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BABESIOSE CANINA (Piroplasma) • A babesiose é a mais importante hemoparasitose dos animais domésticos • É uma doença causada por protozoário do gênero Babesia, que invade preferencialmente reticulócitos (Murase et al., 1993) e é transmitido por carrapato. Taxonomia Filo Apicomplexa Classe Sporozoea Subclasse Piroplasmia Ordem Piroplasmida Família Babesiidae Gênero Babesia B. canis vogeli, B. gibsoni TAMANHO ESPÉCIE VETOR DISTRIBUIÇÃO GEOGRAFICA grande Babesia canis canis Dermacentor spp. Europa Babesia canis vogeli Rhipicephalus sanguineus Global Babesia canis rossi Haemaphysalis elliptica (antiga H. leachi) África Sub-Saariana e África do Sul pequena Babesia gibsoni Haemaphysalis longicornis Ásia e casos esporádicos na América do Norte, Oeste da África, Sul da Europa e Sul do Brasil Pequenas (1,0-2,5 um de comprimento) Grandes (2,5-5,0 cm de comprimento) EPIDEMIOLOGIA Quadro 82.2 Porcentagem de animais positivos em diferentes estudos. 1. Transmissão a. Picada carrapato infectado b. Transfusão de sangue c. Transmissão vertical -> Raramente mencionada na literatura e requer mail: estudos no caso da espécie B. canis vogeli Transestadial – quando o cocineto invade as glândulas salivares do carrapato estádio para outro). Transovariana – O cocineto invade ovário do carrapato (ovos já com parasito). Epidemiologia 1. Rhipicephalus sanguineus a. Mínimo 3 dias fixado 2. Período de incubação a. 1 a 3 semanas Protozoário intracelular: (eritrocitos) Cães susceptíveis: até 1 ano idade(mais - 3 a 6 meses) Filhotes 2 meses: Acs maternos Susceptibilidade: naça, idade, sexo, estação do ano PATOGENIA: Anemia -> f(x): fragilidade dos eritrocitos (decorrente do parasitismo) indução de fatores hemolíticos séricos eritrofagocitose pelo macrófagos Sinais Clínicos Não-específicos: anorexia, letargia, fraqueza, pirexia, perda de peso Hiperaguda: hipotermia, choque, coma, CID, acidose metabólica, morte Aguda: anemia hemolítica, icterícia, esplenomegalia, linfadenopatia, vômito Crônica: febre intermitente, anorexia parcial, perda de peso, linfadenopatia Achados Laboratoriais • trombocitopenia • anemia normocítica normocrômica nos primeiros dias PI e depois macrocítica hipocrômica e regenerativa • reticulocitose (proporcional à severidade da anemia) • alterações no leucograma são inconsistentes: leucocitose- neutrofilia, leucopenia - neutropenia, linfocitose e eosinopenia • casos graves: hipoglicemia, hipercalemia, † atividade sérica de enzimas hepáticas (ALT, FA) • hiperglobulinemia em alguns casos • hiperbilirrubinemia (para B. canis mas não para B. gibsoni) • bilirrubinúria, hemoglobinúria, proteinúria Diagnóstico direto Detecção direta - Coloração pelo Romanowsky (Wright's, Giemsa, Panótico, Rosenfeld) = alta especificada, baixa sensibilidade OBSERVA TROFOZOITOS Imunidade: • Imunidade celular: + importante • Ausência de proteção cruzada • Portadores crônicos - Estimulação contínua Diagnóstico direto: Reação em Cadeia pela Polimerase → alta sensibilidade, alta especificidade Diagnóstico indireto: Reação de Imunofluorescência Indireta : moderada especificidade, alta sensibilidade Diagnóstico indireto: ELISA > Detecção Indireta do parasita Ensaio Imunoenzimático Indireto (ELISA) > Baixa especificidade / Alta sensibilidade Tratamento: Dipropionato de Imidocarb (Imizol®) Dose: 5,0 - 7,0 mg/kg SC/IM Repetir em 15 dias (para pegar o parasito escondido do sistema imune) -> Vômito, cólica diarréia e ptialismo 10 minutos antes usar: Atropina > Dose: 0,04mg/kg SC Usado para diminuir os efeitos colaterais do Imidocarb • Diaceturato de diminazene Dose: 2,5-3,5 mg/kg SC/IM Dose única • Terapia de Suporte Fluidoterapia Transfusão sanguínea Profilaxia: • Controle de carrapatos • Sorologia em animais introduzidos em canis/doadores sangue • Vacinas ?? • Avaliação de esfregaço sangue animais esplenectomizados