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FACULDADE DAS METROPOLITANAS UNIDAS SAÚDE DO ADULTO ESTUDO DIRIGIDO- N1 LUANA FÁTIMA DOS SANTOS CLEMENTE REGISTRO ACADÊMICO: 3456546 1. Quais as diferenças entre morbidade e mortalidade? Mortalidade - Variável característica das comunidades de seres vivos, refere-se ao conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo de tempo. Morbidade – Variável característica das comunidades de seres vivos, refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquiriram doenças num dado intervalo de tempo. Denota-se morbidade ao comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta. 2. Quais as definições de emergência e urgência? Emergência: Constatação médica de condições de agravo a saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo, portanto, tratamento médico imediato. Urgência: Ocorrência imprevista de agravo a saúde como ou sem risco potencial a vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. 3. Por que o enfermeiro deve conhecer as causas de morbidade e mortalidade? Porque este conhecimento é o instrumento que permitirá ao enfermeiro: conhecer a situação de saúde da comunidade; conhecer os fatores causais determinantes do mecanismo de produção das enfermidades; identificar os grupos mais sujeitos aos riscos e as áreas prioritárias de ação; orientar e colaborar no planejamento e na adoção de decisões; colaborar e participar na avaliação do processo de controle das enfermidades e gerar conhecimento facilitando a compreensão de saúde como um todo e conhecer o contexto no qual se geram e explicam os fenômenos de saúde. 4. O que são as doenças crônicas não transmissíveis e qual sua importância no cenário atual da saúde? As doenças crônicas não transmissíveis geralmente são o resultado de diversos fatores como os genéticos, ambientais, fisiológicos e até mesmo comportamentais, ou seja, de acordo com o estilo de vida da pessoa. Nesse último sentido, podemos pontuar como super fatores de risco o uso de drogas e dependentes químicos, como o cigarro e álcool. As DCNTs podem ser agrupadas em duas categorias: - Congênitas: condições com as quais o indivíduo nasce ou que surgem nos primeiros meses após o nascimento. Exemplos são as cardiopatias congênitas, fenilcetonúria e espinha bífida; - Não congênitas ou infecciosas: estas, por outro lado, são comumente originárias de organismos invasores. Nesse caso, é como se hospedeiro (corpo) e invasor (infecção) chegassem a um equilíbrio temporário. Seu tratamento é lento e às vezes inexistente. As DCNT representam um conjunto de condições que requerem esforços contínuos, sustentáveis e de longo prazo para a área da saúde. Assim, as tradicionais soluções seletivas e focais, consagradas no combate às doenças infecciosas, devem ceder lugar a estratégias abrangentes e duradouras, que afetem e reflitam a estrutura e a pesquisa nos serviços e sistemas de saúde e as necessidades reais da população. Por exemplo: Incrementos na disponibilidade de recursos para os sistemas de saúde como um todo e para as DCNT em particular - Ampliar taxações com resultado específico para a saúde (exemplo: taxação do tabaco) - Fortalecer a prevenção, com especial ênfase na introdução e fortalecimento da Atenção Primária à Saúde nos sistemas de saúde - Desenvolver ações de integração intra e extrassetorial, incentivando a concepção de linhas de cuidados contínuos - Construir sinergias entre programas já existentes e o controle das DCNT, por exemplo, na área materna, infantil, doenças transmissíveis e outras - Desenvolver abordagens integrativas e por ciclos de vida na prevenção e no controle das DCNT - Desenvolver e fortalecer conteúdos e habilidades de interesse para as DCNT, mediante incentivos, visando a força de trabalho em saúde. 5. Qual o conceito de síndrome metabólica? A síndrome metabólica ou plurimetabólica, chamada anteriormente de síndrome X, é caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares (ataques cardíacos e derrames cerebrais), vasculares periféricas e diabetes. Ela tem como base a resistência à ação da insulina, o que obriga o pâncreas a produzir mais esse hormônio. 6. Quais os mecanismos fisiopatológicos envolvidos no aparecimento das complicações da Obesidade: a obesidade passou a ser muito mais do que o simples acúmulo de gordura corporal, pois a comunidade científica já sabe que a obesidade representa o acúmulo de um tecido vivo (tecido adiposo), dinâmico e capaz de https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/infarto-do-miocardio/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/avc-acidente-vascular-cerebral-ou-derrame/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/diabetes/ https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/pancreas/ secretar substâncias químicas (adipocinas) que podem atuar em diversos sítios e interferir em toda a fisiologia do organismo. Interferindo em órgãos e sistemas, os produtos do tecido adiposo ativam processos inflamatórios silenciosos, mas com resultados devastadores para a homeostasia do organismo. Dislipidemia: presença de níveis elevados de lipídios, ou seja, gorduras no sangue. Quando estes níveis ficam elevados, é possível que placas de gordura se formem e se acumulem nas artérias, o que pode levar à obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo que chega ao coração e ao cérebro. As dislipidemias podem ser manifestadas pelos seguintes fatores: - Níveis elevados de colesterol LDL (conhecido como colesterol ruim); - Níveis baixos de colesterol HDL (conhecido como colesterol bom); - Níveis elevados de triglicérides. Hipertensão: A fisiopatologia da hipertensão arterial, bem como o surgimento das crises hipertensivas se deve ao aumento abrupto da resistência vascular. Quando a pressão arterial média ultrapassa os valores limites da autorregulação o cérebro extrai mais oxigênio para compensar a redução do fluxo cerebral. Em indivíduos normais a circulação cerebral pode tolerar rápidas reduções da pressão arterial, porém em pacientes hipertensos, idosos e portadores de doenças cerebrovasculares estes mecanismos regulatórios têm respostas mais lentas às variações da pressão arterial. Diabetes: O DM pode ser causado por dois mecanismos principais: deficiência na produção ou ação da insulina, sendo classificado em dois grupos principais de acordo com a causa, o tipo 1 e o tipo 2, respectivamente. DM tipo 1 No DM tipo 1, a deficiência na produção da insulina possui dois mecanismos já estabelecidos: - Autoimune (1A): Possui autoanticorpos (Anti-Ilhota, anti-GAD, anti-IA-2) identificados como marcadores da doença autoimune, que muitas vezes aparecem nos exames antes mesmo das manifestações clínicas. - Idiopática (1B): Não possui marcadores de doença autoimune, não sendo identificada a sua causa. Ambos levam a destruição gradual das células pancreáticas. Infecções virais e exposição a antígenos vem sendo associadas, por mimetismo molecular, que em indivíduos com predisposição genética, pode desencadear o processo autoimune. No DM tipo 2, há resistência à insulina nas células, que gera um aumento da demanda de síntese da insulina na tentativa de compensar o déficit em sua ação. Inicialmente, por conta disso, há um hiperinsulinismo, sendo representada clinicamente pela acantose. A manutenção deste quadro, causa uma exaustão das células β pancreáticas, explicando parcialmente o déficit na secreção da insulina nestes pacientes, quando a doença já está avançada. O hipoinsulinismo relativo, devido a produção insuficiente para a alta demanda sistêmica, não consegue manter os níveis glicêmicos normais e, portanto, há uma hiperglicemia persistente. Outras causas de hipoinsulinismo são descritas, sendo elas a hipossensibilidade das células pancreáticasà glicose, devido a baixa expressão do GLUT2 e deficiência de incretinas, sendo a causa de ambas ainda desconhecida. 7. Como pode ser definido o paciente crítico? Paciente crítico/grave é aquele que se encontra em risco iminente de perder a vida ou função de órgão/sistema do corpo humano, bem como aquele em frágil condição clínica decorrente de trauma ou outras condições relacionadas a processos que requeiram cuidado imediato clínico, cirúrgico, gineco-obstétrico ou em saúde mental. 8. O que é um departamento de emergência e quais os recursos necessários para seu funcionamento? O departamento, serviço ou setor de emergência ou urgência é a zona num hospital ou unidade de cuidados primários que presta o tratamento inicial de um largo espectro de doenças, algumas das quais podem ser ameaçadoras à vida, requerendo intervenção imediata. Estrutura mínima para o seu funcionamento: - Radiologia; Laboratório; Equipamentos para atenção às urgências e emergências; Leitos de observação de 6 a 24 horas; Acesso a transporte adequado; ECG; Ligação com a rede hospitalar por intermédio do SAMU e Central de Regulação. 9. O que é e para que serve um sistema de triagem? Triagem é o processo pelo qual se determina a prioridade do tratamento de pacientes com base na gravidade do seu estado. Este processo raciona eficientemente os cuidados quando os recursos são insuficientes para tratar todos os pacientes de imediato. https://pt.wikipedia.org/wiki/Hospital https://pt.wikipedia.org/wiki/Cuidados_prim%C3%A1rios https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Racionamento 10. Quais são os fundamentos avaliados pela classificação de risco? Fundamenta-se em 3 variáveis: 1. Gravidade (risco) 2. Recurso necessário 3. Tempo de resposta 11. Explique, de forma reduzida, como são classificados os doentes no protocolo do humaniza SUS e como acontece o atendimento após cada nível de prioridade. O protocolo humaniza SUS foi proposto pela portaria 2048/2002 para melhor organizar o fluxo de pacientes que procuram a Porta de Urgência/Emergência garantindo atendimento resolutivo e humanizado. Realizado por profissional de nível superior com treinamento específico, avalia o grau de urgência colocando-os em ordem de prioridade de atendimento. Avalia em 4 níveis de cores: Vermelho: Emergência (atendimento médico imediato) Amarelo: Urgência (atendimento médico) Verde: Pouco urgente (encaminhamento para especialidades) Azul: Não urgente (agendamento em UBS/PSF) 12. Explique, de forma reduzida, como são classificados os doentes no protocolo de Manchester e como acontece o atendimento após cada nível de prioridade. O protocolo de Manchester é um sistema de triagem, a simples técnica consiste em classificar os pacientes que chegam até o hospital em 5 níveis e para realizar essa classificação o método utiliza 5 cores: Vermelho: Emergência (0 min) risco imediato de vida; Laranja: Muito urgente (10 min) risco a vida (atendimento o quanto antes) Amarelo: Urgente (60 min) não é emergente (mas precisa passar logo) Verde: Pouco urgente (1h20min) caso menos grave (pode aguardar) Azul: Não urgente (2h40min) caso simples (pode aguardar) 13. Cite os fatores de risco para doença cardiovascular Falta de atividade física, sedentarismo, tabagismo, níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, diabetes, período prolongados de tensão, frustação ou hostilidade, idade (a incidência aumenta dos 30 anos), sexo masculino e uso de contraceptivo oral por mulheres com mais de 40 anos. 14. Quais são os tipos de angina e qual a diferença entre elas? Angina instável ou IAM s/ supra= (angina pré-infarto ou crescente) aumento progressivo na frequência, intensidade e duração das crises anginosas. Angina estável= previsível acontece ao esforço e á aliviada pelo repouso. 15. O que caracteriza o infarto agudo do miocárdio, explique o mecanismo fisiopatológico envolvido É resultante da ruptura de uma placa aterosclerótica instável, desencadeando a formação de trombose como consequência a suboclusão da artéria coronária, o qual reduz de forma crítica o a oferta de O², ocasionando uma necrose do músculo cardíaco. 16. Como pode ser feito o diagnostico diferencial do IAM? - Histórico e manifestação clínica de dor; - ECG; - Marcadores de lesão cardíaca; - Teste de esforço. 17. Quais são os tratamentos para o IAM Farmacológicos: Nitroglicerina; bloqueadores beta-adrenérgicos; antagonistas/bloqueadores do íon cálcio. Angioplastia e controle dos fatores de risco. 18. Discuta os cuidados de enfermagem ao paciente vítima de IAM - Aliviar a dor precordial: administração de medicamentos; - Ofertar oxigênio: 2 a 4L/min; - Avaliar SSVV a cada 2 horas nas primeiras 72 horas pós IAM; - Repouso absoluto nas primeiras 72h pós-infarto; - Monitorar temperatura da pele, perfusão periférica e pulsos; - Monitorar função renal; - Promover alívio da ansiedade: estimular verbalização de sentimentos e dúvidas, estabelecer relação terapêutica e mantê-lo informado. 19. Qual o quadro clínico associado a cada uma das quatro classificações de Killip, utilizada no IAM A classificação de Killip é um sistema de pontuação para avaliar mortalidade nos primeiros 30 dias. Os pacientes são assim classificados, de acordo com a classe de Killip: Classe I de Killip inclui os que não têm sinais de insuficiência cardíaca; Classe II de Killip inclui indivíduos com estertores crepitantes em 50% ou menos nos pulmões, um galope de 3ª bulha; Classe III de Killip descreve indivíduos com franco edema agudo de pulmão; Classe IV de Killip descreve indivíduos em choque cardiogênico ou hipotensão (pressão arterial sistólica). 20. Cite quais são e explique o aparecimento das enzimas e marcadores cardíacos Enzimas, isoenzimas e proteínas marcadoras de lesão miocárdica: CPK- lesão muscular CKMB- lesão muscular cardíaca TGO- enzima intracelular DHL- atividade anaeróbica Troponina- proteína presente no miócito que participa fisiologicamente na contratilidade cardíaca. 21. Quais as manifestações clínicas do IAM? - Dor compressiva intensa súbita; - Padrão de irradiação (braço esquerdo, mandíbula e costas) - Náuseas; - Vômitos; - Transpiração profusa; - Dispneia; - Tontura; - Aumento FC e PAZ. 22. O que são e quais os cuidados relacionados a Angioplastia: é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo do coração, realizado por meio de uma punção na pele com o uso de catéteres e próteses endovasculares, que realizam a desobstrução das artérias coronárias. Este processo permite que as artérias coronárias voltem ao seu funcionamento regular, possibilitando que o coração receba maior fluxo de sangue e continue trabalhando normalmente. Após a angioplastia o paciente é monitorado 24hrs, a fim de reduzir riscos como: hemorragia e infecções. Após as 24hrs pode retornar para casa com a recomendação de evitar esforços, subir escadas e pegar pesos. Stent: é uma pequena prótese inserida no interior de uma artéria para desobstruir o fluxo sanguíneo, reduzindo o risco de ataques cardíacos e outros males do coração. Recomendação de evitar exercícios vigorosos ou levantar pesos acima de 10 kg nas primeiras 2 semanas da angioplastia com stent. Cateterismo cardíaco: é um exame complementar para avaliar e confirmar uma insuficiência coronariana. Em geral, as suspeitas de doença arterial coronariana (DAC), doenças das válvulas cardíacas, dos vasos pulmonares ou da artéria aorta são indicativas para a realização do exame. Além disso, é amplamente usado para determinar a necessidade de tratamento por outros procedimentos. Entre eles, angioplastia coronariana, revascularização do miocárdio ou correção de cardiopatias congênitas. Após a realização do exame, o paciente deve permanecer em repouso absoluto. Nesseperíodo, de quatro a seis horas, ele permanece na unidade de recuperação. Em geral, nas primeiras duas horas, são monitoradas as frequências cardíaca e respiratória e a pressão arterial. Durante o repouso, o paciente receberá soro e líquidos por via oral para facilitar a eliminação do contraste do organismo. 23. O que é a Insuficiência cardíaca? É a incapacidade do coração em adequar suas ejeções às necessidades metabólicas do organismo, ou fazê-la somente através de elevadas pressões de enchimento. 24. Quais as principais diferenças nas manifestações clínicas da IC direita e IC esquerda? IC direita IC esquerda Mais comum Congestão pulmonar: dispnéia, estertores creptantes, EAP Congestão venosa sistêmica: estase jugular, hepatomegalia, edema periférico Sistólica Diastólica - Cardiomegalia - Redução da FAVE (<58%) - Alteração de relaxamento de VE - Área cardíaca de FE normais ou quase normais Crônico Agudo Tempo para remodelamento de mecanismos adaptativos e remodelamento ventricular – sintomas mais tolerados Quadro instalado rapidamente, manifestações mais intensas 25. Quais são os fatores de risco para a insuficiência cardíaca? - Infarto agudo do miocárdio; - Idade; - Hipertensão; - Diabetes Mellitus; - Valvulopatia; - Obesidade; - Dislipidemia; - Doença de Chagas. 26. Quais são os estágios e classificação da Insuficiência cardíaca? A insuficiência cardíaca pode ser classificada em quatro estágios principais (A, B, C e D): Estágio A Inclui pacientes sob risco de desenvolver insuficiência cardíaca, mas ainda sem doença estrutural perceptível e sem sintomas atribuíveis à insuficiência cardíaca. Estágio B Pacientes que adquiriram lesão estrutural cardíaca, mas ainda sem sintomas atribuíveis à insuficiência cardíaca. Estágio C Pacientes com lesão estrutural cardíaca e sintomas atuais ou pregressos de insuficiência cardíaca. Estágio D Pacientes com sintomas refratários ao tratamento convencional, e que requerem intervenções especializadas ou cuidados paliativos. 27. O que representa a classe funcional da insuficiência cardíaca? A New York Heart Association que enfoca a condição funcional e classifica o cardiopata em classes funcionais, que vai da classe I até a classe IV. 28. Qual os objetivos terapêuticos do tratamento da ICC? Atualmente, o principal objetivo do tratamento da insuficiência cardíaca é atuar no bloqueio e atenuação dos sintomas debilitantes da doença, para que os pacientes possam viver por mais tempo e com mais autonomia. Visa melhorar a força e a eficiência da contração do miocárdio e eliminar o excesso de líquidos do organismo. 29. Quais os cuidados de enfermagem na assistência de um paciente com ICC descompensada? - Avaliação dos efeitos da terapêutica- melhoria da eficiência cardíaca: redução das necessidades metabólicas do corpo repouso. - Realizar balanço hídrico - Avaliação do nível de consciência - Exames físicos: ausculta, FC, sudorese, inquietude e fadiga - Aliviar ansiedade - Restrição hídrica - Avaliação edema: peso jejum e circunferência abdominal - Dieta hipossódica 30. Explique como ocorre o edema agudo de pulmão, seus sintomas e tratamentos. O edema agudo de pulmão é causado por insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio, Arritmias, IRC/IRA e HAS. É uma emergência médica causada pelo extravasamento de água dos vasos sanguíneos para o tecido pulmonar, tornando a respiração difícil. Na prática, um paciente com EAP tem os seus alvéolos cheios de água e comporta-se como se estivesse se afogando. O primeiro passo no tratamento do edema pulmonar agudo é fornecer oxigênio ao paciente. Geralmente o paciente chega ao serviço de urgência em hipoxemia, ou seja, com baixos níveis de oxigenação do sangue. Em alguns casos o edema pulmonar é tão grave e a oxigenação tão baixa, que o paciente precisa ser intubado e acoplado a um ventilador mecânico para não falecer. O objetivo do tratamento é retirar água do pulmão. Se o paciente urina, diuréticos são administrados por via venosa para terem rápida ação. Baixar a pressão arterial também é importante para facilitar o trabalho do coração, por isso, vasodilatadores também costumam ser usados. Se o paciente não urina ou não responde adequadamente aos diuréticos, a opção é a hemodiálise de urgência, um método capaz de remover até mais de um litro de água dos pulmões em apenas 20-30 minutos. 31. Qual o quadro clínico característico do EAP? Os sinais e sintomas característicos são dispnéia intensa, ortopnéia, tosse, escarro cor de rosa e espumoso. Em geral o paciente apresenta-se ansioso, agitado,sentado com membros inferiores pendentes e utilizando intensamente a musculatura respiratória acessória. Há dilatação das asas do nariz, retração intercostal e da fossa supraclavicular. A pele e as mucosas tornam-se frias, acinzentadas, às vezes pálidas e cianóticas, com sudorese fria sistêmica. Pode haver referência de dor subesternal irradiada para o pescoço, mandíbula ou face medial do braço esquerdo em casos de isquemia miocárdica ou IAM. No exame físico, pode-se constatartaquicardia, ritmo de galope, B2hiperfonética, pressão arterial elevada ou baixa (IAM, choque cardiogênico), estertores subcreptantes inicialmente nas bases, tornando-se difusos com a evolução do quadro. Roncos e sibilos difusos indicam quase sempre broncoespasmo secundário. O quadro clínico agrava-se progressivamente, culminando com insuficiência respiratória, hipoventilação, confusão mental e morte por hipoxemia. 32. Quais os cuidados de enfermagem ao paciente em EAP? - Monitorização cardíaca; - Coleta de gasometria arterial; - Instalar máscara de oxigênio ou CPAP; - Avaliar nível de consciência (padrão e frequência respiratórios); - Perfusão periférica; - Posicionar o paciente sentado com MMII pendentes; - Oferecer apoio emocional e estimular a verbalização de sentimentos para diminuir a ansiedade. 33. Quando e indicado a cirurgia de revascularização do miocárdio? Ela é indicada em situações em que existem obstruções (entupimentos) importantes nas artérias do coração, conhecidas como artérias coronárias., 34. Como é a preparação para uma cirurgia de revascularização do miocárdio? Se o procedimento for eletivo, o paciente poderá fazer os exames pré- operatórios sem estar internado e internar na véspera ou no dia da cirurgia. Normalmente, suspendem-se as drogas que possam influenciar a coagulação, como aspirina, clopidogrel e anticoagulantes. Quando se trata de um procedimento de urgência, o paciente é preparado durante a própria internação. 35. Discuta, brevemente, como deve ser a assistência de enfermagem no centro cirúrgico Instrumentação: responsável por dar apoio ao médico cirurgião com os instrumentais. Circulantes: ajuda com a esterilização das roupas utilizadas pela equipe de cirurgia e armazena biópsias no local correto para o envio ao setor de análises, além de seguir orientações médicas, quando necessário. Por fim, no pós-operatório, o enfermeiro realiza o acompanhamento da recuperação do paciente até o momento de sua liberação médica. Além disso, ele é responsável por manter o prontuário do paciente atualizado. Além de dar suporte ao paciente, o enfermeiro também cuida do centro cirúrgico como um todo. É ele o responsável por certificar que a sala de operação esteja preparada, esterilizada e com todo o instrumental necessário disponível para a realização do procedimento. O enfermeiro ainda atua no cuidado do leito no qual o paciente será acomodado, avaliando sua limpeza e esterilização tanto no pré, quanto no pós-operatório. 36. O que deve ser observado e quais os cuidados de enfermagem no pós- operatório de cirurgia cardíaca? Manutenção do débito cardíaco, da integridade tecidual, do equilíbrio hidroeletrolítico e da oxigenação. Para cada um desses itens, temos cuidadosespecíficos, tais como: monitorização cardíaca; balanço hídrico; administração de hemoderivados; mudanças de decúbito; uso de curativos protetores; avaliar as condições da pele; observar necessidade de reposição hídrica; coletar e avaliar exames laboratoriais; oferecer oxigenoterapia conforme necessidade, e outros. Destacam-se também como cuidados relacionados à prevenção e controle de infecção, da dor e apoio psicológico, como: realizar lavagem das mãos, usar equipamentos de proteção individual, observar sinais de infecção em dispositivos invasivos, observar fácies de dor, administrar medicamentos e suporte religioso.