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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA FÍSICA EXPERIMENTAL I – 9235 CIRCUITO RC DISCENTE: DENYS MARCEL RA:115213 TURMA: 01 DOCENTE: FELIPE MAGALHAES DE AGUIAR 1 MARINGÁ/PR 2021 SUMÁRIO 1. RESUMO.....................................................................................................03 2. INTRODUÇÃO............................................................................................04 3. OBJETIVOS................................................................................................05 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................05 5. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL...................................................05 5.1 MATERIAIS UTILIZADOS.....................................................................05 5.2 MONTAGEM EXPERIMENTAL.............................................................06 5.3 DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO........................................................06 5.4 DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE.......................................08 5.5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS..............................................09 6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.............................................................09 7. CONCLUSÕES...........................................................................................13 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................13 2 1. RESUMO O capacitor é um dispositivo utilizado para armazenar energia elétrica, em suma importância um capacitor carregado é utilizado em máquinas fotográficas fornecendo energia suficiente para ativação do flash. O resistor é um dispositivo eletrônico utilizado para atrapalhar a passagem de corrente elétrica em circuitos elétricos, utilizado por exemplo para ligar um LED, o qual não suporta abundante passagem de corrente elétrica, sendo barrado pelo resistor e faz-se uso de bom funcionamento. O circuito que possui um resistor e capacitor é chamado de Circuito RC, onde o capacitor pode ser carregado ou descarregado mediante ao interesse do operador. Neste presente relatório utilizaremos de um circuito RC para medir a passagem de corrente contínua mediante a carga e descarga no capacitor, com os dados obtidos é realizado a discussão dos mesmos a fim de comparar com a literatura se os valores são coerentes. 3 2. INTRODUÇÃO O capacitor é uma peça que possui como função armazenar e fornecer energia. Uma forma de carregar um capacitor é colocá-lo junto à um circuito elétrico com uma bateria que fornece certa diferença de potencial, nisso o capacitor vai sendo carregado e caso a fonte fosse retirada o capacitor continuaria com sua carga armazenada, podendo agora o capacitor vir a se tornar a fonte para outro circuito elétrico [1]. Resistência é um nome bem escolhido para designar sua função, é uma peça que se opõe a passagem de corrente, onde, quanto maior a resistência do resistor, mais dificuldade a corrente tem de atravessar um fio por exemplo. Podemos levar em conta na resistência sobre a resistividade do material, que vai ao encontro a ideia de atrapalhar a passagem de corrente, porém a resistividade não é uma peça, é uma “falha” intrínseca do material, como impurezas que dificultam a passagem de corrente elétrica, por exemplo, a resistividade de um material de prata é de 1,62.10-8 (Ω.m) ou por exemplo em um fio de silício puro de 2,5.103 (Ω.m) [2]. Para o circuito em série RC olhamos diretamente para a carga e descarga do capacitor, quando o circuito RC está ligado diretamente a uma fonte o capacitor começa a carregar, e quando a mesma deixa de existir o capacitor começa a descarregar, agora fornecendo a passagem de corrente para o resistor que por sua vez dificulta a passagem de elétrons para o resto do circuito. Podemos fazer o estudo gráfico de como se comporta tensão no resistor, tensão no capacitor e até mesmo a corrente à medida que o capacitor carrega ou descarrega, o qual será tema principal abordado no transcorrer deste relatório [3]. 4 3. OBJETIVOS Analisar a corrente e tensão tanto no resistor quanto no capacitor no processo de carga e descarga em um circuito RC de corrente contínua conjuntamente com seu estudo gráfico. 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA i) No processo de descarga do capacitor, temos: (1)𝑄 𝑡( ) = 𝑄 𝑚á𝑥 𝑒 −𝑡 τ na qual, é a carga máxima no capacitor, e:𝑄 𝑚á𝑥 = 𝐶ε( ) (2)τ = 𝑅𝐶( ) é a constante de tempo para o processo de carga do capacitor. ii) No processo de descarga do capacitor, temos: (3)𝑄 𝑡( ) = 𝑄 𝑚á𝑥 1 − 𝑒 −𝑡 τ( ) na qual, é a carga máxima no capacitor, e:𝑄 𝑚á𝑥 = 𝐶ε( ) (4)τ = 𝑅𝐶( ) é a constante de tempo para o processo de carga do capacitor. 5. DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL 5.1. MATERIAIS UTILIZADOS Fonte de tensão, multímetros (amperímetro e voltímetro), resistor, chaves unipolares de duas posições, capacitor, cronômetro, cabos, jacarés e placa de bornes. 5 5.2. MONTAGEM EXPERIMENTAL Figura 1. Esquema para montagem do circuito RC em série na presença de corrente contínua, utilizando um capacitor de 5000 e um resistor de 9700 . µ𝐹 Ω 5.3 DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO a) Monte o circuito da figura 1; b) Posicione as chaves S1 e S2 na posição “0”; c) Ligue a fonte e ajuste para 20V; 1ª Parte – Análise da corrente Processo de carga do capacitor: d) Conecte o voltímetro no capacitor e verifique se a d.d.p é nula, caso não seja descarregue o capacitor instantaneamente; e) Conecte o voltímetro no resistor. Você pode optar por conectar simultaneamente um voltímetro no capacitor e um no resistor; f) Posicione, sucessivamente, S1 e S2 na posição “2”. Caso esteja com o voltímetro conectado apenas no resistor, você deve conectar, posterior a medida de VR0, o voltímetro no capacitor e proceder com a medida; g) Registre o tempo para os valores da corrente no circuito, em intervalos de 0,2 mA, após ligar simultaneamente, o cronômetro e a chave S2 na posição “0”. Mantenha o cronômetro ligado até o capacitor se carregar totalmente; h) Posicione a chave S1 para a posição “0”. Assim, você terá as duas chaves na posição “0”. Mantenha o(s) voltímetro(s) conectado(s); 6 Processo de descarga no capacitor i) Posicione, sucessivamente, S1 e S2 na posição “1”. Caso esteja com o voltímetro conectado apenas no resistor, você deve conectar, posterior a medida de VR0, o voltímetro no capacitor e proceder com a medida; j) Da mesma maneira que foi realizado para o processo de carga, registre o tempo para os valores da corrente no circuito, em intervalos de 0,2 mA, após ligar simultaneamente, o cronômetro e a chave S2 na posição “0”. Mantenha o cronômetro ligado até o capacitor se descarregar totalmente; 2ª Parte: Análise da d.d.p nos terminais do resistor (VR) e do capacitor (VC) k) Certifique-se de que o capacitor está descarregado, caso não esteja descarregue o capacitor instantaneamente; l) Posicione as chaves S1 e S2 na posição “0”; m) Com o voltímetro conectado ao resistor, posicione a chave S1 na posição “2” e registre para os mesmos valores das correntes elétricas medidas no processo de carga, a d.d.p no resistor (VR) até que a corrente atinja o valor mínimo medido anteriormente; n) Posicione as chaves S1 e S2 na posição “0”; o) Com o voltímetro conectado ao resistor, posicione a chave S1 na posição “0” e registre para os mesmos valores das correntes elétricas medidas no processo de descarga, a d.d.p no resistor (VR) até que a corrente atinja o valor mínimo, em módulo, medido anteriormente; p) Posicione as chaves S1 e S2 na posição “0”; q) Certifique-se de que o capacitor está descarregado, caso não esteja descarregue o capacitor instantaneamente; r) Com o voltímetro conectado ao capacitor, posicione a chave S1 na posição “2” e registre para os mesmos valores das correntes elétricas medidas no processo de carga, a d.d.p no capacitor (VC) até que a corrente atinja o valor mínimo medido anteriormente; s) Posicione as chaves S1 e S2na posição “0”; t) Com o voltímetro conectado ao capacitor, posicione a chave S1 na posição “0” e registre para os mesmos valores das correntes elétricas medidas no processo de 7 descarga, a d.d.p no capacitor (VC) até que a corrente atinja o valor mínimo, em módulo, medido anteriormente [4]. 5.4 DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE Tabela 1. Dados experimentais para o processo de carga do capacitor. 𝑡(𝑠) 𝑖±∆𝑖 (𝑚𝐴) 𝑉 𝑅 ±∆𝑉 (𝑉) 𝑉 𝐶 ±∆𝑉 (𝑉) 0 2,00 ± 0,01 20,04 ± 0,01 0,00 ± 0,01 7,16 1,81 ± 0,01 17,64 ± 0,01 2,35 ± 0,01 13,16 1,63 ± 0,01 15,70 ± 0,01 4,37 ± 0,01 20,25 1,42 ± 0,01 13,66 ± 0,01 6,29 ± 0,01 28,42 1,22 ± 0,01 11,77 ± 0,01 8,18 ± 0,01 38,57 1,00 ± 0,01 9,79 ± 0,01 10,27 ± 0,01 50,92 0,86 ± 0,01 7,89 ± 0,01 12,14 ± 0,01 67,52 0,62 ± 0,01 5,90 ± 0,01 14,12 ± 0,01 92,63 0,44 ± 0,01 3,92 ± 0,01 16,13 ± 0,01 138,68 0,21 ± 0,01 1,96 ± 0,01 18,09 ± 0,01 408,95 0,02 ± 0,01 0,27 ± 0,01 19,79 ± 0,01 Tabela 2. Dados experimentais para o processo de descarga do capacitor. 𝑡(𝑠) 𝑖±∆𝑖 (𝑚𝐴) 𝑉 𝑅 ±∆𝑉 (𝑉) 𝑉 𝐶 ±∆𝑉 (𝑉) 0 2,05 ± 0,01 20,04 ± 0,01 20,06 ± 0,01 7,48 1,81 ± 0,01 17,61 ± 0,01 17,69 ± 0,01 13,61 1,60 ± 0,01 15,71 ± 0,01 15,60 ± 0,01 20,70 1,41 ± 0,01 13,68 ± 0,01 13,61 ± 0,01 8 28,63 1,20 ± 0,01 11,77 ± 0,01 11,74 ± 0,01 38,73 1,00 ± 0,01 9,78 ± 0,01 9,77 ± 0,01 50,76 0,80 ± 0,01 7,83 ± 0,01 7,85 ± 0,01 66,67 0,61 ± 0,01 5,84 ± 0,01 5,88 ± 0,01 88,45 0,43 ± 0,01 3,97 ± 0,01 3,97 ± 0,01 128,66 0,21 ± 0,01 1,95 ± 0,01 1,94 ± 0,01 300,00 0,01 ± 0,01 0,14 ± 0,01 0,14 ± 0,01 5.5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Ambos os resultados obtidos tanto na tabela 1 quanto na tabela 2 foram adquiridos apenas analisando os valores resultantes dos multímetros de corrente (mA), da voltagem no resistor (VR) e voltagem no capacitor (VC), conjuntamente com o auxílio de um cronômetro, tanto no processo de carga quanto no processo de descarga do capacitor. 6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Podemos calcular a constante de tempo tanto para o processo de carga quanto descarga do capacitor utilizando a equação 2, onde nosso capacitor é de 5000 μF e nosso resistor é de 9700 Ω. Empregando a equação 2, temos que nossa constante equivale a: τ = 48,45 ΩF. Construindo os gráficos, para os processos de carga e descarga, da corrente em função do tempo: 9 Figura 1 – Gráfico da corrente por tempo na carga do capacitor. Figura 2 – Gráfico da corrente por tempo na descarga do capacitor. Da figura 1 e figura 2 tanto no processo de carga quanto no processo de descarga do capacitor, a corrente (i) é inversamente proporcional ao tempo (T), ou seja, à medida que o tempo passa a corrente vai diminuindo, possuindo o imax em t = 0 segundos. Construindo os gráficos para os processos de carga e descarga, da d.d.p no resistor em função do tempo: 10 Figura 3 – Gráfico do tempo pela ddp no resistor, na carga do capacitor. Figura 4- Gráfico do tempo pela ddp no resistor, na carga do capacitor. Da figura 3 e figura 4 é observável que tanto para o processo de carga quanto para o processo de descarga do capacitor que a voltagem no resistor (VR) é inversamente proporcional ao tempo (T), ou seja, à medida que o tempo passa a voltagem em ambos os casos do resistor tende a diminuir, possuindo VRmax em t = 0 (s). Construindo os gráficos para o processo de carga e descarga, da d.d.p no resistor em função do tempo: 11 Figura 5 – Gráfico do tempo pela ddp no resistor, na carga do capacitor. Figura 6 – Gráfico do tempo pela ddp no resistor, na descarga do capacitor Mediante aos gráficos da figura 5 e figura 6 podemos dizer que um é o inverso do outro. Do gráfico 5 no processo de carga do capacitor, a tensão no capacitor (VC) é diretamente proporcional ao tempo (T), ou seja, conforme o tempo aumenta a tensão no capacitor tende a aumentar conjuntamente, obtendo sua imax = 12 20V em aproximadamente 400 segundos. Em contraponto, na figura 6 no processo de descarga do capacitor, a tensão no capacitor (VC) é inversamente proporcional ao tempo (T), ou seja, conforme o tempo aumenta a tensão no capacitor tende a diminuir, onde a VRmax é estabelecida em t = 0 segundos. 7.CONCLUSÕES Por meio dos dados obtidos no item 5.4 e discussão dos mesmos no item 6, foi possível analisar no processo de carga quanto no processo de descarga do capacitor, tanto a corrente, a tensão no resistor e tensão no capacitor, introduzidos a corrente contínua conjuntamente com seu estudo gráfico. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] HALLYDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos da física: Eletromagnetismo. 9. ed, v. 3. 108 p. [2] HALLYDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos da física: Eletromagnetismo. 9. ed, v. 3. 143p. [3] HALLYDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos da física: Eletromagnetismo. 9. ed, v. 3. 175p. [4] SIZUKO, Alice; MEDINA, Antonio. Atividades para fixação de aprendizado dos experimentos de física experimental III. Universidade Estadual de Maringá, 2017, p. 23 e 25. 13
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