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RESSOCIALIZAÇÃO DE PRESIDIÁRIOS

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7
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
O PAPEL DO PSICÓLOGO NA RESSOCIALIZAÇÃO DE PRESIDIÁRIOS
Gabriela Bevilácqua Pilôni	RA: C0148F-8
Isadora Martucci Salles	RA: C2779C-1
	 Mariana Moreira Freire RA: C0878E-7
Patrícia dos Santos Ponce RA: C137DH-6
Thainá Nazario Garcia		RA: C0162F-7
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2018
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
O PAPEL DO PSICÓLOGO NA RESSOCIALIZAÇÃO DE PRESIDIÁRIOS
Gabriela Bevilácqua Pilôni	RA: C0148F-8
Isadora Martucci Salles	RA: C2779C-1
Mariana Moreira Freire RA: C0878E-7
Patrícia dos Santos Ponce RA: C137DH-6
Thainá Nazario Garcia		RA: C0162F-7
Relatório de Investigação Científica apresentado à Universidade Paulista – UNIP, de São José do Rio Preto, como pré-requisito para conclusão do Curso de Psicologia.
Orientadora: Profª Mª Eliane Chainça
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2018
DEDICATÓRIA
Primeiramente dedicamos esse trabalho a Deus, que sempre iluminou nossos caminhos.
Aos nossos pais queridos, que nos apoiaram durante toda a trajetória acadêmica e acreditaram em nós como futuras profissionais.
As nossas famílias, que estiveram conosco durante esses anos de batalha e também foram compreensivas com as nossas ausências. Essa vitória também é de vocês.
Aos professores, essa conquista não seria possível se não fosse pela paciência e dedicação de cada docente.
A nossa amiga Thainá, grande incentivadora do nosso projeto e estudo, parceira de todas as horas.
A todos aqueles que foram figuras de grande ajuda, motivação e que acreditaram em nossa capacidade de crescimento.
AGRADECIMENTOS
A Universidade Paulista, direção e coordenação do campus desta instituição de ensino, por prezarem com tanto esmero o conceituado nome que essa instituição carrega.									A Mª Rosana Maria Garcia, pelo empenho na responsabilidade de coordenar nosso curso.									A Mª Eliane Chainça, pela maestria demonstrada na orientação da constituição desse trabalho acadêmico.							Aos demais professores, pelo carinho e ajuda dispensados.			Os profissionais participantes da nossa pesquisa por artigos bibliográficos, por colaborarem de forma indireta com informações que constituem parte essencial desse trabalho.						Nosso muito obrigada a todos que de certa forma contribuíram para a realização desta pesquisa.
PILÔNI, G. B.; SALLES, I. M.; FREIRE, M. M.; PONCE, P. S.; GARCIA, T. N.; CHAINÇA, E. (orientadora). O papel do Psicólogo na ressocialização de presidiários. Curso de Psicologia, Instituto de Ciências Humanas, UNIP – Universidade Paulista. Campus São José do Rio Preto, 2018.
RESUMO
O presente trabalho visa a compreender a importância da atuação do psicólogo na ressocialização de presidiários dentro da instituição. A Lei de Execução Penal, criada em 11 de Julho de 1984, proporciona ao presidiário condições para sua harmônica integração, com assistência material, à saúde, ao âmbito jurídico, educacional, social e religioso. Para que o preso tenha melhor desempenho dentro do processo de ressocialização, todo o sistema deve trabalhar em prol disto e todos precisam de apoio, o que ainda não se encontra efetivado em no nosso país. A pesquisa foi realizada através de revisão sistemática, onde a base de dados foi o Google Acadêmico, no qual obtivemos 1.160 itens, dos que foram selecionados 05 artigos com base em nossos critérios de exclusão e inclusão e os dados dos artigos selecionados foram analisados de forma quanti-qualitativas. O trabalho do psicólogo é explicitado com a procura em restaurar a autoestima do presidiário, alterar o seu comportamento prejudicial, e consequentemente, auxiliar na aceitação social e retorno ao mercado de trabalho. Para a concretização de tais metas, utilizam-se oficinas, atenção individualizada, acolhimento, psicoterapia breve e outras formas de atendimento que contam com auxílio de uma equipe multiprofissional. Concluímos que atuação do psicólogo é de extrema importância no processo de ressocialização do detento, mas ainda é realizada de forma pouco abrangente perto do que se é possível oferecer. Isso nos leva a ressaltar que é necessária a ampliação de estudos da atuação do psicólogo nesta área. 
Palavras-chave: Ressocialização. Presidiário. Psicólogo. Lei de Execução Penal.
PILÔNI, G. B.; SALLES, I. M.; FREIRE, M. M.; PONCE, P. S.; GARCIA, T. N.; CHAINÇA, E. (orientadora). O papel do Psicólogo na ressocialização de presidiários. Curso de Psicologia, Instituto de Ciências Humanas, UNIP – Universidade Paulista. Campus São José do Rio Preto, 2018.
ABSTRACT
	The present work aims to understand the importance of the psychologist's role in the resocialization of inmates within an institution. The Criminal Enforcement Law, created on July 11th, 1984, provides the prisoner with conditions for harmonious integration, with material assistance, health, legal, educational, social and religious. In order for the prisoner to perform better within the re-socialization process, the whole system must work on this and everyone needs support, which is not yet in place in our country. The research was performed through a systematic review, where the database was Google Scholar, in which we obtained 1,160 items, from which we selected 05 articles based on our exclusion and inclusion criteria and the data of the selected articles were analyzed in a way quanti-qualitative. The psychologist's work is made explicit by the quest to restore the self-esteem of the inmate, to change his / her harmful behavior, and consequently to help in social acceptance and return to the labor market. To achieve these goals, workshops, individualized care, foster care, brief psychotherapy and other forms of care are used, with the help of a multiprofessional team. We conclude that the performance of the psychologist is of extreme importance in the process of resocialization of the detainee, but is still performed in a way that is not very close to what one can offer. This leads us to emphasize that it is necessary to expand studies of the psychologist's performance in this area.
	Key words: Resocialization, Prisoner, Psychologist, Criminal Execution Law.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	7
2 OBJETIVOS	14
2.1 Objetivo Geral	14
2.2 Objetivos Específicos	14
3 HIPÓTESES	15
4 JUSTIFICATIVA	16
5 MÉTODOS	17
5.1 Procedimentos para Coleta de Dados	17
5.2 Procedimento para Análise de Dados	18
5.3 Ressalvas Éticas	19
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO	20
7 CONCLUSÃO	30
REFERÊNCIAS	32
	
	
ii
17
1 INTRODUÇÃO
Em 1850, foi inaugurada a primeira prisão brasileira, a qual foi denominada Casa de Correição da Corte, mais conhecida nos dias de hoje como Complexo Frei Caneca, no Rio de Janeiro. Seu modelo foi copiado de uma famosa prisão da época em Nova York, onde a técnica punitiva consistia na reabilitação dos presos através do trabalho obrigatório nas oficinas durante o dia e o isolamento nas celas no período da noite. (OLIVEIRA, 2007).
A prisão surgiu como forma de punição e foi o método encontrado para igualar o castigo para todos em forma de privação de liberdade, na época o indivíduo era castigado corporalmente e era visto algumas vezes até como um espetáculo. As prisões eram construídas de tal modo que os presos não tinham contato entre si, o centro da construção posicionava os guardas e todo o restante ficava em volta. (FOCAULT, 1987).
O uso de roupas listradas, tosa dos cabelos, açoite e acorrentamento fazia parte do cotidiano verificado na casa de Correição da Corte, a remuneração também não era preceito básico no local, algumas pesquisas realizadas nos livros de matrícula da Casa de Correição da Corte, e também nos relatórios elaborados por alguns diretores, indicam que os encarcerados naquele estabelecimento eram, na maioria, pobres e miseráveis, muitos deles escravos, ela basicamente servia apenas para acolher desordeiros e pequenos furtos. (OLIVEIRA, 2007).
De acordocom Focault, ao invés de reabilitar, os encarcerados passavam a nutrir um ódio cada vez maior pela sociedade que os deixou ali. Em seus pensamentos, a sociedade não lhe deu emprego, educação ou qualquer condição que lhe garantisse a sua própria subsistência. É importante salientar que é obrigação de um governo democrático e moderno proporcionar ao indivíduo que cometeu um delito, e que já está pagando por isso com a perda de sua liberdade, condições de cumprir sua sanção com dignidade e se reintegrar ao convívio com a sociedade. (FOCAULT, 1987).
De acordo com a Lei de Execução Penal, que menciona, em seu 10º artigo, que é dever do Estado prevenir o crime e orientar o preso ao retorno para a sociedade, é preciso acreditar no ser humano e, mais ainda, na sua capacidade de recuperação, garantindo-lhe assistência e oportunidades de trabalho, atividades educativas concretas de retorno. (OLIVEIRA, 2007).		E é exatamente isso que Focault tenta ilustrar no texto, a importância da oportunidade; ressocializar significa reinserir o condenado apto ao convívio social, ou seja, reeducar ou educar o condenado de tal maneira que se adapte a viver em sociedade respeitando as regras impostas, deixando a pergunta: Qual seria a melhor forma de se inserir um método efetivo que não o trabalho? O trabalho pode causar inúmeros efeitos no ser humano que o pratica, entre eles, o orgulho de estar produzindo e em troca recebendo recompensa, o incremento da competitividade, o desejo de evolução profissional, a satisfação de sentir-se útil para o sustento familiar, e, em muitos casos, a certeza e aceitação do imaginado destino de trabalhar, como decorrência natural das necessidades da vida. Buscar compreender os motivos que levaram o condenado a praticar tais delitos, dar a ele uma chance de mudar, de ter um futuro melhor independente daquilo que aconteceu no passado. (FOCAULT, 1987).
Na nova concepção penitenciária, a pena tem a finalidade, no momento da execução, reabilitadora ou de reinserção social. O trabalho nas prisões é entendido hoje como sendo a atividade dos presos e internados, no estabelecimento penal ou fora dele, com remuneração. A realidade brasileira está enquadrada em um contexto no qual existe desigualdade social, a distribuição de renda é extremamente desigual, o que torna algumas pessoas privilegiadas e outras não, portanto, convivemos com diferenças sociais. (FOCAULT, 1987).
O modelo de trabalho carcerário vem dos Estados Unidos e o descontrole que assumiu pela enorme quantidade de crimes levou a prisão a ser vista como uma maneira de conseguirmos controlar aquilo que não estamos sabendo lidar, afinal, é bem mais simples e rápido isolar o problema do que solucioná-lo. A exclusão das diferenças é a prova disso. (FOCAULT, 1987).
Do ponto de vista disciplinar, o trabalho evita os efeitos corruptores do ócio e contribui para conter a ordem; do ponto de vista sanitário, é necessário que o homem trabalhe para conservar seu equilíbrio orgânico e psíquico; do ponto de vista educativo, o trabalho contribui para a formação da personalidade do indivíduo; do ponto de vista econômico, permite que o recluso disponha de algum dinheiro para suas necessidades e para ajudar na sobrevivência de sua família; do ponto de vista ressocializador, o detento já conhece um ofício e tem mais possibilidades de fazer sua vida honrada no meio da sociedade. (OLIVEIRA, 2007).										Os tipos de trabalhos desenvolvidos nas prisões podem ser: industrial, agrícola ou intelectual e têm como finalidade alcançar a reinserção social do presidiário, e por isso deve ser orientado segundo as aptidões dos mesmos, evidenciadas no estudo da personalidade e outros, levando-se em conta a profissão ou ofício que o encarcerado desempenhava antes de ingressar no estabelecimento. (OLIVEIRA, 2007).
O trabalho do preso, além de tirá-lo do ócio, reduz os gastos públicos. É bem possível aproveitar nos institutos penais agrícolas o trabalho prisional dirigido ao provimento das necessidades de consumo dentro do cárcere, como de outros estabelecimentos. (OLIVEIRA, 2007).
A reintegração se faz através de um projeto de política penitenciária, que tem como finalidade recuperar o indivíduo apenado para que esse possa ser reintegrado na sociedade, voltar ao convívio social. O artigo primeiro da Lei de Execução tem como objetivo proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado, efetivando as disposições de sentença ou decisão criminal. Esse artigo tem dupla finalidade da execução penal, em que a primeira é dar sentido à efetivação do que foi decidido criminalmente e também dar ao apenado condições efetivas para que ele consiga voltar ao meio social e não voltar mais ao mundo do crime. A reinserção social tem como finalidade humanizar o processo de passagem do presidiário da prisão ao mundo social. (NERY JUNIOR; NERY, 2006).
O Estado está incumbido de adotar medidas para retornar o preso ao convívio social. A ordem jurídica em vigor consagra o direito de o preso ser transferido para um local onde possa receber uma assistência pelos familiares. As penas da prisão não devem apenas ‘castigar’ o indivíduo, mas também dar aos encarcerados melhores condições para que esses possam ser reintegrados de maneira afetiva. Essas medidas procuram diminuir os níveis de reincidência com métodos que auxiliem na sua educação, capacitação profissional e na busca da conscientização psicológica e social. (NERY JUNIOR; NERY, 2006).
A penitenciária busca retribuir o mal causado pelo apenado através da aplicação de uma pena, tentando prevenir novos delitos pelo temor de que a penalização causará aos potencialmente criminosos, a fim de transformar o presidiário, reintegrando-o à sociedade como um cidadão produtivo. Porém, o que se tem com o ordenamento jurídico brasileiro é o afastamento do preso da sociedade na intenção de ressocializá-lo, mas, de acordo com o texto de Mirabete, o que acontece é totalmente o oposto, acaba estigmatizando o recluso, impedindo sua total reincorporação dentro da sociedade. Resumindo, a prisão não cumpre seu papel ressocializador, a pena sozinha não consegue reintegrar o indivíduo apenado, precisando de outros meios, como trabalho, educação, a participação da própria família, etc., para que juntos consigam chegar a resultados mais favoráveis. (MIRABETE, 2007).				Essa visão de trabalho nas penitenciárias dá sentido ao artigo 29 da Lei de Execução Penal, que diz que o trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva. Explana que tanto o direito, como o processo e a execução penal consistem apenas um meio para a reintegração social, indispensável, mas nem por isso é o mais importante, pois a melhor defesa da sociedade se faz através da política social do Estado. (MIRABETE, 2007).
Os três principais fatores apontados nas pesquisas, para que os ex-presidiários voltem à criminalidade, são: por motivo de falta de moradia, ausência de trabalho para se sustentar e principalmente a falta de apoio, tanto familiar quanto da sociedade, que acabam isolando-os por serem considerados perigosos. Por isso, são necessárias as Políticas Públicas, para que deem assistência ao egresso, o que pode ser feito com o oferecimento de moradia provisória, um emprego para que esse se sustente após a saída, a regulamentação de sua documentação, conscientização da população, que acolha essas pessoas e não as excluam, entre outros. (ZACARIAS, 2006).
Bitencourt, em uma entrevista na Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia, em Salvador, diz que não se deve separar o preso da sociedade e sim aproximá-lo cada vez mais dela, com trabalhos remunerados (que possam garantir sua saída para o mercado de trabalho), porém, para ter êxito, é preciso que se tenha uma política carcerária que garanta a dignidade do preso, desde a prática de atividades físicas até o acesso ao trabalho profissionalizante. (FIGUEIREDO NETO, et al, 2009).
Entende-se a prática da ressocialização comouma necessidade de promover ao apenado as condições de ele se reestruturar, a fim de que, ao voltar à sociedade, não torne a delinquir. Pode-se dizer que a ressocialização e a recuperação não devem ser vistas como uma meta direta ao delinquente, todos os outros meios sociais também se fazem importantes no momento desta reinserção. (BITENCOURT, 2011).
Devemos afirmar a necessidade de uma instituição penitenciária humana, que recupere de fato o preso, para que, dessa forma, a sociedade não sofra as consequências da revolta gerada pela degradação humana do preso, como vem sendo mostrado. A prisão deve deixar de ter o caráter meramente punitivo para também ser educativa e ressocializadora. De acordo com o CFP, a prática da psicologia não pode ser relacionada à apuração criminal do caso, mas, sim, à atuação de uma ressocialização que possui como meta principal um tratamento da terapia penal, começando de uma relação recíproca entre o profissional e o atendido, caracterizada pelo respeito à liberdade e direito à privacidade do atendido, e pelo consenso da ética profissional. (MEDEIROS; SILVA, 2014).
A atenção individualizada à pessoa em cumprimento de pena diz respeito a todo atendimento “psicológico, psicoterapêutico, diálogo, acolhimento, acompanhamento, orientação, psicoterapia breve, psicoterapia de apoio, atendimento ambulatorial entre outros”, que pode ser realizado pelos psicólogos junto aos sentenciados que cumprem pena privativa de liberdade. (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2010, p. 19).
O Psicólogo está envolvido no sistema prisional há mais de quarenta anos, mas só foi de fato classificado nessa vertente de atuação após a criação da LEP (Lei de Execuções Penais), no ano de 1984. A prática profissional do psicólogo, com enfoque na sua atuação no sistema prisional, ocorria sem que houvesse uma formação detalhada nessa área de intervenção durante muitos anos, já que não existia um maior interesse nos meios acadêmicos da discussão desse tema antes da criação da LEP. Dessa maneira, cada profissional, ao seu estilo próprio e baseado nas condições institucionais de sua inserção nos estabelecimentos prisionais, buscava sua forma individual de atuar, tendo como função principal, de acordo com a legislação vigente, a realização de exame criminológico e a emissão de laudos. (MEDEIROS; SILVA, 2014).
Em 1984, na Lei 7.210, a LEP definiu para as penitenciárias o campo de atuação do psicólogo com o dever de executar o exame criminológico e participar da CTC (Comissão Técnica de Classificação). A LEP dividiu a atuação do psicólogo em duas partes: 1º) na atuação da Comissão Técnica de Classificação (CTC); e 2º) nas demonstrações do Centro de Observação Criminológico (COC).Com isso, a intervenção realizada pelo psicólogo dentro do sistema prisional passa a ser ligada a uma atuação em que se procura promover transformações significativas, não só em relação às pessoas em cumprimento de pena privativa de liberdade, mas também de todo sistema, inclusos nesses funcionários e familiares dos apenados. (MEDEIROS; SILVA, 2014).
Os presos, quando saem das prisões brasileiras, saem sem perspectiva, sem aprendizado algum que os beneficie de maneira positiva. (GRECO, 2011).
A reincidência é causada muitas vezes pela falta de oportunidade do egresso de ser inserido no convívio de todos, sendo que no mundo da criminalidade ele acha a facilidade de ser aceito. Não há como negar que a ressocialização é, no seu aspecto mais evidente, a preparação do infrator para voltar a sociedade. Devido à crise que se encontra o sistema prisional brasileiro, a pena privativa de liberdade tornou-se apenas um meio de retirar da sociedade o indivíduo que praticou algum ato contrário ao ordenamento jurídico. (GRECO, 2011).
Numa escala proporcional, a tendência com a omissão por parte do Estado, no que diz respeito à aplicabilidade da lei, é promover um inchaço maior no interior das prisões, haja vista o grande aumento no índice de reincidência, fazendo do cárcere uma verdadeira ‘escola do crime’, em vez de centros de recuperação, o que demonstra que a omissão quanto aos direitos legais assegurados por lei aos presos, e em especial aos egressos que deixam a reclusão, causa um problema, uma vez que surge o vínculo de vingança e revolta, o que não ocorreria, possivelmente, se houvesse uma preparação assistencial como manda a Lei de Execução Penal – LEP, e teríamos, como consequência, um índice menor de reincidência criminal, demonstrando, assim, que a pena privativa de liberdade não está cumprindo sua função ressocializadora e, por esta razão, vem sofrendo duras críticas ao longo dos anos. (MIRABETE, 2007).
O trabalho prisional, além de ser um importante mecanismo ressocializador, evita os efeitos corruptores do ócio, contribui para a formação da personalidade do indivíduo, permite ao recluso dispor de algum dinheiro para ajudar na sobrevivência de sua família e de suas necessidades, e dá ao detento uma maior oportunidade de ganhar sua vida de forma digna após adquirir liberdade. (KUHENE, 2013).
O trabalho faz parte de um direito social atribuído a todos os cidadãos e está expressamente previsto na Constituição Federal, em seu art. 6ª, com o intuito de não deixar que esse direito seja esquecido dentro das prisões. A Constituição Federal expressa, em 32 incisos do artigo 5º, que trata das garantias fundamentais do cidadão, a proteção das garantias do homem privado de liberdade. No que tange aos direitos infraconstitucionais garantidos ao sentenciado no decorrer na execução penal, a Lei de Execução Penal - legislação específica - traz os incisos de I a XVI do artigo 41, que dispõem sobre tal matéria, em especial o inciso II, que elencou o trabalho como sendo direito do preso, porém, são poucos os estabelecimentos que fornecem vagas de trabalho aos reclusos. A problemática na ressocialização do egresso inicia-se desde o cumprimento da pena privativa de liberdade. (KUHENE, 2013).
É necessário que sejam implementadas Políticas Públicas voltadas para a organização desse sistema e que promovam uma melhor efetivação da Lei de Execução Penal. Assim, a Lei Penal teria duas funções: reparar a perturbação causada pelo criminoso e impedir, através de uma coerção, que males semelhantes ocorram. (KUHENE, 2013).
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Compreender a importância da atuação do psicólogo na ressocialização do presidiário dentro da instituição.
2.2 Objetivos Específicos
Apontar quais leis e Políticas Públicas que têm como intuito a ressocialização do presidiário;
Compreender o resultado do trabalho do psicólogo exercido dentro do presídio;
Descrever quais métodos são utilizados pelo psicólogo na reintegração do presidiário;
Entender como se dá o processo de retorno do indivíduo para sociedade.
3 HIPÓTESES
Parte-se da hipótese de que o Brasil é o país da América latina com a maior população carcerária, e com o maior déficit de vagas nos presídios. Espera-se que o infrator após cometer ato ilícito e ser levado à custódia do Estado receba atendimento multiprofissional durante o cumprimento da pena, incluindo o trabalho do psicólogo, uma vez que o condenado deve estar recuperado quando sair da prisão, pronto para reincorporar-se à sociedade e não mais agir em desacordo com a lei.
Supõe-se que o trabalho realizado pelo psicólogo dentro da instituição seja um processo de várias etapas e que sua eficácia consista no andamento conjunto entre psicólogos e detentos. As tarefas desenvolvidas abrangem aspectos variados da vida pessoal de cada detento para compreender os fatores motivadores para tal pessoa cometer algum tipo de crime.
Referente ao retorno dos indivíduos para a sociedade, presume-se que alguns deles necessitem de acompanhamento psicológico durante um tempo para se readequarem à sociedade. Quanto ao trabalho, acredita-se que possa existir algum tipo de dificuldade por conta do preconceito e estereótipos que são direcionados para as pessoas que seencontram nessa situação.
Acreditamos que a Lei n. 7.210, de 11 de julho de 1984, que pune e defende os condenados, ajude na garantia dos direitos dos mesmos, pois proporciona condições para a harmônica integração social do condenado, através da assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social, religiosa e trabalho.
4 JUSTIFICATIVA
A pesquisa é de grande relevância devido à necessidade de estudos nesta área e ampliação de trabalhos acadêmicos. Situações de vulnerabilidade contribuem para que esses indivíduos entrem para o mundo criminal, deparando-se com a fome, pobreza, etc. Estudos nesta área garantem o reconhecimento sobre como os psicólogos contribuem para a ressocialização do presidiário, em relação ao trabalho. É de real importância para nosso meio, não apenas social, mas também governamental, já que o país gasta muito menos com a ressocialização do apenado ao invés de mantê-lo em cárcere comum.
A partir do assunto abordado, esperamos contribuir com a ciência através da revisão das leis, apontando quais delas têm o objetivo de ressocializar o indivíduo, esclarecendo o motivo pelo qual as leis nos presídios podem ou não ocorrer na prática.
O desenvolvimento desse Projeto de Pesquisa contribui para que a instituição de ensino cumpra com o seu papel de mediadora de conhecimento, além de expandir a formação de seus alunos. Possibilita, ainda, que outros alunos tomem conhecimento e se beneficiem dos resultados obtidos com este estudo, como também busquem o ingresso e a participação em demais pesquisas científicas.
Ademais, podemos citar a relevância relacionada diretamente à pesquisa, em que há a colaboração na teórico-prática por incentivar e revisar processos que possam contribuir para a melhoria neste âmbito. Realizando tal projeto entraremos em contato com a realidade que irá nos agregar conhecimento profissional, cooperando também com o meio social, pois é de interesse de todos os envolvidos no processo de ressocialização a diminuição da criminalidade e o aumento da segurança, além de contribuir também com o real do que está sendo pesquisado, porque assim permitirá o entendimento dessa prática, podendo proporcionar um avanço nesses quesitos ou incitar a busca pela melhoria.
5 MÉTODOS
A revisão sistemática é um método de síntese de evidências, que avalia criticamente e interpreta todas as pesquisas relevantes disponíveis para uma questão particular, área do conhecimento ou fenômeno de interesse. Por se tratar de método explícito e sistemático para identificar, selecionar e avaliar a qualidade de evidências, as revisões sistemáticas são tipos de estudos produzidos por uma metodologia confiável, rigorosa e auditável. Ou seja, a revisão sistemática é um sumário de evidências provenientes de estudos primários conduzidos para responder uma questão específica de pesquisa. Utiliza um processo de revisão de literatura abrangente, imparcial e reprodutível, que localiza, avalia e sintetiza o conjunto de evidências dos estudos científicos para obter uma visão geral e confiável da estimativa do efeito da intervenção. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015).
Nesse método vemos uma grande importância, na qual um único estudo frequentemente não consegue detectar ou excluir com certeza uma moderada, porém clinicamente relevante, diferença de efeitos entre dois tratamentos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015).
5.1 Procedimentos para Coleta de Dados
A pesquisa dos artigos foi realizada na base de dados Google Acadêmico, utilizando-se seis conjuntos de intersecção de termos de busca bibliográfica: ressocialização, reincidência, presidiário, psicólogo, sociedade e Lei de Execução Penal. Foi realizada uma primeira avaliação, tendo por base os títulos e o resumo dos artigos, e rejeitamos aqueles que não preencheram os critérios de inclusão ou apresentaram algum dos critérios de exclusão. Quando um estudo não pode ser incluído ou rejeitado com certeza, o texto completo foi analisado secundariamente.
Foram incluídos artigos referentes ao trabalho do psicólogo para a ressocialização do presidiário na sociedade. Os demais critérios de inclusão são: data da publicação do estudo entre janeiro de 2013 e janeiro de 2018, terem sido realizados com presidiários (as), devendo constar a importância do trabalho do psicólogo e, publicados em português.	
 Em pesquisa clínica, independente do delineamento de estudo, a(s) questão(ões) de pesquisa a ser(em) investigada(s) deve(m) ser clara(s) e objetiva(s). A fim de orientar a formulação da(s) questão(ões) de pesquisa, convenciona-se estruturá-la segundo os componentes do acrônimo PICO, em que cada letra representa um componente da questão, de acordo com os seguintes conceitos:
P – População: especifica qual será a população incluída nos estudos, bem como sua situação clínica.
I – Intervenção: define qual será a intervenção a ser investigada.
C – Controle: para cada intervenção deve-se estabelecer um comparador ou controle definido.
O – Desfecho: proveniente da palavra em inglês ‘outcome’, define-se qual(is) será(ão) o(s) desfecho(s) investigado(s). Pode ser um desfecho clínico ou um desfecho substituto. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015).
E com a seguinte pergunta “Qual a atuação do psicólogo na ressocialização do presidiário, em relação ao trabalho ?” Apresentaremos o seguinte PICO:
P: Presidiário
I: Presidiários que passam pelo processo de ressocialização
C: Comparação entre presidiários que passam e os que não passam pelo processo
O: Presidiários que passam pelo processo têm mais facilidade de reinserção social
5.2 Procedimento para Análise de Dados
A análise de dados depende do objetivo e do problema a ser pesquisado e não existe um método único aplicável a qualquer tipo de pesquisa. No presente trabalho iremos utilizar o método quanti-qualitativo, em que a metodologia quantitativa nos mostra medidas quantificáveis de variáveis e inferências de amostras de uma população; busca explicação do comportamento e possui um alto nível de confiabilidade e reprodutibilidade dos resultados obtidos.
Já a metodologia qualitativa é indutiva, o padrão é estabelecido de acordo com o entendimento a respeito dos dados obtidos, é uma metodologia mais interpretativa, no sentido de que busca a relação entre fenômenos. Portanto, ao associarmos as duas metodologias teremos resultados mais generalizáveis e que alcançarão o objetivo do trabalho.
5.3 Ressalvas Éticas
	O ser humano age no mundo de acordo com seus valores, seus códigos morais e sua ética. Uma das definições de ética, de acordo com o Dicionário Ferreira (2009) consiste no estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana do ponto de vista do bem e do mal e, ainda, no conjunto de normas que norteiam a boa conduta do ser humano. Perante o exposto, o trabalho se compromete a utilizar bases de dados de confiança e legitimidade, assim como também se compromete a não expor nenhum dado pessoal caso seja utilizado, deixar específicas as referências de cada parágrafo e em nenhum momento expor ideias e estudos de caráter duvidoso, de forma que prejudique instituição, indivíduo ou pesquisa que tenha sido utilizada.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Utilizamos como base de dados o Google Acadêmico, no qual obtivemos 1.160 itens, dos que foram selecionados 05 artigos. 					Primeiramente, excluiu-se pela data de publicação dos itens, considerado apenas o período de 2013 a 2018. Em seguida, foram desconsiderados os itens que não haviam sido publicados em Língua Portuguesa. Na sequência, foram selecionados apenas os itens que continham as palavras obrigatórias, que são: ressocialização, reincidência, presidiário, psicólogo, sociedade e Lei de Execução Penal. Para finalizar, adotaram-se apenas artigos e descartaram-se monografias e dissertações e, com os artigos que restaram, foi aplicado o PICO. Os dados estão expostos na Figura 1.
Figura 1: Fluxograma de identificação e seleção dos artigos para revisão 
sistemática
Total: 1.160 artigos, monografias e dissertações
554 Exclusões pelo período de publicaçãoTotal: 606
554 Exclusões pela linguagem que o artigo foi publicado 
Total: 606
232 Exclusões pela presença das palavras obrigatórias Total: 374
225 Exclusões de Monografias e Dissertações Total: 7
2 Exclusões pelo PICO Total: 5
	Código
	Autor
	Ano
	Local
	Título
	Revista
	1
	SMANIOTTO, C. N.; CARDOSO, G. M. P.; BEAL, J. M.; DIAS, A.;
	
2013
	Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascável -PR
	Ressocialização no Brasil: A utopia atual e a expectativa de uma reforma penitenciária
	Anais do 11º Encontro Científico Cultural Interinstitucional
	2
	
ROCHA, V. F. T.; LIMA, T. C. B.; FERRAZ, Serafim F. S.; FERRAZ, Sofia B.
	
2013
	Universidade Federal do Ceará
	A inserção do egresso prisional no mercado de trabalho cearense
	Pensamento Contemporâneo em Administração
	3
	LAURENTINO, A. L. C.; COELHO, K. S.; KANITZ, A. F.; GONÇALVES, H. S.
	
2014
	Santa Catarina
	Os reflexos da capacitação fora das grades: a ressocialização dos ex-detentos do complexo penitenciário de São Pedro de Alcântara (SC-Brasil)
	Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio em Educación
	4
	MEDEIROS, A. C. A.; SILVA, C. S. S.
	
2014
	UFRN-Rio Grande do Norte
	A atuação do Psicólogo no sistema prisional: analisando e propondo novas diretrizes
	Trangressões / Ciencias Criminais em Debate
	5
	ALMO, M. P. S; LEVY, C. H. S; SOUZA, Z. S. S.; PASOLINE, W. F; AZEVEDO, A. H. C; CAVALLI, K.
	
2015
	Santa Catarina
	Sistema prisional brasileiro
	Revista Científica da UNESC
Quadro 1: Títulos, identificação cronológica dos autores, ano de publicação, local e revista dos artigos selecionados.
	Cód. Quadro 2: Artigos selecionados e respectivos códigos de identificação
	População
	Intervenção
	Comparação
	Desfecho
	1
	Presidiários
	Presidiários que passam pelo processo de ressocialização. Estas são apresentadas como formas de remissão,
	A remissão vem como um processo ressocializador de um indivíduo que um dia viveu em sociedade. A importância de remissão, para o psicológico de um detento, é que mesmo estando encarcerado sente-se parte da sociedade.
	O trabalho como remissão acaba com a promiscuidade carcerária.
	2
	Presidiários
	Recrutamento e seleção, treinamento avaliação, remuneração e demissão dos egressos do sistema prisional contratados pelas organizações e onde o psicólogo pode se integrar nesse processo.
	O indivíduo que passa pelo processo e consegue uma oportunidade tem mais chances de não reincidência, pois encontra um amparo no trabalho, diferentemente dos que saem sem condições mínimas de sobrevivência.
	O regresso passa pelo processo e consegue um trabalho, apesar de infelizmente ainda não acontecer de forma 100% efetiva.
	3
	Presidiários 
	Ressocialização através da capacitação dos presidiários, desenvolvendo atividades laborais em oficinas, relação familiar e trabalhando a autoestima.
	Presidiários que passam pelo processo de ressocialização tem mais chances de retornar para a sociedade colocando em prática o que aprendeu no processo.
	Conseguem trabalho mais fácil, tem mais facilidade para trabalhar em equipe e buscam meios para não voltarem a cometer crimes.
	4
	Presidiários
	Presidiários que passam pelo processo de ressocialização, ressaltando a importância do psicólogo no sistema prisional.
	O indivíduo que não passa pela ressocialização reproduz o modelo de exclusão e violência que já era vigente na vida dessas pessoas anteriormente.
	Trabalhar laços familiares, indivíduo e comunidade, com o psicólogo, torna-se tão importante quanto evitar a reincidência.
	5
	Presidiários
	Processo de ressocialização como um meio de resgatar o presidiário.
	A falibilidade do papel ressocializador como consequência de um sistema carcerário. O qual, ao invés de ressocializar, educa os apenados para uma mais ampla criminalização.
	Maior investimento na execução por parte do Estado, da verdadeira ressocialização, a qual engloba educação, profissionalização, trabalho e remuneração.
Segundo Smaniotto et al (2013), existem no Brasil três tipos de regimes penais, sendo eles o fechado, semiaberto e aberto. No tocante à ideia de ressocialização dentro do sistema privativo de liberdade, o que mais se enquadra e se apresenta plausível para esse tipo de atividade é o semiaberto, justamente por ter a preocupação de reintegrar ao longo do tempo o condenado dentro da própria cadeia e prevenir futuras ações criminosas. Essa permissão é embasada no art. 1º da Lei de Execução Penal, que afirma: efetivar as disposições da sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração do condenado e do internado.		A remição penal é um benefício concedido ao apenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto, diminuindo o tempo de permanência do condenado na instituição prisional, desde que cumpra os requisitos estipulados. E é exatamente isso que Focault (1987) tenta ilustrar no texto, a importância da oportunidade, a importância de ressocializar, que traz a perspectiva da reinserção do condenado apto ao convívio social, ou seja, reeducando ou educando o condenado de tal maneira que se adapte a viver em sociedade respeitando as regras impostas. No Brasil, o direito de remição de penas está assegurado na Lei 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal – LEP), regulamentada pelos artigos 126 a 130. A remição deve ser decretada pelo juiz, ouvindo o representante do Ministério Público e a autoridade administrativa do presídio onde o condenado cumpre a pena e, por isso, deve ser conduzido ao Juízo das Execuções. Trata-se de um relatório mensal relatando os dias trabalhados pelo preso, um determinado número máximo de presos a cada unidade, dependendo da área estabelecida. (SMANIOTTO et al, 2013).
Ressaltando que, de acordo com Focault (1987), um governo democrático moderno tem como obrigação proporcionar ao indivíduo que cometeu um delito, e que já está pagando por isso com a perda de sua liberdade, condições de cumprir sua sanção com dignidade e se reintegrar ao convívio com a sociedade. 								O que já responde um dos objetivos específicos deste relato, relacionado às leis de políticas públicas vinculadas com o intuito de ressocializar o detento, e, de acordo com Smaniotto et al (2013), a Lei de Execução Penal apresenta em sua redação variadas maneiras de recuperação do preso, relatando suas formas de assistência em seu art. 11, como: material (alimentação, vestuário e estrutura higiênica), saúde (atendimento médico, farmacêutico e odontológico), jurídica (para os presos sem condições financeiras para constituir advogado), educacional, social e religiosa, contribuindo para uma rotina agradável na prisão e um egresso harmonioso.	 Além de tais assistências, é direito do preso o exercício de atividades artísticas, infelizmente essas são pouco utilizadas no cenário brasileiro. Por meio de tais atividades, o preso encontra uma forma de recuperar sua autoestima e desenvolver talentos até então não explorados. (SMANIOTTO et al, 2013). 							Oliveira (2007) complementa, ainda sobre a Lei de Execução Penal, que é dever do Estado prevenir o crime e orientar o preso ao retorno para a sociedade, é preciso acreditar no ser humano, e, mais ainda, na sua capacidade de recuperação, garantindo-lhe assistência e oportunidades de trabalho, atividades educativas concretas de retorno a sociedade. Deixando claras as pontuações das leis de Políticas Públicas em favor do ressocializar do egresso, sendo que, se essas medidas forem garantidas dentro da instituição, o detento será favorecido na reintegração social ao sair. 
De acordo com Smaniotto et al (2013), é fundamental o acompanhamento psicológico para evitar que a prisão, originalmente destinada à possível recuperação do indivíduo, torne-se a mola propulsora para o agravamento de comportamentos potencialmente lesivos à sociedade. 		Segundo Laurentino et al (2014), as atividades de capacitação e ressocialização no contexto prisional acarretam mudanças na autoestima, vida familiar,aceitação social e oportunidade de trabalho e uma mudança de comportamento que segue após o cumprimento da pena. Em uma entrevista com os ex-presidiários que passaram pelo processo de ressocialização, metade deles planeja fazer exercícios físicos, ter uma boa alimentação e realizar atividades que possam ter uma autoestima mais elevada, porém, a recuperação dessa autoestima tão rebaixada tende a permanecer. Nas oficinas que são realizadas, a agressividade dá lugar a brincadeiras, o que não é algo comum e há restrição de vagas. De acordo com Bitencourt (2011), pode-se dizer que a ressocialização e a recuperação não devem ser vistas como uma meta direta ao delinquente, todos os outros meios sociais também se fazem importantes no momento desta reinserção.
Conhecer os métodos de atuação do psicólogo, utilizados na reintegração do presidiário e seus resultados, é um objetivo específico deste relato e é respondido na pesquisa de Medeiros e Silva (2014), que apresentam a importância do acompanhamento psicológico, incluindo atividades de capacitação e ressocialização como oficinas e a execução de outros trabalhos junto aos sujeitos que estão cumprindo pena privativa de liberdade, familiares dos detentos e os próprios profissionais que atuam dentro da instituição. As disfunções sociais, muitas vezes, podem se apresentar como resposta a uma sociedade cuja estrutura seja rígida, não permitindo, por conseguinte, a liberdade do homem e seu processo criativo: cria-se, assim, um processo de exclusão da individualidade em prol da padronização social. As oficinas, sendo elas atividades integradoras, valorizam a unicidade do ser por meio de ações que, embora sejam fundamentadas teoricamente, permitem que eclodam aspectos do sujeito antes adormecidos pela rigidez social. Portanto, as oficinas ao trabalhar com as potencialidades inerentes ao sujeito propiciam reflexão, por meio da valorização do ser e da constatação do corpo social como sendo historicamente construído, financiando assim por meio da responsabilidade individual o processo de ressocialização e reconstrução da própria sociedade a qual o sujeito está inserido.								Em 1984, na Lei 7.210, a LEP definiu o trabalho do psicólogo dentro da penitenciária e dividiu a atuação em duas partes: 1º) na atuação da Comissão Técnica de Classificação (CTC); e 2º) nas demonstrações do Centro de Observação Criminológico (COC).Com isso, a intervenção realizada pelo psicólogo dentro do sistema prisional passa a ser ligada a uma atuação em que se procura promover transformações que sejam significativas, não só em relação às pessoas em cumprimento de pena, mas também de todo sistema, incluindo funcionários e familiares dos apenados. (MEDEIROS; SILVA, 2014). 	As prisões exercem um efeito nocivo sobre as pessoas que aí vivem e trabalham e colocam ambos os grupos, presos e funcionários, em tensão permanente. Nesse sentido, é possível afirmar que não são apenas os detentores de uma pena privativa de liberdade que precisam de apoio psicológico. O trabalho de todos os profissionais aí inseridos padece da estrutura sombria do encarceramento, exigindo dos que a compõe maneiras específicas de agir, o que os inserem em um permanente debate de normas e valores próprios. Para que o preso tenha melhor desempenho dentro do processo de ressocialização todo o sistema deve trabalhar em prol disto e por isso todos precisam de apoio. (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2010).												A atenção individualizada à pessoa em cumprimento de pena diz respeito a todo atendimento psicológico, psicoterapêutico, diálogo, acolhimento, acompanhamento, orientação, psicoterapia breve, psicoterapia de apoio, atendimento ambulatorial entre outros. O acompanhamento psicológico promove uma ação direcionada para que o sujeito possa reconhecer como sua - que responde a seus valores, seu ideal. -, na qual gera possibilidade de coerência unificadora a uma ação, integrando a experiência vivida. É sempre uma co-construção intersubjetiva, em um duplo movimento de investimento de desejo e de validação social. Nessa percepção, é que notamos a importância e a necessidade do o trabalho dos psicólogos nas prisões evolua no sentido de criar margens de manobra, espaços de singularizações normativas que possibilitem a resistência, a emancipação e o enfrentamento das dinâmicas segregativas. (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2010).			O psicólogo também realiza a avaliação psicológica com caráter prognóstico através de uma elaboração da avaliação psicológica pericial, em que requer um parecer crítico do profissional no intuito de fornecer provas técnicas que são essenciais na decisão judicial. A avaliação psicológica pericial é um dos métodos de atuação do psicólogo utilizado na reintegração do presidiário. (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2010).			Segundo Laurentino et al (2014), o presidiário teria que passar por uma reeducação de ideias sobre sociedade e comportamento, para acarretar mudanças na sua maneira de pensar e agir. Através de oficinas, é possível resgatar autoestima do preso, pois ele se sente útil realizando um serviço. Eles realizam serviços, desde fabricação de artesanato, costura lavanderia até oficina mecânica. Programas de capacitação são fatores determinantes no processo de ressocialização. No meio de todo este processo, é possível responder o último objetivo específico deste trabalho, onde o processo de retorno do indivíduo a sociedade surge dentro da instituição, sendo que esta última não devem apenas “castigar” o indivíduo, mas também dar aos indivíduos encarcerados melhores condições que procurem diminuir os níveis de reincidência com métodos que auxiliem na sua educação, capacitação profissional e na busca da conscientização psicológica e social. (NERY JUNIOR; NERY, 2006).								Respondendo a questão dos métodos utilizados pelo psicólogo na reintegração do presidiário, o trabalho de psicólogos vem com o papel de conhecer e ajudar o preso, reconhecendo os problemas enfrentados pelo mesmo no seu meio pessoal, familiar e social, examinando sua personalidade e motivos que dificultem seu egresso a sociedade, compreendendo o preso, avaliando sua saúde mental, dando acolhimento, escutando suas demandas, promovendo saúde e defendendo os direitos humanos. Em todas as práticas realizadas dentro do âmbito do sistema prisional, o psicólogo deverá visar ao cumprimento da pena privativa de liberdade, procurando construir cidadania por meio de projetos para a sua reinserção na vida social.O atendimento ao preso é dado em particular – em que é analisada sua situação e comportamento no estabelecimento – e também em grupo, na busca de uma interação positiva entre os detentos. 						Segundo Nascimento (2000, p.105), o trabalho em grupo tem como objetivo a interação entre os indivíduos em cumprimento de pena privativa de liberdade e também possibilitar reflexões sobre aspectos referentes à dignidade, ética, autoestima, respeito por si e pelo outro, cidadania, participação política, favorecendo a vida em sociedade. Outro importante papel do psicólogo é o fortalecimento dos vínculos familiares, sendo a família de extrema importância na ressocialização do sentenciado. (SMANIOTTO et al, 2013).												De acordo com Rocha et al (2013), o psicólogo trabalha em parcerias com a empresa e a assistência social, fazendo entrevistas e aplicação de testes para traçar um perfil de relacionamento, a fim de melhor encaixar o egresso nas vagas e oferecer uma oportunidade de não reincidência, e desta forma, segundo Zacarias (2006), são necessárias as Políticas Públicas, para que deem assistência necessária ao egresso, o que pode ser feito com o oferecimento de um emprego para que este se sustente após a saída.		O trabalho prisional, além de ser um importante mecanismo ressocializador, evita os agentes corruptores, contribui para a formação da personalidade, permite dispor de algum dinheiro para ajudar na sobrevivência de sua família e de suas necessidades, e dá ao detento uma oportunidade de ganhar sua vida de forma digna após adquirirliberdade. (KUHENE, 2013).		De acordo Rocha et al (2013), os detentos que passam pelo processo seletivo e são incluídos nas vagas de emprego, encontram a possibilidade mínima para a não reincidência. O grande desafio está em fazer as organizações aderirem aos projetos e também partirem sozinhas para um trabalho mais eficaz, sem depender tanto da interferência do governo para oferecer vagas de trabalho para egressos, além de as organizações apresentam processos de recrutamento insuficientes e a chance desse egresso de permanecer no trabalho ou mesmo subir de cargo são raríssimas. Constata-se que a remuneração não tem sido o fator predominante para o preso e sim a remição da pena. A ociosidade do preso é elemento crucial que o leva a retornar à prática do crime. 								É importante ressaltar também que a morosidade do sistema judiciário brasileiro é um dos fatores que contribuem para a atividade ilícita da criminalidade, causando uma sensação de impunidade. A atividade laboral remunerada do preso, além de favorecer a inúmeros segmentos da sociedade, melhora o seu ambiente no presídio e eleva a perspectiva de absorção pelo mercado de trabalho, através do aprendizado profissional e melhor convívio social e familiar. Segundo Greco (2011), não há como negar que a ressocialização é, no seu aspecto mais evidente, a preparação do infrator para voltar à sociedade.										Segundo Almo (2015), a importância da remição está apenas em que o condenado poderá descontar, pelo trabalho realizado dentro da prisão, parte do tempo de pena a cumprir. A cada três dias trabalhados, o preso tem direito a um dia a menos de pena. 									No âmbito infraconstitucional, a Lei n. 7.210/84, Lei de Execuções Penais, prevê, no seu artigo 41, diversos direitos inerentes ao preso, como alimentação suficiente e vestuário, atribuição de trabalho e sua remuneração, proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação, além de realização de exercícios intelectuais e profissionais, isto pode ser interpretado como a legislação vendo os direitos básicos dos reclusos, em especial os de personalidade. É notório que o sistema penitenciário brasileiro encontra-se em estado calamitoso, porém, de acordo com Almo (2015), uma saída conveniente para solucionar essa crise seria um investimento maior na educação, como forma profilática para o avanço no número de apenados e, ainda, a execução, por parte do Estado, da verdadeira ressocialização, a qual engloba educação, profissionalização, trabalho, remuneração, dentre outros requisitos que efetivamente contribuiriam para uma nova investida do encarcerado na vida social, melhores condições de vida para a família dos aprisionados e na desacumulação de custos do Estado.
7 CONCLUSÃO
A presente pesquisa foi realizada através do método de Revisão Bibliográfica, em que buscamos, no banco de dados Google Acadêmico, artigos que continham as seguintes palavras chaves: ressocialização, reincidência, presidiário, psicólogo, sociedade e Lei de Execução Penal. Posteriormente, foram considerados artigos publicados em português, entre janeiro de 2013 e janeiro de 2018, que apresentaram pesquisas realizadas com presidiários (as), e nos quais constasse a importância do trabalho do psicólogo. 	O objetivo geral que guiou este trabalho foi compreender a importância da atuação do psicólogo na ressocialização do presidiário dentro da instituição. Com a análise dos dados coletados, concluiu-se que o psicólogo tem um papel muito importante no processo de ressocialização. O acompanhamento psicológico proporciona a recuperação do indivíduo, incluindo melhora da autoestima, vida familiar, desenvolvimento de autoconhecimento e a descoberta de novas habilidades para encarar o mundo externo da prisão, impedindo que a retirada da liberdade seja uma mola propulsora para o agravamento de comportamentos que prejudiquem a sociedade como um todo, possibilitando uma melhora na aceitação social, oportunidade de trabalho e mudanças de comportamentos que vão além do período em que está dentro da prisão.											Como instrumento de trabalho, relacionado à atenção apenas ao detento, são utilizados atendimentos psicológicos, psicoterapêuticos, diálogos, acolhimento, acompanhamento, orientação, psicoterapia breve, psicoterapia de apoio, atendimento ambulatorial, avaliação psicológica com caráter prognóstico, entre outros.									O trabalho do psicólogo deve ter como foco compreender os problemas enfrentados pelo detento no seu meio pessoal, familiar e social, examinando sua personalidade e motivos que dificultem seu egresso à sociedade. Por isso, o atendimento ao indivíduo privado de liberdade é dado em particular e também em grupo, na busca de uma interação positiva entre os detentos.		É fundamental a presença de um psicólogo para que também ocorram mudanças significativas em todo o sistema, por isso esse profissional deve atuar também com funcionários e familiares dos apenados, incluindo atividades de capacitação e ressocialização, como oficinas e a execução de outros trabalhos junto aos detentos, seus familiares e os próprios profissionais.		O psicólogo também atua em parceria com empresas e assistência social, realizando entrevistas e aplicação de testes para preparar o detento para melhor reposicionamento no mercado de trabalho, oferecendo oportunidade de crescimento e novas estratégias para encarar o mundo externo à instituição. Por isso, é importante a assistência das Políticas Públicas na oferta de empregos para que o recluso se sustente após a saída, já que o grande desafio está em fazer as organizações aderirem aos projetos e proporcionar ao ex-detento oportunidade de crescimento dentro das organizações.										O processo de retorno do indivíduo à sociedade surge dentro da instituição, esta deve proporcionar aos indivíduos encarcerados melhores condições que procurem diminuir os níveis de reincidência com métodos que auxiliem na sua educação, capacitação profissional e na busca da conscientização psicológica e social. Por isso, o papel do psicólogo dentro do presídio tem uma fundamental importância ressocializadora, evitando a reincidência de atos ilícitos, contribui para a formação da personalidade, permite dispor de algum dinheiro para ajudar na sobrevivência de sua família e de suas necessidades, promove fortalecimento de vínculos familiares e dá ao detento uma oportunidade de ganhar sua vida de forma digna após adquirir liberdade.											Ao realizar este trabalho, foram constatadas algumas dificuldades em encontrar embasamento científico para sustentar nosso método de revisão bibliográfica, o que nos levou a compreender que esta é uma área de atuação da psicologia que ainda tem muito a ser estudada e desenvolvida. O sistema carcerário no Brasil ainda tem muitos ajustes a serem realizados, assim como a atuação do psicólogo dentro deste. Foi possível concluir que atuação do psicólogo é de extrema importância no processo de ressocialização do detento, mas ainda é realizada de forma pouco abrangente perto do que se é possível oferecer. Isso nos leva a ressaltar novamente a justificativa da realização deste relato, de que é necessária a ampliação de estudos da atuação do psicólogo nesta área e a aplicação de trabalhos acadêmicos.
REFERÊNCIAS
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