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EVOLUCAO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO APOSTILA_08

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1Abordagem Sistêmica
Abordagem Sistêmica
Vania Martins
2Abordagem Sistêmica
Sumário
Introdução ......................................................................................... 03
Objetivos ........................................................................................................... 04
Estrutura do Conteúdo .................................................................................... 04
Abordagem Sistêmica
Tópico 1: Contexto de Surgimento .................................................................... 05
Tópico 2: Administração por Objetivos ou Resultados (APO)............................ 09
Tópico 3: Centralização x Descentralização na Organização ........................... 20
Tópico 4: A Abordagem Neoclássica Hoje ........................................................ 29
Resumo ............................................................................................................. 32
Referências Bibliográficas .............................................................................. 33
3Abordagem Sistêmica
A Abordagem Sistêmica na administração surgiu na década de 1950, a partir das 
influências da Teoria Geral dos Sistemas e também da Cibernética.
Uma das principais contribuições dessa abordagem foi a noção de que as organizações 
funcionam como sistemas, sendo compostas de elementos interdependentes, que 
interagem e se influenciam mutuamente na busca de determinados objetivos.
 Ao enfatizar o caráter interdependente dos elementos que compõem a organização 
enquanto um sistema, a Abordagem Sistêmica mostrou que não é possível entender o 
funcionamento de uma empresa analisando suas partes isoladas, contribuindo, assim, 
para superar as visões parciais de outras teorias, que reduziam a organização a seus 
aspectos técnicos ou sociais.
Desde que analisou a organização como parte integrante de um sistema maior (a 
sociedade), essa abordagem administrativa fortaleceu a noção de que, sem a compreensão 
dessas relações “sistêmicas”, não é possível administrar com sucesso uma organização. 
Na atualidade, a Abordagem Sistêmica se mantém como uma poderosa ferramenta de 
análise das interações da organização como ambientes complexos.
4
Estrutura do Conteúdo
Objetivo
s
Abordagem Sistêmica
Após o estudo desse conteúdo, você 
deverá ser capaz de:
1. Entender as organizações como sis-
temas;
2. Identificar os principais componen-
tes e características dos sistemas;
3. Analisar as principais interações das 
organizações com seu ambiente;
4. Compreender as organizações como 
sistemas abertos e adaptativos.
Em nosso estudo sobre a Abordagem 
Sistêmica, iremos acompanhar os seguintes 
tópicos:
1. Contexto de Surgimento
2. Características dos Sistemas
3. Organizações como Sistemas Aber-
tos
4. O Homem Funcional
5. A Abordagem Sistêmica Hoje
5Abordagem Sistêmica
1. Contexto de Surgimento
Segundo Chiavenato (2003), A Abordagem Sistêmica da administração utiliza 
contribuições vindas de diversos campos de conhecimento, como a Biologia, a Matemática 
e a Cibernética, além das Ciências Humanas.
A inspiração inicial dessa abordagem vem dos trabalhos do biólogo alemão Karl Ludwig 
Von Bertalanffy (1901-1972), que na década de 1950 buscou desenvolver uma Teoria 
Geral dos Sistemas que fosse aplicável a diversas áreas de conhecimento, incentivando 
a transferência de conceitos de um campo de conhecimento para outro e melhorando a 
comunicação entre os cientistas de diferentes especialidades. 
Segundo essa teoria, todas as ciências estão interligadas e possuem uma dependência 
recíproca, por mais que estejam voltadas para campos distintos de conhecimento 
(MARTINELLI e VENTURA, 2006).
6Abordagem Sistêmica
A Teoria Geral dos Sistemas se preocupava com a integração 
dos vários campos de conhecimento humano, levando cientistas 
espalhados pelo mundo a interagirem de maneira sistemática, 
trocando experiências, transportando conceitos e enxergando o 
mundo de uma perspectiva mais ampla. Em 1954, Bertalanffy, 
juntamente com especialistas de áreas como neurologia, 
antropologia, matemática e economia, criou a Society for 
General Systems Research. A iniciativa buscou, ao longo de 50 
anos, combater a especialização excessiva na ciência - situação 
na qual cada campo de conhecimento cuida de um só aspecto 
da realidade, menosprezando todos os outros que também 
influenciam aquela realidade estudada. 
A Teoria Geral dos Sistemas é interdisciplinar e tende a 
ir em direção às teorias generalizantes (aplicáveis a várias 
áreas). A existência de conceitos gerais é aceita quando se 
percebe as correspondências que ocorrem entre os princípios 
de funcionamento do átomo, do vírus, da célula, da família e 
da empresa – todos são entidades complexas compostos de 
elementos em situação de interação (MARTINELLI e VENTURA, 
2006).
Importante
A partir da Teoria Geral dos Sistemas, surge a ideia de que qualquer unidade complexa 
— tanto uma máquina, quanto um organismo, uma floresta ou uma organização — pode 
ser considerada como um sistema ou um conjunto de elementos interdependentes que 
interagem de modo ordenado.
7Abordagem Sistêmica
Por volta da década de 1950, a administração incorporou esse conceito central da teoria 
dos sistemas por conta da preocupação em elaborar um novo conceito de organização que 
respondesse às mudanças da época. O cenário de maior complexidade, risco e incerteza 
para o alcance dos objetivos organizacionais estimulou a busca de modelos, métodos e 
técnicas que formaram a Abordagem Sistêmica da administração.
Segundo Martinelli e Ventura (2006), a Abordagem Sistêmica permite a resolução de 
problemas a partir de um extenso olhar para o todo, em vez de uma análise específica 
das partes. Essa visão do todo é uma alternativa à metodologia analítica empregada em 
problemas simples, que podem ser facilmente divididos e analisados em partes. Quanto 
mais complexos se tornam os sistemas, mais inadequada é a estratégia de combater de 
modo isolado os problemas. 
8Abordagem Sistêmica
Para Maximiano (2004), a complexidade indica o 
grande número de problemas e de variáveis (ou fatores) 
que as organizações e seus administradores devem 
enfrentar. A maioria desses problemas tem múltiplas 
causas e depende da interação de diferentes fatores. 
Na atualidade, uma organização inserida em uma grande 
metrópole, por exemplo, acaba tendo de enfrentar questões típicas 
desse contexto, como criminalidade, qualidade de vida, problemas 
ambientais, concorrência global, movimentos migratórios e inúmeras 
transformações sociais e políticas. Tudo isso indica a complexidade da 
sociedade contemporânea, cujas características desafiam ainda mais 
os administradores das organizações. Em todo sistema complexo, há 
muitos elementos interagindo, e boa parte deles não está sujeita ao 
poder de controle da organização.
A Abordagem Sistêmica, segundo Nogueira (2007) foi a que deu a melhor resposta ao 
problema causado pelas teorias que reduziam a organização a uma só dimensão, fosse 
ela técnica (como fez a Teoria Científica, por exemplo) ou social (como as Teorias Humana 
e Comportamental). 
Embora a Abordagem Estruturalista já tenha apresentado a noção de que as 
organizações funcionam como sistemas, o conceito aparecia de forma ainda limitada, pois 
os estruturalistas tratavam de poucas variáveis do sistema – dando, por exemplo, muita 
ênfase à análise Interorganizacional.
A aplicação mais completa do conceito de sistemas às organizações coube à 
Abordagem Sistêmica, porque ela reforça a interdependência entre as diversas dimensões 
da organização, trabalhando enfaticamente a influência mútua que essas dimensões 
exercem umas sobre as outras. Além disso, foi essa Abordagem que mergulhou mais 
profundamente na noção de que a organização é parte integrante de um sistema maior (a 
sociedade). A partir desse momento, é fortalecida a noção de que, sem a compreensão 
dessas relações “sistêmicas”, não é possível administrarcom sucesso uma organização.
O que é 
complexidade?
9Abordagem Sistêmica
Acesse o Recurso Multimídia e conheça outras influên-
cias da Abordagem Sistêmica.
Conteúdo On-line
2. Conceito de Sistema
Várias são as definições disponíveis do que seja um sistema. Ao refletir sobre algumas 
delas, esteja atento às ideias que surgem com mais frequência.
10Abordagem Sistêmica
Um sistema se define como um complexo 
de elementos em interação de natureza 
ordenada.
Sistema é um conjunto de partes cuja 
interação forma um todo organizado.
Sistemas são totalidades formadas por 
partes diferenciadas, que têm funções diversas, 
porém interdependentes – uma modificação em 
uma parte influencia a outra.
Um sistema é um conjunto de componentes 
que interagem por meio de um processo, para 
produzir um resultado ou saída.
Um sistema é um conjunto de partes inte-
grantes e interdependentes que, conjuntamen-
te, formam um todo unitário com determinado 
objetivo e efetuam determinada função.
(PARK, 1997)
(NOGUEIRA, 2007)
(MOTTA, 2006)
(MAXIMIANO, 2004)
(OLIVEIRA, 2008, p. 224)
11Abordagem Sistêmica
Acredito que você tenha percebido a presença de noções fundamentais nos diversos 
conceitos de sistema:
Você consegue perceber a organização funcionando como um sistema?
Vamos pensar melhor sobre essa ideia?
Os elementos de um sistema estão interligados e são interdependentes. Isso quer 
dizer que eles interagem e influenciam uns aos outros, por isso não é possível entender 
um sistema analisando suas partes isoladas. Vamos lembrar que Taylor, por exemplo, 
analisava as tarefas procurando encontrar o melhor padrão de desempenho para cada 
uma delas, de modo isolado, sem dar muita atenção aos outros elementos que também 
estavam relacionados a esse aspecto da organização.
Os elementos de 
um sistema estão 
interligados.
Os elementos de 
um sistema são 
interdependentes.
Os elementos 
de um sistema 
formam um todo 
organizado.
Os elementos 
desempenham 
funções no 
sistema.
O sistema tem 
objetivos.
12Abordagem Sistêmica
Os elementos de um sistema formam um todo organizado e que têm um objetivo. 
Esse é um conceito fundamental no pensamento sistêmico. Nos enfoques tradicionais da 
administração, os elementos eram analisados separadamente, justamente com a intenção 
de juntar as partes para formar o todo. No enfoque sistêmico, isso não é possível, já que 
é necessário começar pelo sistema total, que nunca se resume a um simples ajuntamento 
de partes.
Essa ideia é conhecida como holismo. Sabemos, por exemplo, que nem sempre 
colocar os melhores funcionários para trabalharem juntos resulta no melhor desempenho 
da empresa. Isso ocorre principalmente porque a natureza das relações entre as partes – e 
não apenas as partes – são decisivas para definir um sistema.
Os elementos de um sistema desempenham funções. Essa ideia está baseada na 
visão do funcionalismo, segundo o qual cada elemento tem uma função a desempenhar no 
sistema mais amplo, geralmente com implicações importantes no seu desempenho, já que 
todas as partes do sistema estão interligadas e podem se afetar mutuamente.
13Abordagem Sistêmica
Assim, podemos perceber que uma ação desenvolvida em uma parte influencia o 
sistema como um todo. Dessa forma, todas as partes têm de estar interligadas e tomar 
decisões conjuntas. Por exemplo: A decisão de desenvolver e lançar um novo produto no 
mercado deve envolver diversas partes de uma organização, englobando o trabalho de 
pesquisa e desenvolvimento, marketing, logística, etc.
Entenda o Pensamento Sistêmico
Segundo o pensamento sistêmico, para entender o 
funcionamento de uma empresa, é necessário vê-la como 
um todo, com sua tendência aos objetivos e com sua organização 
de partes interligadas e em interação.
Assim como os sistemas sempre fazem parte de sistemas maiores, eles também 
podem ser divididos em sistemas menores, chamados então de subsistemas. Na Teoria 
dos Sistemas, todos os elementos que fazem parte de um sistema são chamados de 
subsistemas. Um departamento em uma empresa, seria um exemplo de um subsistema. 
Esse, por sua vez, possui outros subsistemas, como as seções. Assim, uma empresa tem 
um subsistema operacional, administrativo, financeiro, etc.
14Abordagem Sistêmica
Os subsistemas devem estar em sinergia, isto é, mantendo uma interação convergente 
entre as partes, para que resulte daí uma totalidade forte. Podemos perceber de modo 
concreto a sinergia em uma situação em que uma equipe de futebol com um jogador a 
menos consegue ganhar de outra com maior número de jogadores. É justamente pela 
integração entre as partes que a equipe em desvantagem numérica consegue atingir a 
meta, a despeito de sua limitação.
Como chamam a atenção Motta e Vasconcelos (2006), dentro da visão sistêmica, a 
função de integração passa a ser fundamental para garantir que as diversas partes do 
sistema organizacional não fiquem isoladas umas das outras, já que são especializadas e 
têm funções diferentes dentro do sistema. Assim, os departamentos das empresas correm 
o risco de virarem feudos que não trocam adequadamente as informações necessárias para 
o andamento de um projeto da empresa, por exemplo. De modo semelhante, indivíduos ou 
grupos também podem manifestar dificuldades de comunicação, permanecendo isolados 
uns dos outros. Por isso a organização precisa desenvolver formas de integração a fim 
de buscar coerência entre as ações de seus diversos “subsistemas”. Caso contrário, cada 
um deles fica perseguindo objetivos específicos, perdendo de vista os objetivos gerais da 
organização.
15Abordagem Sistêmica
A definição do que é um sistema ou subsistema depende do ângulo de análise da 
realidade. Em uma empresa de tecelagem, por exemplo, o departamento de produção pode 
ser visto como um subsistema da organização, que assim é vista como o próprio sistema. 
Porém, se considerarmos o departamento de produção um sistema, os subsistemas serão 
as seções de tinturaria e estamparia.
Eric Trist sugeriu que existem dois subsistemas fundamentais nas organizações. O 
estudo de Trist tornou-se muito conhecido na administração, como parte das pesquisas 
do Instituto de Relações Humanas de Tavistock, fundado em Londres em 1946. De acordo 
com o autor, os dois subsistemas da organização são:
Subsistema Técnico Subsistema Social
Corresponde à divisão do 
trabalho, à estrutura física e aos 
equipamentos e tecnologias 
existentes, indicando o potencial de 
eficiência que a organização possui.
Corresponde às relações 
sociais estabelecidas entre aqueles 
que realizam as tarefas e que 
transformam o potencial técnico 
da organização em eficiência 
real. As atitudes individuais, os 
comportamentos coletivos, a 
cultura e os grupos informais são 
manifestações desse subsistema 
social.
Como lembra Maximiano (2004), a Administração Científica focaliza apenas a eficiência 
do subsistema técnico, deixando as pessoas em segundo plano. Já a Escola de Relações 
Humanas, ao contrário, dá ênfase ao sistema social, deixando de lado aspectos técnicos da 
organização. A visão sistêmica propõe uma visão integrada desses dois planos, propondo 
uma visão “sociotécnica” da organização: é impossível gerenciar um subsistema sem levar 
em conta o outro.
16Abordagem Sistêmica
São todos os recursos necessários ao funcionamento 
do sistema, como os recursos materiais, humanos, 
informacionais, financeiros, tecnológicos, etc.
 A organização está o tempo todo importando 
do ambiente os recursos que serão processados 
e transformados em resultados.
Entradas
Processamento
Saída Os produtos, serviços e todo tipo de resultado 
que deriva do processamento dos insumos.
Enquanto realizam suas atividades, as organizações 
estão produzindo os mais diversos tipos de 
resultados, por exemplo, colocando produtos 
ou serviços no mercado, gerando lucros, 
empregos, descartando resíduos, etc.
A organização produz resultados não somente 
econômicos, como também sociais e ambientais.
Por meio derecursos técnicos e humanos disponíveis, 
os insumos são convertidos em produtos ou serviços. 
Essa transformação dos insumos recebidos 
em resultados que impactam no próprio 
sistema ou no ambiente é o que o enfoque 
sistêmico chama de processamento.
Inclui as atividades (administrativas, técnicas, comerciais, 
etc.) necessárias para a transformação dos insumos.
17Abordagem Sistêmica
Retroação Também denominada feedback, é a capacidade do 
sistema avaliar sua conduta em função do desempenho 
já ocorrido, fazendo os ajustes necessários.
Pode ser visto como um processo racional de 
verificação de resultados e de retorno de informação ao 
sistema, de modo a corrigir o processo continuamente. 
Qualquer dado que pode ser utilizado para monitorar 
o funcionamento do sistema e guiá-lo para um 
desempenho melhor, é parte importante do feedback.
Desse modo, o fluxo de informações é fundamental para 
que o sistema possa manter o funcionamento desejado.
É o sistema geral ou meio em que o sistema está 
situado. Pode ser entendido também como o meio 
social e natural mais abrangente, composto por todas as 
organizações e estruturas políticas, econômicas e sociais.
O ambiente e o sistema são interligados e 
interdependentes, pois o sistema recebe as 
entradas do ambiente, faz a transformação e 
depois retorna com as saídas para o ambiente. 
No enfoque sistêmico, a viabilidade ou 
sobrevivência de um sistema depende de sua 
capacidade de adaptar-se, mudar e responder 
às exigências e demandas do ambiente.
Ambiente
18Abordagem Sistêmica
Agora, de posse desses conceitos básicos, podemos visualizar o funcionamento do 
sistema administrativo:
O objetivo do sistema administrativo é produzir 
bens ou serviços para atender demandas de outros 
sistemas, como a sociedade ou um mercado 
específico. O sistema administrativo é constituído de 
pessoas e grupos que interagem entre si, além dos 
equipamentos, instalações e diversas tecnologias 
que são utilizadas em suas atividades. Junto a 
esses elementos, existem também as normas, 
regulamentos e processos de trabalho. Portanto, é 
um sistema que mobiliza diversos tipos de recursos, 
sejam humanos, financeiros ou tecnológicos, e os 
processa por meio de atividades diversas, como 
produção, distribuição, planejamento, contratação, 
vendas, treinamento, dentre muitas outras. O objetivo 
é produzir os resultados que satisfaçam às demandas 
dos clientes e da sociedade onde está inserido.
O objetivo do sistema administrativo é produzir 
bens ou serviços para atender demandas de outros 
sistemas, como a sociedade ou um mercado 
específico. O sistema administrativo é constituído de 
pessoas e grupos que interagem entre si, além dos 
equipamentos, instalações e diversas tecnologias 
que são utilizadas em suas atividades. Junto a 
esses elementos, existem também as normas, 
regulamentos e processos de trabalho. Portanto, é 
um sistema que mobiliza diversos tipos de recursos, 
sejam humanos, financeiros ou tecnológicos, e os 
processa por meio de atividades diversas, como 
produção, distribuição, planejamento, contratação, 
vendas, treinamento, dentre muitas outras. O objetivo 
é produzir os resultados que satisfaçam às demandas 
dos clientes e da sociedade onde está inserido.
O objetivo do sistema administrativo é produzir 
bens ou serviços para atender demandas de outros 
sistemas, como a sociedade ou um mercado 
específico. O sistema administrativo é constituído de 
pessoas e grupos que interagem entre si, além dos 
equipamentos, instalações e diversas tecnologias 
que são utilizadas em suas atividades. Junto a 
esses elementos, existem também as normas, 
regulamentos e processos de trabalho. Portanto, é 
um sistema que mobiliza diversos tipos de recursos, 
sejam humanos, financeiros ou tecnológicos, e os 
processa por meio de atividades diversas, como 
produção, distribuição, planejamento, contratação, 
vendas, treinamento, dentre muitas outras. O objetivo 
é produzir os resultados que satisfaçam às demandas 
dos clientes e da sociedade onde está inserido.
Funcionando como um sistema, a empresa depende muito da capacidade de seus 
gestores. Se alguns de seus componentes ou subsistemas não cumprirem bem suas 
funções, o sistema pode entrar em colapso. A teoria dos sistemas reconhece esse processo 
como entropia, entendendo que esse é um caminho natural para os sistemas organizados, 
se não houver a intervenção adequada para deter o processo.
19Abordagem Sistêmica
O grande esforço de toda organização é justamente garantir que o ambiente aceite 
seus resultados e evite a deterioração (a entropia), que é o caminho natural de todos os 
sistemas organizados. A preocupação é com a retomada do equilíbrio, da estabilidade e da 
ordem social do sistema, constantemente afetada pelas mudanças do ambiente, que não 
estão sob o total controle da organização (NOGUEIRA, 2007).
O papel do gestor é fundamental para contrabalançar essa tendência à deterioração. 
Ele atua, por exemplo, alimentando a empresa com os insumos adequados para gerar 
novos resultados, no sentido contrário ao da entropia. É um dos elos principais, como você 
já deve ter percebido, do processo de feedback.
Voltando à linguagem utilizada no enfoque sistêmico, o gestor tem papel essencial 
no processo conhecido como homeostase (ou “estado firme”) - capacidade do sistema de 
voltar ao equilíbrio, compensando a entropia.
20Abordagem Sistêmica
A homeostase não é um processo 
automático. As organizações não 
são entidades mecânicas e sim 
“sociotécnicas”, isto é, dependentes 
também das ações e interações humanas. 
Nesse sentido, as intervenções da 
administração, com ações preventivas e 
corretivas são fundamentais. A entropia 
não será combatida, se não houver a 
atuação dos gestores diagnosticando 
os desequilíbrios e, com base nas 
informações adequadas, propondo os 
ajustes e mudanças necessárias no 
sistema.
Vamos entender melhor agora as relações que a organização, enquanto um sistema 
aberto, mantém com o ambiente externo.
3. Organizações como Sistemas Abertos
Voltando ao nosso exercício de visualizar a empresa como um sistema, devemos 
perceber que a empresa, além de possuir diversos subsistemas interconectados, é também 
parte de outros sistemas maiores, como o mercado e a sociedade. Dentro deles, é claro, a 
empresa também tem suas funções. Por isso dizemos que, em relação ao ambiente mais 
amplo, as próprias organizações podem ser vistas como subsistemas.
Os sistemas existem dentro de outros sistemas. Desse 
modo, a organização possui seus próprios subsistemas internos 
e, como sistema, está inserido no sistema maior, que é a 
sociedade.
Importante
21Abordagem Sistêmica
Apresentam comportamento 
flexível e probabilístico (não 
pode ser previsto com certeza).
Possuem relação direta 
com o ambiente que os 
circunda e necessitam de 
adaptação constante para as 
mudanças nele ocorridas.
Interagem com o ambiente, 
recebendo influências e 
também produzindo impactos.
Exemplo: As Organizações.
As relações entre os 
componentes são fixas, 
automáticas, sem trocas 
com o ambiente.
Não influenciam nem são 
influenciados pelo ambiente 
e não utilizam informações 
provenientes dele.
Apresentam comportamento 
determinístico e programado.
Exemplo: As Máquinas.
Sistemas Fechados Sistemas Abertos
22Abordagem Sistêmica
Com os clientes, por exemplo, as empresas usam vários métodos para conhecer os 
seus gostos, suas características, ouvir suas reclamações, tudo para conseguir aprimorar 
os seus produtos ou, até mesmo, para desenvolver algum serviço ou produto novo que 
seja demandado, mas ainda não oferecido.
Um outro exemplo é a relação com os fornecedores, com quem a empresa estabelece 
contratos para obter determinadas matérias-primas, por exemplo. É comum também as 
empresas contratarem serviços de terceiros, que podem realizar certas etapas de suas 
atividades, como o fornecimento de alimentação, limpeza ou mesmo atendimento ao 
cliente por call center.Como podemos perceber, uma das principais características dos sistemas abertos é 
a contínua interação com o seu ambiente. A empresa está sujeita a uma grande variedade 
de ações internas e externas, pois é um subsistema inserido em um sistema maior, por 
isso está sujeita à ação de múltiplas variáveis que atuam direta ou indiretamente sobre ela. 
Muitas delas podem ser desconhecidas e imprevisíveis.
Você poderia apontar algumas interações que você considera importantes entre a 
organização e seu ambiente?
23Abordagem Sistêmica
Muitas grandes empresas demonstraram uma total falta de 
capacidade de lidar com as mudanças ocorridas no ambiente. 
A Kodak, Segundo Hessel (2008), tornou-se um exemplo de 
como a falta de visão do alto escalão de uma empresa pode 
ser fatal para os negócios. Desde o início dos anos 90, o fim 
do filme fotográfico era visto como questão de tempo. A Kodak 
tentou negar essa realidade de todas as formas e manteve seu 
modelo de negócios inalterado por muito tempo. A primeira 
câmera digital foi desenvolvida pela empresa em 1976, mas 
levou 25 anos para se tornar um produto importante do portfólio, 
quando o mercado já estava tomado pelos concorrentes. Apesar 
de ter sido um empreendedor muito inventivo, o fundador 
George Eastman deixou como herança à empresa uma cultura 
corporativa hierarquizada e lenta na tomada de decisões, o que 
atrasou dramaticamente as mudanças necessárias na empresa 
e levando ao pedido de concordata no início de 2012.
Importante
Segundo Maximiano (2004), durante boa parte do desenvolvimento das teorias 
da administração, os ambientes eram estáveis e ofereciam poucas ameaças além 
da concorrência. No princípio do século XX, por exemplo, quando Taylor desenvolveu 
a Administração Científica, ninguém se preocupava com o aquecimento global, com a 
concorrência de produtos chineses ou com os impactos de certos produtos na saúde 
humana. Havia um número menor de variáveis a serem levadas em conta para se 
administrar uma organização. Tratava-se, portanto, de um mundo menos complexo.
24Abordagem Sistêmica
Os ambientes instáveis são 
aqueles nos quais ocorrem 
intensas e rápidas transformações. 
A concorrência é agressiva, os 
governos modificam a política 
econômica, a população sofre 
alterações em suas características 
demográficas, os valores 
sociais mudam frequentemente. 
Ambientes assim tendem a ser 
turbulentos (MAXIMIANO, 2004).
Os ambientes estáveis são aqueles 
nos quais as mudanças são lentas 
ou imperceptíveis. A economia é 
estável, os clientes não buscam 
produtos novos, não alteram hábitos 
por um longo tempo, o mercado não 
apresenta novos competidores, etc. 
São ambientes pouco desafiadores, 
pois não oferecem grandes 
riscos para as organizações.
Ambientes 
Instáveis
Ambientes 
Estáveis 
25Abordagem Sistêmica
No atual nível de complexidade e instabilidade ambiental, a Abordagem Sistêmica 
surge como uma possibilidade de compreender melhor os componentes do ambiente e a 
forma como interagem entre si e com a organização.
A estrutura do ambiente é composta do ambiente imediato e do macroambiente. Você 
pode visualizar melhor essas duas dimensões do ambiente da organização no quadro a 
seguir:
AMBIENTE IMEDIATO MACROAMBIENTE
É composto pelos clientes 
e por outras organizações 
(como concorrentes, parceiros, 
fornecedores, distribuidores, 
sindicatos) que afetam ou 
são diretamente afetados 
pela organização.
Incluem as condições da 
sociedade e do ambiente natural, 
os fatores tecnológicos, culturais, 
econômicos, políticos, legais 
e demográficos que afetam a 
maioria das organizações.
A consequência de enxergar a empresa como um sistema aberto é perceber que ela 
deve ser um sistema adaptativo, isto é, para sobreviver deve se reajustar constantemente 
às condições do meio. 
A adaptabilidade, segundo Chiavenato (2003), pode ser definida como a mudança do 
sistema no sentido de se ajustar aos padrões solicitados em sua interação com o ambiente 
externo, alterando suas condições internas para alcançar um equilíbrio frente a novas 
situações.
Assista ao vídeo sobre aprendizagem organizacional e 
aprenda mais sobre este importante processo nas empresas.
Conteúdo On-line
26Abordagem Sistêmica
Uma das funções da administração, nesse sentido, é melhorar a aprendizagem da 
organização em relação às mudanças do seu meio.
Os sistemas abertos, portanto, 
estão sujeitos à influência externa 
e são vulneráveis a perturbações 
provenientes do ambiente. Visando 
sua continuidade, os sistemas abertos 
possuem mecanismos de regulação ou ajuste 
que lhes permitem manter o equilíbrio a despeito 
das turbulências ambientais.
Os sistemas mais sofisticados, como é o 
caso das organizações, podem inclusive treinar essa 
capacidade, desenvolvendo a aprendizagem para lidar com as 
mudanças ambientais, se adaptando melhor a elas. Os sistemas que 
aprendem exibem grande capacidade de se adaptar às mais diversas condições 
que surgem ao longo de sua existência (MARTINELLI e VENTURA, 2006).
27Abordagem Sistêmica
Legais: 
Mudanças 
nos códigos, 
surgimento de 
novas leis.
Culturais: 
Mudança de 
valores, crenças, 
hábitos e 
costumes.
Econômicas: 
Alterações em taxas 
de câmbio, índices 
de inflação, variações 
salariais e de renda.
Sociais: 
Surgimento de 
novos grupos 
ou classes 
sociais, atuação 
de movimentos 
sociais.
Portanto, o administrador deve estar atento não só aos componentes do ambiente 
interno, como também às variáveis do ambiente externo, dentre as quais podemos destacar 
as seguintes:
28Abordagem Sistêmica
Demográficas: 
Mudanças na 
estrutura etária 
da população.
Tecnológicas: 
Evolução dos 
recursos de 
transporte, 
comunicação e 
informação.
Ecológicas: 
Alterações no 
meio ambiente 
físico e fenômenos 
naturais.
Políticas: 
Transformações nas 
relações de poder na 
sociedade, atuação de 
partidos ou movimentos 
políticos e ações 
governamentais.
Assista ao vídeo sobre as características demográficas da 
população brasileira segundo o IBGE e reflita sobre como elas 
podem impactar na empresas.
Conteúdo On-line
29Abordagem Sistêmica
Se você conseguiu captar a ideia trazida pela Abordagem Sistêmica a respeito das 
relações entre as organizações e seu ambiente, poderá analisar bem o caso a seguir:
4. O Homem Funcional
De acordo com Motta e Vasconcelos (2006), a Abordagem Sistêmica entende o 
comportamento do indivíduo dentro de um papel na organização, inter-relacionado com os 
demais. Essa perspectiva classifica o homem na organização como um Homem Funcional. 
Considerando essa interdependência entre pessoas que ocupam diferentes papéis, a 
organização é considerada na Abordagem Sistêmica como um sistema de papéis inter-
relacionados.
Papel Social é um conjunto de comportamentos solicitados a uma pessoa na 
organização. Por exemplo, o papel de um líder é motivar a equipe e levar a organização 
a um melhor desempenho.
Segundo Motta e Vasconcelos (2006), os papéis que os indivíduos desempenham são, 
em grande parte, determinados pela organização. A estrutura, a especialização funcional, a 
divisão do trabalho, as normas e o sistema de recompensas formais determinam bastante o 
que uma pessoa deve fazer. Além disso, as motivações pessoais para agir de determinado 
modo, a personalidade e os valores de cada indivíduo interferem no sistema de papéis, 
podendo surgir certos tipos de conflitos chamados conflitos de papéis. Esses conflitos 
podem ocorrer, por exemplo, quando as expectativas de uma pessoa não coincidem com 
as expectativas do papel que ela deve desempenhar ou quando as expectativas de um 
papel entram em choque com as de outro papel desempenhado pela mesma pessoa na 
organização.
A Coca-Cola, em 2014, abalou o mercado investidor, ao divulgar resultados que 
mostram que a empresa vem tendo dificuldades para atingir suas metas. O volume 
de refrigerantes da indústria nos EUA caiu por dez anos seguidos, à medida que os 
americanos passaram a consumir menos bebidasaçucaradas. Por um tempo, a Diet 
Coke e a Coca-Cola Zero, opções com zero calorias, ajudaram a aliviar a crise, mas as 
vendas de refrigerantes dietéticos têm caído mais que o dobro que as bebidas calóricas, 
já que o consumidor agora se preocupa com o impacto na saúde de adoçantes artificiais. 
As vendas em mercados de rápido crescimento fora dos EUA também vêm apresentando 
desaceleração. No México, o segundo maior mercado da Coca-Cola depois dos EUA, 
o consumo caiu depois que o governo criou um imposto sobre bebidas açucaradas. A 
Coca-Cola está respondendo com mais cortes de custos, reestruturação de sua cadeia 
de fornecimento global e a busca por novas áreas de crescimento (FRANCIS, 2014).
30Abordagem Sistêmica
Por exemplo, um indivíduo que é um líder informal no grupo, terá papéis contraditórios 
a desempenhar, pois o grupo espera que o líder defenda os seus interesses, enquanto a 
empresa espera que esse mesmo líder – que não deixa de ter o papel de funcionário - 
estimule o apoio do grupo aos interesses da empresa.
Desempenha 
papéis 
determinados 
pela 
organização.
 Seus papéis estão interligados 
aos demais papéis existentes 
na organização.
Enfrenta 
conflitos de 
papéis.
Coerentemente com seu conceito principal, a Abordagem Sistêmica destaca o 
indivíduo como componente de um sistema (empresa), dentro de um sistema maior 
(ambiente).
Motta e Vasconcelos (2006) lembram que essa condição de “homem funcional” traz 
certas limitações para os indivíduos, pois os papéis desempenhados acabam sendo 
considerados pela organização como mais importantes do que as pessoas. Desse modo, 
por exemplo, as pessoas passam e os papéis permanecem para serem desempenhados 
por outros indivíduos, de acordo com os interesses da organização quanto à expectativa 
de desempenho daqueles papéis.
Homem Funcional:
31Abordagem Sistêmica
5. A Abordagem Sistêmica Hoje
O enfoque sistêmico, segundo Maximiano (2004), oferece ao administrador uma visão 
integrada das organizações e do processo administrativo, sendo uma importante ferramenta 
para organizar sistemas capazes de produzir resultados em ambientes complexos.
Como já havia mostrado Bertalanffy, com sua proposta de uma Teoria Geral dos 
Sistemas, a tecnologia e a sociedade hoje em dia tornaram-se tão complexas, que as 
soluções tradicionais não são mais eficientes. É necessário utilizar as abordagens de 
natureza sistêmica e interdisciplinar (MAXIMIANO, 2004).
Outra contribuição da abordagem sistêmica foi compreender o ambiente como um 
fator determinante da eficácia da organização. Ao mostrar que as práticas administrativas 
devem estar em sintonia com o ambiente para serem eficazes, essa abordagem abriu 
portas para grandes avanços nos estudos sobre estratégia organizacional.
O enfoque sistêmico abre um importante espaço para abordar a questão da relação 
da organização com as partes interessadas que compõem seu ambiente. Cada parte tem 
a tendência a enxergar o sistema de maneira não sistêmica, considerando apenas seus 
objetivos individuais. Os clientes de uma empresa aérea, por exemplo, pensam no conforto 
e na segurança, enquanto os engenheiros que projetaram o avião pensam em desempenho, 
tecnologia, confiabilidade e nem sempre levam em conta o passageiro. Os acionistas 
julgam o desempenho da companhia, analisando o quanto ela é lucrativa. Agências do 
governo verificam se a empresa cumpre as leis. Harmonizar todos esses interesses, de 
modo que o sistema funcione satisfatoriamente para todos é um dos desafios do enfoque 
sistêmico aplicado à administração.
A Abordagem Sistêmica aposta na capacidade das organizações de se adaptarem às 
mudanças políticas, econômicas e sociais que ocorrem na sociedade, desde que priorizem 
métodos de ação focados não apenas na eficiência técnica ou social, como também no 
relacionamento com os elementos do ambiente externo (NOGUEIRA, 2007).
 Por isso, um conceito fundamental trazido pelo enfoque sistêmico é o de eficácia 
global, isto é, o conceito de eficácia que traduz o desempenho do sistema na realização 
de seus objetivos e não a eficiência das partes isoladas. Um exemplo prático é a ênfase 
colocada atualmente em questões que direcionam o planejamento das estratégias 
organizacionais, como “qual é o nosso negócio?”, “qual é a nossa missão?” ou “qual é o 
valor que oferecemos ao cliente?” (MAXIMIANO, 2004).
32Abordagem Sistêmica
Nesse conteúdo, tivemos a oportunidade de estudar as contribuições da Cibernética e 
da Teoria Geral dos Sistemas para a formação da Abordagem Sistêmica da Administração.
Buscamos compreender as organizações como um sistema ou um conjunto de 
elementos interdependentes que interagem de modo ordenado para alcançar determinados 
objetivos, destacando as vantagens dessa análise sobre as teorias que reduziam a 
organização a uma só dimensão, fosse ela técnica ou social.
Estudamos também a dinâmica de funcionamento dos sistemas, identificando os 
elementos que a compõe, como as entradas ou insumos, as saídas ou resultados, o 
processamento, a retroação e o ambiente. Buscamos compreender que, dentro dessa 
lógica, o objetivo do sistema administrativo é produzir bens ou serviços para atender às 
demandas de outros sistemas, como a sociedade ou os mercados específicos.
Nesse processo, identificamos que os gestores, alimentando o processo de feedback 
nas organizações, possuem papel essencial no processo conhecido como homeostase 
ou capacidade do sistema de voltar ao equilíbrio, compensando a tendência natural dos 
sistemas à deterioração (entropia).
Buscando compreender outra grande contribuição da Abordagem Sistêmica para a 
administração, analisamos uma das principais características dos sistemas abertos: a 
contínua interação com o seu ambiente. Nesse sentido, analisamos o ambiente como 
um fator determinante da eficácia da organização. Percebemos que a empresa é um 
subsistema inserido em um sistema maior, e por isso está sujeita à ação de múltiplas 
variáveis, muitas delas desconhecidas e imprevisíveis.
Por fim, compreendemos a proposta da Abordagem Sistêmica de analisar o indivíduo 
como um homem funcional que atua dentro de um papel na organização, inter-relacionado 
com os demais, analisando também os conflitos de papéis que decorrem dessa condição.
33Abordagem Sistêmica
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2003.
FRANCIS, Theo. Ambiente de Negócios Muda e Grandes Estrelas das Bolsas Perdem 
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pp. 116-123.
MARTINELLI, Dante Pinheiro; VENTURA, Carla Aparecida. Visão Sistêmica e 
Administração: conceitos, metodologias e aplicações. São Paulo: Saraiva, 2006.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da escola cientifica 
a competitividade em economia globalizada. 4.ed. São Paulo : Atlas, 2004.
MOTTA, Fernando Prestes; VASCONCELOS, Eduardo. Teoria Geral da Administração. 
Rio de Janeiro: Thomson, 2006.
NOGUEIRA, Arnaldo José França Mazzei. Teoria Geral da Administração para o século 
XXI. São Paulo: Ática, 2007.
OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças. Teoria Geral da Administração: uma abordagem 
prática. São Paulo: Atlas, 2008.
PARK, Kil Hyang (coord.). Introdução ao Estudo da Administração. São Paulo: Pioneira, 
1997.

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