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Microbiologia - Microflora oral

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Microbiologia 
AQUISIÇÃO, ADERÊNCIA, DISTRIBUIÇÃO E 
METABOLISMO 
RESUMO 
Aquisição 
AQUISIÇÃO DA MICROFLORA HORAL RESIDENTE 
Começa durante o aleitamento materno. Quando o bebê 
nasce, não tem uma microflora formada, é preciso adquiri-
la, pelo contato com o seio da mãe ou pela fala das 
pessoas com a criança, devido a liberação de gotículas. 
QUEM TRANSMITE? 
Mãe ou cuidador. 
COMO? 
 Através do seio, beijos e fala (que libera saliva). 
 Água e leite contaminados. 
 No momento do parto, ocorre contaminação pelo 
canal vaginal, mas não forma a microflora residente. 
 
COMUNIDADE PIONEIRA E SUCESSÃO 
MICROBIANA 
Pouquíssimas espécies são capazes de colonizar a 
boca do recém-nascido. 
As espécies pioneiras continuam se multiplicando e 
crescem até que encontrem resistência do ambiente 
 
 
 
 Descamação das células epiteliais 
 Forças da mastigação 
 Fluxo salivar 
 Alterações do PH 
 Propriedades antimicrobianas da saliva 
 
MICRORGANISMOS DA MICROFLORA 
 
o S. salivarius 
o S. mitis 
o S. oralis 
 
A maioria das espécies pioneiras apresentam 
protease IgA. 
 
As mudanças de PH e geração de novos 
nutrientes como produtos final do microrganismo 
modifica a adesão e formação da microflora com: 
 
MICRORGANISMOS SUCESSORES! 
 
Comunidade clímax – bebê recém nascido 
evolui de acordo com alimentação, substancias 
ingeridas e outros contatos transformam o 
ambiente mais favorável para a comunidade 
pioneira. 
Adesão 
ERUPÇÃO DENTÁRIA 
 
 A diversidade bacteriana aumenta 
 Surgem espécies anaeróbias gram-
negativas. 
 S. mutans 
 
 
JANELA DE INFECTIVIDADE 
 
S. MUTANS – 19 a 31 meses de idade 
 
SUCESSÃO ALOGÊGICA 
Fatores de origem não microbiana são responsáveis por uma 
alteração no padrão de desenvolvimento da comunidade. Ex.: 
alimentação e erupção dentária. 
 
SUCESSÃO AUTOGÊNICA 
A comunidade em desenvolvimento é influenciada por fatores 
microbiológicos. Ex.: Microrganismos liberam glucano, 
enzimas e ácidos. 
 
ADOLESCENTES 
Aumento do número de espiroquetas e anaeróbios preto-
pigmentados, devido aos hormônios presentes no sulco 
gengival. 
 
IDOSOS 
A maioria são desdentados e usuários de medicamentos e 
próteses (dispositivos que causam danos na microflora). Além 
disso, sua imunidade geralmente é baixa. 
Exemplo de microrganismos comuns de encontrar: 
C. albicans, S. aureus e P. aeruginosa. 
 
 
 
Distribuição 
 
DISTRIBUIÇÃO DA MICROFLORA ORAL 
 Comumente em lábios 
 Estreptococos anaeróbios facultativos 
 S. vestibulares (fundo de saco e vestíbulo) 
 Queilite angular (cândida sp) 
 Palato 
 Streptococus e Actinomyces 
 Bochecha 
 Estreptococus (S. mitis) 
 Anaeróbios obrigatórios não são regularmente isolados. 
 Língua 
 Abriga a maior densidade bacteriana 
 Estreptococos predominantes: s. salivarius e s. mitis. 
 
COMO AUMENTA A DISTRIBUIÇÃO DA MICROFLORA 
ORAL? 
 
Aumento na carga de bactérias na língua, especialmente 
de anaeróbios gram-negativos. 
 
SALIVA 
Não se considera que a saliva tem microflora, pois nela 
não há residência e adesão de microrganismos. Ex.: S. 
mutans. 
 
FATORES QUE AFETAM A DISTRIBUIÇÃO 
 Potencial redox nos locais 
 Disponibilidade de nutrientes 
 Habilidade de aderência em certas superfícies 
(adesinas) 
 
PELÍCULA ADQUIRIDA 
o Adsorção de proteínas e glicoproteínas da saliva 
o Acelular 
 Protege o esmalte 
 Reserva flúor 
 10-20h – aderência de microrganismos 
 Formada por: amilase, lisozima, albumina, glucano. 
ADESINAS BACTERIANAS 
✓ Lectinas – proteção de ligação aos carboidratos 
✓ Fímbrias ou fibrilas 
 
 
FUNÇÕES DA COMUNIDADE CLÍMAX 
 Resistência à colonização 
 Competição por receptores de adesão 
 Competição por nutrientes endógenos 
 
Metabolismo 
 
AMIDO 
✓ Digestão através de enzimas: 
✓ Amilase salivar 
✓ Amilase bacteriana 
 
SACAROSE 
Bactéria se alimenta da glicose e frutose, quebrada 
pelo S. mutans. O glucano é liberado formando a 
parte insolúvel, por isso que a saliva não remove. 
 
FERMENTAÇÃO 
Microrganismos utilizam a glicose para gerar energia 
pelos ciclos de Krebs, mas liberam substratos que 
desenvolvem patogenicidade, como ácido lático.

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