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PLANO DE ESTUDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Trabalhar com os conceitos de massa, centro de massa e centroide para figuras planas e espaciais. • Trabalhar com os momento de inércia para figuras planas e espaciais. • Calcular áreas de superfícies. • Calcular a sustentação em uma asa usando integral dupla. Massa, Centro de Massa e Centroide Momentos de Inércia Sustentação em uma Asa Área de Superfície Dr. Vinicius de Carvalho Rispoli Dr. Ricardo Ramos Fragelli Dr. Ronni Geraldo Gomes de Amorim Aplicações das Integrais Múltiplas Massa, Centro de Massa e Centroide Assim como a integral de uma variável tem várias aplicações interessantes na matemática e nas ciên- cias aplicadas, as integrais duplas e triplas também têm muitas outras aplicações além do cálculo de volumes e áreas de regiões planas. Começaremos esta unidade com algumas dessas aplicações das integrais duplas e triplas. Vamos começar as nossas aplicações lidando, inicialmente, com a integral dupla e, em seguida, passaremos para as integrais triplas. Neste con- texto, vamos supor que temos uma lâmina sufi- cientemente fina que é delimitada por uma região R no plano xy. Isto é, conforme podemos ver na figura a seguir, temos um sólido cuja base é dada pela região R e cuja altura é suficientemente pe- quena. 87UNIDADE III x z y R 1 Figura 1 - Sólido que desejamos calcular a massa, centro de massa e centroide Fonte: os autores. Inicialmente, com o intuito de realizarmos o cálculo da massa, vamos supor que a lâmina dada na Figura 1 tenha uma densidade de massa d x y,( ) medida em unida- des de massa por unidade de área. Em particular, suponha que, nas dimensões x e y, a região R que delimita a lâmina seja particionada em h partes iguais, conforme podemos observar na Figura 2. Observe que, agora, a lâmina é dividida em várias pequenas “caixas” de altura infinitesimal. Desta forma, considere que a “caixa” que contém o ponto x y,�( ) tenha uma pequena massa m∆ e uma pequena base com área A∆ . Assim, a função densidade de massa pode ser definida por d x y m Ah , lim ,( ) = ∆ ∆→0 isto é, definimos a densidade de massa da região próxima ao ponto x y,( ) de modo que ∆ ≈ ( )∆m x y Ad , . x z y 1 m= (x,y) A∆ ∆δ Figura 2 - Partição da lâmina Fonte: os autores. 88 Aplicações das Neste sentido, podemos dizer que a massa M total da lâmina é aproximadamente a soma das massas mjk∆ das pequenas “caixas” formadas pela partição; assim, somando em cada uma das direções, temos que M m j k jk≈ ∆∑∑ = ( )∆∑∑ j k j k jkx y Ad , . Finalmente, para encontrarmos a massa total M , temos que calcular o limite das aproximações quando h se aproxima de 0 que nos dá a seguinte integral dupla M x y A h j k j k jk= ( )∆ → ∑∑lim , 0 d = ( )∫∫ δ x y dAR . Portanto, a massa total de uma lâmina delimitada por uma região plana R pode ser calculada por meio da integral dupla da função densidade de massa sobre a região que define a placa. Como primeiro exemplo, vamos calcular a massa de uma lâmina quadrada cujos lados são unitários de tal forma que essa região quadrada esteja no primeiro quadrante e que duas de suas arestas estejam sobre os eixos coordenados. Logo, a região R é dada por R x y x= ( )∈ ≤ ≤ ≤ ≤{ }, :R2 0 1 0 1 . Agora, suponha que a densidade desta lâmina seja dada pela seguinte função: densidade de massa é dada por d x y x y, .( ) = − +( )2 1 2kg/m A massa da placa é dada por M x y dA R = − +( )2 1 ,∫∫ em que R é o quadrado unitário. Assim, M x y dydx= − +( )∫ ∫0 1 0 1 2 1 = − + ∫ 2 2 2 0 1 0 1 xy y y dx 1 EXEMPLO 89UNIDADE III = + ∫ 2 1 20 1 x dx = + x x2 0 1 2 =1 5 .kg Considere, agora, uma lâmina suficientemente fina dada por uma região R delimi- tada por um círculo de raio 2, cuja função densidade de massa é dada por δ x y x y .( ) = + +1 2 2 2kg/m Podemos calcular a massa dessa placa, que é dada por M x y dA R = + +∫∫ 1 2 2 , em que R é o círculo de raio 2. Neste caso, como o domínio é circular, faz-se conve- niente utilizar a substituição por coordenadas polares. Assim, temos M r r drd= +∫ ∫0 2 2 0 2 1 π θ = ∫2 21 5 p u du = 2 3 3 2 1 5 p u = − 2 3 5 1 3 2p kg. Vale observar que quando a densidade é unitária, isto é, d x y,( ) =1 para todos os pares x y,( ) em uma determinada região, então o valor da massa é simplesmente a área da região R . Agora que vimos como calcular a massa de uma lâmina de densidade d x y,( ) , vamos aprender a calcular o centro de massa desta lâmina. O centro de massa de um objeto é um ponto hipotético, no qual toda a massa do sistema está concentrada. Nos cursos de física elementar, é mostrado que dados n objetos com massas m mn1, ,� nas posições x y x yn n1 1, , , ,( ) ( ) , respectivamente, então, o centro de massa dessa coleção de objetos é o ponto no plano cartesiano dado pelo seguinte par de médias ponderadas 2 EXEMPLO 90 Aplicações das x m x m x m m y m y m y m m n n n n n n = + + + + = + + + + 1 1 1 1 1 1 � � � � Se uma placa com densidade de massa d x y,( ) é então dividida em n “caixas” com massas m mn1 �∆ ∆ nas posições x y x yn n1 1, , , , ,( ) ( ) respectivamente, o centro de massa da placa é dado aproximadamente pelo mesmo centro de massa das “caixas” que é dado por x m x m x m m y m y m y m m n n n n n n ≈ ∆ + + ∆ ∆ + + ∆ ≈ ∆ + + ∆ ∆ + + ∆ 1 1 1 1 1 1 � � � � . No entanto, uma vez que a soma dos elementos de massa é aproximadamente a massa total, isto é, ∆ + + ∆ ≈m m Mn1 , em que M é a massa da placa, e sabendo que o elemento de massa é aproximadamente ∆ ≈ ( )∆m x y Aj j j jd , , em que Aj∆ representa a área da j-ésima “caixa”, assim, a localização do centro de massa das “caixas” pode ser aproximado por x x x y A x x y A M n n n n≈ ( )∆ + + ( )∆1 1 1 1d d, , y y x y A y x y A M n n n n≈ ( )∆ + + ( )∆1 1 1 1δ δ, , .� Percebendo que os numeradores dos pontos x � e y são, aproximadamente, somas de Riemann, somos levados a definir o centro de massa da placa delimitada no pla- no por uma região R como sendo o ponto no plano x y− com coordenadas x M x x y dA y M y x y dA R R = ⋅ ( ) = ⋅ ( )∫∫ ∫∫ 1 1 δ δ ,, em que M é a massa da placa e calculada como sendo M x y dA R = ( )∫∫ δ . As integrais que estão nos numeradores dos pontos do centro de massa x x y dA R ⋅ ( )∫∫ d , � e y x y dA R ⋅ ( )∫∫ d , � são conhecidas como os primeiros momentos com relação aos eixos �x e y, respectivamente. Além disso, escrevemos M x x y dA M y x y dAy R x R= ⋅ ( ) = ⋅ ( )∫∫ ∫∫δ δe e assim podemos reescrever o centro de massa na forma x M M e y M M y x= = 91UNIDADE III Para exemplificar o cálculo do centro de massa, vamos, agora, determinar o centro de massa da placa com a mesma função densidade de massa do primeiro exemplo d x y x y, .( ) = − +( )2 1 2kg/m Foi calculado que a massa da lâmina é M ,=1 5 kg. Desta forma, para calcularmos o centro de massa, precisamos determinar os primeiros momentos com relação a x e y. Assim, o primeiro momento com relação a x é dado por M x x y dAy R= ⋅ ( )∫∫ d , � = − +( )∫ ∫0 1 0 1 2 1x x y dydx = − + ∫ 2 2 2 2 0 1 0 1 x y xy y dx = − + ∫ 2 2 1 2 0 1 x x dx = − + 2 3 4 3 2 0 1 x x x = + 2 3 3 4 = 17 12 . De forma totalmente análoga, podemos determinar a coordenada y do centro de massa calculando o primeiro momento com relação a y . Neste caso, dado por M y x y dAx R= ⋅ ( )∫∫ d , � = − +( )∫ ∫0 1 0 1 2 1y x y dydx = − + ∫ xy y y dx2 3 2 0 1 0 1 3 2 = + ∫ x dx 1 60 1 = + x x2 0 1 2 6 = 2 3 . 3 EXEMPLO 92 Aplicações das Finalmente, podemos calcular o centro de massa que é dado por x M M y= = = 17 12 3 2 17 18 y M M x= = = 2 3 3 2 4 9 . Se por um lado o centro de massa fornece o ponto no qual toda a massa do objeto estaria concentrada, por outrolado esse mesmo ponto pode não ser o centro geo- métrico do objeto. Neste caso, quando a densidade de massa do objeto é constante em todos os pontos da região R, então, o centro de massa é definido apenas pela própria região e, neste caso, este ponto é chamado de centroide da região R . De fato, a massa M da placa se reduz a área A da região R e assim o centroide é dado por x A xdA A ydA= = 1 1 .∫∫ ∫∫y Além disso, se a região é simétrica em torno de uma determinada reta l , então o centroide da região deve ficar em cima da reta l . Considere um objeto tridimensional que ocupa uma região D e que possui den- sidade volumétrica (massa por volume) em cada ponto do seu interior dada por d d= ( )x y z, , . Para calcularmos a massa desse objeto, podemos proceder de forma análoga à dis- cussão que fizemos no início dessa seção. Para tal, suponha que o objeto foi particio- nado em n elementos de massa semelhantes aos mostrados na fi- gura a seguir. x y z L D r Figura 3 - Elemento de massa em um volume Fonte: os autores. 93UNIDADE III Desta forma, a soma de todos esses elementos de massa fornece, aproximadamente, a massa do objeto, assim, temos M m n k n k= ∆ →∞ = ∑lim 1 = ( )∆ →∞ = ∑lim , ,n k n k k k kx y z V 1 d = ( )∫∫∫ δ x y z dVD , , o que é equivalente à fórmula que obtivemos para o cálculo da massa de uma lâmina fina. Além disso, de forma totalmente análoga aos cálculos feitos para a lâmina no plano, podemos também definir os primeiros momentos para um objeto no espaço e com densidade d d= ( )x y z, , . Neste caso, temos as seguintes fórmulas para os pri- meiros momentos respectivamente aos eixos coordenados x, y e z M x dV M y dV M z dVyz D xz D xy D= = =∫∫∫ ∫∫∫ ∫∫∫δ δ δ . Finalmente, definimos a localização do centro de massa para um objeto no espaço como sendo x M M y M M z M M yz xz xy= = =e Também analogamente ao caso bidimensional, temos que, nos casos em que a den- sidade d é constante em toda a região que define um objeto no espaço, então o centro de massa deste objeto coincide com o centro geométrico do objeto. Assim, se d for constante, o centroide pode ser calculado como sendo x V xdV y V ydV z V zdV R R R = = =∫∫∫ ∫∫∫ ∫∫∫ 1 1 1e em que V é o volume da região R. Como exemplo do caso tridimensional, vamos determinar o centroide da região no espaço definido entre o plano z x y= +2 2 e o paraboloide z x y= +2 2. O primeiro passo é encontrarmos a região de integração. Para tal, precisamos determinar a in- terseção no plano xy entre o plano e o paraboloide. Assim, temos z x y= +2 2 ⇒ + = +2 2 2 2x y x y ⇒ − + − =x x y y2 22 2 0 4 EXEMPLO 94 Aplicações das ⇒ − + + − + = +x x y y2 22 1 2 1 1 1 ⇒ −( ) + −( ) =x y1 1 22 2 . Logo, a região de integração no plano xy é dada pelo círculo de raio 2, cujo centro está no ponto 1 1,( ) . Como a região é um círculo de raio 2, então é interessante utilizar uma substi- tuição por coordenadas polares. No entanto, precisamos colocar o círculo na origem para que a mudança para coordenadas polares seja eficiente. Neste caso, utilizaremos a seguinte mudança x rcos y rsen= + = +1 1θ θe Não é difícil perceber que o Jacobiano desta transformação coincide com o Jacobia- no da transformação por coordenadas polares padrão que é J r= . Além disso, temos que as variáveis r e q variam de acordo com as seguintes desigualdades 0 2r≤ ≤ 0 2θ π.≤ ≤ Portanto, a integral para o volume na forma V x y dydx x x = − −( ) + −( ) − − + − − −( ) + − −( ) ∫ ∫1 2 1 2 2 2 1 2 1 1 2 1 1 1 2 2 2 se reduz a V = − −( )∫ ∫0 2 2 0 2 2 π θr rdrd = −( )∫2 2 30 2 p r r dr = − 2 4 2 4 0 2 p r r = 2p. Finalmente, para encontrarmos o centroide precisamos calcular os primeiros mo- mentos. Vamos calcular apenas o primeiro momento com relação à variável x e você, estudante, deverá calcular os demais primeiros momentos. Assim, temos que 95UNIDADE III M xdzdydxyz x x x y x y = − + − − −( ) + − −( ) + + ∫ ∫ ∫1 2 1 2 1 2 1 1 2 1 2 2 2 2 2 2 � = − −( ) + −( ) − − + − − −( ) + − −( ) ∫ ∫1 2 1 2 2 2 1 2 1 1 2 1 1 1 2 2 2 x y xdydx x x = − −( ) +( )∫ ∫0 2 2 0 2 2 1 π θ θr rcos rdrd = −( ) +( )∫ ∫0 2 3 0 2 2 1 π θ θr r rcos drd = −( ) + −( ) ∫ ∫0 2 3 2 4 0 2 2 2 π θ θr r r r cos drd = − + − ∫ ∫r r d r r cos d2 4 0 2 0 2 3 5 0 2 0 2 2 2 3 5 θ θ θ π π � = + ∫2 8 2 15 0 2 π θ θ π cos d = 2p. Temos, então, que a coordenada x do centroide da região é dada por x M Vyz= =/ .1 Agora, fica o seu trabalho de mostrar que y =1 e que z = 20 3/ . 96 Aplicações das No tópico anterior, estudamos o centro de massa e os primeiros momentos de um corpo, os quais for- necem informações sobre o equilíbrio e também sobre o torque exercido pelo corpo sobre diferen- tes eixos em um campo gravitacional. Por outro lado, o momento de inércia é usado para analisar rotações em torno de um determinado eixo. Por exemplo, se o corpo é um cilindro rotativo, esta- mos mais interessados na quantidade de energia que é armazenada neste corpo ou sobre quanta energia vai ser necessária para acelerar o cilindro com uma determinada velocidade angular. É nesta situação, então, que levamos em consideração o segundo momento ou momento de inércia. Para entender melhor a afirmação, vamos par- ticionar o cilindro citado em pequenos blocos de massa mk∆ que estão a uma distância rk do eixo de rotação. Se o cilindro gira com a uma velocida- de angular de ω θ= d dt/ � radianos por segundo, então a velocidade linear deste pequeno bloco será v d dt r rk k k= ( ) =θ ω. Momentos de Inércia 97UNIDADE III eixo de rotação mk yk rk rk ∆ θ θ Figura 4 - Cilindro em rotação Fonte: os autores. Assim, a energia cinética de cada bloquinho será dada por K m vk k k= ∆ 2 2 = ∆w2 2 2 r mk k . Logo, a energia cinética total do cilindro será dada, aproximadamente, pela soma de todas essas contribuições, isto é, K r mT k n k k≈ ∆ = ∑ 1 2 2 2 w . No limite, então, a energia cinética total do cilindro rotativo será K r mT n k n k k= ∆ →∞ = ∑lim 1 2 2 2 w = ∫∫∫ 1 2 2 2ω r dm objeto = ( )∫∫∫ 1 2 2ω r x y z dV objeto , ,δ2 . A integral r x y z dV objeto = ( )∫∫∫ 2δ , ,I é conhecida como momento de inércia do cilindro com relação ao eixo de rotação. 98 Aplicações das Para uma placa fina no plano, definimos os momentos de inércia em relação aos eixos coordenados x e y, respectivamente, como I y x y dA I x x y dAx D y D= ( ) = ( )∫∫ ∫∫ 2 2δ δ .e Em torno de uma linha L qualquer, o momento de inércia é definido como sendo I r dAL D= ∫∫ 2d , em que r r x y= ( ), representa a distância do ponto x y,( ) a reta L. O momento polar, ou o momento de inércia com relação à origem, é dado por I I Ix y0 = + . Finalmente, podemos definir, também baseados nos momentos de inércia, os raios de giração, que medem o quão distante de um determinado eixo a massa da placa deve ser concentrada para que se tenha o mesmo momento de inércia com relação àquele eixo. Os raios de giração são definidos, respectivamente, aos eixos x, y e a origem, como R I M R I M e R I Mx x y y= = =0 0 Para um objeto no espaço, os momentos de inércia em relação aos eixos coordenados x, y e z são definidos, respectivamente, como I y z dV I x z dV I x y dVx D y D z D= +( ) = +( ) = +( )∫∫∫ ∫∫ ∫∫∫2 2 2 2 2 2δ δ δe Além disso, em torno de uma linha L, o momento de inércia de um objeto no espa- ço é definido como I r dVL D= ∫∫∫ 2δ , em que r r x y z= ( ), , representa a distância do ponto x y z, ,( ) a reta L . E, finalmente, podemos definir o raio de giração em torno da reta L como sendo R I ML L= . A seguir, veremos alguns exemplos de como usar essas fórmulas. 99UNIDADE III Tenha sua dose extra de conhecimento assistindo ao vídeo. Para acessar, use seu leitor de QR Code. Considere a placa triangular limitada pelas retas y = 0, x = 3 e y x= no primeiro quadrante. Além disso, suponhaque essa placa tenha densidade dada pela função d x y x y, .( ) = + + 2 Vamos, neste exemplo, calcular os momentos de inércia desta placa plana e o raio de giração em torno dos eixos coordenados e também da origem. Começamos com o momento de inércia com relação ao eixo x. Temos, então I y x y dydxx x = ( )∫ ∫0 3 2 0 d , = + +( )∫ ∫0 3 2 0 2y x y dydx x = + +( )∫ ∫0 3 2 3 2 0 2xy y y dydx x = + + ∫ xy y y dx x3 4 3 0 0 3 3 4 2 3 = + ∫ 7 12 2 3 4 3 0 3 x x dx = + 7 60 6 5 4 0 3 x x = 837 20 . De forma análoga, temos que o momento de inércia em torno do eixo y é dado por I x x y dydxy x = ( )∫ ∫0 3 2 0 d , = 567 5 . 5 EXEMPLO 100 Aplicações das Como temos o momento de inércia com relação aos eixo x e y , podemos determinar o momento de inércia com relação à origem que é dado por I I Ix y0 = + = + 837 20 567 5 = 621 4 . Dessa forma, para encontramos os raios de giração, precisamos determinar a massa da placa. Temos que a massa é dada por M x y dydx x = ( )∫ ∫0 3 0 d , = + +( )∫ ∫0 3 0 2x y dydx x = + + ∫ xy y y dx x2 0 0 3 2 2 = + ∫ 3 2 2 2 0 3 x x dx = + x x 3 2 0 3 2 = 45 2 . Finalmente, podemos determinar os raios de giração com relação aos eixos coorde- nados e à origem, que são dados por R I Mx x= = ⋅ 837 20 2 45 , R I My y= = ⋅ 567 5 2 45 , R I M0 0 621 4 2 45 = = ⋅ . Considere a cunha triangular de densidade d x y z xy, ,( ) = dada pela figura a seguir. 6 EXEMPLO 101UNIDADE III z y x 6 4 3 Figura 5 - Cunha triangular Fonte: os autores. Vamos verificar, inicialmente, que a distância de um ponto x y z, ,( ) dentro da cunha até a reta L z = 0 e y = 3 é r y z2 2 23= −( ) + . Em seguida, vamos calcular o mo- mento de inércia e o raio de giração da cunha em torno da reta L. Primeiramente, temos que a reta formada por z = 0 e y = 3 é uma reta cujos pontos são dados por x, ,3 0( ) com 0 4x≤ ≤ . Assim, considere um ponto x y z, ,( ) no interior da cunha triangular. A distância entre esse ponto e a reta é dada por r x x y z2 2 2 23 0= −( ) + −( ) + −( ) = −( ) +y z3 2 2. O momento de inércia em torno da reta L é dada pela seguinte integral tripla I r x y z dzdydxL y = ( )∫ ∫ ∫ − + 0 4 0 6 2 0 1 2 3 d , , = −( ) +( )∫ ∫ ∫− +0 4 0 6 2 2 0 1 2 3 3y z xydzdydx y = − + +( )∫ ∫ ∫− +0 4 0 6 3 2 2 0 1 2 3 6 9xy xy xy z dzdydx y = − + + ∫ ∫ − + 0 4 3 2 3 0 1 2 3 0 6 6 9 3 xy z xy z xyz z dydx y 102 Aplicações das = − + − − + + − + + − + ∫0 4 3 21 2 3 6 1 2 3 9 1 2 3 1 2xy y xy y xy y y 33 3 3 0 6 ∫ dydx = +( )∫ 27 10 12 5 0 4 x dx = 1566 5 . Para podermos calcular o raio de giração, precisamos determinar a massa da cunha. A massa é dada pela integral da densidade na região, desta forma, temos M x y z dzdydx y = ( )∫ ∫ ∫ − + 0 4 0 6 0 1 2 3 d , , = ∫ ∫ ∫ − + 0 4 0 6 0 1 2 3 xydzdydx y = − + ∫ ∫0 4 0 6 1 2 3xy y dydx = − + ∫ ∫0 4 2 0 6 1 2 3xy xy dydx = − + ∫ 1 6 3 2 3 2 0 6 0 4 xy xy dx = ∫ 180 4 xdx =144. Finalmente, temos que o raio de giração é dado por R I ML L= = ≈ 1566 700 1 49, 103UNIDADE III No Cálculo 1, começamos os nossos estudos sobre áreas de superfície quando elas eram obtidas por meio da revolução de uma função em torno de um eixo. Agora, vamos trabalhar para um cenário um pouco mais geral que é calcular a área de uma superfície dada por uma função de duas variá- veis, por exemplo, z f x y= ( ), . Veremos que as fórmulas obtidas aqui serão muito parecidas com aquelas que obtivemos no Cálculo 1. Queremos encontrar a área de superfície da superfície dada pela função de duas variáveis z f x y= ( ), , em que x y,( ) é um ponto dentro de uma região D no plano x y− . Considere o peque- no retângulo no plano definido por R x x x y y y= + ∆[ ]× + ∆[ ]0 0 0 0, , . Como é possível observar na figura a seguir, os pontos f x y0 0,( ), f x y y0 0, + ∆( ) , f x x y0 0+ ∆( ), e f x x y y0 0+ ∆ + ∆( ), definem um plano no espaço. Vamos considerar que a área desse plano é, aproximadamente, a área da função no retângulo R . Área de Superfície 104 Aplicações das V1 V2 z S 2 x y 1 21 3 4 A= V x VII II (x0 , y0 ) (x0 + ∆x, y0 ) (x0 + ∆x, y0 + ∆y ) (x0 , y0 , ∆y ) Figura 6 - Superfície z f x y= ( ), limitada pelo retângulo R x x x y y y= + ∆[ ]× + ∆[ ]0 0 0 0, , Fonte: os autores. Considere os vetores v1 e v2 mostrados na figura, eles são definidos por v x f x x y f x y x f x x y x1 0 0 0 0 0 00 0= ∆ + ∆( ) − ( )( ) ≈ ∆ ∂∂ ( )∆ , , , , , , , v y f x y y f x y y f y x y y2 0 0 0 0 0 00 0= ∆ + ∆( ) − ( )( ) ≈ ∆ ∂∂ ( )∆ , , , , , , , e a partir deles podemos calcular a área do plano formado pelos pontos f x y0 0,( ), f x y y0 0, + ∆( ), f x x y0 0+ ∆( ), e f x x y y0 0+ ∆ + ∆( ), . A área desse plano é dada por ∆ = ×S v v� �1 2 , em que × representa o produto vetorial entre os vetores v1 e v2, e ⋅ representa o módulo do vetor. Temos que o produto vetorial é dado por v v x z x y z y x y 1 2 0 0 × = ∆ ∆ ∆ ∆ i j k = − ∆ ∆ − ∆ ∆ + ∆ ∆z x y z x y x yx y j k e seu módulo v v z x y z x y x yx y1 2 2 2 2× = − ∆ ∆( ) + − ∆ ∆( ) + ∆ ∆( ) = + + ∆ ∆1 2 2z z x yx y 105UNIDADE III Finalmente, para calcularmos a área S da superfície, precisamos repetir essa mesma soma para todos os possíveis retângulos dentro do domínio da função, isto é S S j k jk≈ ∆∑∑ = + ( ) + ( ) ∆ ∆∑∑ j k x jk y jk j k z z x y1 2 2 Fazendo as distâncias xj∆ , yk∆ se aproximarem de zero, temos que a área de uma superfície é dada por S z z x y x y j k x jk y jk j kj k = + ( ) + ( ) ∆ ∆ ∆ ∆ → ∑∑li , 0 2 21 = + +∫∫ 1 2 2z z dAx yD . A seguir vamos aprender como aplicar a fórmula da área da superfície com alguns exemplos. Vamos começar determinando a área de uma superfície que surge como a parte do plano 4 3 2 12x y z+ + = que se encontra no primeiro octante, onde temos que todas as variáveis são não negativas, isto é, x y z, , ≥ 0 . Perceba que a integral para o cálcu- lo da área da superfície é uma integral dupla, logo precisamos determinar uma região D no plano xy para realizarmos o cálculo da área da superfície. Neste caso, a região D no plano xy é dada pela interseção entre o plano 4 3 2 12x y z+ + = e o plano z = 0 . 4 3 2 1 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 Figura 7 - Domínio de integral D para a integral de área Fonte: os autores. A equação que determina a hipotenusa do triângulo mostrado na Figura 7 pode ser obtida fazendo z = 0 na equação 4 3 2 12x y z+ + = . Isto é, y x= −4 4 3 . 7 EXEMPLO 106 Aplicações das Observe que, a fim de utilizar a fórmula para determinar a área da superfície, é pre- ciso que a função esteja na forma z f x y= ( ), . Neste caso, resolvendo a equação do plano para a variável z e calculando as derivadas parciais, temos z x y= − −6 2 3 2 zx = −2 zy = − 3 2 . Os limites que definem a região de integração D são 0 3 0 4 3 4≤ ≤ ≤ ≤ − +x y x .e Finalmente, podemos calcular a área da superfície que é dada por S z z dAx yD= + +∫∫ 1 2 2 = + −( ) + −( )∫ ∫ − + 0 3 2 2 0 4 3 4 1 2 3 2/ dydx x = ∫ ∫ − +29 2 0 3 0 4 3 4 dydx x . Note que a integral dupla que apareceu fornece a área do triângulo dado pela Figura 7. A área do triângulo é A = × =3 4 2 6. Portanto, a área da superfície é S = × =29 2 6 3 29. Neste exemplo, vamos determinar a área da superfície da parte da função z xy= 2 que se encontra no interior do cilindro de raio unitário x y2 2 1+ =� � no primeiro quadrante. Para esta função dada, temos que as derivadas parciais são facilmente calculadas e dadas por z yx = 2 z xy = 2 . Assim, neste caso, a integral para a área de superfície será imediata e dada por S x y dA D = + +1 4 42 2 .∫∫ 8EXEMPLO 107UNIDADE III Falta apenas encontrar o domínio de integra- ção. Neste caso, ele foi dado e é a parte do disco unitário que se encontra no primeiro quadrante. Tendo em vista o caráter circular do domínio, faz-se útil utilizar uma transformação por coor- denadas polares. Observe que, como o disco se encontra no primeiro quadrante, então as se- guintes desigualdades para as variáveis polares devem ser satisfeitas 0 1r≤ ≤ 0 2 θ π .≤ ≤ Assim, a integral da área da superfície é dada por �S x y dA D = + +∫∫ 1 4 42 2 = +∫ ∫02 2 0 1 1 4 π θr r drd = ∫ p 2 81 2 u du = p 24 3 2 1 5 u = − p 24 5 1 3 2 . Gráfico da área de superfície 108 Aplicações das Neste último tópico da unidade, vamos utilizar a integral dupla para um exemplo mais físico e menos geométrico e que afeta o nosso cotidiano diretamente. Vamos entender, claro que de uma forma simplificada, o mecanismo que faz um avião voar ou um carro de fórmula 1 manter-se no chão. Claro que nem todos os aspectos dessa bonita área da engenharia serão feitos aqui. São muitos detalhes que precisariam de um curso específico de aerodinâmica para entender todos os mecanismos. No entanto, esta aula, provavel- mente, deixará o estudante curioso a respeito de todo o processo e, certamente, interessado nesse incrível tópico da ciência. Antes de começarmos o nosso estudo, preci- samos definir o que é um campo de vetores, ou campo vetorial. Um campo vetorial bidimensional é uma função F que fornece um vetor para cada ponto do plano x y,( ) . Campos vetoriais são nor- malmente representados por um campo de fle- chas no plano. Por exemplo, a imagem a seguir é uma visualização do campo de vetores para � F x y y x y x( ) = −( ) = −i j Sustentação em uma Asa 109UNIDADE III 10 5 5 10 0 0 -5 -5 -10 -10 Figura 8 - Campo de vetores Fonte: os autores. Podemos pensar em um campo vetorial como sendo a representação do escoamen- to de um determinado fluido em duas dimensões, de modo que o vetor F x y,( ) representa, então, a velocidade de um fluido no ponto x y,( ). Neste caso, chamaremos F x y,( ) de campo de velocidades do fluido. Para chegarmos no nosso ponto de interesse que é o cálculo da sustentação gera- da por um escoamento, precisamos de algumas definições. Considere, então, um campo de velocidades �v x y u x y w x y, , ,( ) = ( ) + ( )i j dado em uma região D fechada no plano. Definimos a circulação deste campo de velocidades em torno da região D como sendo a seguinte integral = ∂ ∂ − ∂ ∂ D w x u y dA.Γ ∫∫ Considere que a região fechada D no plano tenha como fronteira uma curva C. Assim, a integral da circulação mede o quanto o campo de vetores está alinhado com essa curva C. Isto é, a integral indica o quanto o campo de vetores tende a circular em torno da curva C . No exemplo que faremos a seguir, essa ideia da circulação ficará mais clara. 110 Aplicações das Considere o campo de velocidades definido por v x y y x,( ) = −i j. Vamos calcular a circulação desse campo de velocidades em torno da elipse x y2 2 4 9 1+ = . Temos que a circulação é dada pela integral = ∂ ∂ − ∂ ∂ D w x u y dA∫∫Γ = − −( ) D dA1 1∫∫ = −2 D dA∫∫ = − ×( )2 Áre da elipse = −12p. Na Figura 9, temos o campo de velocidades v x y,( ) e a região que estamos calcu- lando a circulação. 10 5 5 10 0 0 -5 -5 -10 -10 Figura 9 - Contorno para o cálculo da circulação Fonte: os autores. 9 EXEMPLO 111UNIDADE III Perceba que a o campo de velocidades de fato circula com relação à curva que define a região de integração que, nesse caso, é uma elipse. Definida a circulação, podemos relacioná-la com a força de sustentação gerada por um campo de velocidades que passa por um corpo no plano. A força de sustentação é uma componente de força que é perpendicular ao vento relativo ao corpo. Essa força surge em virtude da diferença de pressão entre as partes superior e inferior do aerofólio e tende a empurrá-lo para cima, auxiliada ainda pela reação do ar na parte inferior dele. Uma representação da força de sustentação pode ser vista na figura a seguir. Sustentação Figura 10 - Perfil aerodinâmico Fonte: os autores. A relação entre a força de sustentação e a circulação de um campo de velocidades é dado pelo Teorema de Kutta-Joukowski, dois precursores no estudo da aerodinâmica, cujas ideias são fundamentais para essa área da ciência. Teorema de Kutta-Joukowski Considere um campo de velocidades v x y,( ) de tal forma que v v u→ = ( )∞ ∞ , ,0 quando x y,( ) →∞ . Suponha que esse campo de velocidades seja exterior a um corpo que define uma região B no plano. Então, a força de sustentação exercida sobre o corpo B é dada por F u C= − ∞r , em que r é a densidade do fluido, e C é a circulação em torno da região B . TEOREMA1 112 Aplicações das Os aerodinamicistas Kutta, na Alemanha, e Joukowski, na Rússia, mostraram de forma independente o teorema quando ambos trabalhavam para quantificar a sustentação que surgia quando um fluxo de ar escoava sobre um cilindro giratório. Sustentação R Sustentação R Figura 11 - Escoamento passando por um cilindro rotativo Fonte: os autores. Como todos os efeitos da sustentação aerodinâmica, este também parece um pouco misterioso. No entanto, ele pode ser visto como um redirecionamento do movimento do ar. Se o cilindro aprisiona um pouco de ar em uma camada próxima da superfície do cilindro e o carrega preso com ela, soltando-o apenas quando está na parte de baixo, então ele fornece ao ar um momento para baixo. Isso age dando ao cilindro um momento para cima, de acordo com o princípio da conservação do momento, e gerando, desta forma, a força de sustentação. Neste caso, o campo de velocidades pode ser encontrado analiticamente. Não é nosso objetivo, aqui, determinar esse campo, vamos apenas usá-lo para determinar- mos a força de sustentação no cilindro rotativo de raio R. Considere que, na super- fície do cilindro, o vetor velocidade v x y,( ) do ar possui componentes dadas por u x y y u y x y R x y ,( ) = + + + ∞2 2 2 2 2 2π Γ w x y x u y x y R x y , .( ) = − + + + ∞2 2 2 2 2 2π Γ Vamos calcular a sustentação utilizando o teorema de Kutta-Joukowski. Para tal, precisamos determinar a circulação em torno do cilindro que é dada por 10 EXEMPLO 113UNIDADE III o = ∂ ∂ − ∂ ∂ + ≤x y R w x u y dA 2 2 2 .∫∫ãç Temos que w u y x y R x y x u xy x y x R x y x = − + − + + +( ) + +( ) ∞ ∞2 2 4 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2π π Γ Γ u u y x y R x y y u y x y y R x y u y = + + + + − +( ) − +( ) +∞ ∞ ∞ 2 2 4 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2π π xx y2 2+ .Γ Γ Simplificando a diferença entre essas duas derivadas, temos w u u y x y R x y x y− = − + − + ∞2 2 2 2 2 2π .Γ Finalmente, podemos calcular a circulação que é dada por circulação w x u y dA x y R = ∂ ∂ − ∂ ∂ + ≤∫∫ 2 2 2 = − + − + ∞ + ≤∫∫ 2 2 2 2 2 22 2 2 u y x y R x y dA x y R π Γ = − + ∫ ∫ ∞0 2 20 2 2 π θ π θ u rsen r Rr rdrd R Γ = − + ∫ ∫ ∞0 2 0 2 2 π θ π θu sen R drd R Γ = − + ∞∫ 2 20 2 u sen R Rdθ π θ π Γ = − + ∞∫ 2 20 2 u Rsen dθ π θ π Γ = − − + ∞2 2 0 2 u Rcosθ π θ π Γ = − .Γ 114 Aplicações das Portanto, a força de sustentação gerada pelo es- coamento sobre o cilindro rotativo é dado pelo teorema de Kutta-Joukowski que é F u C= − ∞r = ∞ρu .Γ Para encontrarmos a força de sustentação em uma asa, precisaríamos da solução analítica do escoa- mento em torno desse perfil aerodinâmico. Assim, poderíamos calcular a circulação em torno desse perfil e, então, determinarmos a sustentação. A solução analítica de alguns modelos de asa fogem do escopo desta aula, que demandam umestudo mais aprofundado de aerodinâmica. 115 Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução. 1. Determine a área da superfície gerada pela interseção entre o plano z x= −2 e o cilindro x y2 2 2+ = . 2. Encontre a massa da placa retangular − ≤ ≤1 2x , 0 3y≤ ≤ de densidade d x y x y, .( ) = +( )2 1 3. Considere o elipsoide x y z2 2 2 4 4 2 1+ + = com densidade d constante. Determine o segundo momento com relação ao eixo z desta esfera. 4. Considere as componentes do vetor velocidade v dadas por v xx = 2y v xyy = . Determine a circulação desse vetor velocidade sobre o círculo de raio unitário com centro na origem. 5. Considere a placa definida pela região entre x = 0 e x y= −1 2 com densidade d = +y x2. Determine o segundo momento com relação ao eixo x desta placa. 116 Para entender melhor as aplicações das integrais duplas e triplas na aerodinâ- mica, é interessante assistir à seguinte aula sobre aerodinâmica básica. Para acessar, use seu leitor de QR Code. WEB 117 ANTON, H. Cálculo: Um novo horizonte. Porto Alegre: Bookman, 2000. Volume 2. STEWART, J. Cálculo. 6. ed. São Paulo: Pioneira /Thomson Learning, 2011. Volume 2. 118 1. A superfície em questão é uma elipse. Temos para essa função que as derivadas parciais são dadas por zx = −1 zy = 0. A integral para a área de superfície é S dA D = + −( )∫∫ 1 1 2 � = ∫ ∫0 2 2 2 π θrdrd 0 = 2 2p.� � 2. A massa é dada por M x y dydx= +( ) −∫ ∫1 2 2 0 3 1 = + −∫ x y y dx2 2 0 3 1 2 2 � = ( ) − 5 2 3 1 2 x = 45 2 . 3. Neste caso, faz-se interessante utilizar a substituição por coordenadas esféricas na forma x rcos sen= 2 θ ϕ y rsen sen= 2 θ ϕ z rcos= 2 ϕ, cujo Jacobiano é dado por J r sen= −4 2 2 j. Assim, o segundo momento com relação ao eixo z é dado por M x y dVxy elipsoide= +( )∫∫∫δ 2 2 = ( )∫ ∫8 2 0 3 30 1 δπ ϕ ϕ π r sen drd = 8 2 3 δπ . 119 4. Para calcular a circulação, é necessário calcular as derivadas parciais das componentes do vetor veloci- dade, temos ∂ ∂ = ∂ ∂ y v y x yx 2 � = x2 e também ∂ ∂ = ∂ ∂ [ ] x v x xyy = y. Portanto, ∂ ∂ − ∂ ∂ = − x v y v y xy x 2 e a circulação é dada por ∂ ∂ − ∂ ∂ = −( )∫∫ ∫∫x v y v dA y x dAy xcírculo círculo 2 = −( )∫ ∫0 2 2 3 2 0 1π θ θ θr sen r drdcos = − 4 .π 5. O segundo momento com relação ao eixo y é dado por M y dAx região= ∫∫ 2d = +( )− − ∫ ∫1 1 2 2 0 1 2 y y x dxdy y = 32 945 . 120 Button 3: Button 4:
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