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Doença de Huntington (artigo)


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Doença de Huntington:
- Descrito em 1860;
- Doença progressiva e letal. 
- Enfermidade neurodegenerativa e hereditária, caracterizada por:
· Transtornos do movimento 
· Coréia: Pode aparecer de maneira lenta e gradual. Geralmente são quadros generalizados, envolvendo a face, tronco e membros. 
· Distonias
· Mioclonias
· Parkinsonismo;
Obs: Parkinsonismo e distonia predominam nas fases mais precoces da doença, enquanto a coréia predomina nas fases tardias/clássicas da doença. 
Obs: Nos estágios tardios, os pacientes podem se tronar extremamente rígidos e acinéticos. 
Obs: Outros sinais e sintomas comuns são disartria, disfagia, além de distúrbios da motilidade ocular. 
· Distúrbios psiquiátricos
- Irritabilidade, insônia e sintomas depressivos Geral: São os sintomas iniciais. 
· Demência:
- É dita como “subcortical” pelo predomínio da bradifrenia (lentificação do pensamento), comprometimento da atenção, disfunções executivas, visuoespaciais. Há pouco envolvimento cortical como afasia, agnosia, apraxia. 
- Possui transmissão autossômica dominante com o gene chamado IT15 no cromossomo 4.
- A mutação responsável pela doença consiste em número excessivo de repetições anormais do trinucleotídeo CAG (Citosina-adenosina-guanina). Obs: Tem sido observado que quanto mais repetições CAG, mais precoce é a manifestação da doença. Além disso, em gerações sucessivas de pacientes com DH, o quadro clínico pode se manifestar cada vez mais cedo, sendo este fenômeno conhecido como “antecipação”. 
- Do ponto de vista anatomopatológico, os pacientes apresentam uma atrofia grave dos núcleos caudados e putame e, em fases mais avançadas, a atrofia cortical também costuma ser muito pronunciada. Microscopicamente, a marca da doença é a perda dos neurônios espinhosos médios. Esses neurônios estriatais têm o GABA (inibidor) e a encefalina como seus principais neurotransmissores. 
- Os sintomas da doença podem aparecer em qualquer fase da vida, porém, na maioria dos casos, a doença se inicia entre a quarta e quinta década. As formas chamadas juvenis, variante de Westphal, se manifestam antes dos 20 anos de idade (5- 10% total dos casos). É curioso observar que nas formas juvenis a presença do parkinsonismo é muito comum. 
- A doença pode ter uma evolução longa de até 30 anos, mas a morte ocorre principalmente em decorrência da imobilidade e infecções. 
- Diagnóstico:
· Quadro clínico característico;
· Herança autossômica dominante (histórico familiar)
· Atrofia do caudado nos exames de imagem; 
· Teste genético (certeza) 
- Diagnóstico diferencial: Coreia familiar benigna, doenças priônicas, Huntington like-2, doença de Wilson. 
- Tratamento:
· Não existe tratamento curativo ou preventivo para a doença de Huntington até o momento;
· Sintomas comportamentais e depressivos: Tricíclicos, ISRS.
· Transtornos psicóticos: Haldol ou atípicos (clozapina, olanzapina)
· Irritabilidade e agressividade: Ácido Valpróico. 
Obs: O ácido valproico em alguns centros é considerado como 1 escolha para controle de movimentos coreicos pois tem um perfil de efeitos colaterais menor que os antipsicóticos. 
· Sintomas motores, como coreia: Bloqueadores dopaminérgicos (haldol, clozapina, risperidona, quetiapina)
· Medicações como Amantadina (agente anti-glutamatérgico) têm sido utilizadas no controle dos sintomas motores com boa resposta. 
· Disfunção cognitiva: Rivastigmina (inibidor da acetilcolinesterase) no controle da progressão da disfunção cognitiva. Riluzol (efeito antiglutamatérgico). Obs: Glutamato é um neurotransmissor excitatório.