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Saúde do Idoso- AE

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2 
 
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 7 
HISTÓRIA DO IDOSO .................................................................................................................. 8 
A DEMOGRAFIA DO IDOSO .................................................................................................... 12 
O IDOSO E A FAMÍLIA.............................................................................................................. 13 
O PROCESSO DO ENVELHECIMENTO .................................................................................. 15 
CONCEITO DO ENVELHECIMENTO ...................................................................................... 16 
FISIOLOGIA DO IDOSO ............................................................................................................ 17 
O ENVELHECIMENTO NO BRASIL ........................................................................................ 19 
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DO IDOSO ............................................. 20 
Segundo o Estatuto do Idoso ..................................................................................................... 20 
Fenômenos que contribuem para o envelhecimento: ................................................................ 20 
Anatomia e fisiologia do envelhecimento - A composição e forma do corpo .......................... 21 
Pele ............................................................................................................................................ 21 
SISTEMA ÓSSEO ........................................................................................................................ 22 
SISTEMAS ARTICULAR E MUSCULAR ................................................................................. 22 
SISTEMA NERVOSO .................................................................................................................. 22 
SISTEMA CARDIOVASCULAR ................................................................................................ 22 
VASOS SANGUÍNEOS ............................................................................................................... 22 
VALVAS CARDÍACAS .............................................................................................................. 23 
SISTEMA RESPIRATÓRIO - MODIFICAÇÕES ESTRUTURAIS DO SISTEMA 
RESPIRATÓRIO .......................................................................................................................... 23 
MODIFICAÇÕES TORÁCICAS ................................................................................................. 23 
VIAS AÉREAS E PULMÕES ...................................................................................................... 23 
SISTEMA DIGESTÓRIO............................................................................................................. 24 
BOCA............................................................................................................................................ 24 
ESÔFAGO .................................................................................................................................... 24 
ESTÔMAGO ................................................................................................................................ 24 
PÂNCREAS .................................................................................................................................. 24 
INTESTINO DELGADO ............................................................................................................. 25 
CÓLON ......................................................................................................................................... 25 
RETO E ÂNUS ............................................................................................................................. 25 
SISTEMA GENITAL FEMININO ............................................................................................... 25 
SISTEMA GENITAL MASCULINO .......................................................................................... 26 
BEXIGA E URETRA ................................................................................................................... 26 
ASPECTOS OTORRINOLARINGOLÓGICOS .......................................................................... 26 
ASPECTOS OFTÁLMICOS ........................................................................................................ 27 
O PAPEL DO PROFISSIONAL COMO CUIDADOR DO IDOSO ........................................... 27 
SAÚDE DO IDOSO ..................................................................................................................... 30 
ESTRATÉGIAS PARA ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES ESPECÍFICAS DOS IDOSOS
 ....................................................................................................................................................... 30 
PROMOÇÃO À SAÚDE .............................................................................................................. 31 
PREVENÇÃO DE AGRAVOS .................................................................................................... 31 
ASSISTÊNCIA AOS IDOSOS ..................................................................................................... 32 
PRINCIPAIS DOENÇAS ............................................................................................................. 33 
Memória dos idosos- Mal de Alzheimer ................................................................................... 33 
Como se processa a memória? .................................................................................................. 33 
O que é a Doença de Alzheimer? .............................................................................................. 33 
Que outras doenças podem afetar a memória?.......................................................................... 34 
Como prevenir a Doença de Alzheimer? .................................................................................. 34 
O que é hipertensão arterial? ..................................................................................................... 34 
 
3 
 
Como a hipertensão se manifesta? ............................................................................................ 34 
Quais os tipos de hipertensão? .................................................................................................. 35 
Como cuidar da hipertensão? .................................................................................................... 35 
Insônia ....................................................................................................................................... 35 
Quais as causas da insônia? ...................................................................................................... 35 
Quais são os tipos de insônia?................................................................................................... 36 
Como é o sono normal? ............................................................................................................ 36 
Como é o sono nos idosos? ....................................................................................................... 36 
Como ter uma boa noite de sono? ............................................................................................. 37 
DOENÇA DE PARKINSON ATINGE CERCA DE 200 MIL PESSOAS NO BRASIL ............ 37 
O que é a doença de Parkinson? ................................................................................................ 37 
Qual a explicação para a doença? .............................................................................................37 
Quais os sintomas? .................................................................................................................... 37 
Como é o tratamento? ............................................................................................................... 38 
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO .................................................................................. 39 
Fatores de risco para AVC ........................................................................................................ 39 
Principais fatores de risco: ........................................................................................................ 39 
Tipos de AVC ........................................................................................................................... 39 
Sinais que precedem um derrame: ............................................................................................ 40 
Como identificar o acidente vascular cerebral: ......................................................................... 40 
Diagnóstico ............................................................................................................................... 40 
Prevenção .................................................................................................................................. 41 
Consequências/complicações .................................................................................................... 41 
Tratamento ................................................................................................................................ 41 
Reabilitação ............................................................................................................................... 41 
Causas e classificações da pneumonia: ..................................................................................... 41 
Classificações da pneumonia: ................................................................................................... 41 
Sintomas da pneumonia ............................................................................................................ 42 
Nos casos mais graves pode haver ainda: ................................................................................. 42 
Fatores de risco: ........................................................................................................................ 43 
Diagnóstico da pneumonia ........................................................................................................ 43 
Tratamento da pneumonia ......................................................................................................... 43 
Prevenção da pneumonia .......................................................................................................... 44 
Cuidados de enfermagem: ......................................................................................................... 44 
CÂNCER ...................................................................................................................................... 45 
ENFISEMA E BRONQUITE CRÔNICA .................................................................................... 45 
INFECÇÃO URINÁRIA .............................................................................................................. 45 
OSTEOPOROSE .......................................................................................................................... 46 
DIABETES ................................................................................................................................... 46 
OSTEOARTROSE........................................................................................................................ 46 
DEPRESSÃO ................................................................................................................................ 46 
CATARATA ................................................................................................................................. 46 
GLAUCOMA................................................................................................................................ 47 
OS GIGANTES DA GERIATRIA ............................................................................................... 47 
Instabilidade .............................................................................................................................. 47 
Quedas ....................................................................................................................................... 47 
Causas ....................................................................................................................................... 47 
Os fatores de risco ..................................................................................................................... 48 
Como avaliar: ............................................................................................................................ 48 
Imobilidade ............................................................................................................................... 49 
 
4 
 
Fatores Predisponentes:............................................................................................................. 49 
Consequências:.......................................................................................................................... 49 
Conduta: .................................................................................................................................... 49 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA................................................................................................... 50 
Consequências:.......................................................................................................................... 50 
Causas: ...................................................................................................................................... 50 
Pesquisar: .................................................................................................................................. 50 
INSUFICIÊNCIA CEREBRAL - DEMÊNCIA ........................................................................... 51 
São causas reversíveis de demência: ......................................................................................... 51 
Diagnóstico ............................................................................................................................... 52 
IATROGENIA .............................................................................................................................. 52 
CUIDADOS NO MANUSEIO DOS MEDICAMENTOS DO IDOSO ....................................... 53 
1. O que o cuidador deve saber antes de administrar um medicamento no idoso? O .............. 53 
2. C o m o conservar um m e d i c a m e n t o ? .......................................................................... 53 
3. C o m o deve ser administrado um m e d i c a m e n t o por via oral? ............................. 53 
Gotas ......................................................................................................................................... 53 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE RELEVÂNCIA PARA A SAÚDE DA PESSOA IDOSA NO 
SISTEMA...................................................................................................................................... 54 
HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO À PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO BÁSICA ........... 55 
COMUNICAÇÃO COM A PESSOA IDOSA ............................................................................. 55 
Facilitadores da comunicação com a pessoa idosa: .................................................................. 56 
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL: .............................................................................................56 
Reações de defesa do idoso:...................................................................................................... 56 
PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS ................................................................................ 57 
Alimentação Saudável para Pessoas Idosas .............................................................................. 57 
Benefícios da Prática de Atividade Física: ............................................................................... 57 
Trabalho em Grupo com Pessoas Idosas................................................................................... 57 
ATRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA NO ATENDIMENTOÀ 
SAÚDE DA PESSOA IDOSA ..................................................................................................... 58 
1. Atribuições Comuns a todos os Profissionais da Equipe ...................................................... 58 
2. Atribuições do Auxiliar/Técnico de Enfermagem. ............................................................... 58 
O IDOSO E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA............................................................................. 59 
Estatuto do idoso e seus direitos ............................................................................................... 59 
ESTATUTO DO IDOSO .............................................................................................................. 61 
CAPÍTULO I......................................................................................................................... 62 
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 62 
CAPÍTULO III ...................................................................................................................... 63 
CAPÍTULO IV ...................................................................................................................... 63 
CAPÍTULO V ....................................................................................................................... 65 
CAPÍTULO VI ...................................................................................................................... 65 
CAPÍTULO VII .................................................................................................................... 66 
CAPÍTULO VIII ................................................................................................................... 67 
CAPÍTULO IX ...................................................................................................................... 67 
CAPÍTULO X ....................................................................................................................... 68 
TÍTULO III ........................................................................................................................... 69 
CAPÍTULO I......................................................................................................................... 69 
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 69 
TÍTULO IV ........................................................................................................................... 70 
CAPÍTULO I......................................................................................................................... 70 
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 70 
 
5 
 
CAPÍTULO III ...................................................................................................................... 72 
CAPÍTULO IV ...................................................................................................................... 73 
CAPÍTULO V ....................................................................................................................... 74 
TÍTULO V ............................................................................................................................ 75 
CAPÍTULO I......................................................................................................................... 75 
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 76 
CAPÍTULO III ...................................................................................................................... 77 
TÍTULO VI ........................................................................................................................... 80 
CAPÍTULO I......................................................................................................................... 80 
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 80 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 83 
 
6 
 
 
 
7 
 
INTRODUÇÃO 
O processo do envelhecimento é evidente e observado com facilidade apesar de 
sabermos pouco sobre este fenômeno que acontece com todos os seres vivos. O 
indivíduo idoso não constitui um ser marginal, mas exibe necessidades peculiares, de 
importâncias variáveis, que exigem atenção e conhecimento para tomar medidas e 
condutas que sejam adequadas para cada situação. 
Envelhecer é um processo dinâmico, progressivo e inevitável, pois há mudanças 
morfológicas, bioquímicas, funcionais e psicológicas ocasionando maior predisposição a 
processos patológicos que acabam levando a morte. 
Com o aumento da prevenção de doenças através de programas de saúde, 
avanço da medicina e avanços tecnológicos houve o envelhecimento populacional o 
que levou a ênfase aos estudos geriátricos e gerontológicos. 
 Brasil o IBGE (2002) calcula-se que até 2025 15% da população total sejam de 
idosos, no entanto os cuidadores específicos em relação à população idosa são 
precários, no que se diz respeito à sociedade pública o aumento da população idosa 
traduz-se em maior número de doenças degenerativas, crônicas do sistema 
cardiocirculatória, respiratória, neuropsiquiátrico, digestivo e ósteo-articular. 
A desconsideração social, a dificuldade de subsistência, o desrespeito individual, 
o abandono familiar, a ausência de assistência á saúde, a falta de perspectiva de uma 
vida digna são fatos observáveis com exceção de sociedades onde existe forte conceito 
espiritual ou religioso, como em algumas tribos indígenas. 
Em nosso país, a população em sua maioria e constituída por jovens, os estudos 
voltados aos idosos são recentes, a demanda por profissionais capacitados em trabalhos 
com os idosos é grande, já que nesta faixa etária os problemas de saúde são 
extremamente complexos exigindo a participação conjunta de diferentes áreas 
profissionais, determinado a importância e a significância social das profissões voltadas 
para essa área profissional. 
Atualmente, é de fundamental importância que o profissional interessado nesta 
área esteja atualizado nas peculiaridades anatômicas e funcionais do envelhecimento, 
 
8 
 
sabendo discernir com máxima precisão os efeitos naturais deste processo (senescência) 
das alterações reduzidas pelas inúmeras afecções que pode acometer o idoso 
(senelidade). 
Pensando nessa necessidade de aprimoramento profissional para o cuidado com 
o idoso, não podemos de deixar de enfatizar a importância do enfermeiro nessa fase da 
vida, destacando ainda o papel essencial na capacitação do cuidador do idoso. 
Essa temática foi escolhida no intuito de mostrar como e porque o enfermeiro é 
fundamentalna capacitação do cuidador do idoso, a atuação deixa de ser centralizada 
em um ou poucos profissionais e passa a ser dividida por aqueles que têm 
conhecimento, competência e eficiência característica que vão determinar a qualidade 
no cuidado do idoso. 
O trabalho aqui apresentado trata-se de uma pesquisa bibliográfica, abordando 
diversos autores que discutem sobre o idoso havendo uma investigação exploratória, 
descritiva e qualitativa, visando a sensibilização do enfermeiro para o idoso, insistir na 
sua importância a fim de despertar em nossa sociedade e seus familiares a necessidade 
de valorização da promoção de saúde da faixa etária. 
HISTÓRIA DO IDOSO 
A velhice é permanente e a realidade eminente. Desde o princípio do mundo 
sempre se dava ênfase aos mais velhos pelo seu saber e experiência de vida. Assim 
sucessivamente passa de pais para filhos é uma constante, embora em períodos mais 
remotos os idosos eram tratados com mais dignidade e respeito. 
Na sociedade primitiva os idosos eram valorizados pela sua capacidade física e os 
homens que se mantinham vigorosos mesmo na senectude /velhice tinham mais 
consideração social que os que apresentavam fraquezas, enfim as patologias que 
acometem o individuo na velhice. 
Os valores religiosos e filosóficos desempenhavam um papel importante na 
valorização dos idosos nas diferentes sociedades. A crença da vida pós-morte e a 
intervenção dos espíritos de modo direto ou indireto, certamente contribuíram na 
atitude da sociedade primitiva para os idosos. 
 
9 
 
No Egito por volta de (3.000 a.c.), diversos documentos ressaltavam a obrigação 
dos filhos e de cuidar de seus pais idosos e de manter suas tumbas após a morte. 
Os egípcios objetivavam uma vida longa e saudável. Viver 110 anos era um 
prêmio por uma vida equilibrada e virtuosa. E para conseguir este objetivo eles davam 
grande importância às medidas de higiene, como banhos, rituais de sudorese e vômitos. 
Em (1.600 a.c.), encontramos o papiro cirúrgico de Edwin Sinith, contendo 
recomendações utilizadas ainda hoje como: compressão para o controle de 
hemorragias, seções especiais sobre doenças nos olhos e entre outros órgãos internos. 
Além das descrições clínicas este documento refere diversas fórmulas uma delas chama-
se "O livro para a transformação de um homem velho em um jovem de 20 anos", o qual 
contém a prescrição e a formulação de um unguento especial feito a partir de uma 
pasta mantida em um recipiente de semi-pedras preciosas e usadas em fricção para 
eliminação de rugas e manchas. Este documento é um dos princípios a tentar explicar as 
manifestações do processo de envelhecimento. 
Em Israel a civilização era bem desenvolvida adotou as medidas de higiene e a 
prevenção quanto aos tratamentos de doenças. O povo judeu tinha um enorme 
respeito quanto aos idosos. 
Segundo no livro de Bem Sirak (eclesiástico), escrito em (200 a.c.): 
Tem conselhos apenas sobre o cuidado com os idosos, mas também aos 
cuidados necessários a paciente demenciados: "Meu filho, ajuda à velhice de teu pai, 
não o desgostes durante sua vida. Se seu espírito desfalecer ser indulgente, não o 
desprezes porque te sentes fortes, pois tua caridade para com teu pai não será 
esquecida", (Ecle, 3: 14, 15) ou máximas sobre a velhice como as seguintes: "Como 
acharás na velhice aquilo que não tiveres acumulada na juventude? Quão belo é para a 
velhice o saber julgar e para o ancião o saber aconselhar! Quão bela é a sabedoria nas 
pessoas de idade avançada... A experiência consumada é a glória dos anciãos!", (Ecle, 
25:5-8). 
Os políticos judeus também valorizavam a velhice, e do ponto vista legal, 
maltratar os pais era um crime que podia chegar a ser punido com a morte. O Sinédrio 
 
10 
 
órgão máximo do povo hebreu era composto por 70 "anciãos do povo", homens 
ilustres, cujas filhas poderiam casar-se com sacerdotes. 
O povo judeu tinha característica marcante no sentido religioso. Quanto às 
patologias eles tinham uma visão, quem era acometida por elas ficava demente estavam 
pagando pelos seus pecados vindo como um castigo ao pecador e seus descendentes. 
Na Grécia o envelhecimento era horrível, pois representava um declínio na 
juventude. Mais o povo helênico tinha consideração e respeito aos idosos. Em Esparta 
foi criado o conselho dos cidadãos idosos com 28 homens acima de 60 anos, que tinha 
o controle da cidade-estado, devido ao grau de sua experiência de vida e 
conhecimento. 
Na antiga Roma, os idosos parecem ter respeitos. A instituição mais importante 
de poder, o Senado deriva seu nome por Senex (idoso), valorizando a experiência 
destes. 
As figuras mais importantes do Império Romano foram Celsus (10-37 d.C.) e 
Galeno nascido na Grécia (129-200 d.C.), estes fizeram teorias sobre o envelhecimento e 
tratamentos quanto aos problemas ocasionados pela idade avançada e são tratados até 
hoje pelos gerontôlogos e eles ainda se debatem, depôs de 2.000 anos, por exemplo, 
em seu livro Gerontômica. 
Segundo Galeno (129-200 d.C.): 
Adverte O idoso deve ser aquecido e umedecido. Devem-se tomar banhos 
quentes, fazer dietas especiais tomar vinho e permanecer ativo. Quando se diz da 
necessidade de se cuidar da hipotermia entre os idosos e da hidratação, nada, mas é 
que repetir ao conselho de Galeno. 
Na idade Média (500 – 1.500 d.C.), os idosos continuaram a ser bem tratado, mas 
é neste século obteve o surgimento das universidades para organizar o ensino médico e 
contribuir com a população. 
A partir deste século começou a dar mais ênfase quanto às prevenções e as 
medidas de tratamento aos idosos. Foi abordado pelos dois filósofos que mais 
 
11 
 
valorizaram a medicina preventiva aos idosos e advertia os mesmos em alguns de seus 
tratados para evitar excessos e medidas de higiene, beber vinho e fazer 
acompanhamento médico periodicamente. 
No século X, cem anos mais tarde encontramos em Veneza a legislação que 
tributava em 10% as heranças para prestar assistência médica aos idosos e às pessoas 
incapazes. 
A partir do século XVIII, as tacuínas textos elaborados no sentido de medicina, 
neles se destacavam vários recursos terapêuticos de origem vegetal e animal, estes 
textos encontram-se em bibliotecas de centros europeus (tacuinum de paris, Viena, 
Liége, Ruão, Roma), mas a sua origem é no norte da Itália (vale do Rio Pó) aonde se 
relata a função da manjerona pelos idosos melhorando a "obstrução do cérebro". 
No Renascimento neste período a expectativa de vida aumentou, pois surge um 
interesse muito grande quanto ao processo de envelhecimento. 
Segundo Grabriele Zerbi (1468 – 1505): 
Escreveu um livro Gerontocomia, um manual de higiene para idosos e foi o 
primeiro livro impresso direcionado a geriatria. Zerbi argumenta que o idoso tem uma 
compleição especial, primeira fria e seca e posteriormente quente e úmida, definindo 
assim uma predisposição para mais de 300 patologias, ele orienta quais os lugares 
propícios dentro de casas para os idosos repousarem e uma adequada prescrição 
dietética. 
Este autor defende muito o uso de leite humano na melhoria das condições dos 
idosos. Outro ponto que o autor descreve é quanto aos profissionais que quisesse se 
dedicar ao cuidar dos idosos, teriam que mudar o seu estilo de vida, passariam a ser 
conhecedores de medicina, moralizado, experientes, religiosos, limpos, moderados com 
a comida, bons hábitos e de boa aparência, estas seriam as características para um bom 
profissional, pois o seu estilo de vida passaria de exemplo aos pacientes. 
A Era Moderna com os avanços da medicina, o envelhecimento começou a 
ganhar mais êxito. Com o início da Revolução industrial e do Racionalismo, os autores 
começarama comparar o organismo com uma maquina sujeito ao desgaste. 
 
12 
 
Segundo Darwin Apud Rush (1731 – 1802/1745 - 1813): 
Propunha que o envelhecimento e a morte decorriam da incapacidade de 
irritabilidade uma menor resposta dos tecidos. Nesta mesma época o autor médico 
americano diz que as implicações do envelhecimento em si não são responsáveis pela 
morte, mas sim as doenças acometem ocasionando à morte. A velhice não é doença. 
Na metade do século XIX a população idosa começou a crescer e o interesse 
médico começou a se especificar numa área dirigida aos idosos, começou a surgir à 
geriatria e a gerontologia que estuda somente a terceira idade. 
Com o passar dos anos relatamos e observamos que a medicina e os cuidados ao 
idoso só vêm progredindo, e esquecendo quanto aos valores com eles só se 
preocupando no bem estar físico mais não emocional, deixando de lado os valores e os 
bons costumes. 
No decorrer do século o respeito e a valorização quanto à sociedade idosa 
mudou e muito, foi se perdendo os valores e a consideração pelos mesmos devido à 
modernidade em que se encontra o mundo, a globalização, a individualidade do 
individuo, a independência financeira tudo isso ocasionou à perda de valores e bons 
costumes. 
Na atualidade os idosos são tratados de forma sub-humana devido ao 
desrespeito, o abandono familiar, a ausência da assistência e a falta de expectativa de 
vida. 
A DEMOGRAFIA DO IDOSO 
Os idosos numericamente vêm aumentando significativamente nos últimos anos, 
pois a velhice é uma etapa do ciclo da vida, que uma parcela crescente da população 
brasileira vem alcançando e desfrutando por mais tempo, em virtude do aumento da 
expectativa de vida e do acelerado envelhecimento populacional do país nas últimas 
décadas. Esta mudança no perfil demográfico, iniciada na segunda metade dos anos 70, 
quando houve um declínio da taxa de natalidade, aponta que para o ano de 2025 
existirá no Brasil, aproximadamente 30 milhões de idosos que representarão 15% da 
população total. 
 
13 
 
Os anos de 1975 a 2025 corresponderão á era do envelhecimento, marcada pelo 
crescimento demográfico da população idosa, o que decorre, principalmente do 
controle da natalidade e do aumento de gerontes já representa um grande problema, 
no futuro próximo, o Brasil viverá a mesma situação. As projeções estatísticas apontam 
que atéano 2025, ocuparemos o 6º lugar do mundo no que se refere á população 
idosa, modificando-se, portanto a pirâmide populacional, conduzindo a um repensar 
sobre as políticas de saúde (reestruturação das ações de saúde), sociais e econômicas. 
Segundo o Instituto Brasileiro Geografia e Estatístico (IBGE, 2000), tal fato se deve 
pela melhoria da qualidade de vida e consequentemente um aumento da expectativa 
desta, a diminuição das taxas de natalidade e fecundidade e a evolução tecnológica 
como procedimentos, diagnósticos e terapias cada vez mais sofisticadas contribuindo 
com a promoção, prevenção e o tratamento de certas patologias. 
Mas os idosos apresentam transformações próprias nos seus aspectos biológico, 
psicológico e social, requerendo tipos de assistências diferenciadas especialmente em 
termos de saúde. Voltar à atenção á saúde ao idoso é um ato político que envolve 
diferentes atores sociais: gestores, sociedade civil organizada e a clientela de idosos, que 
em processo democrático, participativo, articulam-se entre si e negociam as tomadas de 
decisões para o enfrentamento do envelhecimento populacional. 
O IDOSO E A FAMÍLIA 
Segundo Cabral (1998), apresenta a família como porto seguro aonde todos nós 
nos refugiamos quando estamos precisando de ajuda e proteção e neste caso 
especialmente os idosos. 
A família é um ponto de referência em todas as situações. É apontada pelos 
estudiosos do envelhecimento como o ponto chave para corresponder às questões 
como o bem-estar e a segurança, ela é o espaço aonde se encontra a intimidade e o 
segredo e dificilmente compartilhado ou exposto ao olhar externo. 
Segundo Motta (1998) no século XX, obteve muitas conquistas, uma delas foi à 
longevidade dos idosos que comparada antigamente viviam bem menos. A 
longevidade faz questões especificas, antes inexistentes ou despercebidas, por exemplo, 
 
14 
 
à medida que as probabilidades de crianças tenham avós por um tempo maior que seus 
pais, haverá uma sobrecarga financeira para os (filhos adultos). 
Segundo GOLDANI, (1999) o aspecto da longevidade implica em quatro 
gerações, que implica uma configuração intergeracional de duas famílias geriátricas, 
quando filhos de 62 anos se encontram mobilizados por seus pais de 85 anos. 
No Brasil a questão da longevidade é assunto de saúde pública, como em outros 
países, extrapolam o fato da família e a vida privada. 
Segundo SAAD (1999: p251): 
Comenta que nos países desenvolvidos as funções familiares foram 
gradativamente sendo substituídas pelo setor público, reduzindo o papel central da 
família como suporte básico dos idosos. Este não é o caso, porém, da maioria dos países 
menos desenvolvidos, o Brasil entre eles onde a família (em especial os filhos adultos) 
continua representando fonte primordial de assistência à parcela significativa da 
população idosa. 
Para GOLDANI (1999: p210): 
No quadro de diminuição de recursos de Estado e da desmontagem do sistema 
de proteção social de emprego [...} o envelhecimento da população brasileira tem sido 
visto como uma sobrecarga para as famílias, o que é reforçado pela queda da 
fecundidade (menos filhos para cuidarem dos idosos) e pela participação das mulheres 
no mercado de trabalho (menos tempo). 
Camarano e El Ghaouri (1999) questiona que a população idosa brasileira não é 
dependente dos seus filhos. A aposentadoria do idoso brasileiro está situada nos valores 
entre um salário mínimo a três salários mensais, os idosos estão desfrutando melhores 
condições de vida e saúde que se comparado com os adultos jovens de hoje em dia que 
estão passando por uma crise de desemprego, falta de oportunidades e violência 
urbana. 
Segundo (SAAD, 1999), o suporte familiar quanto aos idosos será maior quanto 
ao número de filhos vivos, maior será a chance de eles serem assistidos e dar apoio, pois, 
 
15 
 
quanto menor o número de filhos diminui a probabilidade de que os pais venham a ser 
assistido por eles, como também aumenta a carga, por filho de assistência aos pais, em 
uma sociedade cada vez menos solidária. 
Segundo (PEIXOTO, 1994; SAAD, 1999), o apoio entre os idosos e a família é via 
de mão dupla, os filhos oferecem ajuda aos pais e os pais ajudam os filhos. 
Segundo SAAD (1999: p255): 
Comenta que no Brasil, o intercâmbio de ajuda entre pais e filhos tende a se 
estender ao longo de todo o ciclo de vida familiar, como se existisse uma espécie de 
contrato intergeracional estipulando o papel dos diferentes membros da família em 
cada fase do ciclo. 
Segundo Goldani (1999), em estudos recentes sobre suporte familiar e social 
entre os idosos mostram de modo geral, os cuidados aos mais velhos são prestados por 
uma rede informal de apoio: suas famílias, cônjugues, filhos, parentes e na falta destes, 
por sua vez através de amigos e vizinhos. 
O PROCESSO DO ENVELHECIMENTO 
Segundo Carvalho (1983), no processo de envelhecimento, são muitas as 
perspectivas através das quais podemos observar, estudar e analisar. E entre elas são: 
histórica, sociológica, cultural, psicológica, religiosa, biológica, demográfica, nutricional, 
habitacional, legal etc... 
O envelhecimento é um processo que apresenta algumas características: é 
universal por ser natural, não depende da vontade do individuo, todo ser nasce, 
desenvolve-se, cresce,envelhece e morre. A vida é um constante processo de 
modificações e a cada fase de seu desenvolvimento ocorrem transformações múltiplas 
acompanhadas de seus próprios desafios. É irreversível, apesar de todo o avanço da 
medicina em relação á descobertas e tratamentos das doenças, as novidades 
farmacológicas, o desenvolvimento de técnicas estéticas etc... Nada impede o processo 
de envelhecimento. Carvalho (1983). 
 
 
16 
 
Segundo Kya Kych Metchnikov (1845-1916): 
Prêmio Nobel de medicina de 1908 acreditava que o processo do 
envelhecimento era resultado de venenos produzidos no intestino grosso pela 
deterioração dos alimentos. Preconizava a ingestão regular de leite e iogurte e o hábito 
de usar laxantes com frequência, hábitos que ocasionaria a esterilização do intestino. 
Segundo Silvestre (2002), de fato o processo de envelhecimento existe vários 
conceitos e explicações para o tal, mas uma coisa que deixa claro que há muita 
dificuldade para entender o mesmo. Podemos concluir que o envelhecimento é um 
processo dinâmico e progressivo, no qual haverá modificações fisiológicas, bioquímicas 
e psicológicas que acarretará da perda progressiva do individuo e adaptação ao meio e 
maior vulnerabilidade do individuo se acometer por patologias que poderá ocasionar a 
morte. Na verdade não há uma definição exata de como ocorre e porque ocorre o 
processo de envelhecimento, e não há um método específico para tal de não progredir. 
CONCEITO DO ENVELHECIMENTO 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): 
O conceito de envelhecimento ativo consiste em levar na medida em que 
envelhecemos uma vida produtiva e saudável na família, na sociedade e na economia. 
Neste sentido devemos levar em conta todas as dimensões da atividade física, mental, 
social e espiritual. 
Segundo Beauvoir (1990), o conceito de envelhecimento é um processo que 
ocorre no percurso da vida do ser humano, iniciando-se com nascimento e terminando 
com a morte. 
Segundo Martins (2002), o conceito de envelhecimento pode ser considerado 
abstrato, porque é uma categoria criada socialmente para demarcar o período em que 
os seres humanos ficam envelhecidos, velhos ou idosos. 
Segundo Sá (2002 p. 1120): 
O idoso é um ser de seu espaço e de seu tempo. É o resultado do seu processo 
de desenvolvimento, do seu curso de vida. É a expressão das relações e interpendências. 
 
17 
 
Faz parte de uma consciência coletiva, a qual introjeta em seu pensar e em seu agir. 
Descobre suas próprias forças e possibilidades, estabelece a conexão com as forças dos 
demais, cria suas forças dos demais, cria suas forças de organização e empenha-se em 
lutas mais amplas, transformando-as em força social e política. 
FISIOLOGIA DO IDOSO 
Segundo Filho & Netto (2005), o envelhecimento é um processo dinâmico e 
progressivo aonde o ser humano passa por várias alterações como morfológicas, 
funcionais e bioquímicas. 
Segundo Confort (2005, p 635) o envelhecimento se caracteriza por uma 
redução da capacidade de adaptação homeostática ás situações de sobrecarga 
funcional. 
Segundo Filho & Netto (2005), a terceira idade passa por alterações anatômicas e 
funcionais. Como a perda da estatura e peso, que por sua vez a altura mantêm-se até os 
40 anos. A partir dessa idade reduz-se à cerca de um centímetro por década até os 70 
anos, quando a redução é provavelmente maior. Esta diminuição ocorre pelo fato das 
alterações osteoarticulares da coluna, caracterizada por achatamento das vértebras. O 
peso em idosos ocorre após os 60 anos de idade. Pelo fato de manter-se inalterado ou 
elevado, se deve ao acúmulo de gordura. 
Segundo Filho & Netto (2005) a composição corpórea altera-se com o 
desenvolvimento e o envelhecimento em ambos os sexos. A água é o principal 
componente ela corresponde a 70 % do organismo na criança, no adulto jovem 60% e 
no idoso 52%. Esta diminuição do adulto jovem quanto ao idoso se deve pelo fato da 
diminuição celular. Quanto ao idoso podemos considerar um individuo desidratado 
crônico, devido pela perca de água no organismo. 
Durante o envelhecimento todos os tecidos do organismo sofrem alterações, 
varia de intensidade dependendo do indivíduo e do tecido, nota-se em algumas pessoas 
essas modificações predomina em alguma parte do organismo ou em outras 
localizações. O sistema colágeno é a proteína mais encontrada no organismo. Com o 
envelhecimento mais colágeno é formado, surgem ligações cruzadas na molécula e há 
maior resistência á ação da colagenase. Em consequência aumenta a rigidez dos tecidos 
 
18 
 
e há maior dificuldade de difusão dos nutrientes dos capilares para as células e dos 
metabólitos das células para os capilares, o que ocasionaria deterioração progressiva da 
função celular. 
Segundo Filho & Netto (2005), o sistema elástico é o componente do tecido 
conectivo responsável pela sua elasticidade. Ele se distribui mais seletivamente que o 
colágeno, encontrando-se em maior quantidade nos tecidos e órgãos que tem mais 
articulação que sofre tração extensão como pele, parede arterial e pulmão. 
Com o envelhecimento ocorre alteração mais evidente nas fibras elásticas 
maduras, ocorre um aumento na quantidade de fibras elásticas, alterando na sua 
composição de aminoácidos, fragmentação e irregularidade de forma, além do depósito 
de cálcio. Tais alterações determinam mudanças nas características funcionais das 
mesmas, ocasionado redução da elasticidade dos tecidos que as contêm. Na pele 
envelhecida podemos observar é a fragmentação das fibras elásticas. As tortuosidades 
significam que as fibras foram esticadas e a seguir perderam a elasticidade, 
determinando como consequência dobras ou rugas. 
Segundo Filho & Netto (2005) o sistema nervoso é a peça principal para qualquer 
organismo, é nele a integração das atividades orgânicas, os centros reguladores localiza-
se no cérebro, quanto aos idosos um homem de 70 anos de idade tem uma redução de 
5% do peso cerebral e aos 90 anos reduz a 20%. A atrofia é observada na camada 
cortical como na substância branca. 
Segundo Brody (2005 p.256): 
Mostrou que o individuo tem armazenado cerca de 10 bilhões de neurônios, 
sendo que a partir dos 25 a 30 anos de idade há uma perda diária de 50.000 a 100.000. 
Esta perda celular é maior no córtex e menor no tronco cerebral, onde, geralmente se 
localizam os centros reguladores da homeostase. 
Nos neurônios ocorre a sinapse a liberação dos neurotransmissores e com o 
envelhecimento há uma diminuição da liberação dos mesmos. Os idosos têm uma 
sensibilidade diminuída quanto ao tato, à temperatura do ambiente e suas variações 
devido à alteração que ocorre com os receptores cutâneos ou esterorreceptores e os 
remanescentes. 
 
19 
 
Segundo Filho & Netto (2005) o envelhecimento altera todo o sistema endócrino 
principalmente as glândulas hormonais, receptores hormonais e nas células alvo. O 
hormônio do crescimento é produzido pela hipófise tem um papel importante na ação 
proteica e na lipólise, estimula o crescimento tecidual, sendo o efeito mediado pelas 
somatomedinas produzidas no fígado sob sua estimulação. No envelhecimento os níveis 
basais de somatomedinas estão diminuídos, sendo crescimento em idosos durante seis 
meses, verificou após progressiva com a idade. 
Segundo Rudman (2001:56): 
Administrou hormônios de esse período aumento da espessura da pele da massa 
muscular esquelética e da densidade de alguns ossos. Este resultado demonstrou a 
preconização de uso de hormônio de crescimento para reverter algumas manifestações 
do envelhecimento. 
O ENVELHECIMENTO NO BRASIL 
O envelhecimento, antes considerado um fenômeno, hoje, faz parte da realidade 
da maioriadas sociedades. O mundo está envelhecendo. Tanto isso é verdade que se 
estima para o ano de 2050 que existam cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta 
anos e mais no mundo, a maioria delas vivendo em países em desenvolvimento. No 
Brasil, estima-se que existam, atualmente, cerca de 17,6 milhões de idosos. O 
envelhecimento populacional é uma resposta à mudança de alguns indicadores de 
saúde, especialmente a queda da fecundidade e da mortalidade e o aumento da 
esperança de vida. Não é homogêneo para todos os seres humanos, sofrendo influência 
dos processos de discriminação e exclusão associados ao gênero, à etnia, ao racismo, às 
condições sociais e econômicas, à região geográfica de origem e à localização de 
moradia. O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de 
diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos – senescência - o que, em 
condições normais, não costuma provocar qualquer problema. No entanto, em 
condições de sobrecarga como, por exemplo, doenças, acidentes e estresse emocional, 
pode ocasionar uma condição patológica que requeira assistência-senilidade. 
 
 
 
 
20 
 
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DO IDOSO 
 Os idosos representam um grupo especial e em crescimento, grupo este que, 
para ser mais bem compreendido, gerou a necessidade da criação de uma ciência e 
especialidade médica, a Gerontologia e Geriatria, respectivamente. Conceitualmente, a 
Geriatria significa “medicina do idoso” e compreende, atualmente, a assistência médica 
(prevenção e tratamento), psicológica e socioeconômica e envolve, portanto, um 
trabalho multidisciplinar. A Gerontologia significa “o estudo do envelhecimento” e das 
suas consequências biológicas, médicas, psicológicas e socioeconômicas. 
 
Segundo o Estatuto do Idoso 
Idosos são todos os indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos e, 
atualmente, representam cerca de 9% da população brasileira, com tendência a 
crescimento. O envelhecimento da população é uma tendência mundial e é reflexo de 
vários fatores, como a diminuição das taxas de mortalidade e fecundidade, progresso da 
medicina e avanços tecnológicos que, juntos, possibilitaram um aumento na expectativa 
de vida, que varia dependendo da região. No Brasil, por exemplo, a média de 
expectativa de vida, atualmente, é 70anos. A senescência resulta do somatório de 
alterações orgânicas, funcionais e psicológicas do envelhecimento normal, enquanto a 
senilidade é caracterizada por doenças que frequentemente acometem os indivíduos 
idosos. As doenças são as causadoras da perda das reservas orgânicas e, 
consequentemente, da aceleração do envelhecimento, processo de declínio gradativo 
da função dos vários sistemas orgânicos. 
 
Estima-se que o ser humano pode alcançar a idade de 120 anos ou mais, ainda 
com um mínimo de reserva, desde que não apresente, durante toda vida, qualquer tipo 
de doença ou distúrbio. A maior idade alcançada pelo ser humano registrada até hoje 
foi 120 anos no gênero masculino e 122 anos no feminino. 
 
Fenômenos que contribuem para o envelhecimento: 
a) estresse – seja proveniente de cirurgias, doença, traumatismos ou de tensão, 
sofrimento, angústia; provoca inibição do sistema imunológico; 
b) frio - como causador de estresse, reduzindo, assim, a proteção ao envelhecimento; 
c) radiações - causam maior formação de radicais livres; 
 
21 
 
d) luminosidade exagerada - causa depressão da glândula pineal, uma das responsáveis 
pelo controle do metabolismo; 
e) dieta - consumo exagerado de alimentos e desnutrição; 
f) o tabagismo - fator acelerador do envelhecimento devido suas toxinas. 
 
Anatomia e fisiologia do envelhecimento - A composição e forma do corpo 
A partir dos 40 anos, a estatura diminui cerca de 1cm por década. Essa perda 
deve-se à redução dos arcos dos pés, aumento da curvatura da coluna vertebral, além 
da diminuição do diâmetro dos discos intervertebrais. Os diâmetros da caixa torácica e 
do crânio tendem a aumentar com o envelhecimento. Há também crescimento do nariz 
e das orelhas, dando a conformação típica facial do idoso. A composição do corpo 
também se altera, havendo um aumento do tecido gorduroso no tronco e diminuição 
nos membros inferiores. O teor total de água corpórea diminui por perda de água 
dentro das células. No geral, ocorre redução do número de células em todos os órgãos, 
sendo os mais afetados, em relação à perda de massa, os rins e o fígado. Os músculos 
também sofrem perda de peso com o passar do tempo. 
 
Pele 
As espessuras da pele e do subcutâneo diminuem, os vasos sanguíneos rompem-
se com facilidade, propiciando o aparecimento de equimoses aos pequenos traumas e 
predispondo a hipotermia em condições ambientais de grande resfriamento. São 
também comuns manchas salientes e escuras, conhecidas como queratoseseborréica. 
Essas alterações são intensificadas nas áreas de pele expostas a luz. A pálpebra inferior 
tende a ficar com formato de bolsa, por apresentar edema juntamente com acúmulo de 
gordura. As glândulas sudoríparas e sebáceas diminuem sua atividade, resultando em 
pele seca e áspera, mais sujeita às infecções e mais sensível às variações de temperatura. 
Há diminuição da regulação térmica pela menor sudorese, o que pode levar ao choque 
térmico em situações de grande aquecimento. As unhas do idoso tornam-se opacas, 
grossas e sem brilho. Apresentam diminuição da velocidade de crescimento, a partir da 
terceira década, e estrias longitudinais em67% das pessoas com mais de 70 anos. 
 
 
 
 
 
22 
 
SISTEMA ÓSSEO 
O envelhecimento modifica a atividade celular na medula óssea, ocasionando 
desequilíbrio no processo de recomposição e formação óssea, resultando em perda 
óssea. 
 
SISTEMAS ARTICULAR E MUSCULAR 
No músculo, há perda de massa muscular com diminuição do peso e do número 
de células. Muitas células atrofiam e morrem; outras são substituídas por tecido 
gorduroso e conjuntivo. No tendão, há aumento do comprimento e uma redução da 
resistência com o aumento da idade. 
 
SISTEMA NERVOSO 
As alterações mais importantes do envelhecimento ocorrem no cérebro. O 
cérebro diminui de volume e peso. Nota-se uma redução de 5% aos 70 anos e cerca de 
20%aos 90 anos de idade. A redução da massa encefálica está associada à perda 
neuronal, que não é uniforme em todas as áreas cerebrais. 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
As principais alterações cardiovasculares associadas ao envelhecimento ocorrem 
no miocárdio, no nó sinoatrial, nas valvas cardíacas e vasos sanguíneos, caracterizando 
modificações tanto de ordem anatômica quanto funcional. 
 
VASOS SANGUÍNEOS 
O aumento da rigidez arterial pode ser considerado o principal marcador do 
envelhecimento do aparelho circulatório. 
 
 
 
 
23 
 
VALVAS CARDÍACAS 
As valvas cardíacas aparecem placas arterioscleróticas e espessamento das cordas 
tendíneas, além de calcificação. A calcificação valvar parece ocorrer com maior 
frequência em mulheres. 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO - MODIFICAÇÕES ESTRUTURAIS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
O processo de envelhecimento causa uma série de alterações fisiológicas que 
acometem a caixa torácica, os pulmões e a musculatura respiratória, acarretando 
prejuízo à função pulmonar de caráter. 
MODIFICAÇÕES TORÁCICAS 
O envelhecimento modifica a constituição e forma do tórax. Observam-se 
redução da densidade óssea e consequente redução e achatamento das vértebras; 
redução dos discos vertebrais; calcificação das cartilagens e das articulações das costas. 
Essas modificações determinam o enrijecimento da caixa torácica, tornando mais 
importante a ação da musculatura abdominal e diafragmática naventilação. O 
achatamento da coluna vertebral e consequente cifose torácica, mais evidente no 
gênero feminino, o que caracteriza o tórax seni. A musculatura da respiração 
enfraquece com o progredir da idade, assim como os músculos esqueléticos em geral, o 
que, somado ao enrijecimento da parede torácica, resulta na redução das pressões 
inspiratórias e expiratórias com um grau de dificuldade maior para executar a 
respiração. O único músculo que parece não costuma ser afetado pelo envelhecimento 
é o diafragma que, no idoso, apresenta a mesma massa muscular que indivíduos mais 
jovens. 
 
VIAS AÉREAS E PULMÕES 
A traqueia e a sua bifurcação torna-se mais rígida por calcificações e aumenta de 
diâmetro, resultando em aumento do espaço morto. As vias pulmonares, principalmente 
as de menor calibre, tornam-se mais frouxas, colabando-se facilmente, dificultando a 
respiração. 
 
24 
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
O sistema digestório, assim como os demais sistemas, sofre modificações 
estruturais e funcionais com o envelhecimento. As alterações ocorrem em todo trato 
gastrintestinal da boca ao reto. 
 
BOCA 
A perda de dentes não é uma consequência inevitável do envelhecimento. Não 
são observadas alterações na função mastigatória com o envelhecimento. 
 
ESÔFAGO 
Com o envelhecimento, a musculatura do esôfago pouco se altera, porém, há 
uma redução de sua inervação. Essa alteração é a maior responsável pelas modificações 
da motilidade observadas no idoso. 
 
ESTÔMAGO 
Estudos mostram sinais de gastrite, com aumento da incidência com o progredir 
da idade. Tem-se notado também um declínio na produção da secreção ácida do 
estômago. 
 
PÂNCREAS 
Há redução da capacidade de secreção de lípase (destruidora de lipídios) e de 
bicarbonato e também redução de secreção de insulina. 
 
 
 
 
25 
 
INTESTINO DELGADO 
É descrita redução da superfície mucosa, das vilosidades intestinais e do fluxo 
sanguíneo. Alguns estudos mostram que outros nutrientes podem ter sua absorção 
reduzida com o envelhecimento como: vitamina D, ácido fólico, vitamina B12, cálcio, 
cobre, zinco, ácidos graxos e colesterol. 
 
CÓLON 
Nota-se, na senescência, um aumento de constipação. 
 
RETO E ÂNUS 
As alterações do envelhecimento dessa região predispõem a incontinência 
fecal. Na musculatura do esfíncter exterior, são observadas alterações como redução de 
força muscular, que diminuem a capacidade de retenção fecal. 
 
SISTEMA GENITAL FEMININO 
As alterações decorrentes do processo de envelhecimento no gênero feminino estão 
ligadas a alterações hormonais e iniciam-se após a menopausa. No sistema genital as 
mais importantes alterações são: 
 Atrofia de útero, trompas e ovários; 
 Infecções genito-urinárias, 
 Atrofia da uretra; 
 Redução da libido. 
 
As glândulas mamárias atrofiam-se e são substituídas por tecido adiposo, tornando-
as menos firmes, pendentes e flácidas, por enfraquecimento dos ligamentos de 
sustentação. 
 
 
 
 
26 
 
SISTEMA GENITAL MASCULINO 
As alterações do envelhecimento nos órgãos genitais masculinos são menos 
evidentes do que no gênero feminino. Os testículos, embora mantenham seu peso e 
tamanho, apresentam redução na função, o número de espermatozoides cai pela 
metade, no entanto, a fertilidade, frequentemente, perdura até o extremo da vida. 
Observa-se um aumento de peso e tamanho prostático com o envelhecimento, que se 
deve à expansão da região da próstata em torno da uretra. Esse aumento pode tornar 
difícil a micção. O pênis tem seu tecido erétil alterado, com perda de elasticidade e 
alteração da circulação, resultando em dificuldades no mecanismo de ereção. 
 
SISTEMA URINÁRIO 
O rim 
O rim sofre modificações no seu peso, a partir da quarta década, inicia-se o processo 
do envelhecimento renal, com diminuição do seu peso, que pode atingir cerca de 180g, 
reduzindo a área de filtração e, consequentemente, das suas funções fisiológicas. 
 
BEXIGA E URETRA 
O envelhecimento da bexiga e da uretra pode resultar no desarranjo da capacidade 
de armazenamento de urina, contração da bexiga e expulsão da urina. 
 
ASPECTOS OTORRINOLARINGOLÓGICOS 
A senescência afeta as funções auditivas e sensoriais (equilíbrio, olfato e paladar).Na 
orelha externa, observa-se redução do número de glândulas produtoras de cerúmen, 
levando ao ressecamento e à descamação da pele, propiciando o aparecimento de 
prurido. A orelha interna é a parte mais afetada pelo processo de envelhecimento, 
causando perda auditiva irreversível no idoso, geralmente bilateral. Estima-se que 10 a 
60%dos indivíduos com mais de 65 anos apresentem presbiacusia. 
 
 
 
 
 
27 
 
ASPECTOS OFTÁLMICOS 
As alterações observadas no envelhecimento do sistema visual são: opacidade e 
rigidez das lentes, podendo levar a formação de catarata; redução da acuidade visual; 
predisposição ao glaucoma. 
 Demora no pedido de assistência médica; 
 Visitas frequentes a um serviço de emergência; 
 Existência de múltiplas maneiras de ter evitado o acidente; 
 Resistência do cuidador à intervenção externa 
 
O PAPEL DO PROFISSIONAL COMO CUIDADOR DO IDOSO 
Segundo Rodrigues & Routh (2002, p.56), se não houver recursos humanos 
treinados especialmente para atender os idosos, não haverá uma atenção integral, 
integrada, digna e eficaz. 
Segundo Rodrigues & Routh (2002), em relação aos profissionais que compõem a 
equipe de saúde para dar assistência à população idosa, torna-se premente investir na 
sua capacitação para que interdisciplinarmente façam intervenções adequadas no 
processo saúde-doença. Não se pode esquecer que esta equipe é quem faz a 
intermediação entre a unidade de saúde ou home-care ou hospital ao usuário, 
cabendo-lhe o papel de colher informações importante para assumirem tamanha 
responsabilidade. 
Segundo a Política Nacional de Saúde do Idoso (1999): 
Dispõe: o desenvolvimento e a capacitação de recursos humanos constituem a 
diretriz que perpassará todas as demais definidas nesta política de forma que o setor 
saúde possa dispor de pessoal em qualidade e quantidade adequadas, e cujo 
provimento é de responsabilidade das três esferas de governo. 
Segundo Rodrigues & Routh (2002), na área da capacitação os enfermeiros 
evidenciam um grande desafio a ser enfrentado, pois, tenderá a capacitar não só equipe 
dele, mas realmente quem ficará com o paciente idoso no âmbito domiciliar e neste 
 
28 
 
caso serão os familiares ou uma própria pessoa desconhecida e que ocupará o cargo de 
cuidador. 
Segundo Menezes (1998), o cuidador apresentará muitas vezes a necessidade de 
incorporar a nova realidade ao seu cotidiano, muitas vezes árdua e desgastante, 
conforme o que o idoso doente apresenta, e conviver com ela. 
Outro ponto que a enfermagem irá se debater várias vezes será a sobrecarga do 
cuidador, a enfermagem entra neste ponto da seguinte forma acompanhar o cuidador 
no domicílio, prestar uma assistência efetiva e proporcionando a este um acolhimento 
de forma digna ao serviço de saúde, colaborar com o familiar este que por sua vez não 
tem experiência no ramo e ajudá-lo a desenvolver habilidades, conhecimento para lidar 
com a demanda de cuidados que a doença do idoso exige em meio ao cotidiano. 
Torna-se importante, a enfermagem contribuir com o cuidador para que o cuidar não se 
torne desgastante, e que o cuidador terá que "driblar" de forma cansativa os fatores 
geradores de sobrecarga. Outro ponto seria a relação do cuidado entre o cuidador e a 
enfermagem, necessite de um envolvimento maior entre ambos, que possibilite o 
conhecer as possibilidades do que ambostêm a oferecer em termos de necessidades e 
expectativas para que assim ocorra uma resolutividade nas ações voltadas ao idoso na 
esfera domiciliar. Outro fato seria de conversar com a família, orientar quanto à 
sobrecarga de uma pessoa só de realizar as atividades no caso deste cuidador ser um 
familiar, fazê-los com que façam um remanejamento entre eles, e que a equipe de 
enfermagem fica ciente de mais de um cuidador. 
A enfermagem abrange todos os aspectos, como os cuidados, a capacitação, as 
orientações e a própria supervisão com tudo o enfermeiro só tem de proporcionar o 
bem-estar físico e bio-psico-social, pois o cuidador tendo a capacitação, 
consequentemente as questões patológicas vão degredir, por exemplo, a depressão é 
uma das doenças que mais acomete o idoso devido ao isolamento, e se este idoso 
possuir um cuidador capacitado o mesmo irá trabalhar na sua autoestima 
proporcionando a comunicação, obtendo assim um resultado positivo da sua patologia. 
Algumas características das doenças dos idosos são essencialmente diferentes 
daquelas dos indivíduos jovens. 
 
29 
 
A primeira condição a ser considerada é a multiplicidade de doenças que 
coexistem no idoso. Dada a progressiva perda funcional, diversos órgãos e sistemas 
podem apresentar alterações que se vão se somando em diversas doenças crônicas ao 
mesmo tempo, situação que deve ser sempre considerada pelo médico que vai tratar a 
pessoa idosa. Assim, um jovem com pneumonia ao procurar o médico geralmente tem 
só pneumonia, a qual, tratada, resolve o problema do paciente; já um idoso com 
pneumonia, frequentemente têm associados problemas como diabete mellitus, 
hipertensão, artrose, problemas coronários, etc. Assim, ao diagnosticar e tratar da 
pneumonia o médico não pode esquecer-se de todas estas outras doenças 
concomitantes e de como o diagnóstico de uma pode interferir com o das outras e o 
tratamento de uma pode interferir nas demais. Sabe-se atualmente, do ponto de vista 
estatístico, que um paciente, acima dos 65 anos de idade, ao procurar o médico, tem, 
em média, 3 doenças diferentes. É do próprio conhecimento popular esta multiplicidade 
de doenças. Todos conhecemos idosos que têm diabetes, hipertensão e artrite ou 
varizes, bronquite e angina e assim por diante. 
A segunda condição a ser considerada refere-se à mudança na manifestação das 
doenças. Devido às alterações orgânicas do envelhecimento e à multiplicidade de 
doenças coexistentes, as manifestações mais comuns das diversas doenças são 
totalmente diferentes no jovem e no idoso. Assim, um infarto do miocárdio no adulto 
jovem ou de meia idade manifesta-se geralmente por uma forte dor no peito, 
eventualmente irradiada para braço esquerdo ou costas; já no idoso o infarto pode 
aparecer, e frequentemente aparece, sem dor, sendo suas manifestações mais comuns a 
confusão mental ou falta de ar que apareça de maneira súbita; as infecções podem se 
manifestar sem febre, porem com confusão mental aguda; problemas abdominais como 
uma apendicite ou uma inflamação de vesícula aparecerem sem resistência à palpação 
do abdome. Como é fácil entender, estas diferenças podem muitas vezes tornar difícil, 
principalmente para os profissionais que não estejam acostumados a tratar idosos, fazer 
o diagnóstico imediato dos problemas do paciente idoso, o que pode vir a atrasar um 
tratamento necessário. 
A terceira condição refere-se àquelas doenças que são efetivamente próprias do 
indivíduo idoso. Assim como na criança observamos uma prevalência maior de diversas 
doenças, que por este motivo, são chamadas doenças próprias da infância, como o 
Sarampo, a Catapora, a Coqueluche, etc., o envelhecimento traz consigo uma maior 
chance de aparecimento de algumas outras doenças, que serão comentadas no 
 
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decorrer deste trabalho, como os problemas vasculares, arteriais ou venosos; a 
osteoartrose, a osteoporose, os problemas cerebrais referentes à memória, as alterações 
do equilíbrio e da marcha e outros, que poderiam assim ser chamadas doenças próprias 
do envelhecimento, na medida em que refletem o desgaste dos diversos órgãos já 
anteriormente referidos. 
 
SAÚDE DO IDOSO 
O despreparo generalizado para lidar com o envelhecimento reflete-se em alguns 
indicadores, que sinalizam a urgente necessidade de mudanças. Os idosos apresentam 
o maior índice de hospitalização por faixa etária e o maior custo médio de 
hospitalização no país. As contribuições à Previdência Social geralmente não se refletem 
de forma justa nos benefícios recebidos pelos idosos, fazendo com que muitos 
continuem a trabalhar exaustivamente para manter seu sustento. 
Para alterar este quadro de rejeição social, faz-se necessária a mobilização de 
todos os setores para beneficiar os idosos com a melhoria de sua qualidade de vida, 
resgatando sua dignidade e criando oportunidades para que desfrutem de uma vida 
ativa na sociedade, junto à sua família, com independência e autonomia. Isto só será 
possível através da valorização de suas habilidades e conhecimentos e da adequação 
dos recursos disponíveis às suas necessidades. 
 
ESTRATÉGIAS PARA ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES ESPECÍFICAS DOS IDOSOS 
Na tentativa de criar estratégias para facilitar a reorganização dos serviços de 
saúde para que possam atender às necessidades de saúde dos idosos, o Ministério da 
Saúde implantou o Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso, o PAISI. 
A principal meta a ser alcançada tanto pelo PAISI como por qualquer outra 
iniciativa voltada para os interesses dos idosos é a mobilização da família e da 
comunidade para que assumam seu papel no processo de valorização dos idosos. 
Os profissionais que desenvolvem atividades na perspectiva da atenção básica 
estão mais próximos do conhecimento acerca das condições de vida e saúde destes 
idosos, sendo mais fácil identificar quais fatores de risco necessitam de intervenção junto 
às famílias e à comunidade. 
 
31 
 
Sob tal ótica, os profissionais de saúde podem executar atividades de impacto individual 
ou coletivo, voltadas para a promoção da saúde, prevenção de agravos e prestação de 
assistência aos idosos. 
 
PROMOÇÃO À SAÚDE 
As atividades ligadas à promoção à saúde dos idosos devem ser realizadas junto a 
eles próprios e à sociedade como um todo. Entretanto, faz-se necessário ter a clara ideia 
de que um envelhecimento saudável começa hoje, com a adoção de hábitos saudáveis 
no presente (adulto jovem) para gerar tranquilidade no futuro. As atividades devem estar 
voltadas para a divulgação de informações acerca do processo de envelhecimento para o 
idoso, sua família e cuidadores de idosos dependentes. 
É importante empenharmos nossos esforços para estimular a reflexão e mobilizar 
a sociedade, de forma a facilitar e garantir o acesso e a permanência dos idosos em 
todas as atividades físicas, laborativas, etc. 
Uma forma criativa de garantir o envolvimento dos idosos em atividades de lazer é a 
realização de passeios por locais de visitação pública, como praças, jardins zoológicos e 
botânicos, onde poderão desenvolver atividades físicas leves e, ao mesmo tempo, conhecer 
novas informações. É importante que os idosos iniciem ou retomem atividades que 
desenvolviam quando mais jovens, o que traz benefícios à sua saúde como um todo. 
 
PREVENÇÃO DE AGRAVOS 
O envelhecimento é fisicamente caracterizado por uma degeneração gradual e 
progressiva dos órgãos, tecidos e metabolismo, acarretando enfraquecimento de muitas 
funções. Há também perda de energia e alterações na aparência e condições 
psicológicas. 
É justamente neste período, que se apresentam as repercussões de doenças crônico-
degenerativas, principalmente as relacionadasao aparelho cardiocirculatório. Estas 
repercussões são a principal causa de óbitos entre os idosos, seguidas pelas neoplasias. 
Ocorrem ainda em grande frequência incontinência urinária, instabilidade postural e 
quedas, imobilidade, demência e depressão. 
 
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As DST também merecem nossa atenção junto à saúde do idoso, pois com o 
aumento da expectativa de vida e a melhora gradual da qualidade de vida, a 
ocorrência dessas doenças vem crescendo nesta faixa etária, cujos conceitos sobre 
sexualidade são mais difíceis de trabalhar em virtude de os idosos terem opiniões 
formadas acerca de certos temas (como resistência à utilização de preservativos), 
além da vergonha de falarem sobre esse assunto. 
Queixas frequentes de tontura, alteração da visão ou audição, dores localizadas ou 
generalizadas, isolamento social, temperamento instável, pressa para ir ao banheiro, entre 
outros, são sinais e sintomas que se percebidos e considerados logo no início podem 
determinar uma assistência mais segura ao idoso. 
Outra importante atividade de prevenção é a vacinação contra tétano 
acidental, gripe e pneumonia, recomendada pela OMS. Estas vacinas encontram-se 
atualmente disponíveis em quase todas as unidades básicas de saúde e, geralmente 
sob a estratégia de campanha, são utilizadas as vacinas dupla tipo adulto, 
antiinfluenza e anti-pneumocócica. 
 
ASSISTÊNCIA AOS IDOSOS 
No nível da atenção básica, a assistência aos idosos é operacionalizada tanto nos 
programas de atenção básica ampliada como na própria unidade básica de saúde, onde 
é realizada consulta médica e de enfermagem em geriatria, executada por médicos ou 
enfermeiros capacitados adequadamente, buscando-se atender integralmente às 
necessidades expostas pelos idosos, sua família ou ambos, estando os idosos dependentes 
ou não. 
Nas ações desenvolvidas pelas equipes dos programas de atenção básica ampliada, é 
importante buscar a avaliação das condutas terapêuticas prescritas para melhorar as 
condições de saúde dos idosos adoecidos ou dependentes de cuidadores, estimulando-se o 
autocuidado, sempre que possível. 
Nesse contexto, o auxiliar de enfermagem pode identificar situações de risco 
para os idosos, repassando-as à equipe, além de prestar cuidados de enfermagem 
necessários. Também pode orientar as modificações que precisam ser feitas no 
ambiente, quando possível (retirada de tapetes, iluminação mais adequada, 
banheiros mais acessíveis, camas e cadeiras mais altas, etc.), e encaminhar os idosos 
para vacinação, após verificação de seu estado vacinal. 
 
33 
 
 
PRINCIPAIS DOENÇAS 
Memória dos idosos- Mal de Alzheimer 
 
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 8% da população 
acima de 60 anos e cerca de 40% das pessoas com mais de 80 anos tem distúrbios 
graves de memória. 
Memória é a capacidade que o indivíduo tem de reter e armazenar determinado 
aprendizado a respeito do mundo. Quanto mais a memória é utilizada, mais ativa ela 
fica. 
 
Como se processa a memória? 
Armando Miguel Junior, geriatra e gerontôlogo, explica que há dois tipos de 
memória: imediata (chamada de memória elétrica) que guarda informações, por 
exemplo, uma reunião que você terá no dia seguinte e não precisa ser armazenada na 
sua cabeça dias depois e você apaga; e a memória retida (chamada de memória 
química) que é a memória que armazena conhecimento fixo aqueles que se usam 
bastante como estudos, textos, endereços e números de documentos. 
 
O que é a Doença de Alzheimer? 
Existem diversos distúrbios que afetam a memória. Entre os principais está a 
Doença de Alzheimer. Estima-se que no Brasil, dos 15 milhões de idoso existentes, um 
milhão seja portador da doença. A incidência é considerada alta e os médicos não 
conseguiram até hoje explicar o porquê. 
Os principais sintomas, de acordo com o geriatra são a perda da memória e o 
esquecimento de coisas corriqueiras como almoçar, tomar banho e ir ao banheiro. 
A Doença de Alzheimer tem causa desconhecida. Armando Miguel Junior 
esclarece que aparentemente pode ser genético, mas também há possibilidade dele 
surgir devido à falta do estímulo de memória. Acredita-se que as pessoas mais instruídas 
tenham menores chances de desenvolver a doença do que as menos instruídas. 
Problemas na menopausa, depressão e falta de vitaminas também podem ser outras 
causas significativas. 
 
 
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Que outras doenças podem afetar a memória? 
De acordo com o médico além da Doença de Alzheimer outras doenças 
degenerativas também afetam a memória. Os acidentes vasculares cerebrais (derrames), 
uso de certas medicações, traumatismos cranianos com hemorragia, doença de 
Parkinson e epilepsia são alguns deles. 
 
Como prevenir a Doença de Alzheimer? 
 A prevenção da Doença de Alzheimer é relativamente simples. Para os idosos é 
ideal que se tenha uma rotina diária, como hora do café da manhã, do almoço, do 
banho de sol para que ele possa habituar a sua memória. 
 Na hora do passeio, por exemplo, é ideal que se faça sempre o mesmo caminho, 
para criar o hábito e facilitar que ele memorize para não perder o referencial. 
 O tratamento do Alzheimer é feito à base de remédios que ajudam a manter a 
memória e diminuir os efeitos maléficos da doença. 
 
O que é hipertensão arterial? 
Sempre associada a doenças cardíacas, a hipertensão é o aumento dos níveis 
tensionais acima de 140 x 90 mmHg. A pressão arterial deve ser medida com o paciente 
sentado e confirmada após período de repouso em 3 medidas. 
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de cada cinco 
pessoas que tem hipertensão, apenas uma sabe o diagnóstico e trata corretamente. 
Duas sabem, mas não trata e as outras duas desconhecem que tem a doença. Isso 
significa que somente 20% dos pacientes controlam a hipertensão, enquanto 40% nem 
sabem que tem a doença. 
 
Como a hipertensão se manifesta? 
O geriatra e gerontôlogo Armando Miguel Junior explica que ela é chamada de 
“inimigo oculto”, pois não há manifestação de sintomas e quando eles aparecem, são 
seguidos problemas graves de saúde como derrames cerebrais e infarto. 
Os primeiros sintomas notados quase nunca são associados à doença. Esses 
sintomas podem ser a irritabilidade, cefaleias, tontura, cansaço e nervosismo. 
 
 
 
 
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Quais os tipos de hipertensão? 
Existem dois tipos de hipertensão: a hipertensão primária e secundária. Na 
primária, correspondente a 90% dos casos, não há causa conhecida e a própria 
hipertensão é a causa de lesões em diferentes órgãos do corpo como cérebro, coração, 
rins e olhos. Enquanto a secundária, menos comum, tem causa estrutural ou hormonal 
bem definida e, portanto potencialmente corrigível, o que dá importância a sua 
identificação. Entre essas causas podem estar a hereditariedade (notar que a doença já 
se manifestou em pais, avós); uso excessivo de glicocorticoides; excesso de peso; nefrites 
(a nefrite é o resultado de um processo inflamatório difuso dos glomérulos renais tendo 
por base um fenômeno imunológico); hipertensão na gravidez; problemas na artéria 
aorta; tumores e algumas doenças endocrinológicas. 
 
A hipertensão na gravidez deve ser controlada durante todo o pré-natal, pois em 
função dela pode ocorrer perda de proteína na urina, que causa os inchaços nas 
pernas, pés e mãos e que podem causar convulsões, e o aumento da pressão arterial, 
que pode trazer problemas futuros. 
 
Como cuidar da hipertensão? 
Entre os cuidados que os portadores de hipertensão deve ter, estão a prática de 
atividades físicas com acompanhamento medico e principalmente uma alimentação 
saudável. Redução

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