Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 INTRODUÇÃO São um grupo de tumores maligno que se localizam de 1-2 cm da ampola de Vater. Tumores na região da ampola causam obstrução, logo o paciente terá icterícia obstrutiva neoplásica. A icterícia por neoplasia tende a atingir valores muito elevados → acima de 15-20 de bilirrubina. TUMORES QUE ACOMETEM ESSA REGIÃO • Tumor de cabeça do pâncreas. • Tumor de papila duodenal – melhor prognóstico. • Tumor de via biliar do colédoco distal – Colangiocarcinoma distal • Tumor de pâncreas → adenocarcinoma de cabeça de pâncreas → icterícia. • Tumor de duodeno. Logo, entende-se que podem atingir: 1. Segunda porção do duodeno 2. Papila de Vater 3. Colédoco 4. Pâncreas 5. Colangiocarcinoma NEOPLASIA DE PÂNCREAS De forma histológica, o adenocarcinoma ductal corresponde a 90%. Mais frequente em cabeça do pâncreas – 70%. O tumor periampular mais frequente é o tumor de pâncreas, os adenocarcinomas pancreáticos, sendo mais prevalentes em cabeça de pâncreas. A principal característica dos tumores de pâncreas são sua agressividade. Tumores de corpo e cauda do pâncreas tem pior prognóstico pois são mais indolentes, manifestando sintomas mais tardiamente. Diferentemente do tumor de cabeça que logo demonstra icterícia. A sua incidência aumenta com a idade. Esses são responsáveis por 2% dos diagnósticos de câncer, mas pela sua agressividade, são responsáveis por 4% das mortes por câncer segundo o INCA. Sobrevida média de pacientes em tratamento curativo é de 16-22 meses. Sobrevida de 20%. DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO • TC de abdome e tórax de cortes finos, menores que 0,5mm e com contraste. É o melhor exame pois é o mais rápido e barato. • Ressonância magnética de abdome → não é superior a TC, é mais cara e mais demorada. • US endoscópico Estadiamento T: Relacionado ao tamanho do tumor. O padrão ouro para o estadiamento T é o ultrassom endoscópico. CRITÉRIOS DE IRRESSECABILIDADE • Doença extrapancreática, incluindo extenso acometimento linfático peripancreático. • Acometimento linfonodal além dos tecidos peripancreáticos. • Metástases à distância. • Envolvimento direto da artéria mesentérica superior, veia cava inferior, tronco celíaco ou artéria hepática. CRITÉRIOS DE RESSECABILIDADE BODERLINE • Acometimento de menos da metade da circunferência dos vasos e possibilidade de reconstrução vascular. TRATAMENTO CURATIVO • Duodenopancreatectomia + Radioterapia e Quimioterapia adjuvantes → whipple. TUMORES PERIAMPULARES 2 • Terapia neoadjuvante para tumores Boderlines → resposta ao tratamento: ressecção curativa. TRATAMENTO PALIATIVO • Analgesia, antieméticos... • Descompressão das vias biliares: melhora icterícia e prurido. PROGNÓSTICO • Prognostico ruim, onde menos de 20% tem sobrevida de 1 ano e menos de 4% tem sobrevida acima de 5 anos após o diagnóstico. • Sobrevida média com intervenção curativa: 16-22 meses. • Sobrevida em 5 anos dos pacientes operados com intenção curativa: 20%. TUMOR DE PAPILA É o segundo tipo de tumor mais comum. Tem melhor prognóstico entre os periampulares, com até 98% de ressecabilidade. • Possibilidade de papilectomia endoscópica. • Obedece à sequência → adenoma – displasia – adenocarcinoma. • Subtipo histológico → adenomas e adenocarcinomas; GISTs (tumores mesenquimais). • Ultrassom endoscópico estadia a lesão → biópsia → neoplasia. ESTADIAMENTO TX Tumor primário que não pode ser acessado. T0 Sem evidência de tumor primário. TIS Carcinoma in situ. T1 Tumor limitado a ampola de Vater ou esfíncter de oddi. T2 Tumor invade a parede duodenal. T3 Tumor invade o pâncreas. T4 Tumor invade tecidos moles peripancreáticos ou outros órgãos adjacentes ou estruturas outras que não o pâncreas. NX Linfonodos regionais não podem ser acessados. N0 Ausência de linfonodos regionais. N1 Metástase em linfonodos regionais. M0 Ausência de metástase à distância. M1 Metástase à distância. DUODENO PERIAMPULAR Adenomas e leiomas são os mais comuns. • Tumores malignos raros. • Podem ser adenocarcinomas; carcinóides; • Doença de crohn e PAF – 3-5% de malignização. • Imuno-histoquímica: K-ras, APC, p53, DCC e DCP4. • H>M; indivíduos jovens. COLÉDOCO TERMINAL Presente em 1-2/100mil habitantes. • Localização mais comum é proximal (Klatskin). • Acomete mais homens • Incidência em queda em vários países • Mais raro e de médio prognóstico FATORES RELACIONADOS • Tabaco • Álcool • Café • Diabetes • Pancreatite crônica • Coledocolitíase e colestase • Cistos coledocianos; • Câncer de mama familiar-mutação BRCA2 • Síndrome de Peuts-Jeghers • Colangite esclerosante primária • Síndrome do melanoma atípico familiar CLÍNICA • Síndrome consumptiva • Dor epigástrica e nas costas • Icterícia progressiva • Colúria e acolia fecal • Prurido • Anorexia • Náuseas e vômitos • Anemia EXAME FÍSICO • Sinal de courvoisier → vesícula dist, indolor e palpável. • Linfonodo de virchow → supraclavicular esquerda. • Massa palpável – associado a mal prognóstico • Nódulo da irmã maria josé → região umbilical. 3 DIAGNÓSTICO Imagem: • Sinal do bico de caneta • US abdominal → sinal do duplo cano → via biliar dilatada. TRATAMENTO Cirurgia de whipple – duodenopancreatectomia.
Compartilhar