.
Locação de imóveis (lei 8245/91)
· Regras Gerais 
· Necessário prazo, coisa infungivel, não está previsto no CC
· O que determina é a localização do imóvel e a finalidade dele 
· Ditado: A locação de imóveis encontra previsão na lei 8245/91. Que prevê, as seguintes modalidades de locação de imóvel urbano:
· Locação Residencial
· Por escrito 
· Prazo igual ou superior que 30 meses
· Locador não pode pedir o imóvel antes 
· A lei traz os motivos (específicos) que o locatário pode devolver o imóvel antes 
· A entrega ocorre com o fim do contrato, pode ser prorrogado por prazo indeterminado se após de 30 dias com o término de contrato e sem manifestação das partes 
· Em 30 dias é o prazo para entregar ou pedir o imóvel 
· Ditado: Caso a locação residencial se realize por contrato escrito em prazo igual ou superior a 30 meses, somente poderá ser retomado pelo locador ao término do prazo contratual. No entanto quando prorrogado por prazo indeterminado caberá a qualquer tempo a denúncia imotivado do contrato. Caso a locação residencial seja estabelecida verbalmente ou ainda por escrito por menos de 30 meses a ele se aplicará as regras do artigo 47 da lei de locação, inclusive quanto as hipóteses da denúncia cheia.
· Locação por Temporada 
· Ditado: É aquela pactuada para fins de residência temporária do locatário, lazer, cursos, tratamentos de saúde, realização de obras em outros imóveis. Está locação não poderá superar 90 dias sob pena de transformar-se por locação por tempo indeterminado. É possível na temporada a cobrança antecipada dos aluguéis.
· Locação não residencial 
· Ditado: Em regra está locação poderá ser celebrada por qualquer prazo e extinto o contrato e notificado o locatário, caberá a denúncia vazia (não tem fundamento jurídico) ou imotivado. Está locação também comporta sua prorrogação por prazo indeterminado conservando-se as mesmas condições anteriormente pactuadas.
· Ações Judiciais
· Algumas ações tem requisito objetivo 
a) Ação de despejo (art 59 a 66 da Lei de Locação) 
· Decorre de um descumprimento contratual 
· Ex: alugou para morar e mudou a destinação do imóvel 
· Ex: locatário está devendo 8 meses de aluguel 
· Não é somente por falta de pagamento, pode ocorrer pela falta do cumprimento principal do contrato ou dos deveres acessórios 
· Ditado: Tem por objetivo a retomada do imóvel pelo locador, poderá ser fundamentada em denúncia motivada ou não.
b) Consignação de aluguéis e acessórios (art 67 da Lei de Locação)
· Ditado: Tem por objetivo o depósito judicial dos aluguéis e seus acessórios, tendo como réu o locador ou seu representante legal.
c) Revisional (art 68 a 70 da Lei de Locação)
· Rever o valor do aluguel 
· Ditado: Tem por objetivo reestabelecer e adequar o valor do contrato ao contexto social do momento da ação, pode ser manejada por qualquer das partes desde que tenha passado 3 anos de vigência do contrato ou do último acordo entre as partes.
d) Renovatória
· Ditado: É a possibilidade de o locatário renovar locação não residencial, desde que preenchido os requisitos do artigo 51 da LL (Lei de Locação)
· Proteger o locatário 
· Um exemplo de potestativo 
Fiança 
· Conceito 
· Ditado: É contrato pelo qual o fiador garante satisfazer ao credor obrigação assumida pelo devedor encontra previsão no CC entre os artigos 818 a 838. 
· Natureza jurídica:
Ditado: Contrato unilateral, gratuito, consensual, comutativo, acessório e que exige forma escrita. Não admite interpreta
Fiança 
· Conceito
· Ele não é o devedor 
· É um contrato acessório 
· Natureza jurídica 
· Regras especiais:
· Prevista no artigo 818 a 838 do CC
· Fiança será sempre interpretada restritivamente 
· Afiança a algo específico 
· Ditado: A fiança é contrato que não admite interpretação extensiva e o fiador não responderá na hipótese de aditamentos contratuais que não tenha expressamente concordado. (Súmula 214 do STJ) 
· Fiador tem responsabilidade subsidiária mas na prática é solidária 
· Ditado: Em regra, o fiador não será devedor solidário, segundo o CC, sua responsabilidade é subsidiária pois goza do chamado benefício de ordem ou benefício de excussão, no entanto é facultado ao fiador, renunciar a tal benefício, tornando-se obrigado solidariamente ao devedor principal.
Prestação de Serviços 
· Conceito – Natureza Jurídica 
· Não configura relação de emprego 
· Não pode ser superior a 4 anos 
· Necessário remuneração 
· Objetivo lícito 
· Ditado: Contrato de prestação de serviços estará presente onde não existir relação de emprego e se caracteriza como negócio jurídico em que o prestador compromete-se a realizar determinada atividade de conteúdo lícito ao tomador, mediante remuneração.
· Ditado: Natureza Jurídica é contrato bilateral, oneroso, consensual, comutativo e informal 
· Regras Especiais
· Ditado: Depreende-se do artigo 596 do CC que a remuneração é elemento essencial ao contrato, inclusive com a previsão de critérios para a sua fixação quando as partes expressamente não a ajustarem. A remuneração é chamada de salário civil ou preço. O Código também se preocupa com a extinção da prestação de serviços e prevê hipóteses como: 
O adimplemento do serviço contratado 
O escoamento do prazo 
A recisão do contrato após notificação prévia 
Inadimplemento de qualquer das partes 
Fortuito e força maior 
Empreitada
· Conceito – Natureza Jurídica
· Tem objeto próprio 
· Contrato de prestação de serviços 
· Ditado: É o negócio jurídico em que o empreiteiro ou prestador assume a obrigação de fazer ou mandar fazer determinada obra a favor do dono da obra ou tomador, mediante remuneração.
· Ditado: Contrato bilateral, oneroso, comutativo, consensual e informal 
· Modalidades 
· Empreitada sob administração 
· O pessoal e o material competem ao dono da obra e o empreiteiro somente administra a obra 
· Ditado: Sob administração é aquela em que o empreiteiro gerenciará a obra mas tanto o pessoal quanto o material utilizado serão fornecidos pelo dono da obra
· Lavor ou mão de obra
· Material compete ao dono da obra e o empreiteiro executa com seu pessoal 
· Ditado: Mao de obra ou de Lavor é a modalidade em que o empreiteiro fornece mão de obra e o material fica sob responsabilidade do dono da obra
· Mista ou lavor e material 
· Pessoal e material competem ao empreiteiro 
· Ditado: Mista ou de lavor e material é o contrato em que o empreiteiro fica responsável tanto pelo material quanto pela mão de obra, ou seja, assume a responsabilidade por toda a obra. O artigo 610, parágrafo 1º do CC, impõe que seja expressa a responsabilidade pelo fornecimento do material 
Obs: nos casos em que o dono da obra disponibiliza o material e o empreiteiro não concorda, o mesmo deve registar tecnicamente o desconforto material, caso contrário o mesmo se responsabiliza 
· Extinção 
· Ditado: O Código Civil afirma que o contrato de empreitada será extinto por seu cumprimento; pela morte do empreiteiro se o contrato for personalíssimo; pelo distrato; pela resolução; falência do empreiteiro; recisão contratual pelo dono da obra (art 623 do CC). É possível ainda a extinção por onerosidade excessiva decorrente de fatos imprevisíveis ou não que ensejaram a revisão do contrato. A desproporção entre o preço da obra e o valor das modificações introduzidas também poderão ensejar a extinção do contrato pois resultará em seu desequilíbrio 
Comodato e Mutuo 
· Contrato de empréstimo 
· Comodato é possível o uso da coisa 
· Mútuo você usa a coisa e pode devolver um igual (equivalente)
· O mútuo é gratuito mas quando envolver empréstimo de dinheiro se torna oneroso
· Artigo 583 do CC diz que se o bem está em risco o comodatário tem que salvar como se fosse dele 
· Ditado: Comodato tem como partes o comodante e o comodatário e trata-se de empréstimo gratuito de bem infungivel, não transfere o domínio do bem ao comodatário que deterá a coisa como mero possuidor. Ao longo do prazo contratual, o comodante não poderá reaver a coisa. Encerrado o prazo contratual, deverá notificar o comodatário afim de restituí-la, sobpena de arcar com os danos sofridos pela coisa, pagar aluguel pena (Sansão) e sofrer ação de reintegração de posse. No comodato não será possível qualquer contraprestação ao comodante, mas é permitido atribuir ao comodatário eventuais despesas com uso e a conservação da coisa.
· Ditado: É o empréstimo gratuito de coisa fungível que possui como partes o mutuante e mutuário, transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário que passará a responder por eventuais danos sofridos pela coisa, a partir da tradição, o mútuo poderá ser oneroso se estiver como objeto o dinheiro e permite a cobrança de juros. 
	Comodato
	Mútuo
	Uso
	Consumo
	Infungivel
	Fungível
	Não transfere o domínio
	Transferência de domínio 
	Gratuito 
	Gratuito/ oneroso
Depósito 
· Não é difuso e nem de consumo 
· Tem finalidade de guarda de bem móvel e corpóreo 
· Não transfere propriedade 
· Pode ser gratuito ou oneroso 
· Ditado: É o negócio jurídico em que o depositário receberá objeto móvel e corpóreo para guardar até o momento em que o depositante o reclame. É contrato, em regra, unilateral e gratuito. Excepcionalmente será oneroso e bilateral. É comutativo e personalíssimo.
Assim como o mútuo e o comodato o depósito é contrato de natureza real.
O depósito poderá ser: voluntário, decorrente da vontade das partes ou necessário (obrigatório) e este poderá seguir as seguintes formas:
Legal: é o depósito decorrente de imposição de lei
Miserável: é aquele que se realiza em virtude de carnalidade 
Hospedeiro: é aquele que se refere a bagagem dos hóspedes em hotéis, pousadas e estabelecimentos similares. (Art 649 do CC)
Não cabe a prisão civil do depositário infiel (súmula vinculante n.25 do STF)

Outros materiais