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Anodontia/Agenesia É a ausência de um ou mais dentes, que pode ser dívida em dois tipos: Anodontia: Caracterizada pela ausência total de todos os dentes decíduos e/ou permanentes, a qual é quase sempre relacionada com a displasia ectodérmica, uma doença hereditária. Hipodontia ou Anodontia Parcial: Caracterizada pela ausência de um ou mais dentes em pessoas normais, desde que comprovadas radiograficamente. Observa-se que o dente mais afetado por tal anomalia é o terceiro molar, seguido dos seguintes dentes: segundo pré-molar inferior, segundo pré-molar superior, variando em ordem de prevalência, de acordo com o grupo populacional analisado. Radiograficamente, neste tipo de anomalia, pode-se observar uma adaptação dos dentes vizinhos nos espaços hipodônticos, com formação ou não de diastemas, podendo, em alguns casos, promover distúrbios oclusais e uma estética bucal desfavorável. Alterações Dentárias Dentes Supranumerários Menos comuns na dentição decídua, e quando ocorrem, aparecem normalmente na região de incisivos. Na detenção permanente, o supranumerário mais comum, o supranumerário mais comum é o mesiodens, localizado na linha média, sendo este menor que o normal, dismorfo e conoide, podendo ser duplo, ou mesmo, tríplice. O segundo tipo mais comum é o quarto molar ou paramolar ou distomolar, sendo mais frequente na maxila. Apresenta-se, frequentemente dismorfo e com microdontia. Aparece com bastante frequência também na região de pré-molares superiores e inferiores. Microdontia Caracterizado pela redução no tamanho dental ou parte dele, podendo ainda ser localizada ou generalizada. A forma localizada ocorre em um ou alguns dentes, sendo mais frequente naqueles dentes onde a anodotia também é comum. Normalmente, estes dentes são conoides, com suas faces proximais convergindo para incisal. A forma generalizada está relacionada está relacionada com o hipopituitarismo ou em pacientes sindrômicos. Pode também está relacionada com o hipotuitarismo ou em pacientes sindrômicos. Pode também ser generalizada relativa, resultante de hereditariedade cruzada. Macrodontia Trata-se do aumento do volume dental, podendo ser generalizada ou localizada, sendo a última mais comum, onde um único dente ou grupo de dentes é afetado, ou ainda quando é afetado, ou ainda quando apenas parte do dente está aumentada, caracterizando uma macrodontia coronária ou radicular. Geminação É a tentativa de o germe dental dar origem a outro dente, provavelmente a um supranumerário. O diagnóstico diferencial entre fusão e geminação se dá de forma definitiva somente através do exame radiográfico, onde caso haja diminuição no número de dentes da boca, trata-se de fusão. Caso isto não ocorra, trata-se de geminação. Este método nem sempre é seguro e deve ser adotada no caso de o paciente possuir todos os dentes de uma dentição. Radiograficamente, na geminação, os canais radiculares estão alargados, e na fusão estes encontram-se individualizados. Fusão União de dois dentes normais durante sua formação, através do esmalte e/ou dentina, podendo ser total ou parcial (coronária ou radicular), sendo que os canais radiculares permanecem individualizados. Os mais afetados são os caninos e incisivos decíduos, incisivos permanentes, terceiro e segundo molares, podendo também ocorrer entre raízes de um mesmo dente. Concrescência União de dois dentes, pelo cemento, após sua formação, antes ou depois de sua erupção. Os canais radiculares estão também individualizados. A concrescência inter-radicular é comum nos dentes radiculares superiores, principalmente no terço apical, onde as raízes estão mais próximas. Taurodontia Caracterizado pelo aumento ocluso-apical da cârama pulpar de molares e pré-molares e diminuição do comprimento das raízes, conferindo um aspecto de “dente de touro”. Dilaceração É uma curvatura excessiva da raiz do dente, decorrente de obstáculos (dentas já irrompidos, supranumerários, tumores, estruturas ósseas, etc.) ou traumas existentes durante a fase de erupção dentária, pois nesta fase, ocorre simultaneamente a formação radicular. A dilaceração poderá ser cervical, média ou apical, podendo ainda ser mais simples ou dupla, quando, na mesma raiz, existir duas curvaturas, a qual apresenta a forma de baioneta. As curvaturas na região cervical do dente são chamadas de dilacerações corono-radiculares. Raiz Supranumerária São aquelas em número maior que o normal, podendo ser normais ou dismorfas. Neste último caso, possuem aspecto apendiciforme, cuja posição e tamanho dificultam a localização radiográfica. Os dentes onde mais ocorrem estas alterações são os posteriores, principalmente os molares. Nos casos de dúvida sobre sua presença deve-se seguir minuciosamente todo o trajeto do espaço periodontal para que seja delimitada toda a porção radicular, pode-se ainda, realizar tomadas radiográficas com angulações diferentes. Pérolas de Esmalte São estruturas circulares radiopacas, formadas por ilhotas de esmalte, presentes na superfície radicular dos molares ou pré-molares, próximas à junção amelo-cementária ou na região de bi ou trifurcação radicular. Nem sempre são notadas nas radiografias, provavelmente devido à sobreposição de estruturas e de seu pequeno tamanho, pois raramente ultrapassam 2 min de diâmetro. Cúspides Supranumerárias São achados relativamente comuns, de tamanho e forma bastante variáveis. Normalmente, estas cúspides supranumerárias são os cíngulos proeminente, que ocorrem nos incisivos e caninos superiores. Dens in Dente Também chamado de dente invaginado. É uma alteração decorrente da invaginação do epitélio odontogênico na superfície lingual da coroa, durante a odontogênese, o qual ocorre, principalmente, em dentes anteriores, à frente do cíngulo, como um acentuado desenvolvimento do forame lingual, podendo ocasionar deformidade coronária e encurtamento da raiz. Radiograficamente, observa-se uma invaginação em forma de saco para dentro da raiz, revestida por esmalte, cuja abertura coronária corresponde a um discreto forame ou mesmo uma discreta fissura, impossibilitando a higienização da área, acarretando em cárie, necrose pulpar e lesões periapicais. Pode ser classificado em tipo I, II e III, de acordo com o grau de invaginação, onde o tipo I é restrito a coroa, o tipo II, se estende à raiz, com ou sem comunicação pulpar e o tipo III, se estende à raiz, com comunicação pulpar, através de um forame apical ou lateral. Hipercementose É a deposição patológica excessiva de cemento na superfície radicular. O trauma oclusal é citado como um fator causal, mas normalmente é de origem idiopática. Caracterizada por um aumento do volume do cemento, com consequente aumento radicular. Na maioria dos casos, o espaço periodontal, lâmina dura e vitalidade pulpar estão normais. Hipoplasia de Esmalte Ocorrem devido a alguma perturbação em alguma das fases de formação do esmalte dental, podendo ser adquirida, congênita ou hereditária, congênita ou hereditária, dependendo do tipo de causa e fase de formação afetada. Adquiridas: Seus aspectos clínicos e radiográficos são extremamente variáveis, dependendo da intensidade e duração da causa, além da fase de formação do esmalte na qual ocorreu sua atuação. Manifestam-se como manchas, irregularidade de superfície, sulcos, fissuras, fóssulas, erosões e ausência completa de esmalte em grandes áreas da coroa. Opacidade do esmalte: É a forma clinica mais comum, onde ocorrem pequenas manchas brancas ou amareladas nos incisivos centrais e laterais, cujos agentes causais foram rápidos e leves, sendo conhecidos como opacidade do esmalte. Dente de Turner: Neste caso, houve a infecção do germe do permanente por uma infecção periapical do decíduo correspondente, a qual afeta o germe do permanente, provocando a formação de áreas amareladas ou acastanhadas, com superfície lisa ou irregular no esmalte. Hipoplasia do Esmalte de Causa Sistêmica: Neste caso, o agente causal atuou por longo tempo e/ou em grande intensidade, levando ao aparecimento de faixas sem esmalte na coroa, cuja localização depende da fase em que o agente atuou, podendo ser determinada clinica e radiograficamente, desde que se conheça o desenvolvimento cronológico das dentições decídua e permanente. Fluorose: É decorrente de flúor em excesso, o qual é tóxico para os ameloblastos. Pode apresentar uma forma leve, caracterizada por pontilhados ou manchas branco-leitosas opacas em várias superfícies do dente, que após a erupção, podem se tornar acastanhadas. Nas formas moderada e grave, além das manchas leitosas opacas, ocorrem fossas, irregularidade e/ou erosões na superfície do esmalte. O esmalte fratura-se facilmente, desgastando-se rapidamente, pois sua superfície é hipermineralizada, porém o esmalte subjacente é hipermineralizada, porém o esmalte subjacente é hipomineralizado. Os sinais radiográficos da fluorose só estão presentes quando há perda de substancia com comprometimento acentuado do esmalte. Congênitas: Manifestam-se principalmente, em indivíduos portadores de sífilis congênita como parte da tríade de Hutchinson. Porém pode ocorrer em indivíduos normais. Incisivos de Hutchinson: Estes são caracterizados por uma redução da borda incisal, dando a estes, forma de barril ou chave de fenda, às vezes apresentando uma chanfradura central. Tais alterações ocorrem mais frequentemente nos incisivos centrais superiores, podendo ainda ocorrer nos centrais e laterais superiores e inferiores e, até mesmo, nos caninos. Molares em Amora: Afetam os primeiros molares permanentes na sua superfície oclusal, a qual apresenta-se mais estreita. Suas cúspides são mal formadas, formando massas globulares de esmalte, entre as quais existem numerosos sulcos e fissuras com presença de pigmentação escura, dando um aspecto de amora. Amelogênese Imperfeita É uma hipoplasia transmitida geneticamente, que afeta exclusivamente o esmalte, nas dentições decíduas e permanente em suas fases de formação. Esta pode ser de três tipos: Hipoplásica: Onde a formação de matriz orgânica é deficiente, ficando o esmalte com pouca espessura e, na maioria das vezes, não é visualizado radiograficamente, podendo, em alguns casos, estar presente como uma tênue linha radiopaca sobre a dentina. Hipomineralizada: Onde a formação de matriz orgânica é normal, porém sua mineralização é deficiente e radiograficamente, o esmalte perde o contraste, o esmalte perde o contraste com a dentina, assumindo a mesma densidade, com perda dos contornos das faces proximais, tornando-as paralelas ou convergentes entre si, podendo, em casos mais extremos, não ser visualizado. Hipomadura: Neste caso não ocorre a última fase (maturação), deixando os cristais de apatita incompletos, fazendo com que o esmalte seja facialmente perfurado e lascado, sendo visto radiograficamente com densidade semelhante à da dentina. Dentinogênese Imperfeita Trata-se de uma alteração hereditária, relativamente rara, que afeta exclusivamente a fase de formação da matriz dentária nos dentes decíduos e/ou permanentes. A dentina produzida é pouco resistente, devido a um maior conteúdo aquoso e apresenta grandes áreas sem mineralização. Desta forma, radiograficamente, observa-se uma obliteração total ou parcial da câmara pulpar e canal radicular por dentina secundária irregular, estimulada por atrição acentuada. As raízes apresentam-se curvas e rombas e fraturas radiculares múltiplas são comuns. Também é observada constrição do terço cervical, dando um aspecto bulboso à coroa do dente, além de uma diminuição da densidade destinaria. Displasia Dentinária É um distúrbio hereditário raro, caracterizado raro, caracterizado por uma formação de dentina irregular, acompanhada por morfologia pulpar modificada, podendo ser classificada em tipo I quando ocorre na porção radicular e tipo II quando se inicia na porção coronária da dentina. Os dentes são normais em forma e coloração, porém, logo após a erupção, porém, logo após a erupção, apresentam intensa mobilidade, podendo ocorrer exfoliação prematura frente a pequenos traumas, pois suas raízes são muito curtas. Radiograficamente, possuem raízes anômalas, muito curtas e cônicas. No tipo I, decíduos e permanentes, apresentam câmara pulpar e canal radicular obliterados, mesmo antes da erupção. Nos permanentes, a câmara pulpar pode não estar totalmente obliterada, podendo permanecer uma área radiolúcida em forma de meia-lua. No tipo II, decíduos também apresentam câmara pulpar e canal radicular obliterados. Após a erupção, nos permanentes, a câmara pulpar é muito grande e em forma de chama, contendo no seu interior, massas radiopacas localizadas, semelhantes a nódulos pulpares. Podem ser observadas, muito comumente, áreas radiolúcidas periapicais, tratando-se geralmente de abscesso crônico, granuloma ou cisto apical. Odontodisplasia Regional São comumente chamados de “dentes fantasmas”. Sua etiologia é desconhecida, sendo sugerido alterações vasculares no germe dental ou comprometimento virótico do epitélio odontogênico. Seu diagnostico é quase sempre feito através do exame radiográfico, no qual os dentes apresentam formas bastante irregulares e a mineralização defeituosa com acentuada diminuição da densidade dos tecidos duros e grandes alargamento da câmara pulpar. Afeta normalmente apenas um dos quadrantes da arcada dentária, sendo mais comum na arcada superior. Atricção É a perda da estrutura dental devido à ação mastigatória, ocorrendo geralmente nas superfícies oclusais e inciais dos dentes. É caracterizada radiograficamente como áreas radiolúcidas nas faces incisais e oclusais, que traduzem a perda de esmalte e, às vezes de dentina. Abrasão Normalmente provocada pela ação mecânica (escovação com força excessiva, grampos de próteses removíveis e hábitos parafuncionais), apresentando-se radiograficamente como uma imagem radiolúcida, devido à perda dos tecidos duros dentais. Erosão Erosão – perda de estrutura dentária por processo químico não bacteriano – ácidos (frutas cítricas, refrigerantes, suco gástrico) – bulemia. Fraturas Dentárias As fraturas podem ser tanto coronárias, como radiculares, sendo as coronárias mais frequentes. Estas ainda podem ser longitudinais, obliquas ou transversais. No caso das fraturas, a radiografia é extremamente importante para diagnosticar sua direção e extensão, além de uma possível relação desta com a câmara pulpar ou com os tecidos periodontais. A fratura apresenta-se como uma solução de continuidade dos tecidos duros dentais, onde se pode observar uma linha radiolúcida, dando um aspecto de descontinuidade do contorno dentário. Para uma correta identificação da fratura, deve-se realizar tomadas radiográficas com variações de ângulos verticais e horizontais, para evitar superposição das linhas de fratura. Perfuração/Trepanação Decorrem da manipulação incorreta do conduto radicular, aparecendo radiograficamente, como uma imagem radiolúcida na porção radicular, acompanhada de uma rarefação óssea circunscritano tecido ósseo adjacente. v Dentina Reparadora/Reacional Chamada também de dentina terciária ou reacional. Ocorre como mecanismo de defesa pulpar frente a agrações patológicas ou idiopáticas. Observa-se uma deposição de dentina que frequentemente reduz o tamanho da câmara pulpar. Esclorose Dentinária É a dentina formada frente aos estímulos agressivos, como cáries, procedimentos operatórios, etc., sendo uma forma de reação à estímulos, restringindo-se ao corpo do tecido dentinário ou podendo se estender até o tecido pulpar. Esta é visualizada, radiograficamente, como uma área mais radiopaca que a dentina normal, devido a deposição de tecido mineralizado no interior da luz dos canalículos dentinários. Nódulo Pulpares Aparecem radiograficamente como estruturas radiopacas, de formato arredondado ou ovalada dentro da câmara pulpar ou nos condutos radiculares, com aspecto radiográfico mais radiopaco, quando comparadas a radiolucência do tecido pulpar. Calcificação Difusa da Polpa Esta ocorre mais na intimidade da polpa que em sua periferia, obliterando-a de modo completo. Em alguns casos é difícil distinguir se as calcificações são fisiológicas, devido a uma tendencia orgânica ou se são patológicas, resultantes da ação de um agente local injuriante. Radiograficamente, são mais encontradas nos condutos radiculares, onde estes apresentam-se mais radiopacos que o normal e em casos mais extremos, como em um dente senil, está totalmente obliterado, Estes casos tende a dificultar o tratamento endodôntico, sobretudo quando adquirem grande extensão e se aderem à parede da câmara pulpar. Reabsorção Interna A reabsorção interna é caracterizada, radiograficamente, por um aumento do tamanho da área ocupada pelo tecido pulpar, no sentindo da porção mediana para a região do espaço pericementário. Quando localizada nos canais radiculares, tem um aspecto de pêra invertida. Na maior parte das vezes é de origem idiopática e evolui de forma assintomática Reabsorções Externas Podem ser fisiológicas ou patológicas, sendo a primeira, decorrente do processo normal de exfolialção de dentes decíduos. A reabsorção radicular externa ocorre em qualquer superficie do dente, sendo mais comum na região apical. Pode ser originada por alterações patológicas, traumatismos, reimplante de dentes e tratamento ortodôntico indevido. Caracteriza-se radiograficamente pela diminuição do tamanho da raiz, podendo esta ficar com o ápice arredondado nos processo de evolução mais lentos. Giroversão Rotação do dente em torno do seu longo eixo, completa ou incompleta, podendo ser em torno de 90-180°. Ocorre por excesso ou falta de espaço no arco durante ou após a erupção dentária. O dente mais afetado é o pré-molar inferior, por irromper tardiamente e pela frequente perda prematura do primeiro molar inferior permanente. Transposição Alteração na qual dois dentes trocam de posição na arcada dentária. Transmigração / Ectopia É o fator de um dente estar localizado em outro que não o seu habitual. Esta ectopia decorre do deslocamento do germe do dente durante a fase de morfodirenciação, bem como durante sua erupção, ocasionamento para uma área anatômica fora de seu processo alveolar. Alguns dentes, como os molares superiores, podem localizar-se superiores, podem localizar-se na abóbada palatina; os molares inferiores, no corpo e ângulo mandibular, ocorrendo, às vezes, bem próximos ao côndilo; caninos superiores no palato, fossa canina, seio maxilar, e mais raramente, na cavidade nasal. Raramente, há ectopia na região da órbita e osso esfenoide.
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