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1 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista Complicações Pós Operatórias Fatores da doença primária, não relacionados a doença primária e decorrentes do ato operatório Prevenção: Pré operatório, história e fatores de risco, tabagismo, perda de peso, risco nutricional, mobilização precoce, fisioterapia pulmonar e prevenção do tromboembolismo Principais complicações cirúrgicas: Ferida Operatória Hematoma, seroma, deiscência, infecção de ferida operatória Anastomoses Deiscência e fístulas Intracavitárias Sangramentos (hemoperitônio, hemotórax, hematomas cervicais), síndrome do compartimento abdominal Complicações sistêmicas: Respiratórias Insuficiência respiratória, atelectasia, pneumonia, TEP, embolia gordurosa, edema pulmonar Cardíacas Arritmias, IAM, ICC Urinárias Infecção do trato urinário, incontinência ou retenção Sistema Nervoso Central AVE, delirium Trato Gastrintestinal Disturbios por mobilidade, pancreatite aguda, insuficiência hepática, colecistite, colite Outras Rabdomiólise, disfunção sexual - Febre: Processos infeccioso, não infeccioso, nas 1as 24h ou de 2 dias ou mais PROVA: Principais causas de febre no pós operatório COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS: Mais comuns em pós operatórios 2ª causa de morte pós operatória o Em pacientes após 60 anos Cirurgia de tórax Cirurgia de abdome superior Riscos aumentados: o Cirurgia de urgência o Doenças crônicas o Desnutrição o Idosos o Enfisema o Tabagismo ATELECTASIA: É mais comum, 25% pós operatória, idosos/obesos, primeiras 48h, 90% dos episódios febris pós operatórios agudos, manifesta-se através de febre/taquipneia/taquicardia. Tratamento: Exercícios respiratórios/deambulação, fisioterapia/broncoscopia Período Causa Quadro Clínico 24h Atelectasia pulmonar Tosse, dispneia, alteração da ausculta 48h Flebite Dor, eritema e endurecimento em trajeto venoso 72h Infecção urinária Disuria, hematúria, alteração do aspecto da urina Até 5º dia Infecção de ferida operatória Dor, hipermeia, secreção purulenta Após 7 dias Coleção intracavitária Fístula Taquicardia, distensão abdominal, íleo prolongado, efluente entérico 2 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista ASPIRAÇÃO PULMONAR: Sedados Diminuição do nível de consciência Refluxo GE Estomago cheio Vômitos 2/3 cirurgia torácica e abdominal Aspiração maciça = 50% mortalidade Infecção secundária Conteúdo sólido = obstrução de via aérea Quadro de insuficiência respiratória Medidas preventivas: jejum, posição adequada, cuidado s na intubação e proteão da via aérea Medidas terapêuticas: Diagnóstico precoce, atb, aspiração/fisioterapia/broncoscopia PNEUMONIA PÓS OP: Complicação mais frequente (?) Alta mortalidade Predominância de gram positivos Mecanismo de tosse comprometido Hipóxia/edema/aspiração Tempo de intubação Febre/taquipneia Exame físico Raio X Tomografia Ao exame radiológico: É diferente – Grande condensação média para superior, bilateral que confunde com SARA. TROMBOEMBOLISMO PULMONAR: Importante fazer a prevenção estratificando o risco que esse paciente tem! Aumento do risco de trombose venosa profunda Tríade de Virchow o Lesão endotelial o Estase venosa o Hipercoagulabilidade Sistema venoso íliofemoral Gravidade depende do tamanho do trombo o Taquipneia/taquicardia o Dor pleurítica/tosse o Hemoptise/síncope – maciça o TVP MMII – 1/3 dos casos - Diagnóstico Diferencial: Pneumotórax, PNM, atelectasia, IAM Dor torácica e dispneia = exames Gasometria com PAO2 <70 mmHg Eletro = inespecífico = inversão da onda T Alterações inespecíficas ST Raio X – Muitas vezes inespecíficos Algumas vezes – cunha na base da pleura (sinal de Hamptom) Obs: Dímero D – Fator preditivo negativo bastante importante, mas não é específico. Troponina pode estar elevada Angiografia – invasiva: limitação Cintilografia ventilação/perfusão foram muito usadas Hoje: Angiotomografia - S: 86% - E: 92% TERAPEUTICA: o Oferta de O2 o Terapia trombolítica: estroptoquinase, uroquinase, ativador de plasminogênio tecidual o Outros: Embolectomia pulmonar, filtro de veia cava 3 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista EMBOLIA GORDUROSA: Origem de causas externas Transfusão Obesos – ppt no pós operatório precoce da cirurgia bariátrica Nutrição parenteral Transplante de medula óssea Vítimas de trauma (ppt ossos longos) e fratura múltipla - 12 a 72h pós trauma: Êmbolos gordurosos no escarro e na urina Sintomas neurológicos + insuficiência respiratória Petéquias - Necessidade de suporte ventilatório: Prognóstico depende da extensão - Deiscência da aponeurose: Efluente serossanguinolento, 5 a 8 dias depois da operação, considerar abcesso intraperitoneal. Desafio da deiscência infectada / risco de formação de hérnia incisional. Eventração x evisceração – Compressa com soro fisiológico aquecido enquanto o paciente não é reoperado. Diferença: Abriu pele, aponeurose, conteúdo abdominal foi para o meio externo, então isso é uma evisceração. Já no caso da aponeurose abrir, mas com pele íntegra, apenas efluente serossanguíneo = eventração (quase sinônimo de hérnia incisional) - Deiscência de anostomose: Gravidade: Efluente pode contaminar o conteúdo abdominal Tinha dreno? É diagnóstico e terapêutico Se tinha dreno e ele orientou o líquido para outro trajeto, aí é uma fístula: Enterocutânea Sinais clínicos: taquicardia/febre/dor abdominal/adinamia/íleo parlítico/vômitos Evolução: Contaminação de cavidade e trajeto fistuloso Hematoma, seroma e deiscência de sutura Deiscência: União de tecidos e ele se abriu - Fatores sistêmicos: Desnutrição, hipóxia, doenças crônicas, imunossupressão - Fatores locais: Infecção, tensão, isquemia 4 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista TRATAMENTO CONSERVADOR SE (dentro de 14 dias o trajeto fecha, se nessas condições) Está contaminando a cavidade? Não Tem obstrução a jusante? Não Todo efluente está “saindo”? Sim Alto débito (>500m/24h)? Até 200ml é baixo débito – ok, se alto débito – cirúrgico COMPLICAÇÕES INTRACAVITÁRIAS a. Hemoperitônio: - Choque nas primeiras 24h - Taquicarida/hipotensão/oliguria/taquisfigmia/palidez - Diagnóstico – irritação peritoneal - Considerar reintervenção b. Síndrome do Compartimento Abdominal: - Pressão >12 mmHg (normal 5 a 7 mmHg) - Fatores Predisponentes: o Choque hemorrágico o Infusões maciças de cristaloides o Grandes sangramentos - Aferição da pressão intravesical - Considerar a laparotomia descompressiva Paciente sob risco de SCA: Politrauma Laparotomia em trauma para ‘controle de danos’ Hemorragia retroperitoneal Ruptura de aneurisma de aorta Ascite volumosa Presença de 2 dos 4 parâmetros: Deve se medir a PIA PIP > 35 cmH2O PaO2 – FO2 <150 Diurese <30 mL/h Abdome rígido ou tenso Medida indireta da PIA (INTRAVESICAL) A. PIA = 15mmHg – Manter a normovolemia e monitorização B. PIA > 15 e <25 mmHg – Reposição volêmica agressiva e manter monitorização C. PIA >= 25 e <35 mmHg – Descompressão D. PIA = 35mmHg – Descompressão e reexploração abdominal Descompressão – Bolsa de Bogotá Sistema de Gerenciamento a vácuo – não pode estar drenando secreção de alto débito COMPLICAÇÕES URINÁRIAS Infecção urinária pós operatória: É a 2ª infecção cirúrgica no pós op. o Sonda TGU o Instrumentação de vias urinárias o Geralmente Gram 5 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista o Geralmente cistite o Sintomas urinário o Exame de urina e Urocultura Retenção urinária: o Bloqueios anestésicosregionais o Uso de opioides o Manipulação perineal e pélvica o Alterações da inervação vesical Incontinência urinária: ppt cirurgias urológicas e/ou pélvicas COMPLICAÇÕES CARDÍACAS: Anestesia geral – deprime miocárdio Alguns anestésicos – predisposição a arritmia Fatores que podem afetar o desempenho cardíaco: o Sangramento o Hipotensão o Complicações não cardiológicas - sepse - hipóxia - má perfusão o Excesso de fluido Importante: Monitorizar!!! a- Arritmia Cardíaca: - Pode causar diminuição do débito cardíaco - Primeiros 3 dias – é mais frequente - Arritmia intraoperatória – 20% - Pós operatório: o Hipóxia o Distubio hidroeletrolítico o Alcalose o Toxicidade digitálica Cuidado! Pode ser sinal de isquemia - Pode ocasionar: Dispneia, palpitação e dor torácica b- IAM: Frequente mais em 24h a 48h após a cirurgia - 0,4% das cirurgias - 5 a 12 % em cirurgias vasculares Fatores Associados: Hipotensão, hipóxia - 1/3 assintomático - Mortalidade alta (67%) - Dor torácica/hipotensão/arritmia B- Pancreatite pós operatória - pâncreas fica extremamente inflamado Diagnóstico de exclusão C- Disfunções hepáticas: De icterícia a insuficiência hepática fulminante. - Fatores predisponentes progressos: o Sepse o Drogas o Hipóxia Obs: Cuidado! Hiperbilirrubinemia – Insuficiência renal COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS: A- Disturbios da motilidade: Íleo paralítico – Obstrução intestinal funcional: manipulação, hipóxia, medicamentos, etc. A distensão vai ser mais difusa, o vômito mais bilioso, o raio X pode contribuir bastante para o diagnóstico (ar vai estar em todo lugar) Importante diferenciar de uma obstrução mecânico! Obs: Sinônimos – Íleo adinâmico ou íleo metabólico 6 MEDCEL – Extensivo Programado. By: Letícia Moreira Batista D- Colecistite aguda: alitiásica Isquemia -> Repercussão hemodinâmica sistêmica E- Úlceras de Estresse: Devido a isquemia Cushing – Politraumatizados Curiling – Grandes queimados F- Colite Infecciosa G- Abcessos hepáticos COMPLICAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Neurológicas: o Isquemia cerebral o Convulsões Psiquiátricas: o Delirium o Pânico o Depressão o Abstinência o Psicoses OUTROS SISTEMAS Rabdomiólise: Após fraturas, queimaduras elétricas, reperfusão do membro. Ttmto com fasciotomias Disfunção sexual – Cirurgias pélvias – ppt prostatectomia radical
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