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UNINTA � S5 � BRENDA AMANDA REINALDO DE SOUZA 1 Tumores Periampulares GASTROENTEROLOGIA DEFINIÇÃO “É um grupo de tumores malignos heterogêneos que se localizam a 11 -22 cm da ampola de Vater”. Heterogêneos � porque são tumores que aparecem em ordem diferentes. INTRODUÇÃO Þ Descrições datam de 1898 por Codivilla; Þ Grupo muito heterogêneo de tumores; Þ Tumores de pâncreas, colédoco distal, papila duodenal e 2 porção duodenal. EPIDEMIOLOGIA Þ Tumores de pâncreas: § É o mais comum § Histologia: adenocarcinoma ductal (90%); § Localização: cabeça do pâncreas (70%); § Segundo a união internacional contra o câncer (UICC), os casos aumentam com o avanço da idade: de 10/100.000 entre 40- 50a para 116/100.000 entre 80-85a. § Brasil: 2% de todos os tipos de câncer (~9400 casos novos em 2008 – INCA) – 4% do total de mortes por câncer. ⟶ agressividade da doença; § H>M – mais prevalente em homens do que em mulheres. IDADE AVANÇADA É O FATOR MAIS IMPORTANTE PARA O TUMOR DE CABEÇA DE PANCRÊAS. Þ Tumor de papila de duodenal: § Melhor prognóstico – até 98% de ressecabilidade; § É o segundo mais frequente; § Adenomas e adenocarcinoma; § GISTs; Þ Duodeno periampular: § Adenomas e leiomiomas os mais comuns e benignos; § Tumores malignos raros; § Adenocarcinomas, carcinóides; § Doença de Crohn e PAF (3 a 5% de malignizaçãossss); § K-ras, APC, p53, DCC e DCP4 § H>M – mais prevalente em homens do que em mulheres. § Indivíduos jovens Þ Colédoco terminal: § US: 1 a 2/100.000 habitantes § Localização + comum é proximal (Klatskin) § H>M – mais prevalente em homens do que em mulheres. § Incidência em queda em vários países § Mais raro e de médio prognóstico; FATORES CAUSAIS RELACIONADOS Þ Tabaco Þ Álcool e café Þ Diabetes Þ Pancreatite crônica Þ Síndrome do melanoma atípico familiar Þ HNPCC Þ Câncer de mama familiar ⟶ mutação BRCA2 Þ Síndrome de Peutz-Jeghers Þ Coledocolitíase e colestase Þ Colangite esclerosante primária Þ Cistos coledocianos QUADRO CLÍNICO Þ Perda ponderal Þ Dor (epigástrio e nas costas) Þ Icterícia progressiva Þ Colúria e acolia fecal Þ Prurido Þ Anorexia Þ Náuseas e vômitos Þ Anemia EXAME FÍSICO Þ A não ser em casos avançados, exame físico aparentemente normal; Þ Icterícia não dolorosa + sinal de Courvoiser = patognomônico de tumor periampular; Þ Linfonodo de virchow - linfonodo sentinela supraclavicular esquerdo aumentado Þ Massa palpável – mal prognóstico Þ Plateleira de Blummer – massas no reto Þ Nódulo da irmã Maria José – linfonodo palpável na região umbilical SINAL DE COURVOISER: PRESENÇA DE ICTERÍCIA E DE UMA VESÍCULA BILIAR DISTENDIDA SEM A PRESENÇA DE DOR. EXAMES RELACIONADOS Þ Provas de função hepatorrenal (HC, Ur, Cr, Na, K, Mg, Ca, Cl, TGO, TGP, FA, GGT, Bilirrubinas totais e frações, proteínas totais e frações, transferrina e pré-albumina, amilase, lipase) Þ Estado nutricional (albumina, transferrina e pré- albumina); Þ Provas de coagulação (TAP com INR, TTPA); Fosfatase alcalina (FA) e gama GT muito alterados, muito elevados Bilirrubinas totais - elevadas DIAGNÓSTICO Þ Hiperbilirrubina de 10 a 30mg% Þ Elevação de FA e GGT UNINTA � S5 � BRENDA AMANDA REINALDO DE SOUZA 2 Þ Provas de função hepática (albumina, TAP e bilirrubinas) e coagulação normais, apesar da colestase Þ Hiperglicemia, hiperamilasemia e anemia podem ser achados ocasionais IMAGEM Þ Ultrassonografia abdominal total: § Tumor e/ou metástases; § Vias biliares (calibre, litíase); § Doppler: acometimento vascular; § 70-94% de sensibilidade; § Operador dependente! Þ Tomografia e RNM: § Avalia extensão e invasão tumorais � acometimento de órgãos adjacentes e linfonodos; § Revela relação com os vasos adjacentes; § Calibre de vias biliares; § Metástases à distância § Limitados no diagnostico precoce (<1cm); § Sensibilidade de 24% a 92% Þ CPRE: § Estenose da via biliar (sinal de ponta de caneta) § Terapêutica (biópsias, drenagem e próteses de via biliar) § Risco de Colangite, pancreatite (2ªa 3%) Þ Colangiografia transhepática percutânea com agulha de Chiba: § Permite a aspiração de amostras citilógicas, injeção de contraste; § Risco de sangramento e lesão de via biliar § Não mais usado hoje Þ US endoscópico: § Centro especializados (alto custo); § Detecta lesões pequenas; § Casos com TC e RNM negativos; § Estadiamento; § Terapêutica (punção para biópsia, drenagem); CLASSIFICAÇÃO TNM (1997) T N M 0 - Ausência de linfonodos Ausência de metástases a distancia 1 Tumor limitado ao pâncreas > 2 cm no maior diâmetro Linfonodos regionais acometidos, N1 a: linfonodo regional solitário, N1b: múltiplos linfonodos regionais Metástase a distancia 2 Tumor limitado ao pâncreas > 2 cm no maior diâmetro - - 3 Extensão direta do tumor no duodeno, ducto biliar comum ou tecido peripancreático - - 4 Invasão do estomago, baco, colón ou grandes vasos - - ESTADIO TMN T N M I 1 0 0 II 2-3 0 0 III 1-2 1 0 IVa 3 1 0 IVb 1-4 1-4 1 Quanto maior o TMN, pior o prognostico do paciente TRATAMENTO Þ Cirurgia de Whipple – Duodenopancreatomia Þ Critérios de Irresseabilidade: § Invasões vasculares confirmadas à dissecção: > Veia porta, v. mesentérica superior > Artéria mesentérica superior, artéria hepática § Metástase a distância § Condições clinicas inadequadas Þ Paliativo: § Dos 75% inoperáveis, 50% são submetidos a tratamento paliativo § Icterícia, vômitos, alimentação oral e dor § Endoscópico § Coledocostomia transhepática percutânea § Derivações bilio-digestivas (hepaticojejuno ou colecistojejunostomia), gastrojejunostomia e alcoolização do plexo celíaco; Þ Quimio, radio e imunoterapia: § Tratamento adjuvante – depois da cirurgia § Neoadjuvante – antes da cirurgia; § Radioterapia – melhora da dor § Não melhoram consideravelmente a sobrevida; § Paliação da dor; § Negativar margens positivas de ressecções radicais;
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