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trabalhista seção 4

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 100ª VARA DO TRABALHO DO ESTADO DE SÃO PAULO-SP
PROCESSO Nº ...
CONSTRUTORA VIVER BEM LTDA., já qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista movida em face por PEDRO CASTILHO, também qualificado, por intermédio de seu advogado vem, com fulcro no art. 900 da CLT, apresentar CONTRARRAZÕES ao Recurso Ordinário para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região.
Destarte, encontrando-se satisfeitos todos os requisitos legais, requer que a presente peça, juntamente com as suas razões sejam regularmente recebidas e remetidas ao Tribunal ad quem para apreciação.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local ...data...
Advogado.../OAB nº ...
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
RECORRIDO: CONSTRUTORA VIVER BEM LTDA
RECORRENTE: PEDRO CASILHO
VARA ORIGEM:  100ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP
PROCESSO Nº 
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA
Colenda Turma,
Ínclito Desembargador Relator,
1. Da Tempestividade.
Observa-se dos autos que o recorrido foi intimado do recurso ordinário interposto pela Reclamada, por meio de publicação oficial ocorrida no dia 15/06/2020, dando-se início a contagem do prazo do dia 16/06/2020 e, sendo os prazos processuais contados em dias úteis, temos que o termo final será o dia 25/06/2020.
Destarte, conforme inteligência do art. 895 c/c 900, da CLT e, mostra-se que tempestiva a presente peça processual, razão pela qual requer o seu recebimento.
0. Resumo da Lide.
No dia 15 de junho de 2020, houve publicação, intimando-se a reclamada para se manifestar acercado Recurso Ordinário obreiro, em que a sentença r. proferida julgou improcedente ao pedido do obreiro no que se refere ao pagamento de R$ 9,00 referente ao uso de vale-transporte em transporte público nos termos da Lei.
0. Do Mérito.
Malgrado os argumentos lançados no recurso de Reclamante, restará demonstrado ao final, que os pontos impugnados da r. sentença proferida nos autos merece ser mantidos por seus próprios fundamentos, vez que fundamentada em perfeita harmonia com a legislação trabalhista que regula a matéria, assim como com a doutrina e jurisprudência pacificada. Vejamos.
1. Do Vale Transporte.
O autor requereu o pagamento de vale-transporte pelo uso de transporte público, alegando que eram realizados diariamente, haja vista que utilizava dois transportes coletivos para ir e voltar do trabalho, contudo, entende que o empregador teria de efetuar o pagamento. Todavia, ocorre que o empregado não utilizava de transporte público nos termos do artigo 1º lei Lei 7619/85 “verbis” Fica instituído o vale-transporte,  que o empregador, pessoa física ou jurídica, antecipará ao empregado para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa, através do sistema de transporte coletivo público, urbano ou intermunicipal e/ou interestadual com características semelhantes aos urbanos, geridos diretamente ou mediante concessão ou permissão de linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade competente, excluídos os serviços seletivos e os especiais. Insurge-se a Recorrente quanto a não condenação ao pagamento dos valores relativos ao vale transporte, sob argumento de que o obreiro realizava o deslocamento ao trabalho com transporte particular (carona), pois não preencheu os requisitos legais e tampouco apresentou documentos que utilizava transporte. Logo, a sentença merece ser mantida tendo em vista, inclusive, ser este o entendimento da jurisprudência do C. TST, verbis:
"RECURSO DE REVISTA. VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA. Em homenagem ao princípio da melhor aptidão para a prova, esta Corte Superior, por meio da Resolução º 175/2011n, cancelou a Orientação Jurisprudencial nº 215 da’35r Subseção de Dissídios Individuais, in verbis: - É do empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos indispensáveis à obtenção do vale-transporte. Em decorrência desse cancelamento, houve a alteração do entendimento contido no aludido verbete. Nesse contexto, o ônus da prova deve ser atribuído à parte que melhor tem condições de produzi-la. No caso do vale-transporte, é mais plausível exigir que a empresa mantenha documentação atinente às solicitações de vale-transporte, a fim de comprovar que disponibilizou o benefício ao trabalhador, o qual optou por dispensá-lo, ou então, não preencheu os requisitos para auferi-lo, do que pretender que ele demonstre que, apesar de ter requerido o direito, este lhe foi negado. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. (RR-1456-31.2011.5.05.0132, Rel. Des. Com. Valdir, Florindo, 2ª Turma, Data de Publicação: 19/12/2013).
Na hipótese em exame não foi trazido qualquer documento que comprovasse o uso do transporte público pelo autor. Portanto, requer esta Recorrida, seja o pleito de reforma da sentença não acolho por este E. Tribunal, nos termos da fundamentação acima exposta.
0. Da Gratuidade da Justiça      
Merece ser mantida a sentença atacada, vez que proferida em consonância com a legislação que regula a matéria.
Observa-se nos autos que a remuneração recebida pelo recorrente era superior a R$ 3.000,00 (..) ultrapassando o limite estabelecido na norma, conforme inteligência do art. 790, §3º da CLT.
Por fim, deverá requerer a manutenção da decisão e/ou não acolhimento do recurso.
0. Dos Honorários advocatícios.
Tal condenação merece ser mantida em seus próprios fundamentos, vez que em consonância com a legislação e jurisprudência que regula a matéria.
Conforme se extrai do art. 791-A da CLT, devem ser pagos os honorários, mesmo em caso de o trabalhador ser beneficiário da justiça gratuita.
Ademais, restou claro nos autos, e especialmente na sentença, que o recorrente não faz jus ao benefício, como aduzido alhures. 
Desta forma, pugna pela manutenção da sentença nos termos em que foi proferida. 
0. Do Pedido.
Diante do exposto, pugna aos D. Desembargadores que neguem provimento ao recurso ordinário interposto pelo Reclamante, mantendo-se a r. sentença a quo, nos pontos em que foi atacada, pelos seus próprios fundamentos, vez que proferida em consonância com a legislação e jurisprudência aplicável ao caso, bem como por ser esta a única medida de Justiça.
Nestes termos,
Pede deferimento,
Local ... e Data ...
Advogado ...
OAB...

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