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ESPELHO_CORRECAO_S4 - CONTRARRAZÕES RECURSO ORDINÁRIO

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Seção 4 
ESPELHO DE CORREÇÃO 
DIREITO DO 
TRABALHO 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
Caro aluno, vamos resolver a situação proposta? 
No caso em tela, os pedidos formulados na petição inicial foram julgados parcialmente procedentes. 
Assim, o reclamante interpôs Recurso Ordinário, com o objetivo de reverter a improcedência relativa 
aos gastos com transporte para se deslocar de casa para o trabalho, e vice-versa, assim como para 
buscar a desobrigação de pagamento de honorários advocatícios. 
A reclamada, em 15 de junho de 2020, foi intimada para se manifestar acerca do Recurso Ordinário 
interposto pelo reclamante, ou seja, para apresentar contrarrazões 
A praxe forense sugere que ela seja apresentada por meio de petição endereçada ao juízo que 
prolatou a sentença, requerendo a juntada das contrarrazões. Anexa a ela é elaborada a peça 
processual, dirigida ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, órgão que julgará o Recurso 
Ordinário do reclamante. Por se tratar apenas de praxe, obviamente que a sistemática aqui 
apresentada é facultativa, razão pela qual as contrarrazões podem ser apresentadas por simples 
petição. 
Analisaremos, agora, o que necessita ser abordado na peça processual. Você, aluno, deve impugnar 
os argumentos lançados pelo trabalhador no Recurso Ordinário, valendo-se daqueles que já foram 
utilizados na contestação e na própria sentença. Você deve utilizar todos os argumentos que 
entender convenientes para convencer os Desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 
2ª Região, que julgarão o recurso, a manter a decisão de primeira instância, no que diz respeito aos 
temas suscitados pelo laborista. 
Após expor os fundamentos fáticos e jurídicos pelos quais pugna pela manutenção da sentença 
nestes aspectos, você deve requerer o não provimento do Recurso Ordinário do reclamante. 
 
 
 
 
Seção 4 
DIREITO DO TRABALHO 
Na prática! 
 
 3 
 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 100ª VARA DO TRABALHO DE SÃO 
PAULO/SP 
 
 
Processo n. 
 
 
 
 
CONSTRUTORA VIVER BEM LTDA., nos autos da reclamação trabalhista movida por 
PEDRO CASTILHO, ambos já qualificados no presente feito, vem apresentar Contrarrazões ao 
Recurso Ordinário para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, com fulcro no art. 
900 da CLT. 
Satisfeitos os mandamentos legais, requer seja a peça processual recebida e enviada à 
apreciação do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. 
 
Termos em que pede juntada e deferimento. 
 
Local, dia, mês e ano. 
 
Nome e assinatura do advogado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão de ordem! 
 
 4 
CONTRARRAZÕES A RECURSO ORDINÁRIO 
PELA RECORRIDA, CONSTRUTORA VIVER BEM LTDA. 
 
 
Egrégio Tribunal 
Colenda Turma 
Senhores julgadores 
 
 
 I – TEMPESTIVIDADE 
 
 A recorrida foi intimada acerca da interposição do Recurso Ordinário do reclamante em 15 de 
junho de 2020, segunda-feira. 
Dessa forma, o prazo para apresentação das contrarrazões se iniciou em 16 de junho de 
2020, terça-feira, e finda em 25 de junho de 2020, haja vista a contagem em dias úteis, conforme 
preconiza o art. 775 da CLT. 
Assim, são tempestivas as contrarrazões. 
 
 
II – MÉRITO 
 
II. 1 – VALE-TRANSPORTE 
 
O reclamante requer o provimento do Recurso Ordinário para que a reclamada seja 
condenada ao pagamento de valores relativos ao seu deslocamento de casa para o trabalho, e vice 
versa. 
Invoca o art. 4º do Decreto nº 95.247/87, que regulamenta a Lei nº 7.418/85, o qual, segundo 
ele, somente exonera a concessão do vale-transporte para o “empregador que proporcionar, por 
meios próprios ou contratados, em veículos adequados ao transporte coletivo, o deslocamento, 
residência-trabalho e vice-versa, de seus trabalhadores” (BRASIL, 1987, [s.p.]). 
Aduz, ainda, que não há nos autos documentos que digam respeito à eventual renúncia ao 
recebimento do vale-transporte. 
Com a devida vênia, a decisão de primeiro grau não merece reparo, neste particular. 
A sentença foi certeira ao julgar improcedente o pedido sob fundamento de que o obreiro não 
utilizou de transporte público coletivo municipal ou intermunicipal, o que afasta o seu direito ao vale-
transporte e, consequentemente, à restituição dos valores gastos para fins de deslocamento. 
 
 5 
Pede-se vênia para transcrever o art. 1º da Lei 7.418/85, que estabelece que somente é 
devido o custeio do transporte, via vale, quando o transporte público é utilizado: 
 
Art. 1º Fica instituído o vale-transporte, (Vetado) que o empregador, pessoa física ou 
jurídica, antecipará ao empregado para utilização efetiva em despesas de 
deslocamento residência-trabalho e vice-versa, através do sistema de transporte 
coletivo público, urbano ou intermunicipal e/ou interestadual com características 
semelhantes aos urbanos, geridos diretamente ou mediante concessão ou permissão 
de linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade competente, excluídos os 
serviços seletivos e os especiais. (BRASIL, 1985, [s.p.], grifo nosso) 
 
A decisão de primeiro grau é justamente neste sentido, isto é, diante do incontroverso uso de 
outros meios de transporte, a situação do reclamante não se amolda à previsão legal. 
Invoca-se, mais uma vez, a jurisprudência do Colendo TST: 
 
(...) 6. VALE TRANSPORTE. INDEVIDO. UTILIZAÇÃO DE VEÍCULO PRÓPRIO. 
NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. PROVIMENTO. Cinge-se a 
controvérsia em saber se é devido o vale-transporte na hipótese em que o empregado 
utiliza veículo próprio para seu deslocamento até o trabalho. Conforme se extrai do 
artigo 1º da Lei nº 7.418/1985, a qual instituiu o Vale-Transporte, a finalidade do vale-
transporte é custear as efetivas despesas que o empregado realiza com transporte 
coletivo público para o deslocamento entre sua residência e o trabalho, e vice-versa. 
Se assim é, não há respaldo para o fornecimento do benefício ao trabalhador que 
não possui tais gastos. Tanto é que o empregador fica exonerado de tal obrigação se 
ele " proporcionar, por meios próprios ou contratados, em veículos adequados ao 
transporte coletivo, o deslocamento, residência-trabalho e vice-versa, de seus 
trabalhadores. " (artigo 4º do Decreto nº 95.247/87, que regulamenta a referida lei). 
E isso ocorre exatamente porque nessa hipótese o trabalhador não tem qualquer 
custo com a utilização de transporte. De sorte que, se o reclamante utilizar veículo 
próprio, tal como no caso dos autos, não preenche os requisitos para o recebimento 
do vale-transporte, nos termos do artigo 1º da Lei nº 7.418/1985, visto que não teve 
qualquer dispêndio com o sistema de transporte coletivo. Assim sendo, uma vez não 
demonstrado o preenchimento dos requisitos para o recebimento do vale-transporte, 
o reclamante não faz jus ao benefício. Recurso de revista de que se conhece e a que 
se dá provimento. (RR-200300-31.2001.5.02.0076, 5ª Turma, Relator Ministro 
Guilherme Augusto Caputo Bastos, DEJT 10/11/2017). 
 
Dessa forma, pugna-se pelo não provimento do Recurso Ordinário interposto pelo reclamante. 
 
 
II.2 – GRATUIDADE JUDICIÁRIA 
 
No tocante ao indeferimento da gratuidade judiciária, a r. sentença não merece qualquer 
reparo. 
É que auferia remuneração de R$ 3.000,00 (três mil reais) por mês, o que ultrapassa o limite 
estabelecido no § 3º do art. 790 da CLT. 
Dessa forma, requer o não provimento do Recurso Ordinário. 
 
 6 
II.3 – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
A condenação aos honorários advocatícios deve ser mantida, ante a previsão contida no art. 
791-A da CLT, que determina o seu pagamento mesmo quando o trabalhador for beneficiário da 
justiça gratuita, podendo ser descontado dos créditos a que eventualmente faça jus nesta demanda. 
Destaca-se, ainda, que o obreiro sequer faz jus a tal benefício, como consignado em 
sentença. Ainda que o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho lhe conceda este benefício, o que se 
admite somente em atenção ao princípio da eventualidade, eleterá que arcar com o pagamento dos 
honorários, nos termos do invocado art. 791-A da CLT. 
 
III – PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer seja negado provimento ao Recurso Ordinário, interposto pelo 
reclamante, nos termos da fundamentação supra. 
 
Termos em que pede juntada e deferimento. 
 
Local, 25 de junho de 2020. 
 
Nome e assinatura do advogado. 
 
 
 
 
 
1. O que acontece se não forem apresentadas contrarrazões? 
A parte perde a oportunidade de convencer o Tribunal acerca de sua tese, assim como 
não prequestiona a matéria junto ao TRT para fins de Recurso de Revista para o TST. 
 
2. O que é sustentação oral? 
É o tempo que o advogado tem para fazer manifestação oral durante o julgamento público 
do processo no TRT ou no TST. 
 
3. É possível o empregador substituir o vale-transporte por vale combustível? 
Resolução comentada 
 
 7 
Apesar de não haver previsão legal, é possível, mas recomenda-se a previsão em Acordo 
Coletivo de Trabalho. 
 
4. Por falar em benefício, o vale-alimentação tem natureza indenizatória? 
Ele terá natureza indenizatória se houver adesão ao PAT ou previsão neste sentido em 
instrumento de negociação coletiva. 
 
5. Qual é a relação entre a Súmula nº 51 do TST e a questão de benefícios concedidos aos 
trabalhadores? 
Ela prevê que pode haver modificação de regulamento interno da empresa, permitindo, 
por exemplo, a exclusão de benefícios para novos contratados. 
 
Referências 
 
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. 
Brasília, DF: Presidência da República, [2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 5 jan. 2021. 
 
BRASIL. Lei nº 7.418, 16 de dezembro de 1985. Institui o vale-transporte e dá outras providências. 
Brasília, DF: Presidência da República, [2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7418.htm. Acesso em: 5 jan. 2021. 
 
BRASIL. Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987. Regulamenta a Lei n° 7.418, de 16 de 
dezembro de 1985, que institui o Vale-Transporte, com a alteração da Lei n° 7.619, de 30 de 
setembro de 1987. Brasília, DF: Presidência da República, [2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d95247.htm. Acesso em: 5 jan. 2021. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7418.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d95247.htm

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