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Sabrina Carvalho HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Definição - Condição clinica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial, ou seja, é preciso estar elevado em 2 medições e em 2 momentos diferentes. - É uma doença que afeta órgãos-alvos, como coração, olhos, encéfalo, rins e vasos sanguíneos. I. Coração: causa infarto, doença coronariana, hipertrofia da parede miocárdica e dilatação da cavidade II. Olhos: causa retinopatia hipertensiva III. Encéfalo: Causa AVC isquêmico e principalmente AVC hemorrágico. IV. Rins: Causa insuficiência renal V. Vasos sanguíneos: Obstrução - A HAS é um fator de risco para outras doenças, como o AVC, E a doença coronariana. Podendo ser até fatais como a morte súbita. Epidemiologia - 281.695 mortes/ano - entre 22,3 e 43,9% - mais de 50% acima de 60 anos e 75% acima de 75 anos - 35,8% nos homens e 30% nas mulheres Fisiopatologia - As causas mais comuns é aumento do debito cardíaco e resistência vascular sistêmica, ou seja, vasoconstrição e aumento da resistência vascular sistêmica. - Há o aumento do volume de liquido extracelular, que vai aumentar o volume de sangue, causando o aumento do debito cardíaco. Quando aumenta o Débito Cardíaco, a vasculatura se contrai, a resistência periférica aumenta, causando o aumento da PA. Obs.: a vasoconstrição é sempre deletéria - Para diminuir a vasoconstrição e a resistência vascular sistêmica é preciso de um vasodilatador a) Bloqueador de canal de cálcio b) Inibidores ECA c) Bloqueador do receptor de angiotensina - O rim é um dos componentes mais importantes da hás, sendo o sistema renina angiotensina responsável em atuar e causar a vasoconstrição. Como acontece esse processo? A renina é transformada por uma enzima em angiotensina 1. A angiotensina 1 tem a enzima conversora de angiotensina que transforma a 1 em angiotensina 2. A angiotensina 2 que vai nos vasos sanguíneos pela angiotensinase causar a vasoconstrição, resultando no aumento da pa. - O volume aumentado de sangue em indivíduos com insuficiência renal também causa hipertensão. Fatores de risco - Muitas vezes, a hás é associada a outros fatores de risco. Pacientes que apresentam vários fatores de risco tem o que chamamos de síndrome metabólica. I. Obesidade II. Hipertensão arterial III. Dislipidemia (elevação de colesterol e triglicerídeos) IV. Intolerância a glicose Se o paciente tiver 3 fatores desses citados acima, ele tem síndrome metabólica, e tem maiores riscos de apresentar doenças cardiovasculares. - Podemos ter outros fatores de riscos adicionais, como: Þ Idade (homens > 55 anos e mulheres > 65 anos) Þ Tabagismo Þ Dislipidemias Þ Diabetes mellitus Þ História familiar de DAC prematura (homens < 55 anos e mulheres < 65 anos) Abordagem multiprofissional - Para uma abordagem de diagnóstico e tratamento eficaz é preciso de vários profissionais como: 1. Enfermeiros 2. Técnicos e aux. De enfermagem 3. Nutricionista Sabrina Carvalho 4. Assistentes sociais 5. Fisioterapeutas 6. Professores de ed. Física 7. Farmacêuticos 8. Médico clinico geral/especialista (principal) Avaliação clinica e laboratorial Þ Confirmar o diagnóstico de HAS; Þ Identificar fatores de risco adicionais; Þ Pesquisar lesões em órgão-alvo; Þ Pesquisar outras doenças clínicas associadas; Þ Estratificar o risco cardiovascular global; Þ Avaliar diagnóstico de hipertensão secundária. A HÁS tem duas formas principais 1. Primária: Não tem causa especifica, ela acontece em decorrência de todo aquele processo citado (vasoconstrição e aumento da RVS). É um problema para a vida toda 2. Secundária: Causa especifica por outra doença = doença renal, hipertireoidismo, síndrome de cushing (aumento de cortisol), estenose da artéria renal, adenoma. Corrigindo o problema, corrige a HAS. Medição da PA - Repouso de pelo menos 5min - Pct não pode está de bexiga cheia - Posicionar o paciente com o membro superior esquerdo estendido no local onde vai ser aferido, na altura do coração sem fazer nenhum esforço. - No final de todo o posicionamento, estimar a pás pelo pulso radial. Logo depois, insuflar o manguito ate sumir o pulso radial. quando sumir, inflar ate 20-30mmhg acima. Depois tem que haver a deflação lente, ao voltar o pulso radial, é PAS. Quando é auscultado o ultimo ruído antes de cessar a fase, ou seja, antes do desaparecimento total dos sons, é considerado PAD. - Têm as fases de korotkoff que são os sons ouvidos durante a aferição da PA pelo esfigmomanômetro. I. Aparecimento dos sons -> PAS II. Sons mais audíveis III. Sons mais intensos IV. Diminui intensidade V. Desaparecimento dos sons -> PAD Diagnóstico - Para determinarmos um diagnostico, precisamos analisar os estágios de PA.: Classificação Pressão arterial sistólica Pressão arterial diastólica Normal ≤120 ≤80 Pré-hipertensão 121-139 81-89 Hás estágio 1 140-159 90-99 Hás estágio 2 160-179 100-109 Hás estágio 2 ≥180 ≥110 - As pressões arteriais podem estar em estágios diferentes. Vamos classifica-los sempre pelo maior valor. Ex.: um paciente com a PAS 122 e a PAD 95, ele vai ser classificado em HAS estagio 1 por causa da PAD. Avaliação inicial de rotina - Depois de ter dado diagnostico junto com o estagio de HAS, é necessário pedir exames laboratoriais Þ Exame de urina (para função renal) Þ Potássio (para função renal) Þ Creatinina (para função renal) Þ Glicemia (para glicose no sangue) Þ Lipidograma (para triglicerídeos e colesterol) Þ Ácido úrico (para função renal) Þ ECG (coração) Avaliação complementar - São exames mais aprofundados, pedidos em casos mais elevados. Þ Radiografia de tórax: suspeita de IC Þ Ecocardiograma: Presença de ≥ 2 FR ou suspeita de IC Þ Microalbuminúria: SM ou presença de ≥ 2 FR Þ USG de carótidas: sopro carotídeo ou doença cerebrovascular Þ Teste ergométrico: Suspeita de DAC ou DM Þ Hemoglobina glicada ou TTOG: glicemia entre 100 e 125 mg/dL Þ MAPA. Estratificação de risco da HAS Classificação de pa Fatores de risco Lesões em órgão alvo Doença clinica associada a risco cardiovascular aumentado Sabrina Carvalho Fatores de risco Lesões em órgãos- alvo Doenças associadas Estágio 1 (hipert. leve) PAS 140-159 ou PAD 90-99 Estágio 2 (hipert. Moderada) PAS 160-179 ou PAD 100-109 Estágio 3 (hipert. severa) PAS > 180 ou PAD > 110 Sem fatores de risco Baixo risco Médio risco Alto risco 1-2 fatores de risco Médio risco Médio risco Muito alto risco 3 ou mais fatores de risco, ou LOA subclínica ou DM Alto risco Alto risco Muito alto risco Doenças clinicas associadas Muito alto risco Muito alto risco Muito alto risco Lesões subclínicas de órgãos-alvos Þ Na Anamnese e exame físico Þ ECG com HVE Þ ECO com HVE Þ Espessura médio-intimal das carótidas > 0,9 mm Þ Clearance de creatinina < 60 ml/min Þ Microalbuminúria 30-300 mg/24h Þ Avaliação com oftalmologista por conta da retinopatia Metas da PA Categorias meta HAS estágios 1 e 2 com riscos cardiovasculares baixo e médio < 140 x 90 mmHg HAS e comportamento limítrofe com riscos cardiovasculares alto ou muito alto ou com ≥ 3 FR, DM, SM ou LOA 130 x 80 mmHg HAS com insuficiência renal com proteinúria > 1 g/L 130 x 80 mmHg
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