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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Bárbara Afonso Rippi RA: 20938616 Déborah Santos Gomes RA: 21434532 Douglas Gomes RA: 21504512 Luana Silva Lopes RA: 21390314 APS – FUNDAMENTOS DE ECONOMIA SÃO PAULO 2021 Bárbara Afonso Rippi RA: 20938616 Déborah Santos Gomes RA: 21434532 Douglas Gomes RA: 21504512 Luana Silva Lopes RA: 21390314 APS - FUNDAMENTOS DE ECONOMIA Trabalho elaborado a disciplina de Fundamentos de Economia apresentado à Universidade Anhembi Morumbi como requisito parcial para obtenção de nota em Administração, sob a orientação da Prof. Liana Peçanha. SÃO PAULO 2021 Mercado internacional: Setor automobilístico no Japão A indústria automobilística no Japão vem se tornando destaque desde os anos 70. Surgiu nesta época como forte concorrente das empresas norte- americanas, que obtinham uma grande posição nesse mercado específico. O modelo norte-americano conhecido como fordismo era muito forte, sendo assim no início as montadoras japonesas se espelhavam nesse método para a sua produção. Posteriormente, tendo em vista que o fordismo não se adequava com as características japonesas, decidiram criar outro modelo que sanasse as necessidades dos usuários de automóveis, sendo esse modelo conhecido como Toyotismo. (CALANDRO, 1991) O Toyotismo foi um sistema de produção, foi criado pela Toyota e tinha como objetivo organizar a forma do trabalho. Se trata de um grande marco da indústria japonesa que ainda reflete atualmente. Esse sistema possuía algumas características marcantes, como: emprego vitalício do trabalhador; técnica do “just-in-time”, que evita desperdícios de matérias primas e produz somente aquilo que é necessário; utilizava também o Kanban, que eram placas que alertava quando exigia necessidade de reposição de peças novas. (RIBEIRO, 2015) Nos dias atuais a indústria automotiva no Japão se encontra em terceiro lugar do mundo todo como maior produtor. Em 2012, possuía uma produção de cerca de 9,9 milhões de automóveis. É um país onde se encontra diversos fabricantes mundialmente conhecidos, como a Toyota (fundadora do modelo Toyotismo), a Nissan, Suzuki, Mitsubishi, Kawasaki, Subaru, Yamaha, Honda, entre outras grandes empresas desse setor. (HISOUR, 2014) As empresas fabricantes dos automóveis no Japão são conhecidas pela alta qualidade dos seus produtos e segurança em todos os modelos que possuem. Em uma pesquisa feita em 2014, atribuída pela Consumer Reports (organização que realiza teste de produtos), foi confirmado através de um Ranking que às quatro marcas mais confiáveis no quesito segurança eram japonesas, sendo elas: Toyota, Honda, Lexus e Mazda. (HISOUR, 2014) O setor automobilístico é de extrema importância porque atende uma necessidade que a população possui. Até um certo ponto é acessível para a classe média e alta, causam um impacto positivos nos modelos de desenvolvimento pois todas as empresas que fazem parte desse setor estão sempre em competição querendo ser superior. (SENHORAS, 2005) Na economia se enquadra como um Oligopólio Misto, ou seja, é concentrado e diferenciado, onde não há presença de grandes empresas representativas, é uma empresa lucrativa, com capital e há também diversos produtos. Se trata de um setor amplo com estágios que não necessariamente há uma continuidade. (SENHORAS, 2005) Foi constatado através de uma análise mundial que dez empresas são responsáveis pela fabricação e produção de 75% dos automóveis, por isso considera-se um oligopólio. Além de ser considerada um oligopólio, pode também possuir características de um monopsônio, a qual as indústrias são reféns dos compradores e precisam proporcionar exclusividade, inovação e diversidade em suas marcas e modelos dos veículos para poderem se destacar entre a concorrência. (ROTTA, 2010) Com o crescimento da tecnologia esse setor também ampliou por causa do lucro que as máquinas geram ao ter uma produtividade maior em um tempo menor, porém criam uma taxa de desemprego porque não é tão essencial ter diversas mãos de obra para controlar uma máquina, como antigamente. (SENHORAS, 2005) A estrutura de mercado é estável pois por um lado há uma alta concentração e por outro existe uma barreira de entrada. Seus produtos são bens duráveis e com uma economia de escopo, ou seja, produz diversos produtos inovadores e diferentes com preços que não saem muito da média (dependendo do carro). (SENHORAS, 2005) As montadoras japonesas são vistas mundialmente como inspiração para esse setor automobilístico. Algumas indústrias de automóveis da parte ocidental do continente veem investindo em inovações tecnológicas com o intuito de se encaixarem no modelo japonês. Tendo em vista que o ritmo ocidental, não obtinha taxa de produtividade satisfatória. (CALANDRO, 1991) Podemos comparar a competividade japonesa com a do Brasil, já que estudos demonstram que São Paulo é a área no Brasil em que mais tem relevância nesse setor estando em 18º maior produtor do mundo, onde o primeiro carro circulou, as primeiras montadoras de instalaram (Ford, GM e Grassi que são montadoras de ônibus). São 29 montadoras no estado representando 43% das fábricas no Brasil. As empresas em SP são Caoa Chery, Caterpillar, CNH Industrial, Ford, General Motors (Chevrolet), Honda, Hyundai, John Deere, Komatsu, Mercedes-Benz, Scania, Toyota, Valtra, Volkswagen e Volvo. (INVESTESP, 2013) Também o estado de SP é o maior consumidor de veículos e são grandes exportadores de carros e peças e já produziram mais de 1 milhão em 3028 ou seja 46% do total do país, assim como também o Japão, que é um grande produtor e exportador. Como já foi referido anteriormente que não há uma continuidade, para construir um carro são necessários inúmeros peças. Em São Paulo há 66% do setor de fornecedores, ou seja, 391 empresas de autopeças sendo que existem 590 em todo o Brasil. Muitas dessas empresas inclusive se inspiram no padrão japonês de produção, já outras também são totalmente japonesas. (INVESTESP, 2013) O Japão é atribuído de grandes inovações, que sempre estão presentes, como carros elétricos, autônomos, híbridos e entre outros levando então ao crescimento também dos fornecedores, “obrigando” a ter tecnologias mais avançadas. Ao contrário do que também já foi referido, depois do investimento dessas novas fabricas com novas tecnologias geraram mais de 17 mil empregos com pessoas treinadas. (INVESTESP, 2013) Por fim, podemos compreender a relevância do Japão nessa indústria automobilística que se perdura por anos. Um setor altamente competitivo e pequeno, onde poucas empresas se concentram e lideram. As potências automotivas japonesas dominam o mercado mundial há anos e marcam uma grande presença em diversos países de todos os continentes. Diversas marcas japonesas estão alocadas no mundo inteiro, servindo como inspiração e por ser um oligopólio, acaba estreitando o surgimento de novas empresas nesse ramo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CALANDRO, Maria Lucrécia. Crise e reestruturação da indústria automobilística internacional: algumas considerações. 1991. Disponível em: https://revistas.dee.spgg.rs.gov.br/index.php/indicadores/article/viewFile/507/74 5. Acesso em 5 abr 2021. HISOUR. Indústria automotiva no Japão. 2014. Disponível em: https://www.hisour.com/pt/automotive-industry-in-japan-37659/. Acesso em 5 abr de 2021. INVESTESP. Automotivo. 2013. Disponível em: https://www.investe.sp.gov.br/setores-de-negocios/automotivo/. Acesso em 13 abr 2021. RIBEIRO, Andressa de Freitas. Taylorismo, Fordismo e Toyotismo. 2015. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/ls/article/viewFile/26678/pdf. Acesso em 5 abr 2021. ROTTA, Ivana Salvagni. Análise setorial da indústria automobilística: principaistendências. 2010. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2000_E0064.PDF. Acesso em 12 abr 2021. SENHORAS, Eloi Martins. A indústria automobilística sob enfoque estático e dinâmico: uma análise teórica. 2005. Disponível em: http://sistema.semead.com.br/8semead/resultado/trabalhosPDF/226.pdf. Acesso em 12 abr 2021. https://revistas.dee.spgg.rs.gov.br/index.php/indicadores/article/viewFile/507/745 https://revistas.dee.spgg.rs.gov.br/index.php/indicadores/article/viewFile/507/745 https://www.hisour.com/pt/automotive-industry-in-japan-37659/ https://www.investe.sp.gov.br/setores-de-negocios/automotivo/ https://revistas.pucsp.br/ls/article/viewFile/26678/pdf http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2000_E0064.PDF http://sistema.semead.com.br/8semead/resultado/trabalhosPDF/226.pdf
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