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OFICINA LITERÁRIA AULA 9

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OFICINA LITERÁRIA Aula 9 
1 
 Questão 
 
Devemos lembrar que toda obra literária está inserida num processo de produção e consumo.Com 
base nesta afirmação, assinale a alternativa que complementa corretamente o que foi apontado: 
 
 
É importante identificar quem são os leitores, a que espaço está direcionada. 
 
É importante identificar quem são os leitores, a que momento histórico está direcionada. 
 É importante identificar quem são os leitores, a que público está direcionada. 
 
É importante identificar quem são os leitores, a que tempo está direcionada. 
 
É importante identificar quem são os leitores, a que geração está direcionada. 
Respondido em 15/04/2021 22:15:37 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
2 
 Questão 
 
O romance introdutor do Realismo no Brasil, Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) começa da 
seguinte maneira: 
 
AO VERME 
QUE 
PRIMEIRO ROEU AS FRIAS CARNES 
DO MEU CADÁVER 
DEDICO 
COMO SAUDOSA LEMBRANÇA 
ESTAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS 
 
Esta dedicatória contém um elemento importante de Memórias póstumas de Brás Cubas, presente 
em toda a narrativa, que é: 
 
 
o desespero de quem não existe mais. 
 
o rigor científico de um narrador realista. 
 O humor com certa melancolia existencial. 
 
o delírio de um narrador em estado alterado de consciência. 
 
a loucura de um doente que se sente em decomposição. 
Respondido em 15/04/2021 22:15:40 
 
 
Explicação: 
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=4490315476&cod_hist_prova=222359788&pag_voltar=otacka
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=4490315476&cod_hist_prova=222359788&pag_voltar=otacka
Memórias póstumas de Brás Cubas é um romance com uma perspectiva humorístico-melancólica 
que é percebida pelo modo como o narrador apresenta a sua existência e a sociedade à qual 
pertenceu em vida. 
 
 
 
3 
 Questão 
 
(UNIFESP) 
(...) Um poeta dizia que o menino é pai do homem. Se isto é verdade, vejamos alguns 
lineamentos do menino. 
Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de «menino diabo»; e verdadeiramente não era outra 
cousa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. Por 
exemplo, um dia quebrei a cabeça de uma escrava, porque me negara uma colher do doce de coco 
que estava fazendo, e, não contente com o malefício, deitei um punhado de cinza ao tacho, e, não 
satisfeito da travessura, fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce «por pirraça»; 
e eu tinha apenas seis anos. Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; 
punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, 
com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, -- 
algumas vezes gemendo,-- mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um -- «ai, nhonhô!» 
-- ao que eu retorquia: -- «Cala a boca, besta!» -- Esconder os chapéus das visitas, deitar rabos de 
papel a pessoas graves, puxar pelo rabicho das cabeleiras, dar beliscões nos braços das matronas, e 
outras muitas façanhas deste jaez, eram mostras de um gênio indócil, mas devo crer que eram 
também expressões de um espírito robusto, porque meu pai tinha-me em grande admiração; e se 
às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me 
beijos. 
Não se conclua daqui que eu levasse todo o resto da minha vida a quebrar a cabeça dos outros nem 
a esconder-lhes os chapéus; mas opiniático, egoísta e algo contemptor dos homens, isso fui; se não 
passei o tempo a esconder-lhes os chapéus, alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras. 
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas) 
 
Indique a frase que, no contexto do fragmento, confirma o sentido de o menino é o pai do homem, 
citação inicial do narrador. 
 
 
[...] fui dos mais malignos do meu tempo [...] 
 
[...] um dia quebrei a cabeça de uma escrava [...] 
 [...] alguma vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras. 
 
[...] deitei um punhado de cinza ao tacho [...] 
 
[...] fustigava-o, dava mil voltas a um e a outro lado [...] 
Respondido em 15/04/2021 22:15:46 
 
 
Explicação: 
No texto, a citação inicial do narrador "o menino é o pai do homem" é confirmada em "(...) alguma 
vez lhes puxei pelo rabicho das cabeleiras", referindo-se ao fato de que seu comportamento infantil, 
que lhe fez merecedor da alcunha "menino diabo", perdurou até ele se tornar adulto, como fica dito 
no último parágrafo do texto. 
 
 
 
4 
 Questão 
 
Sobre o narrador e a narração em "Memórias póstumas de Brás Cubas", todas as alternativas estão 
corretas, EXCETO: 
 
 
[...] o eu que narra se identifica com o eu da personagem principal que vive os fatos. Trata-
se de um ator que acumula o papel de sujeito da enunciação e de sujeito do enunciado. Ele 
nos conta uma história por ele vivida, a história de uma parcela da sua existência. 
(D'ONOFRIO, S. Teoria do texto 1 - Prolegômenos e teoria da narrativa. 2a. ed. São Paulo: 
Ática, 1999, p. 62) 
 
Rememorando por ondas e por associacionismo múltiplo e dinâmico, o narrador se afasta 
insensivelmente do fio das coisas que pretende relatar e deriva para acontecimentos 
colaterais, ligados ou não às reminiscências centrais. (MOISÉS, M. A criação literária - prosa. 
13a. ed. São Paulo: Cultrix, 1997, p. 127) 
 
É através dos seus olhos e de seus sentimentos que são apresentados os elementos 
constitutivos da narrativa: os fatos, as outras personagens, os temas e os motivos, as 
categorias de tempo e espaço. [...] a personagem central faz uma sondagem na 
profundidade de sua consciência, misturando sensações presentes com lembranças do 
passado. (D'ONOFRIO, S. Teoria do texto 1 - Prolegômenos e teoria da narrativa. 2a. ed. 
São Paulo: Ática, 1999, p. 62) 
 [...] a história parece contar-se por si própria, prescindindo da figura do narrador. [...] A 
narração de acontecimentos e a descrição procedem de um modo neutro, impessoal, sem 
que o narrador tome partido ou defenda algum ponto de vista. (D'ONOFRIO, S. Teoria do 
texto 1 - Prolegômenos e teoria da narrativa. 2a. ed. São Paulo: Ática, 1999, p. 60) 
 
Uma das técnicas mais conhecidas, utilizadas nas narrativas a serviço do tempo psicológico, 
é o flashback, que consiste em voltar no tempo. Neste romance de Machado de Assis, por 
exemplo, o presente para o narrador é sua condição de morto, a partir da qual ele volta ao 
passado próximo (como morreu) e ao passado mais remoto, sua infância e juventude, 
usando portanto o flashback. (GANCHO, C. V. Como analisar narrativas. 7a. ed. São Paulo: 
Ática, p. 22) 
Respondido em 15/04/2021 22:15:53 
 
 
 
5 
 Questão 
 
Leia o texto a seguir: 
 
A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um 
piparote, e adeus. 
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara 
de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos 
contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem 
anúncios. Acresce que chovia peneirava uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, 
que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéia no discurso que proferiu à beira 
de minha cova: "Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar 
chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade. Este ar 
sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a 
dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre 
finado." e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei. E foi assim que cheguei à 
cláusulados meus dias; 
http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/MachadodeAssis/brascubas.ht
m 
A compreensão de um romance requer a observação do papel assumido pelo narrador. Como podemos definir a 
posição do narrador a partir dos fragmentos apresentados do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas? 
 
 O narrador-personagem revela preocupação com a opinião dos 
leitores. 
 O narrador-personagem adquire liberdade ao narrar do mundo dos 
mortos. 
 O narrador-personagem lamenta sua própria morte. 
 O narrador-observador tem a oportunidade de constatar a fidelidade 
dos amigos. 
 O narrador-observador se comove com o discurso sincero do amigo. 
Respondido em 15/04/2021 22:15:57 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
6 
 Questão 
 
Distanciado dos fatos e situações narrados, o narrador de Memórias Póstumas 
de Brás Cubas reconstrói o passado com a ajuda da memória. O problema com 
essa reconstrução do passado pela memória é que: 
 
 a veracidade dos fatos é colocada sob suspeita porque, 
fundamentada na imaginação, a memória confunde-se com o 
trabalho da ficção, além do mais tratando-se de um texto literário. 
 a veracidade dos fatos é colocada sob suspeita porque, ao resgatar o 
passado, a memória não faz distinção entre fato verídico e fato 
imaginado. 
 a veracidade dos fatos é colocada sob suspeita porque, sendo 
seletiva, a memória não registra tudo, havendo ainda o desgaste 
temporal dos fatos, acrescido do fato de se tratarem de memórias 
póstumas. 
 a veracidade dos fatos é colocada sob suspeita porque a memória 
reinventa o passado como uma fábula muito mais do que o 
reconstrói fielmente. 
 a veracidade dos fatos é colocada sob suspeita porque a memória 
reelabora o passado pela via da emoção, não pela via da razão. 
Respondido em 15/04/2021 22:16:01 
 
 
Explicação: 
A resposta correta é: a veracidade dos fatos é colocada sob suspeita 
porque, sendo seletiva, a memória não registra tudo, havendo ainda o 
desgaste temporal dos fatos, acrescido do fato de se tratarem de memórias 
póstumas. 
 
 
 
7 
 Questão 
 
No romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, o narrador traça o 
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=4490315476&cod_hist_prova=222359788&pag_voltar=otacka
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perfil das personagens com matéria de memória, conforme sinaliza o 
título da obra. Diante deste fato, como podemos nos posicionar 
enquanto leitores? 
 
 Devemos colocar como suspeita a veracidade dos fatos, pois a 
memória não registra, integralmente, os acontecimentos. 
 Podemos acreditar em tudo que está sendo narrado, pois o 
narrador personagem participou dos acontecimentos. 
 Devemos observar que as personagens são, totalmente, 
diferentes do narrador-personagem 
 Devemos aceitar os fatos, pois, ao narrar do além-túmulo, o 
narrador tem uma visão mais ampla dos acontecimentos. 
 Devemos observar que as personagens são definidas com 
simplicidade. 
Respondido em 15/04/2021 22:16:07 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
8 
 Questão 
 
(UFF) Óbito do autor 
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em 
primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo 
nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não 
sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a 
segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua 
morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. 
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas) 
Assinale a alternativa que NÃO corresponde ao texto de Machado de Assis: 
 
 
O narrador declara que é um defunto autor, para quem o túmulo foi um outro berço porque 
somente depois de morto ele resolveu produzir a narrativa que o vai transformar em autor. 
 
Este narrador em primeira pessoa é uma alternativa ao narrador onisciente, tradicional do 
Realismo. 
 
A hesitação expressa pelo narrador [por em primeiro lugar seu nascimento ou a sua morte] 
não faz parte do repertório tradicional de autores realistas ou naturalistas. 
 
Este narrador em primeira pessoa é uma alternativa ao narrador intimista tradicional, que 
tem seu ponto de vista absolutamente limitado pelas circunstâncias e pelo que o narrador-
personagem pode conhecer a partir delas. 
 Memórias póstumas de Brás Cubas foi publicado depois que Machado de Assis morreu, 
razão pela qual Machado declara que não é propriamente um autor defunto, mas um 
defunto autor, para quem a campa foi outro berço. 
Respondido em 15/04/2021 22:16:13 
 
 
Explicação: 
Faz parte da opção ficcional de Machado de Assis, em Memórias póstumas de Brás Cubas, criar um 
narrador que conte a sua história da perspectiva de um morto. Quem está morto é o narrador, não 
o autor. Não há nenhuma relação entre a morte de Machado de Assis que, aliás, faleceu em 1908, 
com Memórias póstumas de Brás Cubas, romance publicado em 1881. 
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=4490315476&cod_hist_prova=222359788&pag_voltar=otacka
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