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AULA Teoria e Prática da Ginástica Artística

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TEORIA E PRÁTICA DA 
GINÁSTICA ARTÍSTICA
PROFª. ALESSANDRA CURY 
DE CARVALHO
PLANO DE ENSINO
1. FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA
1.1. Evolução histórica da Ginástica Artística
1.2. Desenvolvimento da estrutura organizacional esportiva da Ginástica Artística: a Federação 
Internacional de Ginástica, as Uniões Continentais de Ginástica e as Federações nacionais de 
Ginástica
2. PROPOSTAS PARA O ENSINO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA DE 
BASE
2.1. Aspectos conceituais na orientação do ensino das tarefas próprias da 
Ginástica Artística.
2.1.1. Princípios elementares da concepção global de ensino.
2.1.2. Princípios elementares da concepção parcial de ensino.
2.1.3. princípios elementares da concepção genética de ensino.
2.2. Aspectos procedimentais para a elaboração de uma aula voltada para a 
iniciação da Ginástica Artística.
2.3. Dimensões Sociais da Ginástica Artística, considerando as Dimensões 
Sociais do esporte.
2.4. Adaptações biopsicossociais relacionadas à prática da Ginástica Artística.
2.5. Posturas básicas da Ginástica Artística.
2.6. Auxílio-segurança na prática da Ginástica Artística.
2.7. Material oficial e auxiliar da Ginástica Artística
2.7.1. Sugestões de adaptação e construção de materiais para a prática da 
Ginástica Artística.
2.8. Atividades lúdicas, jogos e brincadeiras, individuais e em grupos, voltados 
para atividades gimnoacrobáticas.
2.9. Análise, aplicação e vivência de tarefas para o ensino de exercícios 
fundamentais da Ginástica Artística, utilizando materiais básicos e/ou 
adaptações de aparelhos, abordando equilibrios, rolamentos, apoios, 
piruetas, reversões e saltos, basicamente desenvolvidos no Solo, no Salto e 
em materiais auxiliares, considerando a realidade local.
3. NOÇÕES BÁSICAS DOS REGULAMENTOS DA GINÁSTICA 
ARTÍSTICA.
3.1. Organização e estrutura básicas dos campeonatos de Ginástica Artística.
3.1.1. As provas da Ginástica Artística e a Ordem Olímpica.
3.1.2. As competições de um campeonato de Ginástica Artística.
3.1.3. Composição das equipes.
3.2. Noções básicas do julgamento e do cálculo das notas na Ginástica Artística.
4. PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E VIVÊNCIA DE EVENTOS DE 
POPULARIZAÇÃO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA.
4.1. Planejamento, organização e vivência de demonstração de Ginástica em 
grupos, considerando os princípios da Ginástica Para Todos.
4.2. Planejamento e organização de competições de popularização e incentivo à 
prática da Ginástica Artística ("Copas de Ginástica").
OBJETIVO DA DISCIPLINA
Particularmente, a Disciplina objetiva identificar e definir aspectos 
elementares da Ginástica Artística como ferramentas fundamentais da 
Educação Física de base, entendendo esta atividade como uma 
possibilidade de colaborar na formação integral dos indivíduos.
METODOLOGIA DE ENSINO
AULAS TEÓRICAS : com aulas expositivas, debates, seminários, trabalhos.
AULAS PRÁTICAS : com vivências exercícios específicos da ginástica 
artística, dos processos pedagógicos, das formas de auxílio e da segurança 
nos exercícios básicos, organização de festival. Realização de atividades
inseridas na comunidade.
CONCEITO DE GINÁSTICA
Domínio do corpo em situações inabitadas, em diferentes
alturas, velocidades, deslocamentos, posicionamentos e
empunhaduras, que proporcionam diversificadas experiências
e vivências motoras.
(Carrasco, 1982)
Atividade que proporciona inúmeras e variadas experiências
através da globalidade de movimentos e atividades, buscando
a precisão e a perfeição nas posições invertidas, rotações,
apoios e suspensões.
(Bourgeois, 1998)
POVOS X GINÁSTICA
Desde os tempos remotos, o Homem realiza atividades acrobáticas 
que evoluíram no decorrer dos tempos. 
História da ginástica --- História do homem. 
A ginástica é entendida por Ramos (1982) como a prática do exercício 
físico que vem da Pré-História, afirma-se na Antiguidade, estaciona na 
Idade Média, fundamenta-se na Idade Moderna e sistematiza-se nos 
primórdios da Idade Contemporânea.
POVOS X GINÁSTICA
Pré-História: atividade física relevante sobrevivência.
Antiguidade: exercícios físicos na forma de luta, natação, remo, jogos, 
rituais religiosos e preparação guerreira. Como modalidade esportiva, a 
ginástica teve os gregos como responsáveis pela primeiras escolas para
preparação de atletas. Apresentando aos romanos este esporte atingiu fins 
militares.
Idade Média: a ginástica perdeu sua importância os exercícios físicos 
com Função Militar / Caça / Torneios
Renascimento: os exercícios físicos: beneficiados pela redescoberta
dos valores gregos voltaram a despertar interesse maior.
POVOS X GINÁSTICA
Idade Moderna: Propostas de reformulação das escolas. Guts Muths
(atividades ao ar livre com elementos da natureza)
Idade Contemporânea: Início séc XVIII valorizar e incentivar a prática 
da Ginástica (Europa)
• Escola Alemã
• Ginástica Sueca
• Escola Inglesa
• Escola Francesa
HISTÓRICO DA GINÁSTICA 
ARTÍSTICA
* Início do século XVIII – Grande Impulso no sentido de valorizar e 
incentivar a prática da Ginástica ;
* Ludwig Friedrich Jahn ( 1778 – 1852 ) - Pai da Ginástica Artística , 
criou o termo Turnen para substituir a palavra Gymnastik . 
* Berlim - Hasenheide ( Campo dos Coelhos );
*1810 – 20 participantes ;
*1812 – 500 participantes ;
* Crachás de Couro para suprir custos com materiais;
*Vestimenta – Calça e casaco de linho cru ;
HISTÓRICO DA GINÁSTICA 
ARTÍSTICA
* Alimentação durante a prática da G.A. ;
* Distância da cidade e suas influências ;
* 1812 – Jornais ligavam a prática da G.A. com a formação militar ;
* Alemanha dominada por franceses ;
* Durante o inverno , ginastas líderes passavam por provas sobre o 
conteúdo da G.A.;
* 1813 – Participação na guerra contra a libertação do domínio Francês
e destruição do Campo por vândalos ;
* 1814 – Reconstrução e ampliação do Campo ;
* 1817 – 1400 a 1600 ginastas participantes ;
HISTÓRICO DA GINÁSTICA 
ARTÍSTICA
* 1817 – Discursos Nacionalistas , acusação de ser revolucionário e de 
conspiração – Preso ;
* 1819 – Prática proibida ;
* 1825 – Jahn reabilitado , mas proibido de fazer contato com o público
estudantil ;
* 1842 – Liberado e honrado com a Cruz de Ferro , alta distinção
Alemã ;
* Propagação da Ginástica na Alemanha e Suiça ;
HISTÓRICO DA GINÁSTICA 
ARTÍSTICA
* 1824 – Brasil através de imigrantes alemães , no Rio Grande do Sul e 
Santa Catarina ;
* 1858 – Turnverein Joenville – 1a Sociedade de Ginástica do Brasil.
FIG 
FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE 
GINÁSTICA
* 1832 – Primeira agremiação nacional de ginástica – Suiça , devido ao
bloqueio ginástico na Alemanha .
* 1921 – Nasce a FIG ;
* Localizada em Moutier – Suiça ;
CBG
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA
* G. A. oficializada em 1951 ;
* 1978 – Criação da CBG ;
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA 
G.A.
* FIG – Órgão máximo da Ginástica Mundial;
* Uniões Continentais da Ginástica (Europa, Ásia, África,
Américas) regem a ginástica em nível continental,
vinculadas a FIG;
* CBG – vinculada a FIG e à União Pan-Americana de
Ginástica;
* Federações Estaduais;
* Entidades interessadas a participar dos eventos oficiais.
FIG
Modalidades de Ginásticas
Olímpicas :
• Ginástica Artística ;
• Ginástica Rítmica ;
• Ginástica de Trampolim .
FIG
Modalidades de Ginásticas
Não - Olímpicas :
• Ginástica Aeróbica ;
• Ginástica Acrobática ;
• Ginástica Para Todos.
DIVISÃO DA G.A.
GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA
APARELHOS OFICIAIS
SOLO
Este aparelho é um estrado de 12 x 12 metros;
Material elástico que (amortece eventuais quedas e ajuda ao impulso
dos saltos).
Como modalidade, os exercícios tem duração de 50 a 70 segundos ;
Durante a prova: movimentos acrobáticos e ginásticos anteriormente 
pontuados (antes da prova o atleta define qual será o seu nível de 
dificuldade).
SOLO
PENALIDADES
* Deduções são feitas de 0,1 à 1,0
* Na chegada ao solo, o ginasta dá um passo à frente para se 
equilibrar;
* Sair da áreademarcada de 12 x 12m;
* Não executar algum elemento obrigatório ;
* Falta de altura na execução de um elemento;
* Queda.
DIVISÃO DA G.A.
GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA
APARELHOS OFICIAIS
SALTO SOBRE A MESA
A mesa é disposta a uma altura de 1,35m na prova dos homens.
A superfície do aparelho possui 120cm de comprimento e 95cm de
largura.
A aproximação à mesa faz-se em uma pista própria para a corrida 
com até 25m de comprimento.
Não há direito de refugar ( Desistir , mesmo que não toque no 
aparelho ) .
Não possui uma avaliação da dificuldade da rotina.
Ele possui um valor de salto já determinado .
As fases da disputa estão divididas em cinco:
- Execução: distância de corrida na esteira e alcança o trampolim.
- Pré-voo: É quando o ginasta sai do trampolim e atinge a mesa de salto.
-Contato com a mesa: É onde o ginasta procura maior altura para a precisa 
realização de seu salto. O ideal é que saia desta fase com angulação mais adequada ao 
movimento que pretende realizar. Em geral, pontos são descontados caso a 
angulação não seja a ideal.
- Pós-voo: Esta é a fase mais importante do evento. É aqui que o ginasta realiza 
o movimento que anunciou. Esta é a fase que conta mais pontos. Todo o seu 
posicionamento é avaliado nesta etapa.
- Aterrissagem: É a fase onde o ginasta faz contato com o solo (colchões que 
amortecem eventuais quedas e as próprias chegadas). O ideal desta etapa é que o 
ginasta crave seu movimento, isto é, concluí-lo sem rotação ou desequilíbrio.
SALTO SOBRE A 
MESA
DIVISÃO DA G.A.
GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA
APARELHOS OFICIAIS
CAVALO COM ALÇAS
A descrição mais antiga da ginástica a respeito de um cavalo artificial data 
de mais de 600 anos:
Soldados usavam um cavalo de madeira para a prática da montaria;
Mais adiante, no século XVII, fora desenvolvida a arte da acrobacia 
eqüestre em cima desta prática;
O cavalo está a 1,15m do chão. Seu comprimento é de 1,60m e a largura é 
de 35cm. As alças possuem 12cm de altura e estão ajustavelmente distanciadas
entre 40-45cm.
Uma série típica no cavalo com alça envolve tesouras , russas , 
volteios e movimentos circulares;
Os descontos decorrem, assim como nos demais aparelhos, na faixa de 
0,1 à 1,0. O ginasta será penalizado:
* Pela falta de postura das pernas (sempre retas);
* Por se desgarrar do aparelho;
* Por subir à parada de mãos na força (invés do impulso);
* Caso não realize os movimentos obrigatórios citados acima;
CAVALO COM ALÇAS
DIVISÃO DA G.A.
GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA
APARELHOS OFICIAIS
ARGOLAS
O aparelho é constituído por uma estrutura onde prendem-se duas 
argolas a 2,75 metros do solo. A distância entre elas é de 50cm e o seu 
diâmetro interno é de 18cm.
Consiste:
-Uma série de exercícios de força, equilíbrio e balanço durante as 
acrobacias. 
O júri valoriza o controle do aparelho e a dificuldade dos elementos:
-Movimentos de baixo para cima;
-Movimentos estáticos;
- Acrobacias (altas e completas);
-Saltos no desmonte;
O ginasta será descontado caso:
- Desligue-se do aparelho;
- Balance a fita que prende as argolas à haste de sustentação;
- Use força invés de impulso nas acrobacias;
- Não defina um movimento estático (ou seja, não mantenha o tempo 
mínimo de dois segundos);
- Não mantenha a postura angular dos ombros durante sua apresentação.
ARGOLAS
DIVISÃO DA G.A.
GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA
APARELHOS OFICIAIS
BARRA FIXA
Feita de aço polido;
A barra está localizada a 2,50 m do solo, tem 2,40 m de comprimento e 
possui 2,8cm de diâmetro.
A competição: varia de quinze a trinta segundos e inclui giros nas 
duas direções (para frente e para trás).
O ginasta não pode parar de mover-se e necessita de uma velocidade 
maior nos giros antes de cada acrobacia – para ganhar altura e velocidade
rotacional.
O atleta necessita cumprir com as seguintes características:
- Largadas e retomadas;
- Giros;
- Variação de pegadas;
-Limite de elementos extras.
Para não ser descontado:
-Não deve soltar-se do aparelho - sem que esteja a realizar um 
movimento acrobático;
- Dobrar os joelhos e cotovelos – quando o movimento não pedir;
- Hesitar durante um giro;
- Não cumprir com as exigências mínimas acrobáticas;
- Abrir as pernas – quando não solicitar o movimento.
BARRA FIXA
DIVISÃO DA G.A.
GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA
APARELHOS OFICIAIS
BARRAS PARALELAS SIMÉTRICAS
Fabricadas com fibras sintéticas: de vidro e recobertas com madeira –
e possui maleabilidade para dar maior segurança aos movimentos dos 
ginastas.
O aparelho possui as medidas de 1,95 x 3,5m, além da estarem 
distanciadas entre 42 e 52cm.
Para uma série ser bem sucedida, o ginasta necessita:
-Percorrer toda a extensão dos barrotes,com largadas,retomadas, com 
movimentos de equilíbrio.
- Executar movimentos em ambas as barras;
- Executar ao menos uma largada;
- O movimento acrobático – que envolve mortais e piruetas – não 
desconta ponto ao ginasta que não o executa, mas deixa sua rotina com uma 
nota de partida mais baixa;
- Manter a postura angular correta: 180º vertical e 90º nas paradas e 
movimentos de equilíbrio, além da correta execução das largadas;
-Finalizar sua apresentação com um salto de saída de dificuldade D.
Despontuações:
- não deve arrumar suas mãos nas barras;
- desprender-se do aparelho, perder a postura;
- não cumprir com as exigências acrobáticas e plásticas;
- tocar as pernas nas barras em qualquer situação;
- não finalizar um movimento – qualquer passagem ou acrobacia;
BARRAS PARALELAS SIMÉTRICAS
DIVISÃO DA G.A.
GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA
APARELHOS OFICIAIS
SOLO
Este aparelho é um estrado de 12 x 12 metros;
Material elástico que (amortece eventuais quedas e ajuda ao impulso
dos saltos).
Como modalidade, os exercícios tem duração de 70 a 90 segundos, 
acompanhados por música ;
Durante a prova: movimentos acrobáticos e ginásticos anteriormente 
pontuados (antes da prova o atleta define qual será o seu nível de 
dificuldade).
Expressão artística, um giro de pelo menos 540 graus, um duplo salto 
e séries acrobáticas realizadas para a frente e para trás.
DIVISÃO DA G.A.
GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA
APARELHOS OFICIAIS
SALTO SOBRE A MESA
A mesa é disposta a uma altura de 1,25m na prova das mulheres.
A superfície do aparelho possui 120cm de comprimento e 95cm de
largura.
A aproximação à mesa faz-se em uma pista própria para a corrida 
com 25m de comprimento.
Há direito de uma repetição da corrida , se a atleta desistir do salto e 
não tocar no aparelho .
DIVISÃO DA G.A.
GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA
APARELHOS OFICIAIS
TRAVE DE EQUILÍBRIO
Revestida com material aderente, situada a 1,25 m do chão, com cinco 
metros de comprimento e dez centímetros de largura.
Hoje, o material usado é uma espécie de cobertura maleável, 
semelhante a usada na mesa de saltos.
A ginasta tem noventa segundos para realizar sua série.
Pontuação:
- As acrobacias tem que ser executadas em três direções diferentes ;
-Elementos acrobáticos e ginásticos de diferentes grupos.
- Um giro de pelo menos 360°;
- Variações no ritmo entre movimentos rápidos e lentos, para frente, lado e 
para trás;
- Mudança do trabalho próximo e afastado da trave;
- Usar movimentos de vôo e movimentos mixados (onde a ginasta mistura suas 
acrobacias com seus movimentos coreográficos) aumentam sua pontuação.
São feitas deduções caso:
- A coreografia não incluir os elementos obrigatórios;
- A atleta demonstrar pouco domínio do aparelho;
- A atleta se desequilibrar;
- A atleta cometer falhas de execução;
- A atleta cair da trave (penalização automática de 1,0 ponto e desqualificação 
se demorar mais de dez segundos a regressar ao aparelho);
- O sinal tocar pela segunda vez significa que a ginasta ultrapassou os 90 
segundos.
TRAVE DE EQUILÍBRIO
DIVISÃO DA G.A.
GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA
APARELHOS OFICIAIS
BARRAS PARALELAS ASSIMÉTRICAS
Fabricadas com fibras sintéticas - de vidro e recobertas com madeira.A mais alta: 2,36m de altura e a menor: 1,57m.
Seu peso se mantém sempre o mesmo, 98kg assim como sua largura, 
de 2,40m.
Uso estritamente feminino;
A prova é composta por uma série de movimentos obrigatórios, 
bem como os demais aparelhos;
A posição das duas barras em diferentes alturas possibilita à 
ginasta uma gama variada de movimentos, mudanças de 
empunhaduras e alternância entre as barras;
As rotinas neste aparelho realizadas devem conter movimentos de 
impulso, vôo, troca de barras, largadas e retomadas;
Despontuação: desconto de 0,1 à 1,0, como:
-Tocar as barras e no caso de uma corrida preparatória mal sucedida, 
interrompê-la;
-Passar por baixo da barra sem que o movimento faça parte da
-Rotina em um giro ou rotação;
-Uma queda durante a saída ou a execução da série;
-Efetuar balanços intermediários enquanto estiver apresentando as 
séries;
-Pausas durante os exercícios;
-Usar força para completarmovimentos de impulso;
-Falta de alinhamento do corpo.
BARRAS PARALELAS ASSIMÉTRICAS
POSTURAS BÁSICAS DA G.A.
Posturas Básicas - Denominação dada às posições que o corpo assume na
realização dos exercícios.
São cinco essas posturas básicas:
ESTENDIDA – é a postura na qual os segmentos corporais encontram-se 
alinhados; 
GRUPADA - é a postura na qual acontece a flexão do quadril simultaneamente
à flexão dos joelhos, com a aproximação destes ao tronco ou do tronco àqueles;
CARPADA - é a postura na qual acontece a flexão do quadril com a 
aproximação simultânea das pernas estendidas ao tronco ou do tronco às pernas;
AFASTADA - é a postura na qual acontece o afastamento das pernas, de forma 
lateral ou longitudinal, com os joelhos estendidos, podendo haver ou não a flexão do 
quadril;
SELADA – é a postura na qual acontece a hiperextensão da coluna. 
Habitualmente esta não é uma postura estática desejada na Ginástica Artística.
PLANOS E EIXOS
Os movimentos humanos acontecem de forma tridimensional, num 
sistema de planos e eixos fundamentais. 
São três os Planos Fundamentais:
FRONTAL - divide o corpo em anterior e posterior;
SAGITAL - divide o corpo em direita e esquerda;
TRANSVERSO OU HORIZONTAL - divide o corpo em superior e 
inferior. 
São três os Eixos Fundamentais:
ANTEROPOSTERIOR- Atravessa o corpo da frente para trás, 
perpendicular ao Plano Frontal; 
LATEROLATERAL – Atravessa o corpo da esquerda para a direita, 
perpendicular ao Plano Sagital; 
LONGITUDINAL - Atravessa o corpo de cima para baixo, 
perpendicular ao Plano Transverso. 
AUXÍLIO SEGURANÇA NA G.A.
Chamamos de auxílio-segurança a colaboração que uma pessoa ou a utilização
de materiais, oferecem ao executante na realização dos exercícios.
Segundo Santos (no prelo), são quatro os tipos de auxílio-segurança:
PESSOAL - é o auxílio direto oferecido ao executante por uma outra pessoa;
MATERIAL- é o auxílio oferecido pela escolha adequada do material a ser 
utilizado na realização das tarefas, bem como a forma como este material é disposto e 
como se dá a utilização do mesmo;
METODOLÓGICO – é o auxílio que refere à metodologia aplicada no ensino
das tarefas; 
PSICOLÓGICO – é o auxílio que proporciona bem-estar psicológico na
realização das tarefas propostas. Ele nunca acontece isoladamente, é gerado por
procedimentos desenvolvidos nas aulas e engloba os outros três tipos de auxílio-
segurança.
CONCEPÇÕES DE ENSINO NA G.A.
* Parcial ou analítica - esta concepção consiste no ensino do exercício
em partes até a realização integral do mesmo. As partes são trabalhadas
separadamente, como elementos fundamentais, partindo das tarefas menos
complexas para as mais complexas, até a realização de todo o exercício. Ou
seja, parte do ensino do particular para o todo. A esta escalada de ensino
chamamos de Progressão Pedagógica e, a cada parte trabalhada, chamamos
de Processo Pedagógico ou Processo de Ensino;
*Global – esta concepção consiste em analisar e executar o exercício
completo, considerando a vivência do aluno, corrigindo as falhas de 
execução conforme elas vão surgindo. Ou seja, parte do ensino do todo para
o particular;
CONCEPÇÕES DE ENSINO NA G.A.
*Genética – esta concepção, segundo Leguet (1987), consiste no 
enriquecimento e aperfeiçoamento da motricidade geral do indivíduo, 
possibilitando-lhe interpretar e realizar uma variedade de tarefas, em diversas
situações, de forma que lhe seja permitido transformá-las, chegando à realização
de novas tarefas, fundamentado nas vivências anteriores.
Certamente todas as concepções são importantes e devem ser trabalhadas
simultaneamente, ou seja, é fundamental que o aluno tenha noção global da
tarefa a ser realizada, pois, assim, sua interpretação da proposta a ser executada
será melhor compreendida. A partir dessa visão global, é aconselhável a 
utilização de Progressão Pedagógica para o ensino da mesma, fato que facilitará
o aprendizado do tema proposto, sempre considerando a experiência motora e o 
grau de habilidade motora do aluno envolvido no processo.
Além das qualidades físicas envolvidas na execução da tarefa, é 
importante ressaltar a importância da sociabilização dos alunos, além dos 
conceitos inerentes ao bem-viver em sociedade.
Entende-se por qualidades físicas, ou valências físicas, como sendo as 
qualidades biológicas que fundamentam os movimentos nos animais, 
desenvolvidas e aperfeiçoadas com o treinamento físico. Essas qualidades, 
segundo Tubino (1979), são: Força, Resistência, Flexibilidade, Velocidade, 
Equilíbrio, Coordenação, Descontração, Agilidade e Ritmo.
Entende-se por sociabilização a possibilidade de bem conviver em
sociedade, da aceitação das diferenças entre as pessoas e da aceitação de si
próprio face às suas limitações comparadas às dos outros indivíduos.
Entende-se por bem-viver em sociedade, além da sociabilização, a 
compreensão do seu papel no contexto social, a preservação do meio
ambiente, o comportamento ético e moral, a busca por uma boa qualidade
de vida, dentre outras possibilidades.
.
Maya (1984) entende que:
O conceito de qualidade de vida compreende uma série de variáveis, 
tais como: a satisfação adequada das necessidades biológicas e a 
conservação de seu equilíbrio (saúde), a manutenção de um ambiente
propício à segurança pessoal, a possibilidade de desenvolvimento cultural 
e, em último lugar, o ambiente social que propicia a comunicação entre os
seres humanos, como base da estabilidade psicológica e da criatividade.
A qualidade de vida do ser humano, no sentido amplo da expressão, 
somente é compreendida se for captada nas suas múltiplas dimensões, 
como a vida no trabalho, a vida familiar, a vida na sociedade, a 
espiritualidade, enfim, em toda a vida, considerando fatores como a saúde, 
a educação, o bem-estar físico, psicológico, emocional, mental e espiritual.
Esses conceitos, por sua amplitude e importância, devem sempre ser 
observados quando do oferecimento de uma atividade física.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Saúde
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educação
ANÁLISE TÉCNICO-PEDAGÓGICA DOS 
EXERCÍCIOS AVIÃO E ROLAMENTO PARA 
FRENTE
O Avião é um exercício em que o executante se encontra em equilíbrio estático sobre um 
dos pés, com o tronco projetado à frente da perna de apoio e a outra perna estendida
para trás, no mínimo, paralela ao solo. Assim, o equilíbrio estático é a qualidade física
fundamental a ser trabalhada, na perspectiva de aprimoramento do equilíbrio geral
do indivíduo, também sendo desenvolvida a força geral, favorecendo uma melhor
postura corporal aos praticantes. 
O Rolamento para Frente é uma das mais simples tarefas acrobáticas, portanto deve ser 
uma das primeiras a serem ensinadas na Ginástica Artística. Essa simplicidade vem
da expressão de um dos gestos naturais do homem, apresentado como a primeira
expressão de deslocamento do ser humano – rolar lateralmente no berço, ainda bebê.
Na realização do Rolamento Para frente, segundo Santos (no prelo), o executante deve
partir da posiçãode pé, com as pernas unidas, desequilibrar suavemente o corpo
para frente, flexionar ligeiramente os joelhos, fazendo um pequeno impulso para
frente estendendo as pernas. A partir deste pequeno desequilíbrio, apoiar as mãos no 
solo, ligeiramente distantes dos pés e, impulsionando um pouco mais, rolar sobre as 
costas, com os joelhos estendidos, grupando antes de ficar de pé .
ESTUDO, APLICAÇÃO E VIVÊNCIA DA 
PROGRESSÃO PEDAGÓGICA 
É importante observar que o primeiro aspecto a ser considerado na execução
do Rolamento para Frente é a postura grupado, com o queixo junto ao
peito. A transferência do peso do corpo para as mãos, para o imediato início
do rolar propriamente dito é a segunda preocupação que se deve ter. 
Somente após dominar as fases citadas é que haverá a preocupação em
realizar a tarefa completa, ou seja, rolar a partir do impulso inicial. 
Além dos auxílios-segurança material e metodológico, é fundamental o auxílio-
segurança pessoal, assim, deve ser estudado, aplicado e vivenciado este tipo
de auxílio na Progressão Pedagógica proposta, enfatizando inicialmente o 
auxílio para a manutenção do queixo junto ao peito e para a transferência
do quadril para além do apoio das mãos. Quando da realização da tarefa a 
partir do impulso, esse auxílio- segurança deve iniciar pelo apoio no 
quadril e nas coxas.
Entende-se por gestos naturais os movimentos naturais do ser humano, 
inerentes a todos os indivíduos, que serão ou não aprimorados no decorrer
da vida. São esses os gestos naturais relacionados à Educação Física: rolar, 
engatinhar, andar, correr, saltar, lançar, trepar e nadar. 
DIMENSÕES SOCIAIS DA G. A.
Segundo Tubino (2001, in Santos, no prelo):O esporte, a partir do 
pressuposto do direito de todos à prática esportiva, passou a ser 
compreendido através de três manifestações esportivas, que na verdade são
as formas de exercício deste direito, e constituem-se nas efetivas dimensões
do esporte: a) o esporte-educação; b) o esporte participação ou esporte
popular; c) esporte-performance ou de rendimento. 
Apesar de haver relação entre elas, deve ser ressaltado que cada uma
tem objetivos e propostas próprias.
Fundamentado na apresentação de Tubino, para as Dimensões Sociais
do esporte, é possível interpretar a Ginástica Artística segundo os conceitos
desse autor. 
Assim, Santos (no prelo), entende que a Ginástica Artística-educação
tem as suas atividades voltadas principalmente para a formação básica do 
indivíduo, com ênfase nas questões propostas por uma Educação holística, 
baseada no desenvolvimento de valores morais, da disciplina, da
solidariedade, do respeito, da tolerância, da liberdade, dos princípios éticos, 
da fraternidade, da preocupação com o meio ambiente, em busca da
autonomia e da integração social, numa perspectiva de desenvolvimento de 
Cultura de Paz. Neste contexto, a Ginástica Artística deve ser oferecida a 
todos os alunos em idade escolar, tanto no Ensino Fundamental quanto no 
Ensino Médio, sendo desenvolvida principalmente na Educação Física
curricular e, com este mesmo viés, em centros de iniciação esportiva, em
projetos comunitários, em clubes, dentre outras possibilidades, com as 
aulas devendo acontecer numa frequência mínima de três sessões semanais.
Santos (no prelo) afirma que a Ginástica Artística-participação é a prática da
modalidade como Educação Física permanente, sem limitações quanto à habilidade
ou à faixa etária, realizada como lazer, que pode ser sintetizada em vivências
realizadas pelo prazer da prática, sem a preocupação de buscar a execução de tarefas
complexas, as quais muitas das vezes desenvolvidas em grupos, através de 
atividades livres, oportunizando uma prática com preceitos de manutenção da saúde, 
sendo ainda um significativo meio de participação social e uma atividade
intimamente relacionada à Ginástica Para Todos. 
Na terceira dimensão, ainda segundo Santos (no prelo), a Ginástica Artística-
rendimento, tem como principal objetivo o resultado, a competição de alto nível, dela
só participam os praticantes previamente selecionados, considerando aspectos
biotipológicos, psicológicos e as qualidades físicas inatas, sendo, portanto, uma
atividade elitizada, podendo ser definido como elite um grupo seleto de indivíduos
que apresentam o perfil para o desempenho de esporte de alto nível.
Entende-se por Ginástica Para Todos (GPT), segundo Santos 
(2009), como sendo uma modalidade que é um campo bastante
abrangente da Ginástica, valendo-se de vários tipos de manifestações, 
tais como danças, expressões folclóricas e jogos, expressos através de 
atividades livres e criativas, sempre fundamentadas em atividades
ginásticas. Objetiva promover o lazer saudável, proporcionando bem-
estar físico, psíquico e social aos praticantes, favorecendo a performance 
coletiva, respeitando as individualidades, em busca da autossuperação
pessoal, sem qualquer tipo de limitação para a sua prática, seja quanto
às possibilidades de execução, gênero, idade, utilização de elementos
materiais, musicais e coreográficos, havendo a preocupação de 
apresentar, neste contexto, aspectos da cultura nacional, sempre sem
fins competitivos.
PROVAS DA G.A. E ORDEM OLÍMPICA
A Ginástica Artística, para as competições oficiais, é dividida em dois naipes: 
masculino e feminino. Alguns aspectos são comuns a ambos os naipes. Entretanto, 
cada naipe tem características próprias, seja na forma de execução dos exercícios, seja
na avaliação dos mesmos ou nas provas específicas.
Em cada prova os ginastas devem realizar uma série, exceto no Salto sobre a 
Mesa, em que eles executam um único exercício (um salto). As séries e os saltos são
escolhidos livremente, devendo os ginastas realizarem os exercícios conforme o 
prescrito nos Códigos de Pontuação (GAM e GAF).
Tanto na Ginástica Artística Masculina (GAM), quanto na Ginástica Artística
Feminina (GAF), nas competições oficiais da modalidade, segundo Santos & 
Albuquerque (1986), as provas são realizadas numa determinada sequência, 
denominada Ordem Olímpica. 
As provas da Ginástica Artística, apresentadas na Ordem Olímpica, são as 
seguintes:
GAM - Solo, Cavalo com alças, Argolas, Saltos sobre a Mesa, Paralelas e Barra.
GAF - Salto sobre a Mesa, Assimétricas, Trave e Solo.
Segundo Santos (no prelo) a Ordem Olímpica objetiva principalmente o 
planejamento tático dos técnicos e ginastas, a preparação dos ginastas para a prova
(física, mental e material), a alternância do trabalho muscular e a manutenção do 
espetáculo.
ANÁLISE TÉCNICO-PEDAGÓGICA DOS 
EXERCÍCIOS :PARADA EM DOIS APOIOS E 
VELA
Segundo Santos (no prelo), na Vela o executante se encontra em
decúbito dorsal, eleva as pernas e o quadril, mantendo o corpo ereto, numa
posição de equilíbrio invertido, apoiado na nuca e nos ombros, com as 
mãos auxiliando no quadril ou com os braços apoiados no solo. Assim, o 
equilíbrio estático invertido é a qualidade física fundamental a ser 
trabalhada, na perspectiva de aprimoramento do equilíbrio geral do 
indivíduo, também sendo desenvolvida a força geral, favorecendo uma
melhor postura corporal aos praticantes. 
Segundo Santos (no prelo), a Parada de Mãos é um exercício de 
equilíbrio estático sobre as mãos, com os cotovelos estendidos, braços
paralelos entre si. Observando a Parada de Mãos lateralmente, a linha que
se projeta da ponta dos pés do executante, passando pelos tornozelos, 
joelhos, quadril, ombros e mãos, deverá formar uma reta perpendicular ao
solo. 
É importante observar que o primeiro aspecto a ser considerado na
execução da Parada de Mãos é o domínio da extensão dos cotovelos e o 
domínio muscular no alinhamento dos segmentos corporais. 
Além das qualidades físicas envolvidas na execução da tarefa, é 
importante ressaltar a importância da sociabilização dos alunos, além dos 
conceitos inerentes ao bem-viver em sociedade. 
PSICOMOTRICIDADE
Segundo Barreto (2000), in Molnari & Sens (2003), psicomotricidade é 
a integração do indivíduoutilizando, para isso, o movimento e levando em
consideração os aspectos relacionais ou afetivos, cognitivos e motrizes. É a 
educação pelo movimento consciente, visando melhorar eficiência e 
diminuir gasto energético. 
Segundo Giancaterino (2009), a educação psicomotora deve ser 
considerada como uma educação de base. Ela condiciona o processo básico
de aprendizagem das ações motoras, leva a criança a tomar consciência de 
seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar seu tempo e a 
adquirir habitualmente a coordenação de seus gestos e movimentos. 
Portanto, psicomotricidade é um termo empregado para uma concepção de 
movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas
pelo sujeito, cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e 
sua socialização.
A psicomotricidade toma como fundamental a percepção do esquema
corporal, que diz respeito à consciência do próprio corpo, incorporando
suas partes posturais e de atitudes tanto em repouso como em movimento. 
ADAPTAÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS DA 
G. A. 
Santos (no prelo) afirma que os educadores estão cientes de que a 
prática é que torna viável todo o projeto educativo-formativo em nossas
vidas, certamente na Educação Física esta deve ser a base das ações do 
Professor. Também sabemos que qualquer ação motora humana envolve
uma gama variada de componentes sociais, biológicos, psicológicos e 
educacionais, aspectos que nos permitem situar a Educação Física como
elemento primordial na formação humana. 
A Ginástica Artística, devido à sua multiplicidade de gestos motores, 
contribui para a educação e a formação integral dos indivíduos, 
abrangendo, de forma inequívoca e ampla, as questões biopsicossociais. 
ASPECTOS BIOLÓGICOS
* Estímulo ao crescimento - como qualquer outra atividade física
realizada dentro de limites fisiológicos aceitáveis, a prática da Ginástica
Artística estimula o desenvolvimento do crescimento estatural;
* Aprimoramento das qualidades físicas - devido às suas
características, a prática regular da Ginástica Artística, em qualquer idade, 
melhora as condições das qualidades físicas, desde que seja respeitado o 
Princípio da Individualidade Biológica;
* Adaptações dos órgãos internos - a constante variação nas posições
corporais, característica marcante da Ginástica Artística, promove
adaptações no sistema vestibular, estimulando o seu completo
funcionamento, evitando o aparecimento de tonturas quando o indivíduo
se coloca em postura invertida ou quando executa rolamentos seguidos;
* Estabilização dos órgãos e vísceras - a mesma variação constante
das posições corporais quando da realização das tarefas da Ginástica
Artística, favorece a estabilização dos órgãos internos (coração, pulmões, 
estômago, intestinos, fígado, baço, outros);
* Motilidade vascular - os movimentos de giros fazem com que o 
sangue se desloque para as extremidades do corpo e levem os vasos
sanguíneos, principalmente os das extremidades corporais, a adquirirem
um movimento de contração e relaxamento, conforme o volume de sangue
em seu interior;
* Capacidade de orientação - o domínio do corpo, nas diversas
situações apresentadas pelas tarefas da Ginástica Artística, leva os
praticantes a adquirirem uma grande capacidade de se orientar no espaço, 
ou seja, tenham uma grande percepção espacial.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS
* Perseverança - é a capacidade que os praticantes desenvolvem para
não desistir, para continuarem firmes, para prosseguir nas suas tentativas
de realizações;
* Volitividade - é a força de vontade;
* Coragem - é a capacidade de enfrentar os receios, de superar o 
medo;
* Autossuperação - é a capacidade de superar a si próprio;
* Autoconfiança - é a capacidade de confiar em si mesmo;
* Controle emocional - é o domínio mental sobre as situações que se 
apresentam desafiadoras. É o domínio das emoções;
* Afetividade - é um conjunto de emoções e de sentimentos que
facilitam a compreensão do outro, as dificuldades que o outro pode vir a 
enfrentar ou está enfrentando.
ASPECTOS SOCIAIS
* Cooperação - é a capacidade que o indivíduo adquire para colaborar, ajudar, 
auxiliar o outro;
* Disciplina - é a capacidade de observar e seguir normas de conduta para o 
bem próprio ou para o bem comum;
* Solidariedade - é o compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas pelas
outras e cada uma delas por todas;
* Conceitos éticos e morais - são conceitos filosóficos fundamentais à 
convivência social. Segundo Motta (1984), in Silvano (2009), Ética é um conjunto de 
valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na
sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-estar social, ou seja, Ética é a 
forma como o homem deve se comportar no seu meio social. Segundo Silvano (2009), 
Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em
sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo
cotidiano.
* Alguns valores éticos fundamentais: honestidade, verdade, integridade e 
justiça;
* Criatividade - é a capacidade de criar, de arranjar soluções inovadoras para
situações já existentes; 
* Companheirismo - é a capacidade de conviver bem entre amigos;
* Valorização da prática de atividades físicas - é a compreensão do valor da
prática regular de atividades físicas como elemento fundamental para a qualidade de 
vida.
ANÁLISE TÉCNICO-PEDAGÓGICA DOS 
EXERCÍCIOS : ROLAMENTO PARA 
TRÁS E ESQUADRO
Segundo Santos (no prelo), existem vários tipos de Esquadro, sendo o 
Esquadro sentado no solo o mais simples deles; o executante se posiciona sentado no 
chão, com o tronco ereto, com as mãos apoiadas atrás do corpo, mantendo os
cotovelos estendidos, elevando as pernas, com os joelhos estendidos à frente do 
corpo, até a altura aproximada dos ombros. O equilíbrio nesta posição exige uma
grande solicitação da musculatura abdominal, a manutenção da postura corporal e a 
contração da musculatura geral, ações que favorecem o aprimoramento da postura
corporal dos praticantes. 
Na realização do Rolamento para trás, Segundo Santos (no prelo), o executante
deve partir da posição de pé, de costas para o colchão, deve flexionar o quadril, 
levando o tronco sobre as coxas, com os joelhos estendidos, desequilibrar para trás, 
levando as mãos ao solo, posicionadas ao lado das pernas. Em seguida, rolar sobre as 
costas e, logo ao tocar as mãos no solo, com velocidade transferir estas para o lado da
cabeça, apoiando as palmas das mãos no solo, sobre os ombros, com os polegares
voltados para as orelhas. Em continuidade ao ato de rolar, o executante empurra
suavemente o solo com as mãos, grupando ou afastando as pernas, elevando
ligeiramente o corpo até a finalização de pé.
Além das qualidades físicas envolvidas na execução da tarefa, é importante
ressaltar a importância da sociabilização dos alunos, além dos conceitos inerentes ao
bem-viver em sociedade. 
ESTUDO , APLICAÇÃO E VIVÊNCIA DE UMA 
PROGRESSÃO PEDAGÓGICA DO ROLAMENTO 
PARA TRÁS
O Rolamento para trás é um movimento antinatural, é uma tarefa
simples, porém com características que muitas das vezes levam dificuldade
à aprendizagem da mesma. Primeiramente é fundamental preparar os
alunos para o posicionamento correto da cabeça, posicionando o queixo
junto ao peito. Tão importante quanto o posicionamento da cabeça é a 
colocação das mãos sobre os ombros, apoiando no solo. Esses dois
primeiros cuidados são fundamentais para o sucesso na realização da
tarefa, pois a sobrecarga sobre a cervical, durante o rolamento, deve ser 
evitada a qualquer custo. Somente após ser percebido o domínio das ações
propostas até o momento é que se aconselha a realização do rolar, 
utilizando meios materiais que facilitem a movimentação característica
desse rolamento, tais como planos inclinados. Conforme se observa o 
domínio do posicionamento adequado dos segmentos corporais na
realização das tarefas propostas, é possível solicitar aos alunos que iniciem
a tarefa partindo de pé,ou seja, realizando o Rolamento para trás com 
maior impulso, fato que facilita consideravelmente a sua execução, desde
que, vale ressaltar, o executante demonstre dominar as ações anteriores.
Além dos auxílios-segurança material e metodológico, é fundamental 
o auxílio-segurança pessoal, assim deve ser estudado, aplicado e vivenciado
este tipo de auxílio na Progressão Pedagógica proposta. 
NOÇÕES BÁSICAS DE REGULAMENTO 
DA G.A.
Segundo Santos (no prelo), para a obtenção do resultado completo de um 
campeonato de Ginástica Artística os ginastas devem participar de quatro
competições, cada uma delas com características e objetivos próprios, sendo assim
denominadas: 
COMPETIÇÃO I - QUALIFICATÓRIA
Objetivos - qualifica os 24 ginastas melhores ginastas para participar da Final 
Individual Geral (C II). 
- qualifica as 8 equipes melhores para participar participarão da Final por
Equipes (C IV).
- determina a classificação dos ginastas a partir do 25º lugar. 
- determina a classificação das equipes a partir do 9º lugar.
Participantes - participam todas as equipes e todos os ginastas individuais
inscritos no evento. 
Resultado - Apesar de uma equipe ser composta por no máximo 6 ginastas, na
C I somente 5 destes ginastas participam em cada prova, sendo computadas para o 
resultado da equipe as 4 maiores notas de cada prova.
Portanto, uma equipe pode ser composta por no máximo 6 e no mínimo 4 
ginastas.
COMPETIÇÃO II – FINAL INDIVIDUAL GERAL
Objetivo - definir os 24 primeiros classificados no campeonato. 
Participantes - participam os 24 ginastas melhores classificados
individualmente na C I, sendo permitida a participação de no máximo 2 
ginastas de cada entidade inscritas no evento. 
Resultado - os 24 ginastas executam uma nova série em cada uma das 
provas e somente um Salto, desconsiderando, para o resultado desta
competição, as notas obtidas na C I. Ao término da competição serão
somadas as notas obtidas pelos ginastas, em cada prova, chegando ao total 
de pontos de cada um, sendo então confrontados os totais de cada
participante para se chegar à classificação individual geral. O ginasta que
obtiver o maior somatório de pontos será considerado o vencedor da C II. 
COMPETIÇÃO III – FINAL INDIVIDUAL POR PROVA
Objetivo - definir a classificação individual de cada uma das provas. 
Participantes - participam os 8 ginastas que obtiveram as pontuações
mais altas na C I, em cada uma das provas, sendo permitida a participação
de no máximo 2 ginastas de cada entidade, em cada prova.
Resultado - os 8 ginastas qualificados executam uma nova série na
prova na qual se classificaram, sendo que no Salto os ginastas devem
executar dois saltos diferentes, desconsiderando, para o resultado desta
competição, as notas obtidas na C I.
A classificação final de cada prova será definida pelas notas obtidas
pelos ginastas na prova, nesta competição (C III), sendo vencedor aquele
que obtiver a maior nota.
COMPETIÇÃO IV – FINAL POR EQUIPES
Objetivo - definir a classificação das equipes. 
Participantes - participam as 8 equipes que obtiveram as maiores
pontuações na C I. 
Resultado - Na C IV a equipe pode ser composta por até 6 ginastas, 
sendo que somente 3 competem em cada prova. Estes ginastas executarão
uma nova série, em cada prova, e somente um Salto. Todas as notas obtidas
nesta competição entram na totalização dos pontos da equipe.
A classificação final das equipes é determinada pelas pontuações
obtidas nesta competição.
ANÁLISE TÉCNICO-PEDAGÓGICA DOS 
EXERCÍCIOS : PONTE E PARADA EM TRÊS APOIOS
Segundo Santos (no prelo), os exercícios denominados Pontes são classificados
em dois tipos: Ponte estática e Pontes dinâmicas, sendo estas últimas reconhecidas
pela sua movimentação para frente ou para trás.
Ponte estática é aquela na qual o executante parte da posição em decúbito
dorsal, apoia as mãos e os pés no solo, eleva o tronco, formando uma arco.
A boa realização da Ponte depende significativamente da amplitude articular
dos ombros e da força de braços. 
Segundo Santos (no prelo), a Parada de três apoios pode ser realizada a partir
de diversas posições. Independente da forma inicial do exercício, a execução final 
será sempre a mesma, sendo assim descrita: o executante com as mãos e a cabeça
apoiadas no solo, desenhando um triângulo imaginário entre os três pontos de apoio, 
se coloca em equilíbrio invertido com as pernas unidas e os joelhos estendidos. Os 
segmentos corporais pernas e tronco deverão estar alinhados entre si, formando um 
conjunto ligeiramente oblíquo, estando este projetado em direção às mãos. Essa
inclinação objetiva promove uma distribuição equitativa de peso entre os três apoios, 
assim promovendo maior equilíbrio ao corpo.
É importante atentar para a distribuição do peso do corpo entre os três apoios, 
com cuidado especial para não sobrecarregar a coluna cervical. 
É aconselhável, por questões de segurança, não incentivar os alunos a 
realizarem o rolamento para frente a partir da Parada de três apoios.
Além das qualidades físicas envolvidas na execução da tarefa, é importante
ressaltar a importância da sociabilização dos alunos, além dos conceitos inerentes ao
bem-viver em sociedade. 
ANÁLISE TÉCNICO-PEDAGÓGICA DA 
PARADA EM TRÊS APOIOS
No ensino-aprendizagem da Parada de três apoios, primeiramente, é 
fundamental preparar os alunos para o posicionamento correto do apoio da
cabeça, destacando a necessidade de apoiar o terço anterior da mesma no 
solo, à frente das mãos, formando o desenho de um triângulo equilátero. 
Somente após ser percebido o domínio das ações propostas até o momento
é que se aconselha a orientação das atividades para o equilíbrio invertido, 
devendo gradativamente chegar à extensão do tronco e pernas, destacando
a necessidade de manter o corpo ligeiramente oblíquo em direção às mãos. 
Além dos auxílios-segurança material e metodológico, é fundamental 
o auxílio-segurança pessoal, assim, deve ser estudado, aplicado e 
vivenciado este tipo de auxílio na Progressão Pedagógica proposta. 
ANÁLISE TÉCNICO-PEDAGÓGICA DA 
REVERSÃO
Conforme afirma Santos (no prelo), as Reversões compõem uma
família de exercícios formada por um conjunto de exercícios que
apresentam as mesmas características técnicas de execução.
Na base da família das Reversões, estão a Reversão de Nuca, a 
Reversão de Cabeça, no Brasil denominadas equivocadamente “Kippe de 
Nuca” e “Kippe de Cabeça”, e as Reversões passando pelo apoio invertido.
As Reversões de Nuca e de Cabeça são caracterizadas pela flexão
acentuada do quadril e pela flexão dos cotovelos, enquanto que as 
Reversões passando pelo apoio invertido são executadas com o mínimo ou
nenhuma flexão do quadril e com os cotovelos estendidos.
KIPPE DE NUCA
KIPPE DE CABEÇA
REVERSÃO COM UMA PERNA
DIFERENÇAS ENTRE AS REVERSÕES
Segundo Santos (no prelo), as Reversões com os cotovelos flexionados são
executadas a partir de um impulso com as pernas unidas, estando o executante
apoiado na cabeça ou na nuca, com as mãos no solo, com os cotovelos
flexionados, inicialmente realizando uma grande flexão do quadril, para uma
imediata e simultânea extensão destes segmentos, até a finalização de pé.
Segundo Santos & Albuquerque (1986), para facilitaro aprendizado dos 
kippes (Reversões de Nuca e de Cabeça), aconselhamos iniciar pelo de nuca, pelos
motivos expostos a seguir.
Quando se executa o kippe de nuca (Reversão de Nuca), o quadril coloca-se 
naturalmente à frente dos apoios (mãos e nuca), facilitando sobremaneira o 
deslocamento do corpo para frente e, consequentemente, a impulsão das pernas
para cima e para frente.
No kippe de cabeça (Reversão de cabeça), o quadril do executante coloca-se 
atrás dos apoios (cabeça e mãos), obrigando o executante a transferir o centro de 
gravidade (quadril) para frente dos apoios. A não realização desta transferência do 
C.G. implicaria a execução do exercício para uma direção errada, podendo causar
acidentes.
Já as Reversõespelo apoio invertido exigem que o executante domine a 
Parada de Mãos, ou seja, não deve haver flexão dos cotovelos.
ANÁLISE TÉCNICO-PEDAGÓGICA DAS 
REVERSÕES
Considerando os objetivos do Curso e a exiguidade de tempo, na prática
interativa somente serão abordadas as Reversões com os cotovelos flexionados, ou
seja , de Nuca e de Cabeça. 
Segundo Santos (no prelo), a execução da Reversão de Nuca pode ser assim
explicada: partindo da posição de pé, com as pernas unidas, o aluno se desequilibra
para frente, como se fosse realizar um Rolamento para Frente carpado. Ao tocar a 
nuca no solo o executante já se encontra na posição carpado, com o apoio das mãos
ao lado da cabeça. Sem interrupção, e o mais veloz possível, imediatamente após a 
passagem do quadril para frente do apoio das mãos, as pernas devem ser lançadas
energicamente para cima e para frente, desfazendo a posição carpado, mantendo os
joelhos estendidos e, simultaneamente, deve acontecer a extensão dos cotovelos, 
empurrando fortemente o solo para trás, propiciando, a partir destas ações, a 
extensão do corpo até a finalização de pé.
Observando a descrição acima, é possível identificar alguns aspectos
importantes na realização da tarefa:
· Necessidade do domínio do Rolamento para frente;
· Posicionamento da nuca no solo;
· Lançamento enérgico das pernas, pela extensão do quadril;
· Extensão enérgica dos cotovelos simultaneamente ao lançamento das 
pernas.
Ainda segundo Santos (no prelo), a execução da reversão de Cabeça pode assim ser 
explicada: partindo da posição de pé, com as pernas unidas, o executante se desequilibra
para frente, efetuando uma ligeira flexão dos joelhos no ato da impulsão, apoiando as mãos
e o terço anterior da cabeça no solo, à frente do corpo, com a cabeça ligeiramente colocada à 
frente da linha das mãos. Ao tocar a cabeça no solo, o executante se encontra carpado, 
devendo daí imediatamente projetar o seu quadril para frente, passando-o por sobre os
apoios (mãos e cabeça), sempre com os joelhos estendidos e na postura carpado. 
Imediatamente após a transferência do quadril para frente dos apoios, o executante estende
o quadril, lança as pernas energicamente para cima e para frente, simultaneamente
estendendo os cotovelos, empurrando energicamente o solo para trás. Como resultado das 
forças geradas a partir destas ações, o executante realiza um pequeno voo, com o corpo em
extensão, até a finalização de pé no solo.
Observando a descrição acima, é possível identificar alguns aspectos importantes na
realização da tarefa:
· Posicionamento do terço anterior da cabeça no solo;
· Transferência do quadril para frente da linha do apoio da cabeça;
· Lançamento enérgico das pernas, pela extensão do quadril;
· Extensão enérgica dos cotovelos simultaneamenteao lançamento das pernas.
Comparando a execução dos Kippes de Nuca e de Cabeça, é possível concluir que, 
devido às características mecânicas de ambos:
· Primeiramente é aconselhável ser ensinada a Reversão de Nuca;
· A Reversão de Cabeça é mais fácil de ser executada no Solo.
Estudo, aplicação e vivência de uma Progressão
Pedagógica e formas de auxílio para o ensino da
Reversão de Nuca e da Reversão de Cabeça
No início do ensino-aprendizagem das Reversões, é fundamental apresentar
Processos de Ensino que favoreçam os exexcutantes no posicionamento correto da cabeça e 
do quadril.
Na Reversão de Nuca, a primeira a ser ensinada, é importante destacar a 
necessidade de transferir o quadril para depois do apoio das mãos e nuca, para logo a 
seguir passar para o trabalho específico do lançamento das pernas pela extensão do 
quadril, criando situações, através da Progressão Pedagógica, que levem o aluno a lançar as 
pernas o mais energicamente possível até a finalização da reversão de Nuca. Não deve ser 
esquecido que, na Reversão de Nuca, pela altura que se encontra o quadril em relação à 
linha horizontal (solo) dos apoios, torna-se bastante complexo realizar a tarefa. Assim, é 
aconselhável que, após o trabalho de domínio dos posicionamentos citados acima, a 
continuidade da Progressão Pedagógica proposta preveja a realização de Processos de 
Ensino em que o executante realize o movimento a partir de um plano elevado, finalizando
num plano mais baixo.
Na Reversão de Cabeça, que é sugerido que seja ensinado ao menos após o aluno ter
uma boa base da Reversão de Nuca, é importante destacar a necessidade imperiosa de 
transferir o quadril para depois do apoio das mãos e da cabeça, para logo a seguir passar
para o trabalho específico do lançamento das pernas pela extensão do quadril, criando
situações, através da Progressão Pedagógica, que levem o aluno a lançar as pernas o mais
energicamente possível até a finalização da reversão de Nuca.
Em ambas as Reversões, o auxílio-segurança pessoal é fundamental até que o aluno
demonstre domínio na realização das tarefas, não deixando de relevar a importância do 
auxílio-segurança material e metodológico.

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