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Pontifícia Universidade Católica de Goiás Nome: Mariana Moreira Lopes Curso: Medicina Veterinária Turma: A01 Resumo de Bioquímica Enzimas As enzimas são estruturas bastante conhecidas atualmente. Entretanto, um longo trajeto foi percorrido para que se chegasse a essa nomenclatura. Uma série de experimentos foram feitos para a observação dessas estruturas mas foi Frederick W. Kühne que deu nome a elas e posteriormente, James Sumner concluiu que toda enzima é uma proteína. Praticamente todas as enzimas são proteínas, exceto um pequeno grupo de RNAs catalíticas. São estruturas quaternárias A atividade catalítica de uma enzima depende da conformidade original íntegra, já que uma enzima desnaturada perde sua função, assim como toda e qualquer proteína. Algumas enzimas necessitam apenas de resíduos de aminoácidos, outros precisam de cofatores, que podem ser inorgânicos (íons Fe2+, Mg2+... ou molécula inorgânica) ou orgânicos (coenzimas). Esses cofatores possuem função de auxílio na catálise enzimática, são chamados de “Entidades Químicas” que auxiliam nesse processo realizado pela enzima. Outra característica deles é que eles não estão permanentemente ligados à enzima, mas que não ausência deles a enzima se torna inativa. As coenzimas agem como carreadores transitórios de grupos funcionais específicos e a maioria deles é derivada de vitaminas, nutrientes orgânicos cuja presença na dieta é necessária em pequenas quantidades. Uma coenzima ligada firmemente à uma enzima é denominada de grupo prostético e uma enzima completa, cataliticamente ativa junto com sua coenzima é chamada de holoenzima. A parte proteica de uma dessas enzimas é a apoenzima (parte rica em aminoácidos) e a outra parte é dada pelos cofatores. Resumindo, as holoenzimas são proteínas conjugadas (apoenzima + cofator) alguns exemplos delas são as DNA Polimerase e a RNA Polimerase. Por fim, algumas delas são modificadas por fosforilação, glicosilação e outros processos. Um sistema de classes foi criado para classificar as enzimas. Existem 6 classes, cada uma com subclasses, com base nas reações que catalisam: 1. Oxidorredutases: transferência de elétrons. Exemplos: Desidrogenases 2. Transferases: reações de transferência de grupo. Exemplos: Quinases 3. Hidrolases: reações de hidrólise (transferência de grupos funcionais p/ a água). Exemplos: Peptidases 4. Liases (Polimerases): clivagem de C – C, C – O, C – N, etc; rompimento de ligações, duplas, etc. Exemplos: Descarboxilases 5. Isomerases: transferência de grupos dentro de uma mesma molécula produzindo formas isoméricas. Exemplos: Epimerases 6. Ligases: formação de ligações por reações de condensação acopladas à hidrólise de ATP ou cofatores similares. Exemplos: Sintetases A catálise enzimática das reações é importantíssima para os organismos vivos, já que reações sem catálise enzimática tendem a ser lentas. Processos biológicos de digestão do alimento, envio de impulsos nervosos ou até mesmo a contração de músculos, seriam impedidos de acontecer se não houvesse a presença de enzimas. A reação ocorre em uma parte da enzima chamada sítio ativo e a molécula que vai se ligar nesse sítio, na qual a enzima vai agir é denominada de substrato. O contorno da superfície do sítio é delimitada por resíduos de aminoácidos com cadeias laterais que se ligam ao substrato e catalisam a reação. Frequentemente o sítio ativo engloba o substrato retirando-o do meio para que dessa maneira seja evitada a ligação com moléculas indesejadas. Dessa maneira, é possível pensar em um sistema chave-fechadura entre as enzimas e os substratos, pois só a molécula que possui o encaixe perfeito no sítio catalítico da enzima é capaz se ligar a ela para que a reação aconteça. O que estimula a ação enzimática é a quantidade de substrato, pois assim há o estimulo do metabolismo para a conversão do substrato em produto. A principal função de uma enzima é aumentar a velocidade de uma reação, mas isso não afeta o equilíbrio da reação. O que acontece é uma variação de energia durante a reação que pode ser expressa por um diagrama: Obs: o ponto de partida tanto da reação direta quanto da reação reversa é denominado de estado fundamental, a contribuição de uma molécula média (S ou P) que fornece energia livre para o sistema sob dadas condições. Quando enzimas atuam, diminuem a energia de ativação (gasto mínimo necessário para fazer modificações na reação, transformar o substrato em produto) desse processo aumentando assim a sua velocidade. Mas qual é a vantagem de se gastar menos energia? Significa que o organismo terá um débito energético que será usado em outros momentos. É importante também dizer que a enzima não é gasta nesse processo por que ao final da transformação a enzima está apta a se ligar à outro substrato, de acordo com a equação: E + S ⇌ ES ⇌ EP ⇌ E + P Quando uma reação tem várias etapas, a velocidade final é determinada pela etapa com a maior energia de ativação. Essa etapa é denominada etapa limitante. A etapa limitante é a energia de ligação (necessária para a que a enzima continue ligada ao substrato para que haja transformação do substrato em produto), porque se ela não for suficiente não haverá estado de transição (quando o substrato ainda não é produto). A etapa limitante ocorre na reação na parte ES e na E + P. A diferença entre os níveis energéticos do estado basal e do estado de transição é a energia de ativação. A energia de ativação é muito maior sem a presença de enzimas e é uma barreira para as reações químicas. Para que a reação ocorra ela precisa ultrapassar essa barreira e atingir um nível de energia mais alto. O topo da curva de energia corresponde ao estado de transição. A velocidade da reação diminui de acordo com o aumento dessa barreira. Contudo, sem a existência dessas barreiras as macromoléculas poderiam reverter espontaneamente esses processos durante uma reação, para formar moléculas mais simples o que ocasionaria o fim de moléculas complexas e específicas. Esse é um fator evolutivo adquirido para sobrevivência das espécies. Interações covalentes entre enzimas e substratos são diminuem a energia de ativação, acelerando a reação por fornecerem condições para que a reação ocorra em vias alternativas de baixa energia. Interações não covalentes entre enzimas e substratos contribuem para a estabilidade da proteína e das interações proteína-proteína. Outra característica das enzimas é sem dúvida a especificidade. Elas são capazes de distinguir facilmente substratos de estruturas semelhantes, para que assim elas se liguem apenas ao substrato necessário (é importante dizer que uma enzima se liga a mais de um substrato). Para inibir a catálise enzimática de uma enzima, é preciso que alguma substância ocupe o sítio dessa enzima, e para isso essa substância precisa ter a mesma confirmação espacial do substrato dessa enzima (tema: inibidores enzimáticos, será abordado ao longo do texto). O que realmente distingue as enzimas de outros catalisadores é a formação do complexo ES (enzima-substrato) específico (sistema chave-fechadura citado acima no texto). Esse tipo de enzima libera energia de ligação que é a principal fonte de energia livre utilizada para diminuir a energia de ativação das reações, que também fazem a redução da entropia (mobilidade de dois substratos prestes a reagir. Benefício óbvio proporcionado pela ligação deles à enzima). A mesma energia de ligação que fornece energia para a catálise também dá às enzimas sua especificidade. De maneira geral a especificidade deriva da formação de muitas interações fracas entre a enzima e o substrato. Em geral a enzima sofre uma mudança quando o substrato se liga a ela, induzindo múltiplas ligações fracas com o substrato. Isso é chamado de ajuste induzido que ocorre durante o estadode transição. Isso pode afetar apenas uma pequena parte da enzima nas proximidades do sítio ativo ou podem envolver mudanças no posicionamento de domínios inteiros da enzima. O ajuste induzido serve para levar grupos funcionais específicos da enzima para uma posição apropriada para catalisar a reação, mas também é importante para a interação de praticamente todas as enzimas com seus substratos. Ele é uma característica comum da interação reversível dos ligantes com proteínas. No sítio ativo das enzimas, onde moléculas de água talvez não estejam disponíveis como doadoras ou aceptoras de prótons, a catálise ácido-básica se torna crucial. Algumas cadeias laterais dos aminoácidos podem assumir o papel dos agentes doadores e aceptores de prótons. Esses grupos podem estar posicionados precisamente no sítio ativo da enzima de modo a possibilitar a transferência de prótons, proporcionando um aumento da velocidade. Esse tipo de catálise ocorre na maioria das enzimas. As enzimas estão sujeitas a sofrerem ação de inibidores enzimáticos que podem ser reversíveis ou irreversíveis e são classificados de duas formas: Reversíveis → 1) Inibidores competitivos: compete com o substrato pelo sítio ativo da enzima. Possuem estruturas similares ao do substrato e se combinam com a enzima formando o complexo EI, que não permite a catálise enzimática. 2) Inibidores incompetitivos: liga-se a um sítio distinto do sítio ativo do substrato, ligando-se ao complexo ES. 3) Inibidores mistos: pode ligar-se tanto a enzima quanto ao ES. Irreversíveis → ligam-se covalentemente com ou destroem um grupo funcional da enzima essencial à atividade enzimática. 1) Inativadores suicidas: passa pelas etapas da reação mas ao invés de formar produto, é convertido em um composto muito reativo que se combina irreversivelmente à enzima. Saindo da parte geral das enzimas, o assunto final deste texto é enzimas regulatórias. No metabolismo celular, grupos de enzimas trabalham conjuntamente em vias sequenciais para realizar um determinado processo metabólico. Nesses sistemas o produto da reação de uma enzima é o substrato da enzima seguinte. Enzimas regulatórias tem a atividade catalítica aumentada ou diminuída em resposta a certos sinais. Suas atividades são moduladas de várias maneiras. Enzimas alostéricas agem por meio de ligações reversíveis e não covalentes denominadas de moduladores alostéricos. Resumindo essas enzimas, elas mudam a forma delas para que algum composto possa se ligar a ela. Vale ressaltar que nem todas as enzimas são alostéricas (reguladoras). A enzima alostérica possui ,além do sítio ativo específico, um sítio de ligação de moléculas, denominado sítio alostérico. Nesse sítio pode se ligar os produtos da reação para realizar um “feedback” negativo da reação e regulá-la melhor, podendo se ligar também efetores (inibidores) que aumentam ou diminuem a afinidade da enzima e substrato. O substrato pode se ligar ao sítio alostérico, denominado fenômeno de cooperação, o que dá característica ao gráfico das enzimas alostéricas. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADtio_de_liga%C3%A7%C3%A3o Enzimas
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