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A intubação é uma etapa crítica, pois deve ser obtida de forma rápida e segura em pacientes com limitada reserva cardiocirculatória, pulmonar ou cerebral. O procedimento exige ≥3 profissionais: médico para intubar, profissional que irá ventilar e outro responsável pelas drogas. Quando há falha na ventilação ou oxigenação, dificuldade para o paciente manter uma via aérea pérvia ou há necessidade de se antecipar um possível desfecho clinico desfavorável, recorremos a intubação. Neste sentido, são indicações: ▪ Pós-PCR ▪ Insuficiência respiratória aguda ▪ Hiperventilação ▪ Choque ▪ Coma ▪ Sedação para procedimentos ▪ Transporte de pacientes de risco ▪ Politraumatismo Há 3 técnicas de obtenção da via aérea em situações de emergência: INTUBAÇÃO SEM MEDICAÇÃO SEDAÇÃO SEM BLOQUEIO NEUROMUSCULAR SEQÜÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO (SRI) A intubação sem medicação é um método aceitável apenas no paciente inconsciente, como na pós-PCR ou coma. Em qualquer outra situação, este procedimento deve ser realizado com auxílio de drogas relaxantes e sedativos. A sedação sem bloqueio neuromuscular em algumas situações em que o auxílio do tônus do paciente é necessário visto a via aérea difícil – por exemplo, abscesso em via aérea superior, obstrução da via aérea, micrognatia, queimadura de face, entre outras – ou quando já há relaxamento muscular o suficiente – por exemplo, em síndromes SNE. Todavia, é uma técnica que pode causar uma demora para a intubação, por vezes necessitando de doses maiores de sedativos e expondo o paciente á seus efeitos deletérios. A SRI faz uso tanto dos bloqueadores neuromusculares quanto dos sedativos, tornando o procedimento mais fácil, rápido e menos traumático. Pacientes candidatos à SRI são todos aqueles que: ▪ Estejam com consciência plena ou parcial ▪ Suspeita de estômago cheio ▪ Suspeita de convulsões ▪ Suspeita de hipertensão intracraniana ▪ Intoxicação medicamentosa ▪ Traumatismo Os procedimentos básicos da seqüência de intubação rápida podem ser lembrados pelos 6P: preparação, pré-oxigenação, pré-medicação, paralisia, posicionamento (introdução) do tubo endotraqueal, e pós- intubação. A etapa da preparação é o momento em que entendemos um pouco do quadro do paciente e das dificuldades que enfrentaremos durante a SRI. Mesmo na situação de urgência, uma anamnese rápida e dirigida pode ser realizada, isso pode ser feito pelo mnemônico SAMPLE: S → Sinais e Sintomas A → Alergias M → Medicamentos que faz uso P → Passado médico L → Líquidos (última refeição) E → Eventos desencadeadores Em um exame físico direcionado, podemos identificar algumas particularidades que podem vir a dificultar a intubação; o mnemônico LEMON descreve esta ideia: L → Look Externally (macroglossia, obeso, malformação craniofacial, pescoço curto) E → Evaluate (regra 3 – 3 – 2) M → Mallampati O → Obstruction (sinais cardinais de obstrução) N → Neck mobility A regra do 3 – 3 – 2 pode ser aplicada nos pacientes maiores e trata-se da medição com dedos para determinar uma via aérea difícil (VAD), sendo o ideal: ≥3 dedos entre incisivos superiores e inferiores ≥3 dedos ao longo do assoalho da mandíbula, começando no mento ≥2 dedos da proeminência laríngea até a parte inferior do queixo O escore Mallampati observa a habilidade de visualizar o palato mole, os pilares e a úvula quando o paciente abre a boca e protrai sua língua na oroscopia, sendo que os graus 3 e 4 descrevem uma VAD: Por outro lado, o escore Cormack e Lehane basearam-se no grau de dificuldade de visualização da glote na laringoscopia, sendo que os graus 3 e 4 descrevem uma VAD: Os três sinais cardinais da obstrução das vias aéreas superiores são “voz em batata quente” ou abafada + dificuldade para deglutição (salivação excessiva) + estridor. O paciente também pode adotar posições para melhorar a respiração, como a extensão do pescoço, elevação do queixo e abertura da boca. Nem todos os parâmetros do LEMON podem ser feitos na emergência. Dependendo da idade, utilizam-se diferentes técnicas para alinhar os eixos faríngeo, oral e laríngeo: Crianças menores → Coxins em região subescapular Crianças maiores + obesas → Coxins em região occiptal O material necessário para a intubação deve estar preparado e organizado com antecedência: 1. Equipamentos de proteção individual – luvas, máscara e óculos 2. Monitores ▪ Cardíaco/Oxímetro de pulso/Pressão arterial; ▪ Fitas baseadas na estatura do paciente para estimar o tamanho do tubo e do equipamento (fita de Broselow) 3. Dispositivos de confirmação ▪ Detector de CO2 exalado ou capnografia 4. Equipamento de aspiração oral e traqueal 5. Fonte de oxigênio ▪ Bolsa-válvula-máscara de tamanho adequado/checar o tamanho e as conexões; ▪ O oxigênio suplementar deve estar disponível, de uma fonte de parede ou de uma bala portátil, com um medidor de vazão que permita, pelo menos, 10 L/min. 6. Acesso venoso e equipo para infusão EV/ medicamentos ▪ Atropina / Sedativos e bloqueadores neuromusculares; ▪ Seringas. 7. Coxins (almofadas ou lençóis) para posicionamento 8. Equipamento para intubação ▪ Tubos endotraqueais de acordo com a idade, com e sem balonete/separar também tubos 0,5 mm menor e maior, com e sem balonete; ▪ Laringoscópios (lâminas retas e curvas)/testar o funcionamento do cabo (providenciar pilhas/baterias extras); ▪ Guia de metal; ▪ Cuffômetro (monitor de pressão do balonete); ▪ Seringas de 3,0 e de 5,0 mL para testar a insuflação do balonete e insuflar após a intubação; ▪ Material para fixar o tubo. Os números das canulas (COT) são equivalentes ao diâmetro interno delas e podem variar de 2 – 8, com intervalos de 0,5 mm entre um número e outro. A escolha do número da COT depende da idade do paciente: IDADE DA CRIANÇA DIAMETRO DA CANULA DE IOT SONDA DE SUCCÇÃO LAMINA LARINGO RN PREMATURO 2 – 2,5 – 3 (sem cuff) 4 – 5 – 6 0 LACTENTE < 6 MESES 3 – 3,5 (sem cuff) 6 0 6 – 12 MESES 3,5 – 4 (sem cuff) 6 1 12 – 24 MESES 4 – 4,5 (sem cuff) 8 1 – 2 3 – 4 ANOS 4,5 – 5 (sem cuff) 10 2 5 – 6 ANOS 5 – 5,5 (com cuff) 10 2 7 – 8 ANOS 5,5 – 6 (com cuff) 10 2 – 3 1 – 8 ANOS (MACETE) (Idade em anos/4) + 4 (sem cuff) (idade em anos/4) + 3,5 (com cuff) 10 2 – 3 >8 ANOS E ADOLESCENTE 7 – 8 (com cuff) 10 3 Várias são as fórmulas para selecionar o tubo adequado para intubação endotraqueal em crianças. Uma alternativa para escolha do tubo apropriado em pacientes pediátricos (a partir de 2 anos) é através de seu diâmetro interno, podendo ser estimado pela fórmula: Diâmetro do tubo = idade (anos) / 4 + 4 Para a IOT, a lâmina reta (Miller) do laringoscópio é preferível em crianças < 4 anos de idade, pois promove melhor visualização da glote, em posição anterior e cefálica nessa faixa etária. As lâminas curvas (Macintosh) são utilizadas nas crianças maiores e em adultos, porque sua base é mais larga, facilitando o afastamento da língua e a visualização das cordas vocais (posicionam-se atrás da epiglote) A profundidade de inserção pode ser estimada por meio de fórmulas: Número de inserção (cm) = diâmetro interno da COT × 3 Idealmente toda criança grave deveria ter monitorização cardíaca, oximetria de pulso e medidas de pressão arterial antes e durante a SRI, entretanto, em situações de emergência, o procedimento não deve ser retardado na dependência da monitorização eletrônica. Ficar atento à taquicardia, pois é a primeira manifestação de hipoxemia e hipóxia, enquanto que a bradicardia é um sinal tardio, exigindo medidas imediatas visando à melhora na oxigenação. O paciente deve ter uma suplementação de oxigênio 100% por 3 minutos para aumentar a saturação de oxigênio da hemoglobina e evitar a dessaturação durante a laringoscopia.Se a respiração for espontânea, podemos deixar esta pre-oxigenação a cargo da mascara não reinalante. Se a respiração não for espontanea ou ocorrer apnéia, os pacientes devem ser pré-oxigenados manualmente com o AMBU, através da utilização de ventilação com pressão positiva por 1 a 2 minutos. Este procedimento pode levar à distensão gástrica e deve ser realizado somente com pressão cricóide (manobra de Sellick). Os objetivos desta etapa é minimizar os efeitos da laringoscopia direta e das medicações da SRI. Deve ser executada a partir do 5º minuto da pré- oxigenação. O que será feito aqui dependerá da condição clinica, idade e das medicações que serão utilizadas. Sugere-se o mnemônico LOAD: L →Lidocaína O → Opióide A → Atropina D → Droga para defasciculação A lidocaína diminui a resposta adrenérgica durante a laringoscopia e passagem do tubo, diminui a taquicardia, hipertensão, pressão intracraniana e intraocular, causando também um efeito anestésico tópico. Deve ser feito com 2 – 5 minutos antes da laringoscopia em efeito máximo com 3 – 5 minutos. A dose recomendada é: Cloridrato de Lidocaina 2% (20 mg/ml) → 1,5 - 3 mg/kg/dose IV Pode causar crises convulsivas em doses mais elevadas. O fentanil é um agente opioide útil na sedação do paciente com respiração espontânea, é 100 vezes mais potente que a morfina, devendo ser manuseado com cuidado, diluído e não pode ser feito em bolus. Inicio de ação rápido com pico em até 2 minutos. Citrato de Fentanil (50 mcg/ml) → 1 – 4 mcg/kg, máximo 50 mcg São efeitos colaterais: euforia, broncoespasmo, laringoespasmo, depressão respiratória, hipotensão, bradicardia, diminuição da pressão de perfusão cerebral e rigidez torácica (dependendo da dose). Seu antidoto é o naloxone. A atropina é um anticolinérgico que até 2015 era de uso obrigatório na SRI pediátrica, ajudando a aumentar a FC e diminuir secreção salivar. Hoje já não é mais indicado de rotina aos < 1ano; é ainda muito útil quando vai se usar a succinilcolina (causa bradicardia) ou quando o paciente já tem uma comorbidade que causa baixa FC. Não se tem mais dose mínima, apenas máxima. Deve ser feita 1 – 2 minutos antes da intubação. Sulfato de Atropina (0,25 mg/ml) → 0,02 mg/kg (máx 0,5 mg em crianças e 1 mg em adultos) podendo ser repetida 1 vez A succinilcolina é um miorrelaxante comumente usado na SRI, que produz fasciculações musculares e paralisia neuromuscular. Para prevenir a fasciculação, que pode ser responsável pelo aumento da pressão intracraniana, utilizar 10% da dose normal de um relaxante muscular não despolarizante, administrados 1 a 3 minutos antes da dose paralítica da succinilcolina Brometo de Pancurônio (2 mg/ml em ampola de 2 ml) → 0,01 mg/kg Brometo de Rocurônio (50 mg/5ml) → 0,01 mg/kg (dose habitual 0,06 – 0,1 mg/kg) Brometo de Vencurônio (pó para solução injetável 10 mg; 4 mg + diluente) → 0,01 mg/kg Recomenda-se administrar esses agentes defasciculantes em pacientes com maior risco de apresentar fasciculações (crianças < 5 anos). A sedação deve ser feita 30 segundos após a pré-medicação, agindo na redução do nível de consciência e alivia o desconforto do procedimento. As drogas aqui tem um início de ação rápido e curta duração, com mínimos efeitos colaterais. O midazolam é um BZD com uma potente ação amnestésica, tem um feito cardiovascular com hipotensão e instabilidade hemodinâmica (diminui a PA e PIC); inicio de efeito em 1- 2 minutos e duração de 30 – 60 minutos. Ele não é analgésico, apenas um sedativo, sendo necessário o fentanil ou lidocaína previamente. Não deve ser feito nos RN. Midazolam (15mg/3 ml) → 0,1 – 0,5 mg/kg/dose (máximo 10 mg) Antagonista → Flumazenil (0,5 mg/5ml) → 0,01 mg/kg (máximo 0,2 mg (2 ml) O tiopental é um barbitúrico, bastante interessante em situações de TCE e estado de mal epiléptico já que diminui a PIC e demanda metabólica do SNE. Inicio de ação em 30 segundos e duração de 10 minutos. Tem como efeito colateral a depressão miocárdica e respiratória, hipotensão, broncoespasmo, laringoespasmo e tosse. Estes efeitos dependem do tempo de infusão. Evitar em situações de hipotensão e hipovolemia. Tiopental (pós para diluir 1 g) → 2 – 5 mg/kg/dose (diluir ampola em 40 ml de SF 0,9% formando solução de concentração de 25 mg/ml) A cetamina, um derivado da fenciclidina, é um anestésico dissociativo, caracterizado por produzir rápida sedação, amnésia, analgesia, mantendo os reflexos e a estabilidade cardiorrespiratória. Causa uma anestesia profunda em 2 minutos, não causa aumento de PIC sendo segura em situações de TCE e mal epiléptico. É relativamente contra-indicada em pacientes com hipertensão, lesão cerebral, problemas psiquiátricos, glaucoma. Produz excessiva secreção da via aérea e deve ser usado com o pré-tratamento com atropina. É broncodilatadora, sendo bastante interessante para asmáticos. Cetamina (50 mg/ml) → 0,5 – 2 mg/kg/dose O etomidato é um sedativo hipnótico não barbitúrico de curta duração. Causa menos depressão cardiovascular que os barbitúricos ou o propofol. Reduz a PIC, diminui o fluxo sangüíneo cerebral e o metabolismo cerebral, sendo ideal para casos de TCE, politrauma, choque hemorrágico e hipovolemia. Pico de ação em 1 minuto com duração de 3 – 5 minutos. Etomidato (2 mg/ml) → 0,2-0,4 mg/kg/dose O propofol é um indutor anestésico e sedativo, altamente lipofílico, que se distribui rapidamente pelo cérebro, tem início de ação rápida e curta duração de 10-15 minutos. Diminui a pressão intracraniana e reduz o metabolismo cerebral. Como o tiopental, reduz significativamente a PAM. Recomendado para > 3 anos. Propofol (10 mg/ml ou 20 mg/ml) → 1,5 – 3,5 mg/kg/dose A paralisia muscular geralmente permite intubação e ventilação mais facilmente. O agente paralítico ideal deve ter um início rápido, duração curta e efeitos colaterais mínimos, e ser reversível; infelizmente, nenhum dos relaxantes disponíveis satisfaz todos estes critérios. Podem ser divididos em 2 categorias: despolarizantes e os não despolarizantes. Devem ser administrados 1 – 2 minutos após o sedativo, com o paciente anestesiado e inconsciente. A succinilcolina é um despolarizante, relaxante muscular preferível na SRI, tem início de ação extremamente rápido (paralisia em < 1 minuto) e duração de 5 - 10 minutos. Succinilcolina (50 – 100 mg) → 1 – 2 mg/kg/dose Tem como efeitos colaterais dor muscular, rabdomiólise, mioglobinuria, hipercalemia, hipertensão, bradicardia, assitolia, salivação excessiva, aumento da pressão intragastrica e PIC. A outra opção é o rocuronio que tem inicio de ação em 60 – 90 segundos e duração da paralisia por 30 – 60 minutos, não tem muitos efeitos colaterais. Brometo de Rocurônio (50 mg/5ml) → 0,06 – 0,1 mg/kg Reversor→ Sugamadex (100 mg/dl) → 2 -16 mg/kg O atracurio é um bloqueador neuromuscular também de duração intermediária, com a vantagem de que a duração do bloqueio neuromuscular não é prolongada por grandes ou repetidas doses, entretanto é associado com liberação de histamina. Besilato de atracurio (10 mg/ml ampola com 2,5 ml) → 0,4-0,6 mg/kg O vecurônio apresenta mínimos efeitos cardiovasculares e não produz liberação de histamina; o início de ação é de 30 – 90 segundos, porém dura de 90 – 120 minutos. Tem sido considerado eficaz e sem contra- indicações em pacientes pediátricos. Deve-se usar com cautela em crianças que recebam terapia com esteróides. Brometo de Vencurônio (pó para solução injetável 10 mg; 4 mg + diluente) → 0,15 - 0,2 mg/kg A via orotraqueal é a via de mais rápida obtenção e requer menor habilidade, entretanto a escolha da rota a ser utilizada (nasotraqueal ou orotraqueal) é uma escolha individual do médico responsável pelo procedimento. ➢ Orotraqueal1. Seleção do material apropriado em função das características anatômicas e da doença de base do paciente. 2. Posicionamento adequado (alinhamento do eixo orofaringolaríngeo). 3. Pré-oxigenação a 100% (3-5 minutos). 4. Administração de sedativos/relaxantes musculares. 5. Abertura da cavidade oral, segurar o laringoscópio com a mão esquerda e introdução pelo lado direito da boca. 6. Deslocamento da língua para a esquerda. 7. Se lâmina reta: após a introdução, retirá-la gradualmente até que as cordas vocais tornem-se visíveis (elevação da epiglote pela lâmina). 8. Se lâmina curva: introdução gradual até que a epiglote seja visível e a lâmina inserida na valécula (tração da epiglote pela lâmina). 9. Suave pressão ao nível da cricóide pode ser necessária (Manobra de Sellick), para facilitar a visualização e diminuir o risco de aspiração. 10. Importante manter uma tração ao longo do eixo do corpo do laringoscópio (sem movimentação do punho e apoio no lábio superior). 11. Inserção do tubo à direita da lâmina (não obstruir a concavidade da lâmina) com a mão direita – VOCÊ DEVE VER O TUBO ENTRAR. 12. Posicionamento adequado. 13. Fixação. Esta faixa preta do tubo serve de limite para sua introdução Complicações: ▪ Maior dificuldade de fixação (extubação acidental) ▪ Maior dificuldade na toalete de secreções de orofaringe ▪ Oobstrução da ventilação por oclusão dentária Contra-indicações: ▪ Oclusão de articulação temporomandibular ▪ Processo obstrutivo em cavidade oral ➢ Nasotraqueal 1. Seleção do material apropriado em função das características anatômicas e da doença de base do paciente. 2. Posicionamento adequado. 3. Toalete e aspiração nasal. 4. Pré-oxigenação a 100% (3-5 minutos). 5. Administração de sedativos/relaxantes musculares. 6. Lubrificação do tubo. 7. Passagem através da narina até a faringe posterior. 8. Abertura da boca e introdução do laringoscópio pelo lado direito da boca. 9. Deslocamento da língua para a esquerda. 10. Se lâmina reta: após a introdução, retirá-la gradualmente até que as cordas vocais tornem-se visíveis (elevação da epiglote pela lâmina). 11. Se lâmina curva: introdução gradual até que a epiglote seja visível e a lâmina inserida na valécula (tração da epiglote pela lâmina). 12. Suave pressão ao nível da cricóide pode ser necessária (Manobra de Sellick) para facilitar a visualização e diminuir o risco de aspiração. 13. Com o laringoscópio posicionado e a laringe visualizada, a ponta do tubo na faringe é conduzida com o auxílio de uma pinça de Magill. 14. A inserção pode ser facilitada, por um assistente, pela narina, após o direcionamento adequado. 15. Posicionamento adequado da cânula. 16. Fixação. 17. Algumas variações da técnica podem ser utilizadas, fazendo uso de uma intubação orotraqueal prévia para assegurar a via aérea, com posterior troca da cânula, assim que o tubo inserido por via nasal seja visualizado na faringe posterior. Complicações: ▪ Epistaxe ▪ Necrose de asa do nariz ▪ Otite média aguda ▪ Sinusites. Contra-indicações: ▪ Fratura de placa cribiforme ▪ Distúrbios de coagulação ▪ Obstrução à passagem do tubo por deformidade nasal ou compressão SE NÃO CONSEGUIR INTUBAR, CONTINUAR VENTILANDO COM AMBU. A confirmação da IOT é feita pela: ▪ Visualização do tubo passando entre as cordas vocais ▪ Saída de vapor d’água pelo tubo durante sua introdução ▪ Observação de expansibilidade torácica bilateral ▪ Ausculta simétrica em ambos os campos pulmonares ▪ Ausência de sons em epigástrio ▪ Detecção de dióxido de carbono expirado no capnógrafo Se a IOT não foi possível, há algumas técnicas especiais para acesso de via aérea, como o uso de máscara laríngea, Consiste de um tubo plástico de silicone, conectado com um ângulo de trinta graus a uma máscara de forma ovalada com um balonete inflável de borracha. Após a colocação, a máscara é inflada através de um balão piloto, providenciando uma vedação acima da abertura laríngea. Lembrando que não é uma via aérea definitiva, servindo apenas para segurar o paciente até um acesso de via aérea cirúrgica ou até a ajuda de outro médico para a IOT chegar. A máscara deve ser completamente desinsuflada antes da colocação, aplicar a lubrificação apenas na superfície posterior da máscara. O paciente deve ser colocado na "posição de cheirar", a mandíbula é tracionada para baixo, e a máscara é introduzida na cavidade oral de encontro ao palato duro com o dedo indicador da mão direita. A máscara deve ser guiada ao redor da curvatura da faringe posterior e dentro da hipofaringe mantendo a pressão para cima até a resistência característica ser sentida na ponta da máscara, correspondendo ao esfíncter esofágico superior. O balonete é insuflado com volume de ar adequado segundo cada tamanho e dai a máscara pode avançar para fora da boca ao redor de 1 cm. A linha preta que percorre toda a extensão do tubo deve estar alinhada com o meio do lábio superior e o espaço entre os dois incisivos centrais. TAMANHO PESO (KG) 1 < 6,5 2 6,5 – 20 2,5 20 – 30 3 30 – 60 4 60 – 80 5 >80
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