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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA DO CASO CONCRETO 1

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO TRABALHO DA ___VARA DO TRABALHO DE FORTALEZA - CE
Joana Lúcia, brasileira, solteira, recepcionista, portadora do RG nº: 45.320-2 DIC/RJ e CPF nº 012.345.678-90, CTPS n. 201080, residente e domiciliada na Rua 10, nº 367 fundos, Bairro Piedade, Fortaleza - CE, CEP: 60.354-032, número do PIS, por seu advogado, com endereço profissional (endereço completo) e endereço eletrônico ..., com fulcro nos arts. 852-A da CLT e 319 do CPC, vem a este juízo propor 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
pelo rito sumaríssimo, em face de clínica Corpore LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ n. 18032011 e endereço na Rua Verde, n. 200, Centro, Fortaleza – CE, CEP: 60.222-022, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (CCP)
Por meio das ADIs 2139-7 e 2160-5, o STF declarou inconstitucional a obrigatoriedade de submissão da lide à Comissão de Conciliação Prévia, razão pela qual a autora recorre diretamente ao Judiciário trabalhista, conforme art. 625-D, parágrafo 3º, da CLT.
DA GRATUI DADE DE JUSTIÇA: 
Requer a Vossa Excelência a concessão do benefício da gratuidade	 de justiça,	 uma 	 vez que a Reclamante percebia remuneração mensal inferior ao dobro do salário mínimo legal.
Desta forma, o pagamento de custas e despesas processuais prejudica 	 o seu sustento, bem como o de sua família, com base no art. 14, §1º da Lei n. 5584/70, além do art. 790, §3º da CL T e art. 98 CPC.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A Reclamante foi contratada em 16/10/2019 pela Clínica Corpore LTDA., para exercer a função de recepcionista.
Na contratação, ficou acertado que o valor do salário mensal da Reclamante seria de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais).
Contudo, em 16/10/2020, a Reclamante foi dispensada sem justa causa. 
Embora a Reclamada tenha pagado a maior parte das verbas rescisórias, a Reclamante verificou que os depósitos de FGTS de todo o período laborado não foram realizados, assim como não foi efetuado o pagamento da multa dos 40% (quarenta por cento) do FGTS.
Observa-se claramente que a Reclamada não cumpriu as determinações normativas previstas no Art. 18, § 1º, da Lei n. 8.036/1990, in verbis:
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais.              (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997)
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.            (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997)
Vale salientar que o mês relativo ao aviso prévio também deve ser considerado para realização de depósito do FGTS, conforme preceitua a Súmula n. 305 do TST:
Súmula nº 305 do TST
FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO. INCIDÊNCIA SOBRE O AVISO PRÉVIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS.
Desta feita, a Reclamante tem direito ao recebimento do montante referente aos depósitos de FGTS de todo o período trabalhado (16/10/2019 a 16/10/2020), mais a projeção do aviso prévio sobre o FGTS, de acordo com o cálculo a seguir:
- Valor do FGTS/mês: R$120,00 (cento e vinte reais)
- 13 (meses) x 120 (reais – FGTS/mês) = R$ 1560,00 (um mil, quinhentos e sessenta reais).
Total referente aos depósitos de FGTS: R$ 1560,00 (um mil, quinhentos e sessenta reais).
Além disso, deverá ser realizado o pagamento da multa dos 40% sobre o FGTS, conforme o cálculo abaixo:
- 40% sobre R$1560,00, cujo valor é: R$ 624,00 (seiscentos e vinte e quatro reais).
Total referente à multa de 40% sobre o FGTS: R$ 624,00 (seiscentos e vinte e quatro reais).
Desta feita, a Reclamante deverá receber da Reclamada o valor total de R$ 2.184,00 (dois mil, cento e oitenta e quatro reais) relativo aos depósitos de FGTS do período laboral e à multa de 40% sobre o FGTS.
Por sua vez, tem-se que o vínculo laboral ora em exame nunca foi registrado na CTPS da Reclamante. Necessário se faz, portanto, o reconhecimento do vínculo empregatício, com o registro na CPTS da Reclamante do período em que trabalhou para a Reclamada, nos termos do art. 29 da CLT.
DA NOTIFICAÇÃO DO RECLAMADO
Requer a notificação da Reclamada para comparecer à audiência a ser designada por este r. Juízo, oportunidade em que deverá oferecer contestação à presente, sob pena de revelia e confissão da matéria de fato.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
1 – A concessão dos préstimos da Gratuidade Judiciária, por ser a Reclamante “pobre na forma da lei”, conforme fundamentado no preâmbulo;
2 - Que seja julgado procedente o pedido para condenar a Reclamada no pagamento das verbas trabalhistas abaixo elencadas e na obrigação de realizar o registro na CTPS da Reclamante de todo o período laboral:
a) FGTS do período trabalhado: R$1560,00 (um mil, quinhentos e sessenta reais).
b) Multa dos 40% sobre o FGTS: 624,00 (seiscentos e vinte e quatro reais).
TOTAL: R$ 2.184,00 (dois mil, cento e oitenta e quatro reais).
3 – A notificação da Reclamada para comparecer à audiência 	a ser designada por este r. Juízo, oportunidade em que deverá oferecer contestação à presente, sob pena de revelia e confissão da matéria de fato.
4 - Que seja julgado procedente o pedido para condenar a Reclamada nas custas processuais e honorários advocatícios.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se à causa o valor de R$ 2.184,00 (dois mil, cento e oitenta e quatro reais).
Pede deferimento.
Fortaleza, (dia), (mês) de (ano).
Nome do advogado
OAB/(sigla do estado) no.

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