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IST - Infecções Sexualmente Transmissíveis

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Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 21.1 GINECOLOGIA 
 
 
Introdução: 
Atualmente o nome correto é Infecção 
sexualmente transmissível pois nem 
todo paciente infectado desenvolve a 
doença. 
Sífilis 
Classificação: 
Sífilis adquirida recente (até um ano 
após a infecção) – Divide-se em 
primária, secundária e latente recente. 
Sífilis adquirida tardia (com mais de 1 
ano de evolução) – Divide-se em latente 
tardia e terciária. 
Sífilis congênita: recente 
(manifestações até 2 anos e tardia, após 
2 anos). 
Formas Clínicas: 
Primária: principal característica é o 
surgimento do cancro duro, de bordas 
endurecidas e possui lesões ulceradas 
limpas, sem conteúdo purulento, 
indolor e sem sinais flogísticos. 
Costuma a desaparecer mesmo sem 
tratamento, cura espontânea de 3 a 6 
semanas. 
Período de incubação: 10 a 90 dias (em 
média 21 dias). 
 
 
Secundária: 4 a 8 semanas após o 
desaparecimento do cancro duro. 
Quadro dermatológico com sintomas 
sistêmicos: 
- Roséolas: lesões papulares ou planas 
eritematosas que acometem 
principalmente o tronco, palma das 
mãos e planta dos pés, semelhantes às 
lesões da zika. 
- Sifílides: lesões papulo erosivas, 
pustulosas e hipertróficas que 
acometem a cavidade oral, genital, 
palma das mãos e planta dos pés. São 
inicialmente lisas e depois escamosas. 
- Condiloma: Áreas úmidas, como a 
região anogenital, parte interna das 
coxas e axilas, podem ter condiloma 
plano, que são placas elevadas com 
base ampla. Deve ser deito diagnóstico 
diferencial com o HPV. 
Regridem com 2 a 6 semanas, 
raramente deixando cicatrizes. 
Sintomas gerais como artralgia, 
febrícula, cefaleia, adinamia, alopecia 
irregular, linfadenopatia. 
A linfadenopatia acomete cerca de 85% 
dos pacientes e demora meses para 
desaparecer. 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 21.1 GINECOLOGIA 
 
A infecção entra em uma fase de 
latência e só é detectada por método 
sorológico. 
 
Sífilis latente: 1 a 2 anos após o 
contágio. 
Fase de “silêncio clínico”. 
Diagnóstico apenas através de exames 
sorológicos. 
Divide-se em latente precoce (até um 
ano) e latente tardia. 
Terciária: 3 a 20 anos após a infecção, 
1/3 dos pacientes não evoluem para 
essa fase. 
Apresenta-se com lesões cutâneo 
mucosas em forma de tubérculos ou 
gomas, ocorre devido a uma 
hipersensibilidade tardia. 
Tem efeitos cardiovasculares, como 
aneurisma, estenose coronariana, 
insuficiência aórtica e efeitos 
neurológicos, como demência. 
 
 
Diagnóstico: 
1 – Pesquisa do treponema por 
bacterioscopia em campo escuro. 
É o padrão outro mas na prática não é 
muito usado pois é necessário que o 
paciente esteja com a lesão no 
momento do exame. 
*Diagnóstico de sífilis precoce 
2 – Imunoflorescência direta 
3 – Testes sorológicos 
 
Sorologia não treponêmica: 
Testes de rastreio: sorologia não 
treponêmica, não é específica para o 
treponema, tem menor custo, são 
sensíveis, porém não específicos. 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 21.1 GINECOLOGIA 
 
Detecta anticorpos anticardiolipínicos, 
e podem ser qualitativos (reagente ou 
não) e quantitativos (titulação – 
concentração e monitoramento da 
resposta do tratamento). 
Não treponêmica positiva: de 3 a 6 
semanas após a infecção, 2 a 3 semanas 
após o aparecimento da lesão primária. 
VDRL (venereal desease research 
laboratory) positivo ou negativo. 
Falso positivo pode ocorrer quando se 
tem um paciente com malária, chagas, 
mononucleose, hanseníase, 
leptospirose, entre outras. 
Pode ocorrer falso negativo, 
principalmente na fase primária e na 
latente tardia. 
Após o VDRL positivado, é necessário 
fazer o teste específico do treponema. 
Efeito prozona: falso negativo. 
Sorologia Treponêmica: 
- FTA-abs 
- TPI 
- MHA-TP 
- TPHA 
Detectam anticorpos contra as 
espiroquetas; 
São exames qualitativos e específicos 
para o treponema; 
Raramente observam-se falsos 
positivos; 
São os primeiros a positivar; 
Tornam-se reativos a partir de 7 a 15 
dias da infecção; 
Reservado para confirmação de um 
teste não treponêmico positivo. 
Tratamento: 
- Penicilina G benzatina 
Recente (primário ou secundária) dose 
única: 2.400.000 UI IM (1.200.000 UI em 
cada região glútea). 
Latente e tardia repete por 3 semanas: 
2.400.000 UI IM por semana, durante 3 
semanas. 
Critério de cura: repete o VDRL em 3, 6 
e 12 meses após o tratamento, a 
titulação deve reduzir com o tempo. Em 
gestantes deve ser feito mensalmente. 
Espera-se que se reduza cerca de um 
título por mês. 
Deverá ser feito um novo tratamento se 
a sorologia aumentar 4 títulos. 
Drogas alternativas existem mas a 
penicilina é a preferencialmente 
indicada. 
 - Azitromicina: 1g VO por semana, 
durante 2 ou 3 semanas para sífilis 
até 1 ano; Após um ano não há 
estudos. 
 Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h ou 
Eritromicina ou Tetraciclina 500 mg 
VO 6/6 h, durante 14 dias para sífilis 
até um ano e durante 28 dias para 
sífilis com mais de um ano. 
Gestantes: Penicilina G benzatina. São 
contraindicados tetraciclinas, 
doxiciclina e estolato de eritromicina. 
Durante a gestação devem ser 
realizados testes não treponêmicos no 
primeiro e terceiro trimestre e na 
admissão para o parto. 
Falha no tratamento: quadruplicação 
dos títulos após o tratamento, quando o 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 21.1 GINECOLOGIA 
 
tratamento é interrompido, quando 
não se trata o parceiro, tratamento 
concluído há menos de um mês do 
parto e para gestantes se tratamento 
com drogas que não a penicilina. 
DIPA (Doença inflamatória 
pélvica aguda) 
Infecções onde os patógenos 
ascenderam do trato genital inferior 
para o superior. 
 
Tipos: 
- Endometrite 
- Salpingite aguda 
- Salpingooforite 
- Palviperitonite 
Agentes etiológicos: 
Primários: chlamydia trachomatis, 
neisseria gonorrhoea, micoplasmas. 
Secundários: anaeróbios, aeróbios e 
bacilos gram – 
Fatores de risco: 
- Faixa etária de 15 a 25 anos; 
- Comportamento sexual de risco; 
- Parceiro sexual portador de uretrite; 
 
- História prévia de DST ou DIP; 
- Tabagismo, alcoolismo, uso de drogas 
ilícitas; 
- DIU (3 primeiras semanas após a sua 
inserção, quando a paciente já tem uma 
infecção de trato baixo e no momento 
da inserção, levou as bactérias para a 
parte superior do trato); 
- Vaginose bacteriana; 
 
Sinais e sintomas 
- Dor a mobilização do colo do útero 
- Dor anexial 
- Dispareunia 
- Corrimento vaginal mucopurulento 
(nem sempre ocorre) 
- Febre > 38.3°C 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 21.1 GINECOLOGIA 
 
- Sangramento intermenstrual 
- Queixas urinárias 
 
Estadiamento 
I - Leve (endometrite e salpingite aguda 
sem peritonite, tratamento domiciliar) 
II - Moderada sem abscesso 
III - Moderada com abscesso 
(internação, tratamento hospitalar) 
IV - Grave (abscesso roto, risco de 
sepse, tratamento hospitalar) 
Critérios de diagnóstico: 
Maiores: dor infraumbilical, à palpação 
de anexos e à mobilização do colo 
uterino 
Menores: sintomas gerais (febre, 
secreção vaginal ou cervical anormal, 
massa pélvica, mais de 5 leucócutos por 
campo de imersão em secreção de 
endocérvice, leucocitose, PCR ou VHS 
elevados, comprovação laboratorial de 
infecção pelo gonococo, clamídia ou 
micoplasma) 
Elaborados: evidências percebidas à 
histopatologia, laparoscopia, e USG. 
 
Repercussões 
- Risco de gravidez ectópica; 
- Infertilidade; 
- Dor pélvica crônica; 
- Dispareunia; 
- Conjuntivite neonatal; 
- Síndrome de Fitz-Hugh Curtis – dor 
aguda no hipocôndrio direito e à 
descompressão.Exames complementares: 
Hemograma, PCR (proteína C reativa, 
marcador inflamatório), beta HCG para 
afastar gravidez ectópica, USG 
transvaginal e abdominal para avaliar 
abcessos ou apendicite, cultura para 
clamídia e gonococo (mas não se espera 
o resultado para tratar), urina para 
afastar infecção de trato urinário, 
videolaparoscopia para diagnóstico em 
caso de dúvida (DIP, ectópica ou 
apendicite) e laparotomia em casos de 
emergência (abcesso roto). 
Tratamento: 
Estágio I: antibioticoterapia oral. 
CEFTRIAXONA+DOXICICLINA+METR
ODIDAZOL 
CEFOXITINA+PROBENECIDA+DOXICI
CLINA+METRODIDAZOL 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 21.1 GINECOLOGIA 
 
OFLOXAXINA+DOXICICLINA+METRO
DIDAZOL 
AMPICILINA+PROBENICIDA+DOXICILI
NA+METRODIDAZOL 
II ou III: antibioticoterapia venosa. 
GENTAMICINA + PENICILINA G 
CRISTALINA + CLINDAMICINA EV 
GENTAMICINA + PENICILINA G 
CRISTALINA + METRODIDAZOL 
GENTAMICINA + PENICILINA G 
CRISTALINA + TIANFENICOL 
*FASE II AMBULATORIAL: 
DOXICICLINA, FASE III 
AMBULATORIAL: OFLOXACINA 
IV: antibioticoterapia associada a 
abordagem cirúrgica. 
Herpes vírus 
Herpes tipo 1 é mais comum na região 
oral e tipo 2 na região genital. 
DNA vírus. 
Patogenia: 
Inicia a infecção através de membranas 
mucosas ou de rupturas na pele. 
Principal responsável pelo quadro de 
herpes genital. 
O vírus se replica nas células da lesão e 
infecta o neurônio que inerva a região, 
trafegando por gânglios sacrais. 
Incubação: 2 a 26 dias, com média de 7 
dias 
A primo-infecção é assintomática em 
75% dos casos. 
Transmissão: 
Predominantemente por contato 
sexual. 
Contato urogenital. 
Transmissão vertical: canal de parto. 
Manifestações Clínicas: 
Hiperemia que evolui para vesículas e se 
agrupam, se rompem, formando 
exulceração dolorosa seguida de 
cicatrização. 
O vírus migra pela raiz nervosa até 
alojar-se num gânglio neural profundo, 
onde permanece quiescente até a 
recidiva seguinte. 
Os pródromos caracterizam-se por 
ardor, prurido, formigamento e 
adenomegalia que podem anteceder a 
erupção cutânea. Nesse momento, o 
paciente pode iniciar o tratamento para 
evitar que progrida até a erupção. 
Em metade dos casos há presença de 
adenopatia inguinal dolorosa bilateral. 
Cervicite herpética pode estar 
associada a corrimento vaginal aquoso. 
Podem ocorrer: gengivoestomatite 
herpética, ceratoconjutivite herpética e 
meningoencefalite herpética. 
Após infecção genital primária, 90% 
desenvolvem novos episódios nos 
primeiros 12 meses por reativação do 
vírus. 
 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 21.1 GINECOLOGIA 
 
Fatores de recorrência: 
Febre, exposição a raios ultravioleta, 
traumatismo, menstruação, estresse 
físico ou emocional, antibioticoterapia 
prolongada, imunodeficiência. 
Complicações: 
- Meningite asséptica 
- Retenção urinária por mielite 
transversa (raro) ou disfunção do SNA 
(raro). 
- Disseminação cutânea visceral 
(fígado, pulmão e meninges) 
- Gestantes: complicações obstétricas e 
ceratoconjuntivite neonatal. 
Diagnóstico: 
Essencialmente clínico (anamnese e 
exame físico), o tratamento é com base 
clínica. 
Detecção direta do HSV em culturas de 
tecido e sorologia anti-HSV podem ser 
solicitados caso o paciente refira a 
lesão, mas que não esteja com ela no 
momento. Indicado o paciente retornar 
em caso de um novo episódio, mas 
esses exames existem. 
Detecção direta do HSV em culturas de 
tecido. 
Modificações citológicas no 
Papanicolau podem ser identificadas 
em esfregaços corados pelo método de 
Tzanck-corados pelo Giemsa. 
Sorologia anti-HSV. 
Tratamento: 
Alívio da dor com anti-inflamatório e 
analgésicos. 
Tratamento local: soro fisiológico ou 
água boricada para limpeza das lesões + 
creme local com cicatrizantes. 
Antivirais: aciclovir, famiciclovir, 
valiclocvir. 
Aciclovir 400 mg, VO, 8/8h por 7 a 10 
dias; 
Famciclovir 250 mg, VO, 8/8h por 7 a 
10 dias; 
Valaciclovir 1 g, VO, 12/12h por 7 a 10 
dias. 
Cancro mole 
Não é uma IST muito prevalente. 
Transmissão exclusiva via sexual. 
Autoinoculação – lesões em dedos, 
conjuntiva, etc. 
Faixa etária: 20 a 30 anos, 40 casos 
masculinos a cada 1 feminino. 
Intima associação entre o cancro mole e 
o HIV, pois é um facilitador para 
transmissão devido às lesões. 
Manifestações clínicas: 
Lesões papulosas que evoluem para 
pústulas, formando úlceras rasas, 
dolorosas, purulentas, com base 
facilmente sangrante, borda irregular 
coberta por exsudato necrótico, 
amarelado e com odor. 
 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 21.1 GINECOLOGIA 
 
Cerca de uma semana depois do 
aparecimento do cancro, 30-50% dos 
pacientes desenvolvem uma adenite 
inguinal satélite – Bulbão. 
Unilateral, doloroso e pode evoluir com 
supuração por único orifício. 
 
Diagnóstico: 
Clínico: úlcera genital dolorosa e 
adenopatia inguinal sugere o 
diagnóstico. 
Métodos laboratoriais: exame direto 
das lesões pelo gram, o objetivo é 
identificar o patógeno na secreção da 
úlcera ou no aspirado do bulbão. 
Cultura e PCR multiplex também são 
opções. 
Tratamento: 
Azitromicina, ciprofloxacina, 
doxiciclina, eritromicina e tianfenicol. 
 Azitromicina, 1g, VO, 
dose única 
 Azitromicina, 500 mg, 
VO, por dia, durante 3 
dias 
 Ciprofloxacina, 500 mg, 
VO, 12/12h, durante 3 
dias 
 Doxiciclina, 100 mg, 
VO, 12/12h ou 200 mg 
uma vez ao dia durante 
7 dias 
 Eritromicina, 500 mg, 
VO, 8/8h, durante 5 a 7 
dias 
 Tianfenicol 500 mg, VO, 
8/8h, durante 5 a 7 dias 
 
Linfogranuloma venéreo 
Afeta predominantemente o sistema 
reticulo-histiocitário, de preferência os 
linfonodos inguinais e ilíacos e a 
disseminação ocorre primariamente via 
linfática. 
Transmissão sexual. 
É doença de notificação compulsória. 
Baixa incidência. 
Quadro Clínico: 
- A adenite pode evoluir em núdulos 
inguinais superficiais dolorosos ou 
bubões que frequentemente rompem a 
pele com exsudação de descarga 
purulenta. 
- A fistulização crônica pode 
permanecer por períodos prolongados, 
fecha-se um trajeto e abrem-se outros, 
o aspecto se assemelha ao de um bico 
de regador. 
- Lesões: pápula, pústula, exulceração 
superficial ou erosão, em regiões como 
a parede vaginal posterior, colo uterino 
e fúrcula vaginal (pode não ser notada 
pela paciente). 
- Disseminação linfática regional; 
- Formação de abscessos com fístulas. 
Nathália Machado – Tut 01 – MedFTC 21.1 GINECOLOGIA 
 
O quadro clínico surge entre uma e seis 
semanas após a lesão de inoculação, 
unilateral em 70% dos casos. 
A adenite pode evoluir em nódulos 
inguinais superficiais dolorosos ou 
bubões que frequentemente rompem a 
pele com exsudação de descarga 
purulenta. 
A fistulização crônica pode permanecer 
por períodos prolongados. 
 
 
Complicações: 
Fistulização crônica retal, vaginal e 
vesical. O acometimento do reto pode 
levar a proctite e o contato orogenital 
pode causar glossite. 
Estenose e fibrose da vagina e do reto. 
Podem ocorrer febre, mal-estar, 
anorexia, emagrecimento, artralgia, 
sudorese noturna e meningismo. 
A obstrução linfática crônica na mulher 
acarreta na elefantíase genital. 
Diagnóstico: 
Essencialmente clínico. 
A comprovação laboratorial não é 
rotineira. 
Testes diagnósticos: 
- Teste de fixação de complemento 
- PCR 
- Imunofluorescência 
- Exame histopatológico 
- Cultura 
- Métodos radiológicos (linfografia e 
enema opaco) 
Tratamento: 
Doxiciclina via oral por 14 a 21 dias. 
Os parceiros sexuais dos 60 dias 
anteriores devem ser examinados e 
tratados com esquemas clássicos para 
infecção por clamídia (azitromicina 1g 
dose únicaou doxiciclina 100 mg 
12/12hs por 7 dias). 
Na gestação usa-se Eritromicina, 500 
mg, VO , 4 vezes ao dia , 14 a 21 dias.

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