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AULA 3 - DIREITO DAS SUCESSÕES - 2021

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AULA 3 
 
1) Herdeiros necessários: são os herdeiros a quem se defere metade 
da herança líquida do “de cujus”. São titulares da legítima ou parcela 
indisponível. São assim chamados porque não podem ser afastados da 
sucessão, exceto nos casos de indignidade ou de deserdação. Logo, são 
necessariamente chamados à sucessão, salvo as hipóteses citadas. 
 
Segundo o CC, são herdeiros necessários o descendente, o 
ascendente e o cônjuge (CC, 1845). 
 
O companheiro, tendo em vista recente decisão do STF, de maio de 
2017 (RE 878694), deve ser considerado herdeiro necessário já que a ele 
aplica-se o regime sucessório do cônjuge. 
 
A legítima, aqui compreendida como a fração indisponível da herança, 
é calculada segundo os critérios do art. 1847 do CC (“calcula-se a legítima 
sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as 
dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor 
dos bens sujeitos à colação”). 
 
2) Local de abertura da sucessão: em regra, no último domicílio do 
autor da herança, pois será mais fácil ao juiz conduzir o processo de partilha, 
quando judicial, inventariando os bens deixados (art. 1785). 
 
É importante observar outras regras sobre o lugar de abertura da 
sucessão conforme disciplinado no art. 48 do CPC/2015: 
 
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o 
competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento 
de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha 
extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o 
óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio 
certo, é competente: 
 
I - o foro de situação dos bens imóveis; 
 
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
 
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos 
bens do espólio. 
 
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de 
seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o 
inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. 
 
3) Transmissão da herança: a herança transmite-se como um todo 
unitário (universalidade de direitos), aplicando-se as normas relativas ao 
condomínio até a partilha (art. 1791 do CC). 
 
A posse da herança transmite-se de imediato aos herdeiros 
legítimos e testamentários por força do princípio da saisine, conforme já 
estudado. 
 
Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que 
vários sejam os herdeiros. Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos 
coerdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, e 
regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio. 
 
Importância da aplicação das regras do condomínio: defesa da 
herança. Ajuizamento, por exemplo, de ações possessórias sem a necessidade 
de formação de litisconsórcio ativo. Ademais, impede a alienação, sem 
autorização judicial, de bens singulares que integram a herança. 
 
4) Responsabilidade dos herdeiros: juridicamente, não respondem 
pelas dívidas que ultrapassem as forças da herança. É a consagração da regra 
do benefício de inventário (art. 1792 do CC). Podem assumir as dívidas que 
ultrapassem as forças da herança por questões morais, constituindo, assim, 
verdadeira obrigação natural. 
 
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às 
forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se 
houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.

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