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Samantha Rebouças A vitamina B6 existe nas formas de piri- doxina, piridoxal-fosfato, piridoxal e pi- ridoxamina. A piridoxina é a forma mais utilizada para a fortificação de alimentos e prepara- ções medicamentosas. O Piridoxal 5’fosfato (PLP) é a forma de in- teresse biológico e possui ação coenzimá- tica em cerca de 100 reações enzimáticas do organismo. Funções metabólicas A vitamina B6 age como coenzima em re- ações envolvidas no metabolismo de: → Aminoácidos → Carboidratos → Neurotransmissores → Lipídios O PLP (piridoxal-fosfato) também age como coenzima nas reações de fosforila- ção e é envolvido diretamente na catálise (aceleração de uma reação). No metabolismo lipídico, esse composto atua descarboxilando moléculas de fosfa- tidilserina a fosfatidiletanolamina e por fim na formação da fosfatidilcolina. Metabolismo A vitamina B6 não é sinteti- zada pelos seres humanos, portanto, sendo necessário o consumo através de fontes alimentares ou da síntese de bactérias no intestino grosso. A absorção se inicia com a hidrólise das formas fosforiladas no lúmen intestinal e que posteriormente serão absorvidas por difusão passiva. A maioria da piridoxina ingerida é libe- rada para a circulação portal como piri- doxal, após a desfosforilação na superfí- cie serosa. Grande parte da vitamina B6 absorvida é di- recionada para o fígado, mas outros tecidos também podem absorvê-la. No metabolismo, encontramos a vitamina B6 como estéres de fosfato. Os fosfatos de piridoxina e de piridoxamina são oxidados para piridoxal fosfato. O piridoxal fosfato não atravessa as mem- branas celulares e o efluxo da vitamina é como piridoxal, ligado à albumina Vitamina B6 Samantha Rebouças No fígado, o piridoxal fosfato é hidrolisado para piridoxal O piridoxal livre que permanece no fígado é oxidado à ácido 4-piridóxico. O ácido 4-piridóxico é o principal produto de excreção da vitamina B6. Biodisponibilidade A maioria dos alimentos possui vitamina B6 e a absorção geralmente é alta. Os alimentos de origem ve- getal possuem uma quanti- dade significativa de vitamina B6 na forma glicosilada, que se acredita ter me- tade da eficiência quando comparada às outras formas. As perdas de vitamina B6 são al- tas no cozimento e no processa- mento (enlatados) de carnes e ve- getais. → A moagem do trigo para a fabricação de farinha pode resultar em perdas de 70 a 90% → O congelamento de vegetais pode re- sultar em perdas de 35 a 55% As carnes fornecem cerca de 40% das re- comendações de vitamina B6. Recomendações Sabendo que a principal função da vita- mina B6 é atuar no metabolismo de aminoácidos, supõe-se que a ingestão proteica afetará suas recomendações. RDA/AI 14 a 50 anos – 1,3 mg/dia 51 a > 71 anos – 1,7 mg/dia RDA/AI 14 a 18 anos – 1,2 mg/dia 19 a 50 anos – 1,3 mg/dia 51 a > 71 anos – 1,5 mg/dia Gestantes – 1,9 mg/dia Lactantes – 2 mg/dia Gestantes que apresentam eclâmpsia ou pré- eclâmpsia têm concentrações plasmáticas menores de piridoxal fosfato e, portanto, ne- cessitam de maiores quantidades dessa vi- tamina. Deficiência A deficiência clínica é rara. Alguns sin- tomas da deficiência rara podem incluir: → Dermatite seborreica → Eczema → Anemia microcítica → Convulsões → Depressão → Confusão → Estomatite angular → Glossite → Queilose A ingestão inadequada de vitamina B6 pode afetar o metabolismo de aminoá- cidos e, possivelmente, também a ação dos hormônios esteroides. Do ponto de vista clínico, a deficiência em vitamina B6 é manifestada frequente- mente por mudanças no sistema ner- voso central. Há evidências de que o estado nutricional inadequado em relação à vitamina B6 está associado ao prognóstico negativo em mulheres com câncer de mama. Biologicamente inativo Samantha Rebouças Concentração plasmática A concentração de piridoxal fosfato no plasma pode ser alterada em condições como: → Aumento da atividade da fosfatase al- calina – causa redução em sua con- centração; → Gestação – ocorre a diminuição; → Exercício moderadamente intenso – aumenta o piridoxal fosfato circu- lante. Fontes Alimentares Uso farmacológico Suplementos de vitamina B6 com con- centrações entre 25 e 100 mg/dia e, al- gumas vezes, superiores a 2.000 mg/dia são recomendados para algumas condições, incluindo de- pressão. Doses de 50 a 200 mg/dia têm efeito an- tiemético (combate enjoos e náuseas). A vitamina B6 também é utilizada em conjunto com outros antieméticos para minimizar a náusea associada a radiote- rapia e para tratar a náusea da gravidez. Acesse outros resumos sobre vitaminas: FONTE: COZZOLINO, 2020.
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